Questões de Meio Ambiente da Fundação CESGRANRIO (CESGRANRIO)

A avaliação energética das alternativas propostas em estudos de inventário hidrelétrico de bacias hidrográficas deve considerar critérios energéticos básicos.

Sobre esses critérios, constata-se que o(a)

• A. valor limite de ganho de energia firme é o valor máximo do ganho de energia firme de um aproveitamento qualquer, acima do qual o aproveitamento não será considerado na composição de uma alternativa.
• B. fator de capacidade de referência é o índice representativo do potencial energético de um aproveitamento e está associado à queda bruta máxima utilizada para o cálculo da energia firme.
• C. energia firme de um sistema corresponde à energia disponível em períodos de hidrologia favorável, podendo ser utilizada no atendimento a consumidores de carga interruptível.
• D. potência instalada é obtida aplicando-se o fator de capacidade de referência à energia firme do aproveitamento, quando integrado na alternativa de divisão de queda tomada como base de dimensionamento energético.
• E. capacidade de ponta é a maior carga que um sistema pode atender sem ocorrência de deficit nas piores condições hidrológicas.

Em um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) de um SIG, é preciso que os dados alfanuméricos estejam vinculados a dados espaciais.

É uma característica própria que descreve a estrutura vetorial de dados espaciais:

• A. O vínculo com atributos alfanuméricos torna-se facilitado.
• B. O cálculo de distâncias e de áreas vincula-se ao desempenho do hardware.
• C. Os fenômenos com variação contínua no espaço são melhor representados.
• D. As fronteiras das imagens são descontínuas — efeito serrilhado.
• E. A execução de operações entre camadas da mesma área e atributos distintos é fácil e rápida.

Pretende-se realizar um mapeamento temático digital de uma área com precisão gráfica de 0,2 mm, cujo detalhamento distinguirá feições com mais de 2 m de extensão.

Nesse caso, a escala cartográfica que deverá ser utilizada é

• A. 1: 5.000
• B. 1: 10.000
• C. 1: 20.000
• D. 1: 25.000
• E. 1: 50.000

O conhecimento dos condicionantes que levam à deflagração de deslizamentos de terra envolve técnicas e métodos variados. Numa situação específica de deslizamento, utilizou-se um recurso técnico apropriado para a coleta rápida de dados visando à preparação de mapas temáticos de geologia e de geomorfologia e à análise das condições gerais do arcabouço tectônico da região onde está localizado o deslizamento. Trata-se de um recurso particularmente interessante no mapeamento e no inventário de escorregamentos de uma região geográfica ampla.

Na situação descrita, como recurso técnico apropriado, utilizaram-se as(os)

• A. imagens de satélites e radares
• B. fotografias obtidas de helicópteros
• C. sondagens rotativas
• D. sondagens a percussão
• E. mapeamentos detalhados de campo

O menor declive existente nas regiões médias e inferiores de um rio provoca a diminuição tanto de sua velocidade como de sua capacidade de transporte, iniciando-se, assim, a sedimentação do material transportado. Os primeiros sedimentos fluviais, formados no sopé das encostas, recebem a designação de depósitos de piemonte.

Esses depósitos também são chamados de

• A. leques aluviais
• B. matacões
• C. tálus
• D. marcas onduladas
• E. rampas de colúvio

Os exemplos brasileiros de desertificação ecológica, na sua maioria, sinônimos de uma degradação ambiental generalizada, são caracterizados por alguns aspectos.

Em relação a esses aspectos, considere as afirmações abaixo.

I - A deterioração da camada superfi cial do solo é promovida por desmatamentos, seguidos de práticas de culturas intensivas.

II - A instalação de processos acelerados de erosões eólica e hídrica é uma forma de degradação ambiental generalizada.

III - A perda constante de matéria orgânica contida no horizonte A do solo acelera a desertifi cação ecológica.

IV - A diminuição do rendimento dos cultivos e a implantação de superfícies arenosas são agentes de processos de degradação ambiental.

É correto o que se afirma em

• A. I e II, apenas
• B. I, II e III, apenas
• C. II, III e IV, apenas
• D. I, III e IV, apenas
• E. I, II, III e IV

A caracterização operacional de uma usina hidrelétrica está fortemente condicionada por seu dimensionamento energético, definido na fase dos estudos de inventário e viabilidade. Essa caracterização pode ser feita quanto ao regime operativo dos reservatórios ou quanto à alocação da geração da usina na curva de carga do sistema ao qual está integrada, sintetizada pelo conceito de fator de capacidade.

No que concerne a essa caracterização operacional, observa-se o seguinte:

• A. a definição do regime operativo dos reservatórios das usinas localizadas em uma mesma bacia hidrográfica não é feita na fase dos estudos de inventário e será objeto de estudos de otimização na fase de projeto executivo dessas usinas.
• B. as usinas de base operam com fator de capacidade mais baixo, em contraste com as usinas de ponta, que apresentam um fator de capacidade mais alto.
• C. as usinas hidrelétricas reversíveis, muito utilizadas para o suprimento da base de carga do sistema elétrico, em geral, operam com grande reservatório e pequena queda.
• D. nas usinas a fio d’água, os benefícios energéticos se realizam não apenas na própria usina, mas também nas demais usinas a jusante, que se beneficiam da regularização da vazão do reservatório.
• E. nas usinas cujos reservatórios operam a fio d’água, o objetivo principal na formação do lago é maximizar a altura de queda disponível para geração.

Os estudos finais de dimensionamento energético-econômico de um aproveitamento hidrelétrico concentram-se na etapa de Estudos de Viabilidade, objetivando selecionar a melhor alternativa de localização do eixo da barragem, definindo o arranjo físico ótimo.

Nesses estudos, considera-se que

• A. a queda de projeto da turbina corresponde à queda líquida para a qual a turbina, com seu distribuidor na abertura máxima, fornece a potência nominal do gerador.
• B. a queda de referência corresponde à queda líquida para a qual a turbina tem o seu máximo rendimento.
• C. o período crítico de um sistema de referência é definido como aquele período do histórico hidrológico em que os reservatórios não podem ser plenamente utilizados, pois ocorre deficit.
• D. o sistema de referência é definido como o conjunto de usinas geradoras de energia elétrica, em relação ao qual serão determinados os benefícios energéticos incorporados pelo aproveitamento em estudo.
• E. quanto menor for a depleção máxima de qualquer reservatório, mantidos iguais os demais fatores, maior será a energia firme do sistema, dependendo de sua localização.

O estudo das interações possíveis entre as atividades de um empreendimento e os processos ambientais deve ser a base para fazer a análise de impactos do empreendimento.

Essas interações inicialmente podem ser identificadas a partir de

• A. analogia com casos similares.
• B. consulta à Resolução Conama nº 1/1986.
• C. consulta a moradores locais que conhecem o local e os seus processos ambientais.
• D. dedução, ou seja, generalização a partir de fatos e fenômenos observados.
• E. indução, ou seja, inferência das consequências lógicas a partir do confronto das atividades do empreendimento com os processos ambientais do local.

A ecologia e a biogeografia têm como desafios o estudo das condições ambientais e dos processos bióticos determinantes da abundância e da distribuição das espécies. A influência da área do hábitat na riqueza e na ocupação do espaço pelas espécies tem sido testada em muitas comunidades animais, com ênfase na teoria de biogeografia de ilhas.

Segundo a atual Teoria do Equilíbrio da Biogeografia de Ilhas, o(s) mecanismo(s) que influencia(m) a relação

• A. entre as espécies de qualquer área é, exclusivamente, a colonização.
• B. entre as espécies é, apenas, o tamanho da área a ser conquistada.
• C. espécie-área é, exclusivamente, a extinção seletiva.
• D. espécie-área foram sintetizados em um equilíbrio entre os processos de dispersão e colonização.
• E. espécie-área foram sintetizados em um equilíbrio entre os processos de colonização/imigração e extinção/emigração.