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Leia a charge.
Assinale a alternativa correta.
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: https://vidasimples.co/colunistas/a-presenca-que-as-criancas-podem-nos-ensinar/. Acesso em 15 fev. 2020.
Texto 2
A Convenção de Belém do Pará define violência contra a mulher como qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada (Capítulo I, Artigo 1º).
A Lei Maria da Penha (11.340/2006)C - moral e patrimonial - que, somadas às violências física, sexual e psicológica, totalizam as cinco formas de violência doméstica e familiar.
Em 2015, a Lei 13.104 altera o Código Penal para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e o inclui no rol dos crimes hediondos. O feminicídio, então, passa a ser entendido como homicídio qualificado contra as mulheres por razões da condição de sexo feminino.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br
Texto 3
Analise as seguintes assertivas sobre os textos:
I. O texto 2 é um documento e pertence ao domínio discursivo jurídico.
II. O texto 3 apresenta linguagem verbal e não verbal.
III. O texto 2 é uma notícia veiculada em esfera nacional através de um portal.
IV. Os dois textos dialogam entre si, por tratarem da temática violência contra a mulher.
V. O texto 2 utiliza-se de documentos oficiais para definir o que caracteriza violência contra a mulher e feminicídio.
Estão CORRETAS:
Leia o texto 1 abaixo e responda à questão.
Texto 1
Neurocientista é alvo de mansplaining citando artigo que ela mesma escreveu
Enquanto palestrava, a especialista foi interrompida porhomem que sugeriu a leitura de um estudo sobre o assunto que ela mesma tinha escrito.
REDAÇÃO GALILEU
05 NOV2019 - 12H50 ATUALIZADO EM 05 NOV2019 - 19H20
A neurocientista Dra. Tasha Stanton contou no Twitter um episódio de machismo que sofreu durante a Conferência Australiana da Associação de Fisioterapia, que aconteceu no fim de outubro. Ela foi vítima de mansplaining com sua própria pesquisa científica.
Mansplaining é um termo em inglês usado para descrever o comportamento de alguns homens que assumem que uma mulher não conhece determinado assunto e insiste em explicá-lo, subestimando os conhecimentos da mulher.
O caso de Stanton é um exemplo de mansplaining: enquanto ela palestrava, um cientista homem a interrompeu no meio do discurso e sugeriu que ela lesse determinado artigo para "entender melhor" o assunto. O artigo que ele indicou, entretanto, tinha sido escrito pela própria palestrante.
"Espere aí por um segundo, amigo. Sou Stanton. Eu sou a autora do artigo que você acabou de mencionar", ela disse naquele momento da palestra. Ela e outros cientistas da conferência riram da situação, mas ela ficou desconfortável com o acontecido.
Fonte: https://revistagalileu.globo.com/
Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre as regras da gramática, que eu não respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma palavra no último Quarto de Badulaques. Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em varreção do verbo varrer. De fato, tratava-se de um equívoco que, num vestibular, poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário. O certo é varrição, e não varreção. Mas estou com medo de que os mineiros da roça façam troça de mim, porque nunca os ouvi falar de varrição. E se eles rirem de mim não vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da página do dicionário. Porque para eles não é o dicionário que faz a língua. É o povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas Gerais, fala varreção, quando não barreção. O que me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado.
Rubem Alves. Internet:
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