Questões de Línguas Outras

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Sabendo que a identificação dos sinais de determinada língua pode ser feita por meio de pares mínimos, ou seja, pares de sinais que contrastam minimamente, assinale a opção que apresenta pares mínimos nos sinais da LIBRAS.

  • A. QUEIJO e TER
  • B. APRENDER e SÁBADO
  • C. CASA e PRÉDIO
  • D. NÚMERO e AMOR
  • E. DESCULPA e AVIÃO

Para Felipe (1989) e Ferreira-Brito (1990) existem várias possibilidades de ordenação da frase em LIBRAS, no que se refere ao sujeito (S), ao verbo (V) e ao objeto (O). Em relação a esses termos, a ordenação básica em LIBRAS é

  • A. VOS.
  • B. OVS.
  • C. OSV.
  • D. SOV.
  • E. SVO.

O desenvolvimento da identidade surda depende da interação do sujeito surdo

  • A. O desenvolvimento da identidade surda depende da interação do sujeito surdo
  • B. com os ouvintes, em decorrência de tratamento médico e fonoaudiológico com o uso de próteses auditivas e implante coclear.
  • C. com crianças ouvintes por meio do uso de gestos e mímicas durante as brincadeiras.
  • D. com pessoas ouvintes de sua família e do desenvolvimento da leitura labial.
  • E. na comunidade surda e com professores surdos na escola com a utilização da comunicação visual, principalmente da LIBRAS.

A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é considerada

  • A. uma linguagem constituída de gestos e pantomimas.
  • B. uma língua articulada através das mãos, das expressões faciais e do corpo.
  • C. uma linguagem composta de gestos e dramatizações que comunicam uma mensagem.
  • D. um conjunto de sinais que expressam somente conceitos concretos.
  • E. uma forma de comunicação das pessoas que não falam.

Gesser (2015), nos cadernos de tradução organizados por Rodrigues e Quadros (2015), aponta alguns fatores que dificultam o “trânsito” do intérprete educacional.

A que sentido de “trânsito” do intérprete educacional a autora está se referindo?

  • A. Sinalizar pedagogicamente e sinalizar academicamente.
  • B. Fazer uso do linguajar formal do professor e do linguajar informal do aluno surdo.
  • C. Traduzir didaticamente e traduzir culturalmente.
  • D. Interpretar ensinando e ensinar interpretando.
  • E. Discursar oralmente e discursar corporalmente.

Segundo Quadros (2004), o intérprete de língua de sinais está constantemente exposto a discursos:

  • A. narrativo, estético, persuasivo, crítico, em prosa e argumentativo.
  • B. narrativo, persuasivo, explicativo, argumentativo, conversacional e procedural.
  • C. explicativo, estratégico, argumentativo, informativo, jornalístico e poético.
  • D. estético, dissertativo, comunicativo, narrativo, persuasivo e explicativo.
  • E. narrativo, literário, explicativo, conversacional, procedural e argumentativo.

Para questionar a postura conservadora em relação à fidelidade da tradução, Gile (1995) realizou um experimento para ajudar seus alunos a entender essa questão. O experimento foi adaptado para a disciplina de tradução do Curso de Letras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e é reproduzido abaixo:

Considerando a variação nos resultados e as reflexões sobre os conceitos de fidelidade, a variedade de verbalização para a mesma imagem é explicada:

  • A. pela abordagem técnica de cada tradutor, pelas suposições que faz com relação ao público receptor da mensagem e pela diferença na maneira como, dadas as suas circunstâncias pessoais (histórico-sócio-temporais), o indivíduo decide verbalizá-la.
  • B. pela variação na formação, pelo conhecimento que tem de seu interlocutor e pela diferença contextual que envolve os interlocutores do ato interativo.
  • C. pela diversidade conceitual dos sujeitos frente à imagem, pelas relações categoriais que é capaz de desenvolver e pela diferença na maneira como o indivíduo decide verbalizá-la.
  • D. pelas relações atitudinais do receptor frente à mensagem transmitida pelo emissor, pelo julgamento no nível intelectual da plateia e pela diferença na maneira como, dadas as suas circunstâncias pessoais (histórico-sócio-temporais), o indivíduo decide verbalizá-la.
  • E. pela maneira como cada indivíduo ‘percebe’ a mensagem, pelas suposições que faz com relação ao nível e grau de entendimento de seu interlocutor e pela diferença na maneira como, dadas as suas circunstâncias pessoais (histórico-sócio-temporais), o indivíduo decide verbalizá-la.

No que se refere à formação de tradutores/intérpretes de língua de sinais, assinale a alternativa INCORRETA.

  • A. No mapeamento dos Estudos da Tradução no Brasil, realizado em 2003 pelas professoras Maria Lúcia Vasconcellos (UFSC) e Adriana Pagano (UFMG), a tradução/interpretação de língua de sinais ainda não havia sido mencionada, pois nessa época a formação era “empírica”, por meio de cursos livres e de extensão, focando a prática desse profissional a partir das suas experiências de trabalho, e também porque as pesquisas em nível de pós-graduação stricto sensu iniciaram a partir do ano de 2005.
  • B. Grande parte dos cursos livres e de extensão, a partir da década de 1990, configuram-se como uma das primeiras formações existentes para intérpretes de língua de sinais, e neles se abordavam temas como a proficiência linguística, a inserção cultural, habilidades, competências, técnicas e estratégias de trabalho, qualidade de interpretação e comportamento ético perante as situações apresentadas.
  • C. Até 2015, a formação de tradutores/intérpretes de Libras se deu em cursos localizados na área da educação, por ser esse o campo que discute mais diretamente as questões que se relacionam com a surdez, o bilinguismo, a inclusão, os movimentos sociais surdos e a acessibilidade, entre outros temas típicos desse espaço.
  • D. Os primeiros processos de formação iniciam-se pelos cursos livres, geralmente organizados por associações de surdos e/ou pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS).
  • E. No início do século XXI, os cursos para formação de intérpretes contavam com pessoas com diferentes motivações: os que frequentavam para aprofundar seus conhecimentos na língua de sinais, conhecer mais a comunidade surda, ter mais fluência e proficiência, tornar-se bilíngue e assim por diante. Pessoas com essas motivações não necessariamente atuavam como intérpretes, posteriormente, demonstrando que a constituição da identidade desse grupo ainda estava em processo.

Assinale a alternativa que apresenta características exclusivas da interpretação em língua de sinais.

  • A. Envolve línguas de modalidades auditivas e visuais, e, por envolver dois modos diferentes de expressão, se um dos participantes for bilíngue, mesmo assim ele não terá acesso às duas línguas utilizadas no evento interpretado.
  • B. Envolve línguas de modalidades auditivas e, por isso, se um dos participantes do evento interpretado for bilíngue, ele terá acesso às duas línguas utilizadas.
  • C. Historicamente tem usufruído de prestígio, pois há muitos anos se destaca em contexto de conferência.
  • D. Exige que o intérprete fixe o olhar em quem está sendo interpretado, ou seja, na fonte da mensagem, para que possa fazer anotações enquanto realiza interpretações consecutivas.
  • E. Exige que o intérprete fixe o olhar em quem está recebendo a interpretação, ou seja, o alvo da mensagem, de modo que o surdo tenha acesso pleno à língua-fonte.

Considerando a caracterização que Leite (2005) faz a respeito do tradutor, assinale a alternativa que apresenta o processo de tradução do profissional que fez a tradução do inglês para português do best seller ao lado.

  • A. Considerando a caracterização que Leite (2005) faz a respeito do tradutor, assinale a alternativa que apresenta o processo de tradução do profissional que fez a tradução do inglês para português do best seller ao lado.
  • B. O tradutor raramente pode incorporar feedback de outros profissionais para resolver problemas linguísticos da língua-fonte.
  • C. A tradução favorece a escolha linguística em detrimento do sentido.
  • D. O tradutor dificilmente pode fazer uso de materiais e é limitado pelo fator tempo.
  • E. O tradutor pode se reportar constantemente ao texto-fonte para produzir, tendo a opção de poder retornar às partes já traduzidas a qualquer tempo.
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