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Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ - texto adaptado especialmente para esta prova).
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.
A presença que as crianças podem nos ensinar
Em tempos de mindfulness, de meditação e de reaprender a respirar, quero trazer uma reflexão. Se você é pai e mãe, ou cuida de crianças pequenas, já deve ter percebido que elas vêm com uma aptidão de fábrica: o estar. A criança pequenina ainda não tem muita noção de temporalidade, não entende passado e futuro, não se perde nas próprias preocupações e devaneios sobre o que aconteceu e o que virá a acontecer, então apenas é. Para ela, só existe o presente.
O tamanho desse aprendizado só pode ser medido pelo tamanho da nossa vontade em olhar para as crianças como pequenos grandes mestres que são. Aprendemos a internalizar crenças muito duras sobre as crianças. A começar que são folhas em branco, basicamente inferiores aos adultos porque não têm a mesma experiência de vida e conhecimento do mundo que nós temos. Mas, se esqueceram de nos contar que eles são peritos no mundo interno: na presença atenta e consciente, no perdão, no não julgamento, na entrega, na leveza. Basicamente tudo que queremos e precisamos urgentemente reaprender, as crianças já sabem.
No caminho até a escola, a criança vai reparar na abelha voando sobre a flor, no rabisco na parede, no ônibus que vem lá longe. Vai respirar no presente e estar atenta a ele, tirando toda alegria que pode de cada momento. Se perdemos a cabeça e gritamos, eles nos perdoam sem pestanejar, sem nos julgar, sem guardar rancor. Quando estamos cabisbaixos, eles não racionalizam o que aconteceu, apenas nos presenteiam com um sorriso. Quem de nós pode dizer que consegue agir assim?
Mas, a grande verdade é que desaprendemos a sentir leveza, a nos conectar com o simples, desaprendemos a estar nesse mesmo momento em que as crianças vivem e insistem em nos apresentar, e nós insistimos em resistir: o agora. Quando nosso mundo interno está cheio, barulhento, nublado, não conseguimos ver através dele todas as maravilhas que existem em cada segundo. A ideia não é querer calar essas vozes, é simplesmente começar a percebê-las. Começa por aí o reaprendizado: por apenas perceber.
Enquanto os ensinamos as regras sociais, enquanto os orientamos para o caminho das boas escolhas, eles nos ensinam a voltar para o básico: para dentro de nós. Você está disposto a reaprender?
Disponível em: https://vidasimples.co/colunistas/a-presenca-que-as-criancas-podem-nos-ensinar/. Acesso em 15 fev. 2020.
NOVO PREDADOR
O Tiranossauro Rex é, possivelmente, um dos dinossauros mais populares do mundo. Não é à toa que a criatura, que viveu onde hoje é a América do Norte, está presente desde produtos infantis até filmes de Hollywood.
Agora, evidências de um novo predador foram descobertas na Austrália, com os seus fósseis indicando que ele foi tão grande quanto o Tiranossauro Rex. De acordo com estudo liderado pelo paleontólogo Anthony Romilio, da Universidade de Queensland, na Austrália, a descoberta foi feita através de uma pegada fossilizada existente onde já havia sido uma mina de carvão.
"Essas trilhas foram feitas por dinossauros que caminharam pelas florestas de pântano, que antes ocupavam muito da paisagem que hoje é o sul de Queensland", conta o pesquisador. Junto de seus colegas de estudos, Romilio documentou o total de 20 fósseis de rastros de dinossauros.
Enquanto a menor das criaturas tinha apenas o tamanho de uma ema, a maior possuía um pouco menos de três metros de altura e 10 metros de comprimento, sendo quase do tamanho de um Tiranossauro Rex, mas mais fino e alongado. A pegada deste novo grande carnívoro tem quase 80 centímetros de comprimento e o rastro fossilizado em que se encontrava conta com, aproximadamente, 160 milhões de anos, sendo ele, então, 90 milhões de anos mais velho que fósseis já encontrados do Tiranossauro Rex.
Com base nas pegadas individuais e nas trilhas nas quais cada uma delas foi encontrada, os paleontólogos conseguem descobrir como se moviam estes animais de duas pernas, informação que traz conclusões sobre a forma em que eles viajavam pelos ambientes em que passavam. Boa parte dos dinossauros grandes costumavam andar em ritmo de caminhada, com passos mais curtos devido ao tamanho de suas pernas. Porém, duas das trilhas encontradas pelos pesquisadores apontavam para um tamanho de passo maior, típico de animais em fuga.
Essa distância entre os passos sugere, então, que esses grandes dinossauros se movimentavam em velocidades de até 35 quilômetros por hora. A fim de comparação, um ser humano consegue correr cerca de 24 quilômetros por hora. A mais recente descoberta dos paleontólogos, segundo Romilio, preenche um vazio nos registros de dinossauros australianos. Até o momento, os maiores dinossauros encontrados no país estão na classe herbívora, como o Brontossauro e Mutaburrassauro.
Por Natalie Rosa, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/30aSUOg). Com adaptações.
Sobre a avaliação da aprendizagem escolar
As práticas de avaliação da aprendizagem escolar, predominantes em nosso meio, ainda se dão a partir de um modelo teórico tradicional, que concebe a educação como um mecanismo de manutenção e reprodução das condições sociais.
A lógica da avaliação não é independente da lógica da escola; ao contrário, ela é produto de uma escola que se separou da vida e das práticas sociais. Como consequência, o autoritarismo é o elemento necessário para a garantia deste modelo social e, daí, a prática da avaliação manifestarse autoritária. Esta concepção da avaliação da aprendizagem escolar reflete, pois, uma pedagogia que, por sua vez, está a serviço de um modelo dominante que pode ser identificado como liberal conservador.
Este modelo produziu três pedagogias distintas, mas com um objetivo em comum: manutenção das condições sociais. Assim se apresentam a pedagogia tradicional, a pedagogia renovada ou escolanovista e a pedagogia tecnicista. No entanto, três modelos pedagógicos se desenvolveram como antíteses aos modelos pedagógicos conservadores: a pedagogia libertadora de Paulo Freire, a pedagogia libertária e a pedagogia dos conteúdos socioculturais de Dermeval Saviani.
Esses dois grupos de pedagogias tradicionais e emancipadoras representam concepções antagônicas. O primeiro grupo está preocupado com a reprodução e conservação da sociedade, propondo práticas autoritárias de avaliação. O segundo grupo assume uma perspectiva de transformação social, objetivo com o qual a educação formal pode contribuir, incluindo práticas de avaliação visando à autonomia do educando.
Adaptado. Por Sérgio A. S. Leite e Samantha Kager. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 17, n. 62, p. 109-134, jan./mar. 2009. Disponível em: https://bit.ly/31DeFba.
Leia o texto 'Sobre a avaliação da aprendizagem escolar' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. Após a análise do texto, é possível concluir que o modelo de avaliação adotado predominantemente nas escolas reflete uma separação evidente entre as práticas escolares e a realidade social. Esse modelo de avaliação, de acordo com o texto, é apoiado por alguns modelos pedagógicos e, ao mesmo tempo, é combatido por outros modelos.
II. De acordo com as informações do texto, pode-se inferir que as pedagogias tradicionais e emancipadoras representam concepções análogas de práticas educacionais consistentes e amplamente presentes nas escolas brasileiras. O texto afirma, ainda, que a opção sobre qual metodologia ou linha de trabalho adotar é exclusivamente de cada professor, não havendo interferência da cultura escolar nesse aspecto.
III. O texto leva o leitor a inferir que o modelo predominante de avaliação nas escolas produziu três pedagogias distintas com o objetivo de manutenção das condições sociais: a pedagogia tradicional, a pedagogia renovada e a pedagogia tecnicista.
Marque a alternativa CORRETA:
O tom da velhice
Pardais são como cantores profissionais: Também têm momentos de auge e declínio em suas carreiras. Entre pássaros, é comum que o canto de um macho invasor sirva como alerta de perigo. Só que pardais mais velhos colocam menos banca usando o gogó que os mais novos. Cientistas descobriram isso, colocando trinta e cinco pardais para ouvir sons de rivais com dois ou dez anos de idade. As cobaias se mostraram preocupadas com ruídos dos jovens, se aproximando desta fonte sonora para investigá-los. Avoz dos anciões, porém, não gerou a mesma comoção. O próximo passo é descobrir se ter um tom idoso afeta o match com as fêmeas. Fonte: Sessão Fatos. Revista Superinteressante. Edição 412, fevereiro/2020, pag. 14.
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