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(Disponível em: https://exame.com/blog/crescer-em-rede/ao-inves-de-um-novo-normal-um-normal-
melhor-para-educacao / - texto adaptado especialmente para esta prova)
Texto I
O texto I é o trecho de uma entrevista concedida pelo psicólogo Nelson Pedro da Silva ao repórter Adalberto Piotto, no programa CBN Total da rádio CBN. Leia-o com atenção e responda a questão..
Chave da transcrição:
Barra oblíqua simples (/) pausa breve
Barra oblíqua dupla (//) pausa longa
Barra vertical (|) assalto ou troca de turno
... hesitação
? interrogação
! exclamação
Letra inicial maiúscula usada com substantivos próprios
Trecho transcrito 3 minutos e 48 segundos
Toda produção escrita apresenta fatores de contextualização que ancoram o texto em uma situação comunicativa. Feita a leitura do texto abaixo responda a questão.
O tom da velhice
Pardais são como cantores profissionais: Também têm momentos de auge e declínio em suas carreiras. Entre pássaros, é comum que o canto de um macho invasor sirva como alerta de perigo. Só que pardais mais velhos colocam menos banca usando o gogó que os mais novos. Cientistas descobriram isso, colocando trinta e cinco pardais para ouvir sons de rivais com dois ou dez anos de idade. As cobaias se mostraram preocupadas com ruídos dos jovens, se aproximando desta fonte sonora para investigá-los. Avoz dos anciões, porém, não gerou a mesma comoção. O próximo passo é descobrir se ter um tom idoso afeta o match com as fêmeas.
Fonte: Sessão Fatos. Revista Superinteressante. Edição 412, fevereiro/2020, pag. 14.
Com relação ao tipo de registro empregado no enunciado Só que pardais mais velhos colocam menos banca, usando o gogó que os mais novos, é CORRETO afirmar:
I- A elaboração linguística do enunciado apresenta um registro formal, empregando termos, exclusivos da variedade culta.
II- O enunciado foi construído com a utilização de termos coloquiais, para facilitar a compreensão do leitor.
III- O texto é da esfera jornalistica, sendo necessária uma linguagem objetiva, clara e precisa.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
Balada do Rei das Sereias
O rei atirou
Seu anel ao mar
E disse às sereias:
Ide-o lá buscar,
Que se o não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias,
Não tardou, voltaram
Com o perdido anel.
Maldito o capricho
De rei tão cruel!
O rei atirou
rãos de arroz ao mar
E disse às sereias:
Ide-os lá buscar,
Que se os não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias
Não tardou, voltaram,
Não faltava um grão.
Maldito o capricho
Do mau coração!
O rei atirou
Sua filha ao mar
E disse às sereias:
Ide-a lá buscar,
Que se a não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias...
Quem as viu voltar?...
Não voltaram nunca!
Viraram espuma
Das ondas do mar.
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1974.)
A onça e a raposa
A raposa e a onça eram inimigas antigas. Cansada de ser enganada pela raposa, sem poder apanhá-la, a onça resolveu atraí-la à sua furna, fazendo correr a notícia de que tinha morrido, e deitando-se no chão da caverna a fingir de cadáver. Todos os bichos vieram olhar a defunta, contentíssimos. A raposa também, mas prudentemente, pondo-se de longe. E, por trás dos outros animais, gritou:
Minha avó, quando morreu, espirrou três vezes. Espirrar é o único sinal verdadeiro da morte.
Para mostrar que estava morta de verdade, a onça espirrou três vezes e a raposa fugiu às gargalhadas.
A onça ficou furiosa por ter ela descoberto facilmente seu embuste e resolveu agarrá-la, quando fosse beber água. Havia seca no sertão e somente numa cacimba, ao pé duma serra, se encontrava ainda um pouco de água. Todos os bichos eram obrigados a matar a sede ali. A onça ficou à espera da adversária dia e noite, ao pé da bebida.
Nunca a raposa curtira tanta sede em dias de sua vida. Ao fim de uns três, já não aguentava mais. Resolveu empregar astúcia para se desalterar. Procurou um cortiço de abelhas. furou-o e, com o mel que dele escorreu, untou todo o corpo. Espojou-se, depois, num monte de folhas secas, que se grudaram aos seus pelos e a cobriram toda.
Ao cair da tarde, foi à cacimba. A onça montava guarda, olhou-a muito tempo e perguntou-lhe:
Que bicho és tu que não conheço e nunca vi?
Ela respondeu, disfarçando a voz.
Sou o bicho Folharal.
Está bem. Podes beber.
Mais que depressa, a raposa desceu a pequena rampa do bebedouro, meteu-se na água, sorvendo-a com delícia, e a onça, lá de cima, vendo aquela sofreguidão no beber de animal que trazia sede de vários dias, desconfiou e murmurou:
Quanto bebes, Folharal!
Mas a água derretia o mel e as folhas iam-se despregando. Quando a raposa se fartou, caíra a última. Então, a onça a reconheceu e, com um urro de triunfo, saltou ferozmente sobre ela. A noite viera, o pulo foi mal calculado no escuro e a raposa escapou, fugindo às gargalhadas.
Texto 1
Conectividade
Eram umas nove mulheres entre primas e amigas! Um lanche presencial para reunir a conversa, era a intenção. Entrei em casa, um silêncio sepulcral! Até me assustei. Onde estarão as beldades? Para minha surpresa e alívio estavam na sala, todas conectadas no WhatsApp, conversando com outras amigas e acho que até mesmo entre elas. Nem me viram. Saí pé por pé para não interromper a conversa. Conversa de corpo presente com as ausentes e das ausentes com as de corpo presente. Roucas de tanto clicarem! Tempos modernos!
Joao Marcos Mallucelli. Disponível em https://paranaportal.uol.com.br/colunas/cronic as-de-sexta/conectividade/ Acesso em: 23/05/2020.
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