Questões de Português do ano 2020

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INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir, “Chuva no sertão”, de Ezequiel Fernando, para responder à questão.



Sobre a literatura de cordel, assinale a alternativa incorreta.

    A) Trata-se de um gênero textual tipicamente popular, difundido principalmente no Norte e Nordeste do país.

    B) Por ser um gênero literário informal, a literatura de cordel não apresenta métrica e rima.

    C) A presença da oralidade e de elementos regionais é marcante nas obras desse gênero textual.

    D) A linguagem coloquial é amplamente utilizada pelos autores desse gênero textual.

INSTRUÇÃO: Leia o texto I a seguir para responder à questão .


TEXTO I


“Só Gabriela parecia não sentir a caminhada, seus pés como que deslizando pela picada muitas vezes aberta na hora a golpes de facão, na mata virgem. Como se não existissem as pedras, os tocos, os cipós emaranhados. A poeira dos caminhos da caatinga a cobrira tão por completo que era impossível distinguir seus traços. Nos cabelos já não penetrava o pedaço de pente, tanto pó se acumulara. Parecia uma demente perdida nos caminhos. Mas Clemente sabia como ela era deveras e o sabia em cada partícula de seu ser, na ponta dos dedos e na pele do peito. Quando os dois grupos se encontraram, no começo da viagem, a cor do rosto de Gabriela e de suas pernas era ainda visível e os cabelos rolavam sobre o cangote, espalhando perfume. Ainda agora, através da sujeira a envolvê-la, ele a enxergava como a vira no primeiro dia, encostada numa árvore, o corpo esguio, o rosto sorridente, mordendo uma goiaba.”


AMADO, Jorge. Gabriela, cravo e canela. 1958.

Todos os excertos a seguir, retirados de distintas obras literárias brasileiras, coincidem em contexto situacional com esse trecho da obra Gabriela, cravo e canela, exceto:

    A) “A viagem parecia-lhe sem jeito, nem acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara a prepará-la, e só se resolvera a partir quando estava definitivamente perdido. Podia continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se.” (RAMOS, Graciliano. Vidas secas.)

    B) “Pela beira da estrada, viam-se apenas peças esparsas de equipamentos, mochilas e espingardas, cinturões e sabres, jogados a esmo por ali afora, como coisas imprestáveis. Inteiramente só, sem uma única ordenança, o coronel Tamarindo lançou-se desesperadamente, o cavalo a galope, pela estrada-vanguarda. E a artilharia ficou afinal inteiramente em abandono, antes de chegar ao Angico. Os jagunços lançaram-se sobre ela. Era o desfecho. O capitão Salomão tinha apenas em torno meia dúzia de combatentes leais. (CUNHA. Euclides da. Os sertões.)

    C) “Uma ressurreição do cemitério antigo – esqueletos radioativos, com o aspecto terroso e o fedor das covas podres […] Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de quem leva as pernas em vez de ser levado por elas […] Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não sabiam aonde iam. Expulsos do seu paraíso por espadas de fogo, iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos maus fardos […] Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma. Eram os retirantes. Nada mais”. (ALMEIDA, José Américo de. A bagaceira.)

    D) “O pequeno ia no meio da carga, amarrado por um pano aos cabeçotes da cangalha […] De vez em quando, levantava a mãozinha aos olhos, e fazia rah! Rah! ah! Ah! Numa enrouquecida tentativa de choro […] Cordulina chegava-se a burra para o consolar, ajeitava-lhe o chapéu de pano na cabeça […] Chico bento fechava a marcha, com o cacetete ao ombro, do qual prendia uma trouxa [...] Na primeira noite, arrancharam-se numa tapera que apareceu junto da estrada, como um pouso que uma alma caridosa houvesse armado ali para os retirantes”. (QUEIROZ, Rachel de. O quinze.)

INSTRUÇÃO: Leia o texto I a seguir para responder à questão .


TEXTO I


“Só Gabriela parecia não sentir a caminhada, seus pés como que deslizando pela picada muitas vezes aberta na hora a golpes de facão, na mata virgem. Como se não existissem as pedras, os tocos, os cipós emaranhados. A poeira dos caminhos da caatinga a cobrira tão por completo que era impossível distinguir seus traços. Nos cabelos já não penetrava o pedaço de pente, tanto pó se acumulara. Parecia uma demente perdida nos caminhos. Mas Clemente sabia como ela era deveras e o sabia em cada partícula de seu ser, na ponta dos dedos e na pele do peito. Quando os dois grupos se encontraram, no começo da viagem, a cor do rosto de Gabriela e de suas pernas era ainda visível e os cabelos rolavam sobre o cangote, espalhando perfume. Ainda agora, através da sujeira a envolvê-la, ele a enxergava como a vira no primeiro dia, encostada numa árvore, o corpo esguio, o rosto sorridente, mordendo uma goiaba.”


AMADO, Jorge. Gabriela, cravo e canela. 1958.

Releia o trecho a seguir.


“A poeira dos caminhos da caatinga a cobrira tão por completo que era impossível distinguir seus traços.”


O pronome ‘seus’ refere-se aos ‘traços'

    A) da caatinga.

    B) de Gabriela.

    C) da mata virgem.

    D) dos caminhos.

INSTRUÇÃO: Leia o texto I a seguir para responder à questão .


TEXTO I


“Só Gabriela parecia não sentir a caminhada, seus pés como que deslizando pela picada muitas vezes aberta na hora a golpes de facão, na mata virgem. Como se não existissem as pedras, os tocos, os cipós emaranhados. A poeira dos caminhos da caatinga a cobrira tão por completo que era impossível distinguir seus traços. Nos cabelos já não penetrava o pedaço de pente, tanto pó se acumulara. Parecia uma demente perdida nos caminhos. Mas Clemente sabia como ela era deveras e o sabia em cada partícula de seu ser, na ponta dos dedos e na pele do peito. Quando os dois grupos se encontraram, no começo da viagem, a cor do rosto de Gabriela e de suas pernas era ainda visível e os cabelos rolavam sobre o cangote, espalhando perfume. Ainda agora, através da sujeira a envolvê-la, ele a enxergava como a vira no primeiro dia, encostada numa árvore, o corpo esguio, o rosto sorridente, mordendo uma goiaba.”


AMADO, Jorge. Gabriela, cravo e canela. 1958.

Releia este trecho.


“Ainda agora, através da sujeira a envolvê-la, ele a enxergava como a vira no primeiro dia, encostada numa árvore, o corpo esguio, o rosto sorridente, mordendo uma goiaba”.


Nesse excerto, pode-se identificar a seguinte característica da personagem na obra de Jorge Amado:

    A) A pobreza de Gabriela, que reside em sua condição de sertaneja.

    B) A serenidade de Gabriela, que reside em seu conformismo.

    C) A sujeira de Gabriela, que reside em sua falta de condição financeira.

    D) A sensualidade de Gabriela, que reside em sua simplicidade.

INSTRUÇÃO: Leia o texto III a seguir, retirado da obra Gabriela, cravo e canela para responder à questão .


TEXTO III


— Bié...

— Seu Nacib...

— Por que “seu” Nacib? Sou seu marido, não seu patrão...

Ela sorriu, arrancou os sapatos, começou a arrumar, os pés descalços. Ele tomou-lhe da mão, repreendeu:

— Não pode mais não, Bié...

— O que?

— Andar sem sapatos. Agora você é uma senhora.

Assustou-se:

— Posso não? Andar descalça, de pé no chão?

— Pode não.

— E por que?

— Você é uma senhora, de posses, de representação.

— Sou não, seu Nacib. Sou só Gabriela...

— Vou te educar – tomou-a nos braços, levou-a pra cama.

— Moço bonito...

AMADO, Jorge. Gabriela, cravo e canela. 1958. 

Nesse texto, é possível identificar:

    A) A obediência da protagonista quando recebe orientações do marido sobre as regras que a permitirão ser considerada uma “senhora da sociedade”. Entre elas, a submissão ao chefe da família, por tratá-lo como “Seu” Nacib.

    B) A infantilidade e o comodismo da protagonista ao não argumentar a favor de sua liberdade e a suscetibilidade do marido que desconsidera o traço fundamental da liberdade de Gabriela a fim de ajustar-se à sociedade.

    C) Um cenário ambivalente em que se ressalta a importância de um status social alcançado por meio do cumprimento de regras e a simplicidade da protagonista, que preza por sua liberdade em detrimento de ser considerada “senhora de representação”.

    D) A mudança na essência de Gabriela, que opta por agir conforme as imposições da sociedade sem questionamentos, como no caso da obediência inquestionável às ordens do marido.

INSTRUÇÃO: Leia o texto III a seguir, retirado da obra Gabriela, cravo e canela para responder à questão .


TEXTO III


— Bié...

— Seu Nacib...

— Por que “seu” Nacib? Sou seu marido, não seu patrão...

Ela sorriu, arrancou os sapatos, começou a arrumar, os pés descalços. Ele tomou-lhe da mão, repreendeu:

— Não pode mais não, Bié...

— O que?

— Andar sem sapatos. Agora você é uma senhora.

Assustou-se:

— Posso não? Andar descalça, de pé no chão?

— Pode não.

— E por que?

— Você é uma senhora, de posses, de representação.

— Sou não, seu Nacib. Sou só Gabriela...

— Vou te educar – tomou-a nos braços, levou-a pra cama.

— Moço bonito...

AMADO, Jorge. Gabriela, cravo e canela. 1958. 

Releia o trecho a seguir.


“— Posso não? Andar descalça, de pé no chão?”


A seguinte figura de linguagem pode ser percebida na expressão em destaque:

    A) Hipérbole.

    B) Hipérbato.

    C) Eufemismo.

    D) Anáfora.

INSTRUÇÃO: Leia o texto III a seguir, retirado da obra Gabriela, cravo e canela para responder à questão .


TEXTO III


— Bié...

— Seu Nacib...

— Por que “seu” Nacib? Sou seu marido, não seu patrão...

Ela sorriu, arrancou os sapatos, começou a arrumar, os pés descalços. Ele tomou-lhe da mão, repreendeu:

— Não pode mais não, Bié...

— O que?

— Andar sem sapatos. Agora você é uma senhora.

Assustou-se:

— Posso não? Andar descalça, de pé no chão?

— Pode não.

— E por que?

— Você é uma senhora, de posses, de representação.

— Sou não, seu Nacib. Sou só Gabriela...

— Vou te educar – tomou-a nos braços, levou-a pra cama.

— Moço bonito...

AMADO, Jorge. Gabriela, cravo e canela. 1958. 

As reticências presentes no excerto foram usadas para

    A) identificar citações de terceiros.

    B) indicar continuação de um fato, da fala ou pensamento.

    C) indicar dúvida no que foi ou que ainda será dito.

    D) interromper uma fala ou pensamento.

INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir, “Chuva no sertão”, de Ezequiel Fernando, para responder à questão.



Releia o trecho a seguir.


“Por que não há nada mas lindo

Do que ver todos menino

Se molhar no terrerão

Os veio vira menino”


Nesse excerto há algumas palavras que, de acordo com a norma-padrão, estão grafadas equivocadamente. No entanto, em duas delas essa variação ortográfica muda sua classe gramatical.

As palavras em que isso ocorre são:

    A) Mas e veio.


    B) Vira e mas.

    C) Terrerão e menino.

    D) Vira e veio.

INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir, “Chuva no sertão”, de Ezequiel Fernando, para responder à questão.



Releia o trecho a seguir.


“Por que não há nada mas lindo

Do que ver todos menino

Se molhar no terrerão

Os veio vira menino”


As alterações efetuadas adequaram as estrofes à norma-padrão, exceto em:

    A) Porque não há nada mais lindo.

    B) Do que ver todos meninos.

    C) Se molhar no terreirão.

    D) Os velhos viram meninos.

INSTRUÇÃO: Leia o texto III a seguir, retirado da obra Gabriela, cravo e canela para responder à questão .


TEXTO III


— Bié...

— Seu Nacib...

— Por que “seu” Nacib? Sou seu marido, não seu patrão...

Ela sorriu, arrancou os sapatos, começou a arrumar, os pés descalços. Ele tomou-lhe da mão, repreendeu:

— Não pode mais não, Bié...

— O que?

— Andar sem sapatos. Agora você é uma senhora.

Assustou-se:

— Posso não? Andar descalça, de pé no chão?

— Pode não.

— E por que?

— Você é uma senhora, de posses, de representação.

— Sou não, seu Nacib. Sou só Gabriela...

— Vou te educar – tomou-a nos braços, levou-a pra cama.

— Moço bonito...

AMADO, Jorge. Gabriela, cravo e canela. 1958. 

Releia este trecho.


“Ela sorriu, arrancou os sapatos, começou a arrumar, os pés descalços.Ele tomou-lhe da mão, repreendeu.”


Os verbos utilizados no trecho estão no

    A) pretérito perfeito do indicativo.

    B) pretérito perfeito do subjuntivo.

    C) pretérito imperfeito do indicativo.

    D) pretérito imperfeito do subjuntivo.

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