Questões de Português

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(Disponível em: https://exame.com/blog/crescer-em-rede/ao-inves-de-um-novo-normal-um-normal-

melhor-para-educacao / - texto adaptado especialmente para esta prova)

Observe a charge a seguir e analise o que se afirma a respeito da relação entre a imagem e o texto:

Fonte: http://www.rizomas.net/charges-sobre-educacao.html

I. A imagem mostra o que se espera da educação ao fim do período de isolamento social assim como o texto. II. A imagem ilustra o processo de educação a distância de forma crítica, assim como o texto. III. A imagem traz um conceito positivo da educação a distância ao passo que o texto traz os aspectos negativos.
Quais estão corretas?

    A) Apenas I.

    B) Apenas II.

    C) Apenas III.

    D) Apenas I e II.

    E) Apenas II e III.


A crase não foi representada em

    A) O jeito de consumir bebidas em bares e restaurantes está mudando. Se antes havia uma preocupação muito maior em relação a "beber mais", hoje, os consumidores estão muito mais atentos à quantidade e à qualidade do que eles ingerem (linhas 1 a 4).

    B) Aliado a isso, as empresas do setor têm estimulado seus clientes a consumirem menos e melhor, promovendo, inclusive ações de conscientização (linhas 6 a 8).

    C) Afinal, crianças e adolescentes também estão suscetíveis a consumirem bebidas alcoólicas – o que é algo proibido por lei (linhas 10 e 11).

    D) "Nós da equipe pedagógica e diretiva ressaltamos o projeto por terem desenvolvido oficinas e palestras em nossa unidade escolar, sempre com temas relevantes e significativos que levam os estudantes a reflexão e, principalmente, a transformação de atitudes e construção de valores", afirma Elisangela Lima Teixeira, Coordenadora Pedagógica da instituição (linhas 35 a 40).

Esta startup compra roupas usadas e devolve para as fabricantes revendê-las
Britânica Stuffstr desenvolveu um negócio que tem como objetivo finalizar o ciclo de uso das vestimentas. Adidas já é uma das parceiras


     Pelo menos uma vez por ano, algumas pessoas fazem aquela limpeza no guarda roupas e pensam no que fazer com peças que não servem mais ou que já não combinam com o novo estilo de vida. A partir daí, as roupas são direcionadas para doação ou para revenda em sites ou brechós. Muitas, ainda, acabam sendo descartadas, mesmo com condições de uso. Enquanto isso, a fabricante não tem ideia de qual fim tiveram as peças produzidas.
      De olho nessa oportunidade, a startup britânica Stuffstr resolveu aprimorar o trabalho de recolhimento e repasse de roupas de segunda mão. Eles coletam e armazenam dados dos produtos por até cinco anos. Os clientes então podem pesquisar para descobrir quanto a empresa pagará para comprar o item de volta.
       A startup coleta o item do consumidor e leva para o local de triagem, que analisa se a peça ainda tem condições de uso. As que têm são direcionadas de volta às empresas; já as que têm perda total vão para reciclagem. A Stuffstr, então, envia essas informações de volta às marcas, com base nas condições das roupas devolvidas.
    As marcas podem usar essas informações para planejar o desenvolvimento futuro de produtos, visando melhor durabilidade, e ajustar os preços que oferecem aos consumidores pelos itens usados.
   Com isso, a startup argumenta que os consumidores ganham um dinheiro extra, o desperdício é reduzido e as marcas obtêm dados e informações valiosas sobre as peças e os clientes. As primeiras parcerias da Stuffstr foram com as empresas John Lewis e Adidas. Ao entrar no site das marcas, o cliente se depara com a possibilidade de vender peças usadas para a startup.
    À Forbes, o co-fundador da Stuffstr, John Atcheson disse que a startup está “em uma posição única para poder oferecer aos consumidores um nível sem precedentes de transparência sobre o que acontece com o material – onde é revendido e por quanto – e até o que acontece se não puder ser revendido e for direcionado para a reciclagem. 70% de tudo o que estamos comprando vai para aterros, mesmo que ainda seja utilizável”, diz. De acordo com ele, a ideia é fechar o ciclo de uso das peças e reduzir o descarte desnecessário.


Disponível em: <https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Moda/noticia/2020/01/esta-startup-compra-roupasusadas-e-devolve-para-fabricantes-revende-las.html>. Acesso em: 29 jan. 2020.
Qual alternativa apresenta palavras com dígrafo, hiato e ditongo, nessa mesma ordem?

    A) Pessoas; parceiras; posição.

    B) Triagem; aterros; informações.

    C) Ganham; ainda; empresas.

    D) Sobre; possibilidade; objetivo.

    E) Fechar; clientes; roupas.

Texto I

O texto I é o trecho de uma entrevista concedida pelo psicólogo Nelson Pedro da Silva ao repórter Adalberto Piotto, no programa CBN Total da rádio CBN. Leia-o com atenção e responda a questão..

Chave da transcrição:

Barra oblíqua simples (/) – pausa breve 

Barra oblíqua dupla (//) – pausa longa 

Barra vertical (|) – assalto ou troca de turno 

... – hesitação 

? – interrogação

! – exclamação

Letra inicial maiúscula – usada com substantivos próprios

Trecho transcrito – 3 minutos e 48 segundos 



Um dos sentidos possíveis para o trecho “... o pai da criança que pratica o bullying e depois pode contar essa história e ser apontado como/ Oh, você é muito macho, meu filho” (linhas 04 e 05) é.

    A) A prática do bullying é mais utilizada pelos filhos homens, incentivados pelos pais.

    B) A criança prefere praticar o bullying na frente do pai como uma forma de autoafirmação.

    C) Em algumas situações, o próprio pai incentiva a criança a praticar o bullying achando que isso pode contribuir para a exaltação da masculinidade do filho.

    D) O pai da criança, ao praticar o bullying na frente do filho, está dando um mau exemplo.

    E) A prática do bullying se configura no momento em que o pai conta essa história para outra pessoa.

Toda produção escrita apresenta fatores de contextualização que ancoram o texto em uma situação comunicativa. Feita a leitura do texto abaixo responda a questão.


O tom da velhice

Pardais são como cantores profissionais: Também têm momentos de auge e declínio em suas carreiras. Entre pássaros, é comum que o canto de um macho invasor sirva como alerta de perigo. Só que pardais mais velhos colocam menos banca usando o gogó que os mais novos. Cientistas descobriram isso, colocando trinta e cinco pardais para ouvir sons de rivais com dois ou dez anos de idade. As cobaias se mostraram preocupadas com ruídos dos jovens, se aproximando desta fonte sonora para investigá-los. Avoz dos anciões, porém, não gerou a mesma comoção. O próximo passo é descobrir se ter um tom idoso afeta o match com as fêmeas.

Fonte: Sessão Fatos. Revista Superinteressante. Edição 412, fevereiro/2020, pag. 14.

Com relação ao tipo de registro empregado no enunciado “Só que pardais mais velhos colocam menos banca, usando o gogó que os mais novos”, é CORRETO afirmar:


I- A elaboração linguística do enunciado apresenta um registro formal, empregando termos, exclusivos da variedade culta.

II- O enunciado foi construído com a utilização de termos coloquiais, para facilitar a compreensão do leitor.

III- O texto é da esfera jornalistica, sendo necessária uma linguagem objetiva, clara e precisa.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

    A) II.

    B) I e II.

    C) I e III.

    D) II e III.

    E) III.

Balada do Rei das Sereias


O rei atirou

Seu anel ao mar

E disse às sereias:

– Ide-o lá buscar,

Que se o não trouxerdes,

Virareis espuma

Das ondas do mar!


Foram as sereias,

Não tardou, voltaram

Com o perdido anel.

Maldito o capricho

De rei tão cruel!


O rei atirou

rãos de arroz ao mar

E disse às sereias:

– Ide-os lá buscar,

Que se os não trouxerdes,

Virareis espuma

Das ondas do mar! 


Foram as sereias

Não tardou, voltaram,

Não faltava um grão.

Maldito o capricho

Do mau coração!


O rei atirou

Sua filha ao mar

E disse às sereias:

– Ide-a lá buscar,

Que se a não trouxerdes,

Virareis espuma

Das ondas do mar! 


Foram as sereias...

Quem as viu voltar?...

Não voltaram nunca!

Viraram espuma

Das ondas do mar.


(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1974.)

Assinale a opção em que há uma palavra grafada com a letra “X” que se pronuncia da mesma forma que a letra “X” da palavra “trouxerdes” presente no poema:

    A) sintaxe

    B) inexorável

    C) êxito

    D) tóxico

    E) mexerica

Todas as palavras da sequência estão grafadas CORRETAMENTE em:

    A) Cizânia – ojeriza – apaziguar – deslizamento – envernizado.

    B) Usura – reveses – despreso – maisena – grisalho.

    C) Pretensão – suspenção – expansivo – conversível – defensivo.

    D) Submissão – discussão – remissão – intercessão – restrissão.

    E) Intervenção – exceção – presunsão – remição – contenção.

A onça e a raposa 


    A raposa e a onça eram inimigas antigas. Cansada de ser enganada pela raposa, sem poder apanhá-la, a onça resolveu atraí-la à sua furna, fazendo correr a notícia de que tinha morrido, e deitando-se no chão da caverna a fingir de cadáver. Todos os bichos vieram olhar a defunta, contentíssimos. A raposa também, mas prudentemente, pondo-se de longe. E, por trás dos outros animais, gritou:

    — Minha avó, quando morreu, espirrou três vezes. Espirrar é o único sinal verdadeiro da morte. 

    Para mostrar que estava morta de verdade, a onça espirrou três vezes e a raposa fugiu às gargalhadas.

    A onça ficou furiosa por ter ela descoberto facilmente seu embuste e resolveu agarrá-la, quando fosse beber água. Havia seca no sertão e somente numa cacimba, ao pé duma serra, se encontrava ainda um pouco de água. Todos os bichos eram obrigados a matar a sede ali. A onça ficou à espera da adversária dia e noite, ao pé da bebida. 

    Nunca a raposa curtira tanta sede em dias de sua vida. Ao fim de uns três, já não aguentava mais. Resolveu empregar astúcia para se desalterar. Procurou um cortiço de abelhas. furou-o e, com o mel que dele escorreu, untou todo o corpo. Espojou-se, depois, num monte de folhas secas, que se grudaram aos seus pelos e a cobriram toda. 

    Ao cair da tarde, foi à cacimba. A onça montava guarda, olhou-a muito tempo e perguntou-lhe: 

    — Que bicho és tu que não conheço e nunca vi? 

    Ela respondeu, disfarçando a voz.

    — Sou o bicho Folharal.

    — Está bem. Podes beber. 

    Mais que depressa, a raposa desceu a pequena rampa do bebedouro, meteu-se na água, sorvendo-a com delícia, e a onça, lá de cima, vendo aquela sofreguidão no beber de animal que trazia sede de vários dias, desconfiou e murmurou:

    — Quanto bebes, Folharal! 

    Mas a água derretia o mel e as folhas iam-se despregando. Quando a raposa se fartou, caíra a última. Então, a onça a reconheceu e, com um urro de triunfo, saltou ferozmente sobre ela. A noite viera, o pulo foi mal calculado no escuro e a raposa escapou, fugindo às gargalhadas. 

No contexto, o termo embuste pode ser substituído, sem alterar o sentido, por:

    A) raiva

    B) crime

    C) chateação

    D) emboscada

    E) deselegância

Texto 1


Conectividade 




Eram umas nove mulheres entre primas e amigas! Um lanche presencial para reunir a conversa, era a intenção. Entrei em casa, um silêncio sepulcral! Até me assustei. Onde estarão as beldades? Para minha surpresa e alívio estavam na sala, todas conectadas no WhatsApp, conversando com outras amigas e acho que até mesmo entre elas. Nem me viram. Saí pé por pé para não interromper a “conversa”. Conversa de corpo presente com as ausentes e das ausentes com as de corpo presente. “Roucas” de tanto clicarem! Tempos modernos!


Joao Marcos Mallucelli. Disponível em https://paranaportal.uol.com.br/colunas/cronic as-de-sexta/conectividade/ Acesso em: 23/05/2020.




É possível compreender que a palavra “ausentes” no período “Conversa de corpo presente com as ausentes e das ausentes com as de corpo presente.” do texto I indica pessoas que:

    A) não quiserem ir ao encontro.

    B) não são amigas verdadeiras.

    C) esqueceram o encontro.

    D) não estavam no encontro.

    E) preferem conversar pelas redes sociais.

João Cabral de Melo Neto e a tradição do romance de 30
Por CARVALHO, 2009 (trecho de artigo adaptado).

Quando João Cabral de Melo Neto começou a escrever poesia no Recife do final dos anos 1930, perdia fôlego a vigorosa produção de romances de autores nordestinos que caracterizou um momento decisivo da literatura brasileira: Rachel de Queiroz, depois de O quinze (1930) e mais três romances, (1) passaria a se dedicar ao jornalismo; José Lins do Rego já criara o seu “ciclo da cana-de-açúcar”, (2) antes de chegar à obra-prima Fogo morto (1943); e Graciliano Ramos encerrara com Vidas secas (1938) a sua série de “ficções” para explorar a “confissão” das memórias. O grupo que Cabral frequentava, liderado por Willy Lewin, preferia cultivar uma poesia inspirada pelas sugestões do sonho, em lugar dos estímulos da terra que provocaram poetas da região durante a década de 1920, como Jorge de Lima, Ascenso Ferreira, Joaquim Cardozo e Jorge Fernandes. Não era mais tempo do Primeiro Congresso Regionalista do Nordeste, no qual, em 1926, Gilberto Freyre lançara seu célebre manifesto de valorização de temas regionais, mas sim do Congresso de Poesia do Recife, no qual, em 1941, Cabral apresentaria sua tese “Considerações sobre o poeta dormindo”.
Embora a obra de estreia Pedra do sono (1942) muito deva a esse contexto inicial, nada regionalista, Cabral desde cedo se tornou leitor dos romancistas nordestinos da década anterior. Mas seu caminho rumo a uma poesia cada vez mais centrada em seu aspecto construtivo, culminando em Psicologia da composição (1947), não incluía, em suas paisagens solares e desérticas, o Sertão e a Zona da Mata do Nordeste evocado por aqueles autores. Já em Os três mal-amados, de 1943, reconhecia, por meio do monólogo “devorador” de Joaquim, essa ausência:
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso. (Melo Neto, 1997a, p.26)
Na tentativa de descrição, reconhecemos o cenário de mais de um romance de José Lins do Rego, que no máximo poderia ser expurgado e logo descartado na fala prosaica de Joaquim, interrompida pelo silêncio. Se não fosse mais um romance na esteira de Zé Lins e companhia, a poesia parece que não daria conta de todo um mundo que fora tão bem representado, inclusive em ensaios. 
É justamente fora do país, na Espanha, que Cabral retornou à sua região. Motivado por ideias marxistas e pela necessidade de denúncia social na obra de arte, mas sem prejuízo da sua dimensão estética, escreveu seu primeiro poema centrado na paisagem e no homem nordestino, O cão sem plumas (1951), metáfora para o Rio Capibaribe de Pernambuco. Além disso, para cumprir o ideal de comunicação com o público, a partir de uma linguagem mais prosaica, as obras seguintes - O rio (1954) e Morte e vida Severina (1954-1955) -, baseadas em elementos da poesia medieval espanhola e da literatura popular nordestina, fincam a terra natal na poesia cabralina.

(CARVALHO, Ricardo Souza de. João Cabral de Melo Neto e a tradição do romance de 30. Estud. av, São Paulo, v. 23, n. 67, p. 269-278, 2009.)
Leia o texto 'João Cabral de Melo Neto e a tradição do romance de 30' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. Sem prejuízo da sua dimensão estética, João Cabral de Melo Neto escreveu seu primeiro poema centrado na paisagem e no homem nordestino, obra essa denominada “Morte e Vida Severina”, de 1951, nome esse que representa uma metáfora para o Rio Capibaribe de Pernambuco, como se pode concluir a partir da leitura cuidadosa das informações do texto. II. De acordo com as informações do texto, pode-se inferir que, em 1926, Gilberto Freyre lançou seu célebre manifesto de valorização de temas regionais no Primeiro Congresso Regionalista do Nordeste.
Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

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