Lista completa de Questões de Português para resolução totalmente grátis. Selecione os assuntos no filtro de questões e comece a resolver exercícios.
Analise as afirmativas a seguir:
I. Os pronomes podem apresentar-se como adjuntos do núcleo - capazes de funcionar como núcleo de sintagma nominal, à maneira dos substantivos - ou como absolutos, à maneira dos adjetivos, dos artigos e dos numerais.
II. Verbos são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo, entre eles, uma relação de dependência. Assim, verbo é uma classe de palavras variável com que se designam ou se nomeiam os seres em geral ou são as palavras variáveis com que se designam os seres.
Marque a alternativa CORRETA:
Uma Mente Brilhante
O filme Uma Mente Brilhante retrata a vida de John Nash, desde sua juventude até sua idade avançada, quando recebe o prêmio Nobel. John, uma mente brilhante na matemática, inicia seus estudos na universidade de Princeton. Tímido, introspectivo e solitário, quer descobrir uma teoria original, o que o torna arrogante aos olhos dos colegas de faculdade. Logo no início de seus estudos, ele divide o quarto com um amigo, Charles Herman, com quem vai manter amizade até depois de casar-se. Durante a faculdade, realiza uma descoberta que o destaca no universo acadêmico, posteriormente batizado de o teorema de Equilíbrio de Nash.
Após a faculdade, trabalha como professor e conhece sua futura esposa, Alicia Nash. Ele acredita ter sido convidado a participar de uma missão secreta, pela inteligência dos Estados Unidos, para desvendar códigos secretos enviados pelos russos a espiões nos EUA. Assim, conhece William Parcher, um espião que o acoberta e o socorre quando John corre perigo. Sua esposa começa a desconfiar de suas atitudes e pede ajuda médica. John é então internado, diagnosticado como esquizofrênico e tratado por um psiquiatra. Após vários anos de altos e baixos no tratamento, ele consegue retornar à universidade e lecionar. É mundialmente reconhecido pelas suas descobertas na matemática com o prêmio Nobel.
John provavelmente começou com os sinais e sintomas após a grande carga de stress ocasionada pela mudança para a universidade e a sua cobrança para descobrir uma teoria original. O indivíduo que desenvolve a esquizofrenia apresenta alucinações e delírios, como no caso de John Nash. Seu melhor amigo, e depois uma sobrinha dele, e o espião americano William, eram alucinações. Sobre os delírios, John criou uma realidade para seu psíquico em que ele era a chave para salvar os EUA de uma grande guerra e de um ataque com bomba russa.
Como John era introspectivo, levou-se muito tempo para descobrir a doença, e ele já estava em estado crepuscular quando sua esposa suspeitou que havia algo estranho em seu comportamento. Neste caso, o tratamento com psicotrópicos e acompanhamento do psiquiatra é fundamental. Infelizmente, como o caso ocorreu na década de sessenta, ele recebeu choques como parte do tratamento e ficou em hospital psiquiátrico por várias semanas.
Por Flávia Cristina Martins de Oliveira, em fevereiro de 2020 (disponível em: https://bit.ly/3eAYH4S). Com adaptações.
Leia o texto 'Uma Mente Brilhante' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. John criou uma realidade para seu psíquico em que ele era a chave para salvar os EUA de uma grande guerra e de um ataque com bomba russa, de acordo com o texto.
II. John Nash é mundialmente reconhecido pelas suas descobertas com o prêmio Nobel de biologia e química, de acordo com o texto.
III. Por ser uma mente brilhante na matemática, John Nash realizou seus estudos na universidade de Harvard, em uma idade bastante inferior à dos demais alunos, de acordo com as informações apresentadas no texto.
Marque a alternativa CORRETA:
O que existe ou não existe numa língua?
(Marcos Bagno)
Quando se trata de falar sobre a língua, o verbo existir pode ter dois sentidos muito diferentes. A pessoa que se guia pelo purismo linguístico (uma espécie de racismo gramatical, nada menos), quando topa, por exemplo, com uma construção do tipo pra mim fazer, exclama categoricamente: Pra mim fazer não existe em português!. Não importa que a imensa maioria da população brasileira use essa construção: o fato de não estar prevista na (limitadíssima e paupérrima) norma-padrão convencional é suficiente para decretar sua inexistência. Me divirto muito com isso. Se a coisa não existe, para que então afirmar essa não-existência? Tá lá no Freud, e se chama denegação. Se o Antigo Testamento precisou condenar a homossexualidade é porque ela existia, sim, alegre e saltitante, na sociedade hebraica daquela época. Afinal, ninguém precisa dizer que não existem elefantes na Amazônia: se fôssemos listar todas as espécies animais que não existem lá, estaríamos fazendo um trabalho inútil e, convenhamos, ridículo.
Por outro lado, quando uma linguista diz que determinada categoria gramatical (ou qualquer outro elemento) não existe numa língua, ela está enunciando aquilo que a pesquisa acumulada a respeito do fenômeno permite concluir. Não se trata de listar todas as categorias gramaticais que não existem numa língua, mas de procurar entender, num quadro mais amplo de comparação, sobretudo entre línguas aparentadas, porque aquela categoria específica, se algum dia existiu, desapareceu devido aos processos de mudança linguística. Além disso, quando a linguista diz que X não existe, ela está se referindo à língua falada espontânea, ao discurso menos monitorado possível, porque é nessa modalidade de uso que se pode realmente detectar com certeza a gramática internalizada das pessoas que falam, bem como os processos de mudança em andamento. E é precisamente disso que quero tratar aqui hoje: da inexistência, no PB (português brasileiro), de pronomes oblíquos de 3ª pessoa. Já se assustou? Não precisa.
As formas oblíquas de 3ª p. o, a, os, as não pertencem à gramática do PB (gramática entendida aqui como o conhecimento intuitivo que cada uma de nós tem da língua que fala). Essas formas só podem ser adquiridas por meio do acesso à cultura letrada, da instrução formal, do ensino consciente da língua. A esse ensino consciente podemos contrapor a aquisição inconsciente da língua, que é o misterioso processo pelo qual aprendemos a falar nossa língua materna (ou línguas no plural, no caso das pessoas sortudas que nascem e crescem em ambientes multilíngues).
Quem nos revela melhor do que ninguém a (in)existência de categorias gramaticais numa língua são as crianças, especialmente as que ainda não tiveram acesso à educação formal. Uma menina de mais ou menos 7 anos já é dotada de um conhecimento fabuloso de sua língua. Se formos coletar a fala espontânea de crianças brasileiras dessa idade, seja de que classe social for, não vamos encontrar absolutamente nenhuma ocorrência de o/a/os/as como pronomes oblíquos. Se, por outro lado, formos coletar a fala de crianças dessa idade que tenham como língua materna português europeu, galego, espanhol, catalão, provençal, francês e italiano (para ficar só nessas línguas do grupo românico), vamos encontrar uma farta ocorrência dos pronomes oblíquos de 3ª p. dessas línguas. A réplica daquela velha parlenda brasileira Cadê o docinho que tava aqui? O gato comeu seria traduzida em todas essas línguas pelo equivalente a o gato o comeu. Se as crianças brasileiras não produzem o/a/os/as é porque não adquiriram esses pronomes no ambiente familiar, e se não adquiriram é porque seus pais, tios, avós etc. não usam esses pronomes. Simples assim.
(Disponível em: https://bit.ly/372nb5v. Acesso em nov. 2020)
Leia o texto 'O que existe ou não existe numa língua?' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. A apreciação inicial do autor é verdadeira, pois a normapadrão considera erro o emprego do pronome oblíquo associado ao infinitivo em enunciados como A atividade é para mim fazer. Nesse caso, o pronome mim deveria ser substituído por um do caso reto (eu).
II. No trecho Quem nos revela melhor do que ninguém a (in)existência de categorias gramaticais numa língua, o uso do prefixo entre parênteses sugere uma alternância na construção do enunciado. A mesma função e sentido o prefixo -in possui nos seguintes exemplos: ele induziu a testemunha; foi infiel a sua esposa.
III. Ao afirmar que as formas oblíquas de 3ª p. o, a, os, as não pertencem à gramática do PB (gramática entendida aqui como o conhecimento intuitivo que cada uma de nós tem da língua que fala)", o autor sugere que construções como Quem as elogiou pelo lindo trabalho? ou Fi-lo perder tempo são mais adquiridas por meio do acesso à cultura escolar letrada.
Marque a alternativa CORRETA:
Gosto de ovo...
Por José Carlos L. Poroca (executivo do segmento de shopping centers).
Observem que o título está, no mínimo, comprometido, meio sem graça. Gosto de ovos, sim fritos ou cozidos. E fiquei muito tempo regulando a quantidade que poderia ter ingerido, porque havia uma crença e uma recomendação que ovos produziam excesso de colesterol. O que deixei de comer (ovos) durante anos poderá fazer falta adiante e não vou perdoar os que difundiam essa crença. Nada farei, sob o ponto de vista do direito do consumidor. Vou apenas rogar uma praga para os que incentivaram a economia no hábito de comer ovos: que nasçam furúnculos nas bochechas, nas partes internas das coxas e em outras partes do corpo.
O título correto seria gosto de ovo e de enxofre. O gosto do título e da frase era para ter um acento circunflexo, acento que foi derrubado pela nova ortografia que nem é tão nova assim. Resultado: surgem interpretações mil em cima de uma única palavra ou de uma frase. Não havia necessidade de mudança e, aí, vêm as perguntas: pra quê? por quê? a troco de quê? Evidente que alguém ganhou nessa história, não sei de que forma. Mas sei que essa mudança continua causando confusão, sob vários aspectos.
Vejam alguns exemplos que a revisão trouxe: insosso de estar sem sal e do (a) cara que é sem sal; choro tão fácil: choro, de chorar; choro, variação do verbo chorar; pelo com acento, a gente sabia que havia cabelo, pelo ou pentelho; hoje, ficamos na incerteza, porque se confundiu com outros pelos; o doce, sem o circunflexo, ficou menos doce, menos saboroso. Os exemplos, até por falta de espaço, não são poucos, são inúmeros.
O título completo seria gôsto de ovo e de enxofre, que é o sabor que fica na parte sensorial da minha língua, quando leio determinados depoimentos e certas justificativas de alguém que cometeu um erro crasso, a chamada justificativa sem explicação, como a declaração do moço que escondeu money na parte traseira do corpo e, ainda por cima, com vestígios do material que se deposita no cofre traseiro. Quem já nasce torto não tem jeito, morre como nasceu, ou seja, por mais que tente, não adianta mostrar o que a folhinha não marca. O ascendente de José Carlos Carlinhos de Oliveira, Jacó (ou Jacob) do Pinto, judeu que se converteu sob a navalha no pescoço ao catolicismo, foi visto lendo a Bíblia de trás pra frente, no século XVII, no Recife, PE, quando os holandeses foram expulsos pelos portugueses. Não teve segunda chance. A chamada desculpa esfarrapada ou justificativa inservível para corrigir o que está errado é o mesmo que ovo podre: intragável, incomestível, mal cheiroso e com mau gosto.
(Adaptado. Revisão linguística. Disponível em: https://bit.ly/3oiRw6N. Acesso em 21 nov. 2020).
(Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/12/fossil-de-300/ texto adaptado especialmente
para esta prova.)
{TITLE}
{CONTENT}
{TITLE}
Aguarde, enviando solicitação...