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História - História Geral - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2014
Conforme consolidado por Arilda Schmidt Godoy et al. (2008), no final do Século XX houve uma profunda transformação nas economias industriais as atividades de processamento de informação passaram a ser o coração das economias industriais, associando o novo paradigma informacional aos empreendimentos em rede, que se consolidaram em sólidas organizações. Sobre a Era Informacional, é correto o que se afirma em:
História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
"Não se contentou a minha família em ter um quinhão anônimo no regozijo público; entendeu oportuno e indispensável celebrar a destituição do imperador com um jantar, e tal jantar que o ruído das aclamações chegasse aos ouvidos de Sua Alteza, ou quando menos de seus ministros. (...) Dada a hora , achou-se reunida uma sociedade seleta, o juiz de fora , três ou quatro oficiais militares, alguns comerciantes e letrados, vários funcionários da administração, uns com suas mulheres e filhas, outros sem eles, mas todos comungando no desejo de atolar a memória de Bonaparte no papo de um peru."
[Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas]
O trecho acima remonta ao final da dominação de Portugal pelas tropas napoleônicas, período no qual a família real portuguesa transferiu a sede da monarquia para a sua colônia na América, acarretando modificações importantes nas relações entre metrópole e colônia. Embora Napoleão tenha sido deposto no ano de 1815, D. João aqui permaneceu até o ano de 1820, quando regressou por ordem das Cortes, deixando seu filho Pedro como Príncipe Regente.
A respeito desse período, sustenta-se:
o príncipe regente D. João, assim que aportou em Salvador decretou a "abertura dos portos às nações amigas", pondo fim a trezentos anos de monopólio colonial; porém, não garantindo à Inglaterra a condição de principal parceira comercial
em 1810, as coroas portuguesa e inglesa assinaram os Tratados de "Aliança e Amizade" e de "Comércio e Navegação", ratificando a presença inglesa na economia brasileira e garantindo aos produtos ingleses vantagens tarifárias, até mesmo em relação aos produtos portugueses
em 1815, em uma conjuntura histórica de reconstrução da Europa com o Congresso de Viena, D. João elevou a colônia à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, o que veio de encontro aos interesses de nobres lusitanos que para cá vieram com a Corte e se enraizaram, devido às facilidades a eles concedidas no tocante à aquisição de sesmarias
em 1817, como reação à política de taxações excessivas empreendidas por D. João, eclodiu em Pernambuco a revolta conhecida por "Revolução Pernambucana", que contou com a adesão de diversos segmentos da sociedade local, os quais desejavam a emancipação política da província, a imediata expulsão dos portugueses ligados ao comércio varejista, a abolição da escravidão e o estabelecimento de um regime democrático
em 1821, cedendo às pressões das Cortes reunidas em Portugal, às quais muito desagradou o fato de o monarca ter se recusado a jurar a futura constituição, D. João VI retornou para Portugal, deixando, porém, D. Pedro como príncipe regente, a fim de que pudesse organizar uma reação de caráter absolutista
História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
A caricatura do Imperador dom Pedro II e a fala de Joaquim Nabuco, líder político do Império, apontam para algumas características que presidiram a construção e a consolidação do Estado Nacional Monárquico, revelando, através das permanências e mudanças da história do Brasil, como os princípios do liberalismo em voga na Europa se adequaram à "antiga ordem", legitimando uma sociedade escravista e autoritária. A afirmativa que caracteriza o difícil processo de consolidação do Estado Nacional Monárquico no Brasil é:
dadas as amplas prerrogativas do Poder Moderador, conforme mostra a caricatura, houve uma sucessão de trinta e seis gabinetes durante o governo de D. Pedro II, enfraquecendo o regime parlamentarista, fazendo eclodir novas revoltas nas províncias do norte e nordeste e tornando o recurso às armas mais uma vez necessário
diante da instabilidade política que caracterizou a Regência, ameaçando a ordem escravista, o imperador D. Pedro II garantiu a unidade territorial e consolidou a monarquia com base nas prerrogativas do Poder Moderador, criando, por decreto, no ano de 1847, o cargo de presidente do Conselho de Ministros por ele indicado, o que permitia aos liberais e aos conservadores se revezarem no poder e imporem os seus interesses políticos nas eleições
como D. Pedro II não conseguiu pacificar as províncias, mesmo com apoio de membros do Exército, ele se viu obrigado a transferir para o Conselho de Ministros a difícil tarefa de consolidação do Estado Nacional, com base no unitarismo, o que resultou no enfraquecimento do Poder Moderador
os dois grandes partidos imperiais – o Liberal e o Conservador – se formaram plenamente em fins da década de 1830, e tinham sérias diferenças sociais e político-ideológicas, o que os levou a rivalizarem entre si, impossibilitando qualquer acordo e dificultando a consolidação de um regime monárquico centralizado
um dos fatores determinantes para a afirmação do Estado Monárquico foi a autonomia que as províncias conquistaram após a Regência, garantindo a estabilidade política, permitindo a defesa dos interesses regionais na Corte e, desse modo, diminuindo o domínio exclusivo do Sudeste sobre o restante do Império
História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
Em meados do século XIX, diante do processo de internacionalização do capitalismo, redefinindo as relações entre os países e entre os homens, o Brasil, a reboque do desenvolvimento industrial mundial, precisava mudar a sua fisionomia e começar, ainda que timidamente, a fincar os pés na modernidade. O governo imperial brasileiro - por força dessa nova conjuntura histórica, na qual pressões externas se conjugaram a interesses políticos internos - promulgou uma série de medidas que dinamizaram a nossa economia e alavancaram a expansão dos centros urbanos. Diferentes atores sociais, através de lutas políticas e embates ideológicos, ora resistiram, ora compactuaram com tais medidas, seja pela defesa da
I e IV
II e V
I e III
II e IV
III e IV
História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
Durante um período significativo da República Velha (1889-1930), também conhecida como Primeira República, o Brasil foi controlado pela política do café-com-leite, que assegurava o revezamento, no governo federal, de representantes dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Nas eleições presidenciais de 1922, porém, essa hegemonia foi contestada por grupos oligárquicos de outros estados. A insatisfação atingiu também as Forças Armadas, particularmente os jovens oficiais, chamados genericamente de tenentes, que se tornaram os atores principais de vários levantes ocorridos durante a década de 1920, como as revoltas de 5 de Julho de 1922 e a de 5 de Julho de 1924, e a Coluna Miguel Costa-Prestes. O conjunto desses movimentos ficou conhecido na historiografia brasileira como "movimento tenentista" ou simplesmente "tenentismo�. [http://www.cpdoc.fgv.br/nav_fatos_imagens/htm/fatos/RevoltasJulho.asp]
A afirmativa que se relaciona ao texto é:
progressistas, lutando contra o poder das oligarquias regionais e contra o coronelismo, defendendo o voto secreto e a criação de uma justiça eleitoral autônoma.
os tenentes defendiam uma ampla aliança com setores das oligarquias, através de um programa que defendia um governo centralizado, amplas reformas econômicas e sociais e uma política agrícola que mantinha a proteção sobre a produção cafeeira.
o movimento tenentista defendia a consolidação das verdadeiras instituições republicanas, a descentralização do poder, a redução dos privilégios das oligarquias, o fim da corrupção e a representação das minorias.
o Movimento tenentista, embora não tivesse uma proposta clara de reformulação política, defendiam a centralização do poder, fazendo restrições às eleições diretas e ao sufrágio universal.
o Movimento Tenentista defendia e propunha um regime parlamentarista, ampla, procurando tecer alianças com os diversos setores do poder, além de preconizar uma política de austeridade monetária.
História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
Getúlio Vargas alçou à condição de líder da sociedade, bem como difundiu as ações do Estado Novo associadas à sua imagem, através de intensa propaganda governamental, veiculada pelo DIP, e da valorização da educação cívica nas escolas. O estabelecimento de datas oficiais reforçava a necessária identificação entre chefe e coletividade, explicando porquê trabalho e trabalhador passaram a figurar, fortemente, nos discursos presidenciais veiculados no rádio. Todos deveriam servir ao Brasil para colocá-lo no caminho do progresso e da opulência econômica. Sobre a política trabalhista do Estado Novo, é pertinente dizer:
Dia do Trabalho, por iniciativa de Vargas, tendo em vista harmonizar os interesses entre capital e trabalho e, assim, promover, um pacto político que almejava o desenvolvimento econômico com harmonia social
o estabelecimento do salário-mínimo, no ano de 1949, ao invés de representar um poderoso instrumento de acumulação de capital urbano-industrial, fixou-o em níveis acima dos biológicos, garantindo a elevação do valor da força de trabalho e, conseqüentemente, melhorando as condições de vida da classe operária
como a legislação previdenciária, a criação da Justiça do Trabalho, a lei de Sindicalização e a Consolidação das Leis do Trabalho foram decretadas em uma conjuntura de desgaste do Estado Novo para fortalecer o compromisso político com as classes trabalhadoras, as mesmas não conseguiram ser mantidas após a deposição do ditador Getúlio Vargas, rompendo com o pacto populista
se o discurso de colaboração entre as classes em prol do desenvolvimento econômico e da paz social foi historicamente relevante para legitimar o projeto político varguista, o mesmo não conseguiu se perpetuar após a deposição do ditador, resultando em forte oposição dos operários e na eclosão de movimentos sociais, liderados pelas classes médias, que destruíram o trabalhismo de Getúlio Vargas
a necessidade de preservar o legado de Vargas, no que se refere à possibilidade de emergência controlada dos setores urbanos subalternos, especialmente do proletariado no cenário político, é fundamental para entender a fundação do Partido Social Democrático (PSD), às vésperas do golpe, visto que o pacto político implicava no reconhecimento institucional do acesso do trabalhador à cidadania
História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
República, pelo menos na minha geração, que eu assisti, que acompanhei desde o Getúlio, ou melhor, desde a Aliança Liberal, que falou em números de desenvolvimento. Essa é que era a grande fascinação do Juscelino, que terminou permeando também os elementos conservadores do PSD. (...) Na realidade, sua candidatura se impôs muito com a participação [da Ala Moça]. Vínhamos apoiando o Juscelino, que tinha sido nosso colega na Constituinte, quando ele assumiu o governo de Minas com aquele binômio "Energia e Transporte", exatamente os pontos críticos do desenvolvimento brasileiro. Depois ele se desenvolveu no Plano de Metas. Então, quando o Juscelino colocava o problema em termos de metas - meta de energia elétrica, meta de siderurgia -, não havia como (...) se opor a esses objetivos, que se confundiam com o próprio interesse da nação."
[Fonte:http://www.cpdoc.fgv.br/nav_jk/htm/depoimentos/depoimentos.asp ]
A posse de Juscelino Kubitscheck de Oliveira, integrante do PSD mineiro, à presidência da República foi um marco na reorientação da economia brasileira, rompendo parcialmente com o modelo de desenvolvimento capitalista anterior, garantindo o funcionamento das instituições liberais e democráticas no país e logrando conseguir o apoio de amplos setores da sociedade brasileira ao projeto de "desenvolvimento nacional", expresso no famoso lema dos "Cinqüenta Anos em Cinco".
A afirmativa que expressa a relevância histórica do Governo Juscelino Kubitschek é:
o golpe comandado pelo General Henrique Teixeira Lott, com apoio de líderes da UDN, a 11 de novembro de 1955, objetivava impedir a posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart, respectivamente, à presidência e à vice-presidência da República, representantes da vitoriosa coligação PSD-PTB
o governo JK acabou com o tripé da economia brasileira, que estava setorizada e distribuída desde a época de Vargas entre o capital privado nacional - responsável pelas empresas produtoras de bens de consumo; o capital estatal - alocado no setor de bens de produção, e o capital agrário nacional – associado às monoculturas de exportação
o Plano de Metas, embora tenha sido a primeira experiência ambiciosa de planejamento econômico integrado no Brasil, não conseguiu conjugar, sob controle do governo, as atividades do capital público e do capital privado nacional e estrangeiro, o que implicou em total desnacionalização da economia brasileira e aumento das disparidades sociais
a aliança PSD-PTB, no Legislativo, não conseguiu manter a sua eficácia política frente à posição aguerrida da UDN que bloqueava os interesses do governo e impedia os gastos públicos, o que dificultou a aprovação do Plano de Metas, atrasando os investimentos em infra-estrutura e a construção de Brasília
o projeto de desenvolvimento juscelinista operou uma ruptura com a orientação da política econômica varguista em dois níveis, quais sejam: o privilégio dado ao setor de bens de consumo duráveis, através da produção de automóveis, eletrodomésticos e similares, e a abertura ao capital estrangeiro sob a forma de empréstimos e investimentos diretos de capital e tecnologia
História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
As palavras do General Golbery, figura proeminente do regime militar, instaurado a partir de 1964, no Brasil, remetem à doutrina de Segurança Nacional, formulada na Escola Superior de Guerra, que definiu ser a luta principal contra o "inimigo interno", uma vez que a bipolaridade do mundo atravessou fronteiras e se transformou em problema de segurança nacional. A "guerra revolucionária" era a nova estratégia para eliminar o 'inimigo interno', identificado aos movimentos e 'focos' de subversão à ordem, em particular, o chamado "bolsão comunista". A destruição do "inimigo interno", através da "guerra revolucionária", era indispensável para assegurar a "defesa interna" e implementar o novo modelo de desenvolvimento capitalista. Com isso, justificavam-se os princípios fundamentais que nortearam a ditadura militar: o binômio Segurança e Desenvolvimento. Sobre a implantação do Estado autoritário e seus desdobramentos, é pertinente afirmar:
o inimigo interno, identificado pelo governo, era representado pelos oposicionistas ao regime militar que se propunham somente a lutar pela redemocratização do país e pelos direitos dos trabalhadores, embora não tenham angariado o apoio de outros setores organizados da sociedade, tornando-se, assim, alvo da repressão
o modelo de desenvolvimento capitalista adotado durante este período, que resultou no "milagre" econômico, não possibilitou o crescimento esperado pelo governo, acarretando taxas elevadas de inflação, a queda brusca nas exportações e o descontentamento das classes trabalhadoras, que passaram a se organizar em sindicatos livres com o objetivo de obter melhores condições salariais
o movimento de 31 de março/1º de abril de 1964 e a sua consolidação ─ que tinha como objetivo central livrar o país da corrupção e lutar contra o comunismo ─ estava inserido no contexto histórico da Guerra Fria, alinhando o Brasil aos interesses americanos que buscavam conter os movimentos revolucionários da América Latina através da ajuda econômica, intensificando empréstimos e investimentos, de modo a garantir a sua supremacia no continente
uma das estratégias encontradas pelos governos militares para assegurar a defesa interna foi o fechamento da economia brasileira às indústrias estrangeiras que se viram obrigadas a reduzir significativamente seus investimentos no país, aliando-se a isto a decisão de aumentar a capacidade do Estado de arrecadar tributos através da contenção da inflação
a bipolarização do poder político interno deu-se através da acirrada e constante disputa eleitoral entre a Arena e o MDB, os dois partidos políticos atuantes no período; a Arena, franca opositora do governo, liderava o movimento a favor da redemocratização, além de permitir, a princípio, a presença de lideranças de esquerda em sua legenda
História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
A transição do poder militar para o poder civil, através de uma composição "pelo altoï" das forças dominantes em nossa sociedade, batizada como "Nova Repúblicaï", traria à tona os graves impasses políticos e os efeitos avassaladores da crise econômico-financeira e social. A miséria, o desemprego, o achatamento salarial, os alarmantes índices de violência, a carência das áreas de educação e saúde, os modestos índices de crescimento econômico e a crise ético-moral mostram que há ainda um difícil e longo caminho a percorrer... Sobre esse importante momento da história contemporânea da República Brasileira, após vinte e um anos de vigência do Estado autoritário evidencia-se, EXCETO:
enquanto a convenção do PDS escolheu o político e empresário Paulo Salim Maluf para candidato à presidência, dissidentes do PDS, a exemplo do líder José Sarney, lançaram, em julho do mesmo ano, a Frente Liberal, formando com o PMDB a chamada Aliança Democrática que indicou a candidatura de Tancredo Neves
às vésperas da votação da emenda das "Diretas-Já", que não foi aprovada no Congresso Nacional, o presidente Figueiredo decretou o "estado de emergência" em Brasília, a fim de impedir concentrações públicas e reuniões, até mesmo em recinto fechado, determinar a censura prévia, permitir a "busca e apreensão em domicílio", intervir em entidades de classe e controlar a entrada em Brasília
o movimento dos caras-pintadas foi um protesto estudantil que envolveu milhares de jovens de todo o Brasil que foram às ruas reivindicar o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, diante dos escândalos de corrupção e do confisco da caderneta de poupança
a eleição indireta, através do Colégio Eleitoral, foi mantida para a sucessão do presidente Figueiredo, embora durante o seu governo a inflação tivesse estado controlada, a taxa de desemprego diminuída, a dívida externa estabilizada e as condições de vida no Brasil melhoradas em função dos investimentos na área social
o candidato Fernando Collor de Melo saiu vitorioso no segundo turno das eleições, como primeiro presidente da República eleito pelo voto direto, em novembro de 1989, embora o seu compromisso com o desenvolvimento e a justiça social não se cumprissem diante do impeachment que foi aprovado em 28 de agosto de 1992 pela Câmara dos Deputados
História - História Geral - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
O texto acima retrata certas ações e práticas da elite política e militar romana, à época do Império, que evidenciavam como as diversas instâncias do poder público eram permeáveis a interesses econômicos que, não inscritos em lei, garantiam o funcionamento das instituições por meio de um código de enriquecimento que transitava pelo poder privado, tendo em vista legitimar relações de domínio no âmbito de uma sociedade escravista.
A respeito das articulações entre as relações de poder, as determinações sócio-econômicas e a cri
se, a princípio, as práticas de corrupção entre membros do poder público e homens de negócios garantiram o funcionamento das instituições imperiais resultaram em uma anarquia que se abateu sobre o Exército e o Senado romanos, destruindo o poder diárquico que sustentava o Império
a crise do IIIº século foi uma crise eminentemente político-militar, cujas raízes remontavam à corrupção e ao clientelismo que sempre caracterizaram o exercício do poder em Roma, uma vez que a economia urbana e escravista estava no auge, fomentando um enorme afluxo de riquezas das províncias para a península
a carência de mão-de-obra, a perda de autonomia das províncias e o aumento da tributação foram elementos que contribuíram para o esgotamento da crise da economia escravista romana, gerando a falência dos grandes proprietários no campo, reforçando o papel econômico das cidades e consolidando as atividades ligadas ao comércio e ao artesanato em detrimento da agricultura praticada na latifúndia romana.
a "Pax Romana" marcou o fim das conquistas romanas, tendo em vista assegurar as fronteiras ocidentais e orientais do Império sob a mira dos povos germânicos; porém, interrompeu a fonte regular abastecedora de mão-de-obra, golpeando o escravismo antigo e determinando uma crise catastrófica da economia urbana
a constante necessidade de fortificação e militarização das fronteiras do Império Romano foi um elemento determinante para explicar a crise do IIIº século porque a ampliação do efetivo do Exército estimulou práticas de propina entre seus membros, principalmente entre as legiões, desencadeando a indisciplina e a desorganização do poder militar
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