Questões sobre Interpretação de Textos

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Após a Leitura da quadrinha a seguir, analise as proposições com relação a esse gênero, assinalando (V) para verdadeiro e (F) para falso.
Até nas flores se vê O destino e a sorte Umas enfeitam a vida Outras enfeitam a morte.
( ) Há neste gênero o emprego de recursos sonoros, métrica e ritmo que enriquecem a coerência temática do texto. ( ) Os mecanismos utilizados na formatação do gênero ampliam o significado das palavras, o que confere sentido ao texto. ( ) Os dois últimos versos apresentam a figura de linguagem paradoxo.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:

    A) F, F e V

    B) V, F e V

    C) V, V e F.

    D) F, V e F

    E) V, F e F.

       Quando eu era criança (e isso aconteceu em outro tempo e em outro espaço), não era incomum ouvir a pergunta “Quão longe é daqui até lá?” respondida por um “Mais ou menos uma hora, ou um pouco menos se você caminhar rápido”. Num tempo ainda anterior à minha infância, suponho que a resposta mais comum teria sido “Se você sair agora, estará lá por volta do meio-dia” ou “Melhor sair agora, se você quiser chegar antes que escureça”. Hoje em dia, pode-se ouvir ocasionalmente essas respostas. Mas serão normalmente precedidas por uma solicitação para ser mais específico: “Você vai de carro ou a pé?”.
      “Longe” e “tarde”, assim como “perto” e “cedo”, significavam quase a mesma coisa: exatamente quanto esforço seria necessário para que um ser humano percorresse uma certa distância — fosse caminhando, semeando ou arando. Se as pessoas fossem instadas a explicar o que entendiam por “espaço” e “tempo”, poderiam ter dito que “espaço” é o que se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa para percorrê-lo. Se não fossem muito pressionados, porém, não entrariam no jogo da definição. E por que deveriam? A maioria das coisas que fazem parte da vida cotidiana são compreendidas razoavelmente até que se precise defini-las; e, a menos que solicitados, não precisaríamos defini-las. O modo como compreendíamos essas coisas que hoje tendemos a chamar de “espaço” e “tempo” era não apenas satisfatório, mas tão preciso quanto necessário, pois era o wetware — os humanos, os bois e os cavalos — que fazia o esforço e punha os limites. Um par de pernas humanas pode ser diferente de outros, mas a substituição de um par por outro não faria uma diferença suficientemente grande para requerer outras medidas além da capacidade dos músculos humanos.


Zygmunt Bauman. A modernidade como história do tempo. In: Modernidade líquida. Plínio Dentzien (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2001 (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item seguinte.


Para o autor, a maneira como tempo e espaço eram percebidos antigamente é diferente daquela notada por ele quando do seu relato.



(Luis Fernando Veríssimo)
Dizer que se é inocente é uma atitude suspeita porque

    A) se a pessoa é inocente, ela não precisará explicar nada.

    B) todo inocente precisa sempre afirmar sua inocência

    C) ninguém tem coragem de assumir suas culpas.

    D) ninguém produz prova contra si mesmo.

    E) todo culpado se declara inocente.

Preço médio do etanol

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 19 estados e no Distrito Federal na semana encerrada no sábado (04/07/2020), em comparação com a semana anterior (encerrada no sábado, dia 27/06/2020), de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. A cotação do biocombustível caiu em outros 6 estados e ficou inalterada na Paraíba.
Nos postos pesquisados pela ANP em todo o Brasil, o preço médio do etanol subiu 1,03% entre a semana encerrada no dia 27/06/2020 e a semana encerrada no dia 04/07/2020, passando de R$ 2,709 para R$ 2,737, o litro. Ao longo do mês de junho de 2020, a alta foi de 7,67%, alcançando o valor médio de R$ 2,542 nos postos pesquisados por todo o país.
Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do etanol hidratado ficou em R$ 2,544 (na semana encerrada em 04/07/2020), representando, assim, uma alta de 0,83% ante a semana anterior, encerrada no dia 27/06/2020, quando o preço médio era de R$ 2,523. A média da semana de 04/07/2020 também representa uma elevação de 8,95% na comparação com o mês de junho de 2020, quando a cotação média era de R$ 2,335.
Ainda considerando apenas a semana encerrada no dia 04/07/2020, a maior alta porcentual foi registrada no Tocantins, com elevação de 3,84%. A maior queda nesse período foi verificada em Roraima, com redução de 6,04%. O preço mínimo registrado na referida semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,059, o litro, em São Paulo; e o menor preço médio estadual, de R$ 2,437, foi registrado em Mato Grosso. O preço máximo individual na semana citada, de R$ 4,999, o litro, foi verificado em um posto do Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul também teve o maior preço médio, de R$ 3,945.
Na comparação mensal (em relação a junho de 2020), os preços do etanol subiram em 18 estados e no Distrito Federal e cederam em outros 8 estados. O estado que registrou a maior alta porcentual na comparação mensal foi no Paraná, com elevação de 14,15% no preço do etanol hidratado. A queda mais expressiva foi verificada em Roraima (- 5,45%). 

Por Agência Estado, em julho de 2020 (disponível em: https://bit.ly/32jbYww). Com adaptações.
Leia o texto 'Preço médio do etanol' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. Na comparação mensal, no mês de agosto, em relação a junho de 2020, os preços do etanol cederam em 18 estados e no Distrito Federal e subiram em outros 8 estados, de acordo com as informações apresentadas pelo texto. II. São Paulo apresentou uma alta de 0,83% no preço do etanol hidratado na semana encerrada em 04/07/2020, em comparação com a semana anterior, encerrada no dia 27/06/2020, de acordo com as informações apresentadas pelo texto.
Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Vilnius, Lituânia

Com apenas 575,1 mil habitantes (estimativa do ano de 2019), Vilnius, a capital da Lituânia entra na lista das cidades mais baratas para viver na União Europeia. A economia da cidade gira mais em torno dos seguintes setores: finanças, serviços, comércio e construção civil. 

O aluguel de um apartamento de um quarto no centro da cidade custa, aproximadamente, € 482 (quatrocentos e oitenta e dois euros), as contas básicas de eletricidade, aquecimento, arrefecimento, água e lixo para um apartamento de 85 m² custam cerca de € 121 (cento e vinte e um euros) e uma pessoa recebe por mês, em média, um salário líquido de € 834 (oitocentos e trinta e quatro euros).

O indicador de custo de vida é baixo, e a qualidade de vida na cidade é muito elevada, com serviços de saúde e de segurança eficientes e baixo índice de poluição, com montanhas arborizadas.

Apesar dessas grandes vantagens, o poder de compra na cidade é baixo e a língua oficial (o lituano) pode ser uma dificuldade para quem não conhece.

Trecho adaptado. Disponível em: https://bit.ly/34hdHS0 (acesso em 07/04/2020). 
Leia o texto 'Vilnius, Lituânia' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo: I. A economia de Vilnius gira mais em torno dos seguintes setores: finanças, serviços, comércio e construção civil, de acordo com as informações do texto. II. De acordo com o texto, em Vilnius, o poder de compra da população é elevado, pois os preços dos alimentos e dos produtos básicos de limpeza e higiene são os mais baratos do leste europeu. Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Qual das alternativas em que as palavras não são sinônimas?

    A) Ancião e idoso.

    B) Progredir e regredir.

    C) Importante e relevante.

    D) Transformação e metamorfose.

Texto IV


                         Vacina contra o vírus zika será testada em Minas Gerais


Pesquisadores do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade George Washington (EUA) e da Fiocruz Minas estão participando de um grande estudo clínico de fase 2/2b de uma vacina experimental contra a infecção pelo vírus zika, em Belo Horizonte. Feita com parte do material genético do vírus, a vacina poderá produzir anticorpos capazes de promover uma resposta contra a infecção num indivíduo que é imunizado.

Chamada de “vacina de DNA contra zika”, a substância experimental já foi testada em seres humanos nos EUA, e o estudo clínico foi aprovado pelos comitês de ética e agências regulatórias nacionais e internacionais. Agora, será avaliada numa população expandida com a finalidade de estudar novos dados sobre a sua eficácia e segurança. Para essa nova fase, serão recrutados voluntários sadios, entre 15 e 35 anos, que morem em Belo Horizonte ou Região Metropolitana e que tenham disponibilidade para participar do estudo pelos próximos dois anos.

Os voluntários serão selecionados após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que serão oferecidos gratuitamente pela equipe do Hospital das Clínicas. Já a Fiocruz Minas ficará responsável pelo processamento do sangue e urina de todos os participantes da pesquisa, que serão testados para avaliar a eficácia, a resposta imune, e os efeitos da vacina no organismo.

Disponível em:<https://portal.fiocruz.br/noticia/vacina-contra-ovirus-zika-sera-testada-em-minas-gerais>. Acesso em: 10 out. 2019 (Fragmentos). 

TEXTO I


Para o futuro chegar mais rápido

É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]

Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.

Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão – a maldição – é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados – perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA –, de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando – de boneca ou de carrinho.

Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.

Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.

Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.

Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados – como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes – quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.

Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme – elas aprendem cedo o poder das redes – Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.

Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.

A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas – a escola onde a Marina estudou – fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.

A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.

Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.

É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.

Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html > . Acesso em: 14 out. 2019.


Texto II


Produção científica no Brasil: um salto no número de publicações


Além da participação de produtos inovadores e de alta tecnologia na matriz de exportações, outros dados, como a produção científica e o número de mestres, doutores e instituições de ensino, permitem avaliar a situação de um país em relação ao potencial de inovação.As publicações científicas e o número de estudantes, mestres e doutores são meios de avaliar o sistema acadêmico. Em franca evolução, a situação do Brasil nesses quesitos permite imaginar que existe uma base no país para, caso haja parceria com a indústria, deslanchar um período de inovação tecnológica.

Em 2008, 30.415 artigos e outros tipos de publicações científicas foram divulgados por brasileiros trabalhando no Brasil em revistas de circulação internacional cadastradas pelo Institute for Scientific Information (ISI). Foi um salto importante em relação aos cerca de 20 mil publicados em 2007.

Segundo o professor Carlos Cruz, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), esse salto, no entanto, deveu-se em grande parte ao cadastramento pelo ISI de novas publicações, editadas no Brasil, e não a um efetivo aumento da produção científica. Para analisar o desenvolvimento da publicação científica no Brasil ao longo dos anos, sem distorcer os dados, seria necessário, segundo Cruz, considerar apenas uma determinada coleção de revistas pelo período de tempo a ser analisado. Carlos Cruz afirma que, vista dessa maneira, a produção científica nacional vem crescendo sistematicamente desde 1994, exceto no período entre 2006 e 2009.

Outra observação feita pelo pesquisador da Fapesp é que a razão de crescimento do número de publicações vem caindo nos últimos anos. Enquanto o aumento na produção de trabalhos científicos entre 1994 e 1998 foi de 18% ao ano, entre 1998 e 2002 foi de 9,3%. Já no período entre 2003 e 2009, a produção científica no Brasil aumentou à razão de apenas 6% ao ano.

Outro dado revelador, segundo a análise de Carlos Cruz, é que 64% das publicações de cientistas brasileiros radicados no Brasil em periódicos científicos internacionais vêm de apenas oito universidades, quatro delas de São Paulo. A Universidade de São Paulo respondeu sozinha por 26% dessas publicações em 2008.

Se as estatísticas brasileiras cresceram, Espanha, Índia e Coreia do Sul mostram que seria possível um resultado ainda mais expressivo. Esses países produziram saltos espetaculares no mesmo período, consideradas as mesmas publicações. A produção científica da Coreia do Sul chama a atenção: até 1997, os acadêmicos daquele país publicavam menos do que os colegas do Brasil. No entanto, desde então, passaram à frente nos números e, a cada ano, aumentam a diferença.

Disponível em:<https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/inovacao/ investimento-inovacao-tecnologicafinep-pesquisadores-brasil/producao-cientifica-no-brasil-umsalto-no-numero-de-publicacoes.aspx> . Acesso em: 10 out. 2019.



Texto IV


Vacina contra o vírus zika será testada em Minas Gerais


Pesquisadores do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade George Washington (EUA) e da Fiocruz Minas estão participando de um grande estudo clínico de fase 2/2b de uma vacina experimental contra a infecção pelo vírus zika, em Belo Horizonte. Feita com parte do material genético do vírus, a vacina poderá produzir anticorpos capazes de promover uma resposta contra a infecção num indivíduo que é imunizado.

Chamada de “vacina de DNA contra zika”, a substância experimental já foi testada em seres humanos nos EUA, e o estudo clínico foi aprovado pelos comitês de ética e agências regulatórias nacionais e internacionais. Agora, será avaliada numa população expandida com a finalidade de estudar novos dados sobre a sua eficácia e segurança. Para essa nova fase, serão recrutados voluntários sadios, entre 15 e 35 anos, que morem em Belo Horizonte ou Região Metropolitana e que tenham disponibilidade para participar do estudo pelos próximos dois anos.

Os voluntários serão selecionados após a realização de uma avaliação clínica e de exames laboratoriais que serão oferecidos gratuitamente pela equipe do Hospital das Clínicas. Já a Fiocruz Minas ficará responsável pelo processamento do sangue e urina de todos os participantes da pesquisa, que serão testados para avaliar a eficácia, a resposta imune, e os efeitos da vacina no organismo.

Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2019 (Fragmentos).


Acerca do tipo textual predominante nos textos, assinale a alternativa incorreta.

    A) Texto I, argumentativo.

    B) Texto II, argumentativo.

    C) Texto III, expositivo.

    D) Texto IV, expositivo.

Considere o trecho a seguir, extraído de uma obra do historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro, para responder a próxima questão.

“Os povos, como disse Alexis de Tocqueville, ressentem-se eternamente da sua origem. As circunstâncias que os acompanharam ao nascer e que os ajudaram a desenvolver-se influem sobre toda a sua existência. Se fosse possível a todas as nações remontar à origem da sua história, prossegue o mesmo Tocqueville, não duvido que aí poderíamos descobrir a causa primária das prevenções, dos usos e paixões dominantes – de tudo, enfim, quanto compõe o que se chama caráter nacional. Estas poucas linhas de autoridade insuspeita servirão de carta de recomendação para aqueles que imaginem de menos interesse o estudo da nossa história, nos tempos coloniais, sob regime diferente do que adotou o império independente e liberal. Outras considerações farão ainda mais sensível a importância do estudo da história pátria colonial. Por ocasião de ser proclamada a independência e o império em 1822, o Brasil contava já em seu seio patrícios eminentes, cidades policiadas e fontes de riqueza, abertas pela agricultura, pela indústria e pelo comércio. Fora tudo isso obra do acaso, ou criado de repente? Não. Custara a vida e o trabalho de um grande número de gerações”.
(Trecho com adaptações).
O trecho em questão se inicia com a afirmação de que os povos “ressentem-se eternamente da sua origem”. Em relação ao termo “ressentem-se”, marque a alternativa que indica um de seus possíveis significados, de acordo com o contexto em que foi aqui empregado.

    A) Desejar em vão um passado utópico.

    B) Esquecer-se de algo importante.

    C) Sentir os efeitos de algo.

    D) Viver em contínua desesperação.

Texto I para a questão.

Número de denúncias de violência contra a mulher aumenta mais de 100% no isolamento social, na PB

O número de denúncias de violência contra a mulher aumentou 105,6% no primeiro mês de isolamento social, na Paraíba, com relação ao mês anterior. O período analisado pelo aplicativo SOS Mulher PB é de 21 de fevereiro a 21 de março e de 21 de março a 21 de abril. No primeiro mês de análise foram 142 denúncias, saltando rapidamente, no mês de isolamento social, para 292 denúncias.

Os dados são do aplicativo SOS Mulher PB, que é independente e foi criado pelo professor e empresário Fábio César, com reconhecimento do Governo Federal.

De acordo com a promotora da violência doméstica em João Pessoa, Dulcerita Alves, que conversou com o G1 sobre os dados, as estatísticas refletem o isolamento social. "Imagina você se isolar com o inimigo? Os ânimos se acirram, o estresse aumenta, ainda mais se o inimigo consome álcool ou tem outro vício. Tudo isso junto aumenta com certeza a violência", ressalta a promotora. "Pode acreditar que são muito mais (casos). Eu tenho certeza da subnotificação, porque as mulheres acham que os serviços pararam", completa.

O maior aumento registrado entre o mês anterior e o mês de isolamento social ocorreu em casos de violência moral que, segundo cartilha da ONU, acontece quando as mulheres são vítimas de ofensas, calúnias, xingamentos, difamações e injúrias; quando são humilhadas publicamente ou até mesmo acusadas de um crime que não cometeram.

No mês de isolamento social foram 21 denúncias, enquanto que no mês anterior 8 mulheres realizaram as denúncias. O aumento percentual registrado, portanto, ultrapassou os 162%. 

O segundo maior aumento é o da violência psicológica, saindo de 57 denúncia entre fevereiro e março, para 137 denúncias nos trinta dias de isolamento social, provocando um aumento de 132% no número total de denúncias.

A violência psicológica se trata de ofensas disfarçadas de brincadeiras, humilhações, críticas sobre tudo o que as mulheres fazem. Ou quando tentam controlar a forma de vestir, comer, pensar ou se expressar. Quando vigiam as mulheres, ameaçam, chantageiam e as isolam dos amigos e familiares.

O aplicativo também registra denúncias de violência física, sexual e patrimonial. A violência física sofreu um aumento de 53,3% durante o isolamento social, enquanto que a violência sexual aumentou 54,5% e a violência patrimonial sofreu um aumento superior a 97%.

O aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e IOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail. As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações.

Dulcerita alerta que a mulher precisa entender que está isolada, mas não está só. Os órgãos de apoio continuam funcionando e, além disso, os canais não presenciais de ajuda também são essenciais, como o Disque 180.

Fonte: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia 
Considerando o texto, analise os itens a seguir.
I. No intuito de mitigar a violência doméstica, o aplicativo SOS Mulher PB funciona com um mecanismo de comunicação e de fortalecimento da rede de atendimento à mulher. II. Na Paraíba, análise de dados do aplicativo SOS Mulher PB aponta que a violência patrimonial fica em último lugar, considerando as ocorrências registradas. III. Apesar da extensão do apoio às mulheres pelo aplicativo SOS Mulher PB, a promotora revela preocupação com ocorrências subnotificadas. IV. As orientações de isolamento social e o acesso à internet e celulares com sistemas operacionais Android e IOS constituem obstáculos para comunicação e atendimento a mulheres vítimas de violência.
São VERDADEIROS apenas os itens:

    A) I e IV.

    B) II, III e IV.

    C) I, II e III.

    D) II e IV.

    E) I e III.

      Ele entrou tarde no restaurante. Poderia ter uns sessenta anos, era alto, corpulento, de cabelos brancos, sobrancelhas espessas e mãos potentes. Num dedo o anel de sua força. Sentou-se amplo e sólido.
      Perdi-o de vista e enquanto comia observei de novo a mulher magra de chapéu. Ela ria com a boca cheia e rebrilhava os olhos escuros.
       No momento em que eu levava o garfo à boca, olhei-o. Ei-lo de olhos fechados mastigando pão com vigor e mecanismo, os dois punhos cerrados sobre a mesa. Continuei comendo e olhando. O garçom dispunha os pratos sobre a toalha. Mas o velho mantinha os olhos fechados. A um gesto mais vivo do criado ele os abriu com tal brusquidão que este mesmo movimento se comunicou às grandes mãos e um garfo caiu. O garçom sussurrou palavras amáveis abaixando-se para apanhá-lo; ele não respondia. Porque agora desperto, virava subitamente a carne de um lado e de outro, examinava-a com veemência, a ponta da língua aparecendo — apalpava o bife com as costas do garfo, quase o cheirava, mexendo a boca de antemão. E começava a cortá-lo com um movimento inútil de vigor de todo o corpo. Olhei para o meu prato. Quando fitei-o de novo, ele estava em plena glória do jantar, mastigando de boca aberta, passando a língua pelos dentes, com o olhar fixo na luz do teto. 

Clarice Lispector. O jantar. In: Laços de família: contos.
Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (com adaptações).

Julgue o item que se seguem, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente.


No oitavo período do terceiro parágrafo do texto, a forma pronominal “lo”, em “cortá-lo”, refere-se ao vocábulo “bife”, no período anterior.

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