Lista completa de Questões sobre Interpretação de Textos para resolução totalmente grátis. Selecione os assuntos no filtro de questões e comece a resolver exercícios.
De acordo com o texto, analise e responda à questão:
(Marcus Vinicius Furtado Coêlho, ex-presidente da OAB Nacional, in Revista Consultor Jurídico, 9.set.2018, adaptado)
A onça e a raposa
A raposa e a onça eram inimigas antigas. Cansada de ser enganada pela raposa, sem poder apanhá-la, a onça resolveu atraí-la à sua furna, fazendo correr a notícia de que tinha morrido, e deitando-se no chão da caverna a fingir de cadáver. Todos os bichos vieram olhar a defunta, contentíssimos. A raposa também, mas prudentemente, pondo-se de longe. E, por trás dos outros animais, gritou:
Minha avó, quando morreu, espirrou três vezes. Espirrar é o único sinal verdadeiro da morte.
Para mostrar que estava morta de verdade, a onça espirrou três vezes e a raposa fugiu às gargalhadas.
A onça ficou furiosa por ter ela descoberto facilmente seu embuste e resolveu agarrá-la, quando fosse beber água. Havia seca no sertão e somente numa cacimba, ao pé duma serra, se encontrava ainda um pouco de água. Todos os bichos eram obrigados a matar a sede ali. A onça ficou à espera da adversária dia e noite, ao pé da bebida.
Nunca a raposa curtira tanta sede em dias de sua vida. Ao fim de uns três, já não aguentava mais. Resolveu empregar astúcia para se desalterar. Procurou um cortiço de abelhas. furou-o e, com o mel que dele escorreu, untou todo o corpo. Espojou-se, depois, num monte de folhas secas, que se grudaram aos seus pelos e a cobriram toda.
Ao cair da tarde, foi à cacimba. A onça montava guarda, olhou-a muito tempo e perguntou-lhe:
Que bicho és tu que não conheço e nunca vi?
Ela respondeu, disfarçando a voz.
Sou o bicho Folharal.
Está bem. Podes beber.
Mais que depressa, a raposa desceu a pequena rampa do bebedouro, meteu-se na água, sorvendo-a com delícia, e a onça, lá de cima, vendo aquela sofreguidão no beber de animal que trazia sede de vários dias, desconfiou e murmurou:
Quanto bebes, Folharal!
Mas a água derretia o mel e as folhas iam-se despregando. Quando a raposa se fartou, caíra a última. Então, a onça a reconheceu e, com um urro de triunfo, saltou ferozmente sobre ela. A noite viera, o pulo foi mal calculado no escuro e a raposa escapou, fugindo às gargalhadas.
ESCOLA E ALIMENTOS
Disponível em: https://bit.ly/3ggpQN0 (adaptado).
As experiências alimentares incorporadas durante a infância são determinantes para a formação dos padrões alimentares adotados pelos indivíduos, sendo o ambiente escolar um importante local que possibilita o contato e a criação de hábitos alimentares saudáveis. Ademais, a escola tem como dever difundir práticas adequadas que propiciem o controle de deficiências nutricionais e a redução da desnutrição infantil e das doenças e agravos não transmissíveis (DANT).
Uma das formas de proporcionar tais práticas na escola é o fornecimento da alimentação escolar definida como todo o alimento oferecido no ambiente escolar, durante o período letivo, independentemente de sua origem. Por meio da oferta de refeições nutricionalmente adequadas e de práticas educacionais em alimentação e nutrição, contribui-se para o crescimento do aluno nas áreas social, cognitiva, emocional e, principalmente, nutricional.
Tendo em vista a importância da alimentação escolar, em 1979, foi implantado o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), dando continuidade à Campanha da Merenda Escolar, criada em 1955. O PNAE garante a alimentação de todos os alunos da Educação Básica matriculados em escolas públicas e filantrópicas por meio da transferência de recursos financeiros repassados pela União aos estados e municípios. O programa preconiza o desenvolvimento da criança e a melhoria de seu rendimento escolar por meio da oferta de uma alimentação saudável, em condições higiênico-sanitárias seguras e em consonância com a cultura e a tradição da população.
A alimentação escolar visa a fornecer aporte energético e nutricional capaz de contribuir para o crescimento biopsicossocial e o pleno exercício das aptidões dos educandos, considerando-se o processo ensino-aprendizagem durante o período de permanência na instituição educacional. Adicionalmente, a alimentação escolar desempenha papel de relevância social, uma vez que, em muitos casos, é considerada como a refeição principal do dia e a única garantia de alimentação da criança. Nesse sentido, a resolução 38/2009, a qual tem como fundamentação legal a Portaria Interministerial MEC/MS 1010/2006, preconiza que as crianças em unidades de educação, em período parcial e integral, devem receber refeições adequadas e balanceadas, que venham a atingir, no mínimo, 30 e 70%, respectivamente, das necessidades nutricionais diárias.
(Issa RC, Moraes LF, Francisco RRJ, Santos LC, Anjos AFV, Pereira SCL. Alimentação escolar: planejamento, produção, distribuição e adequação. Rev. Panam Salud Publica. 2014;35(2):96103.).
Leia o texto 'ESCOLA E ALIMENTOS' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. O texto menciona uma resolução governamental que preconiza que as crianças em unidades de educação, em período parcial e integral, devem ser impedidas de receber refeições adequadas e balanceadas no ambiente escolar.
II. De acordo com as informações do texto, pode-se concluir que a alimentação escolar é definida como todo alimento oferecido no ambiente escolar, durante o período letivo, independentemente de sua origem.
Marque a alternativa CORRETA:
A hora é de somar, não de excluir (editorial)
A união faz a força é um provérbio muito conhecido e facilmente compreensível. Com palavras simples e clareza solar, ele expõe uma verdade que ninguém ousa contestar: a importância de trabalhar em conjunto para conquistar grandes resultados. [...]
Nada mais apropriado do que lembrar o óbvio quando se vive um momento de estresse como o que o mundo atravessa. Impõe-se somar e multiplicar, nunca subtrair e dividir. Presidente, governadores, prefeitos e demais responsáveis pela administração da pandemia precisam se entender a fim de chegar a um denominador comum. Qual é a hora certa de relaxar o confinamento para evitar o colapso da economia?
Vale lembrar que "não se trata de jabuticaba" a preocupação com as consequências da redução drástica da atividade econômica. Donald Trump, que comanda a maior potência do planeta, tem revelado apreensão com o prolongamento da crise que reduz abrupta e drasticamente a circulação de pessoas e, com isso, causa prejuízos ainda incalculáveis a setores como serviços e comércio.
O presidente Jair Bolsonaro revela a mesma angústia. É natural. É natural, também, a busca de consensos. A questão não se resume à alternativa saúde ou economia. A questão é aditiva: saúde e economia. A dinâmica sanitária deve conviver com a dinâmica econômica e com as diferenças regionais.
Definir a estratégia para adicionar em vez de excluir exige a participação de todos. O verbo é cooperar. Entre as diferentes vozes da saúde, da economia, da política, da sociologia uma deve falar mais alto. É a voz da ciência. A vida está acima de tudo. A Associação de Medicina Intensiva Brasileira disse que apoiará ações do governo para a liberação da quarentena no momento correto.
Qual é a hora certa? O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse que vai começar hoje [27/03] a flexibilização da quarentena. Em 15 dias, segundo ele, a vida estará normalizada. Esperase que a decisão ? dele e dos demais chefes do Executivo seja guiada por critérios técnicos, não eleitoreiros.
(A HORA é de somar, não de excluir. Editorial. Adaptado. Disponível em: https://bit.ly/2WjS00D)
Leia o texto 'A hora é de somar, não de excluir (editorial)' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. O texto defende enfaticamente que as medidas de proteção à economia devem se sobrepor às estratégias sanitárias, independentemente das consequências sociais que essa priorização possa trazer.
II. Alguns elementos presentes no texto fazem o leitor remontar ao mês de março de 2020, no início do isolamento social e da quarentena no Brasil, relacionados à pandemia do coronavírus. Outrossim, são defendidas as teses de que a cooperação é importante e de que a voz da ciência é imprescindível no enfrentamento à epidemia.
III. De acordo com o texto, o orçamento público destinado à educação e ao turismo deve ser imediatamente revertido para a ampliação dos serviços públicos de saúde.
Marque a alternativa CORRETA:
A invenção do horizonte
Deu-me uma angústia danada a notícia de que, num futuro próximo, muito próximo, teremos toda a literatura do mundo na tela do computador. Angústia duplicada. Primeiro, pela minha intolerância figadal a esta maquinazinha dos infernos. Segundo, pela suspeita de desaparecimento dos livros, esses calhamaços impressos, cheirando a novo ou a mofo, roído pelo uso ou pelas traças, mas que são uma gostosura viajá-los pelas trilhas das letras como quem explora um mundo mágico, tanto mais novo quanto mais andado.
Sem o gozo de um livro nas mãos, fico cego, surdo e mudo, fico aleijado, penso, torto, despovoado. Espiá-los enfileirados nas estantes, gordos e magros, novos e velhos, empaletozados e esfarrapados, cobertos de pó e de teias de aranha, essa visão me transporta para todos os mundos e para todas as idades [...].
As minhas mãos ficariam nuas e inúteis quando não pudessem mais sustentar um livro, que não fosse pela velhice dos dedos. Mesmo assim, eles estariam por ali, nas prateleiras, amontoados na mesa, espalhados pelo chão, sempre comungando com o meu tempo, meu espaço, minha vida. Eles são a expressão digital da minha alma [...].
Um livro não é um simples objeto, um amontoado de folhas impressas. Vai mais longe, intangivelmente longe. É corrimão, é degrau, é escada, é caminho, é horizonte. Por mais que sonhe a tecnologia, jamais será capaz de inventar um horizonte.
(MARACAJÁ, Robério. Cerca de Varas. Campina Grande: Latus, 2014, p. 57.
{TITLE}
{CONTENT}
{TITLE}
Aguarde, enviando solicitação...