Questões sobre Morfologia

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A epidemia e a população desamparada


(Disponível em: https://matinal.news/porto-alegre-com-gripe-espanhola - texto adaptado especialmente para esta prova.) 

Assinale a alternativa em que as duas palavras retiradas do texto foram classificadas corretamente quanto ao tipo de formação.

    A) acamado – inevitável: formadas por parassíntese.

    B) desinfecção – porto-alegrenses: formadas por prefixação.

    C) território – mortalidade: formadas por sufixação.

    D) rio-grandino – presidente: formadas por composição (justaposição).

    E) desamparada – rejeitado: formadas por prefixação.


Em relação à estrutura e à formação de palavras do texto, assinale a alternativa INCORRETA.

    A) “incorpórea” apresenta prefixo e sufixo formador de adjetivo.

    B) “provavelmente” apresenta dois sufixos adverbiais.

    C) “terrestre” e “verdadeira” têm o mesmo tipo de formação.

    D) “neurocientistas” é formada por composição.

    E) “irônico” é formada por derivação imprópria.

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

A coisa está branca
(Ferreira Gullar)



    Embora todo mundo já tenha escrito sobre a tal cartilha que a Secretaria Especial de Direitos Humanos do governo federal elaborou e editou, também vou meter o bedelho no assunto. Vocês hão de lembrar que sobre o papa eu não escrevi, que de papa eu não entendo; de cartilha também não, mas querer nos ensinar que pega mal usar expressões como “farinha do mesmo saco” indica que esse pessoal do Lula ou não tem mesmo o que fazer ou está a fim de nos encher o saco (com perdão da palavra politicamente incorreta).
    Essa coisa de censurar palavras e expressões nascidas do falar popular é uma mania que de vez em quando aflora. Não faz muito, surgiu uma onda exigindo que se expurgassem dos dicionários palavras como “judiação” ou “judiar”, sob o argumento de que são expressões antissemitas. Bastava pensar um pouco para ver que tais palavras não se referem aos judeus, e sim a Judas Iscariotes, isto é, à malhação do Judas no Sábado de Aleluia. Judiar ou fazer judiação é submeter alguém a maus-tratos semelhantes aos que a molecada faz com o boneco de Judas.
    Outra expressão que a ignorância rancorosa considera insulto racista é “a coisa está preta”, que, na verdade, como se sabe, alude ao acúmulo de nuvens negras no céu no momento que precede as tempestades. Assim, quando alguém pressente que as coisas estão se complicando, usa aquela expressão. Pois acreditem vocês que um conhecido meu, pessoa talentosa, me disse que em sua casa está proibido dizer “a coisa está preta”; lá se diz “a coisa está branca”! Pode?
    Essa cartilha – que o governo promete consertar, como se tal coisa tivesse conserto – pode abrir caminho para restrições à liberdade de expressão, se não em termos de lei, por induzir pais de família e professores a discriminar textos literários ou jornalísticos e, consequentemente, seus autores. No que me toca, já estou de orelhas em pé, pois acabo de lançar um livro para crianças (!!) cujo título é Dr. Urubu e suas fábulas. Para azar meu, o poema que dá título ao livro começa assim: “Doutor urubu, a coisa está preta”.
    Temo ser levado ao tribunal da Inquisição por incorrer em duplo delito, pois, além de usar a expressão condenada, ainda dou a entender que a frase alude à cor negra da ave, e logo que ave! Um urubu, bicho repugnante, que só come carniça! Adiantaria alegar que não fui eu quem pintou o urubu de preto? Minha sorte é que vivemos numa democracia, e o nosso povo, por índole, é pouco afeito ao fanatismo desvairado, em que pesem as exceções.
     Exagero? Pode ser, mas, se exagero, é de propósito, para pôr à mostra o que há de perigoso e burro nesses defensores do politicamente correto, porque, se não há o perigo da fogueira, há o perigo do império da burrice ir tomando conta do país. E tudo devidamente enfeitado de boas intenções.
    Sim, porque, conforme alegou o autor da cartilha, ela foi concebida com o propósito de resguardar a suscetibilidade de brancos e negros, de judeus e muçulmanos, de cearenses e baianos, de palhaços e beatas... Até os comunistas foram beneficiados sob o pretexto de terem sido vítimas de graves calúnias. Não sei se a Secretaria de Direitos Humanos acha natural chamar os outros de fascistas ou nazistas; quanto a acoimá-los de vigaristas, creio que não, pois isso ofenderia os vigários em geral. Não posso afirmar se a cartilha resguarda também a suscetibilidade dos chifrudos, dos pançudos, dos narigudos, dos cabeludos e dos cabeçudos; dos pirocudos, acredito que não, pois isso é tido como elogio. Mas e as moças de pouca bunda e poucos seios (do tipo Gisele Bündchen), que o pessoal apelida de “tábua”? E os gorduchos, apelidados de “bolão”? Os magricelas, de “espeto”? E os baixotes, chamados de “meia porção”? Isso sem falar num respeitável senador da República a quem seus confrades – acredito que sem malícia – apelidaram de “lapiseira”.
    Estou de acordo com que não se deva tratar pessoa nenhuma por apelidos depreciativos. Por exemplo, num papo com Bin Laden, eu teria a cautela de não chamá-lo de terrorista, especialmente se ele estivesse acompanhado de um homem-bomba. Do mesmo modo agiria com o juiz Nicolau, a quem nunca trataria de “Lalau”, embora certamente não lhe revelasse a senha de meu cartão de crédito.
    Como se vê, isso de falar politicamente correto envolve problemas, porque não se trata de engessar apenas o humor (bom ou mau) das pessoas, mas de engessar o próprio idioma. Falar, de certo modo, é reinventar a língua, já que o que se diz estava por ser dito e, ao dizê-lo, damos-lhe uma forma imprevisível até para nós mesmos. Além disso, há pessoas especialmente dotadas de verve, que nos surpreendem (e a si próprias) com expressões às vezes irônicas, sarcásticas ou simplesmente engraçadas. Criam modos de dizer inusitados, apelidos, ditos, tiradas, que nos divertem e enriquecem o nosso falar cotidiano. E que falar assim é um exercício de liberdade (para o bem ou para o mal) que não cabe nos preceitos de uma cartilha ou de um código de censura.
    Aliás, para terminar, sugiro que mudem os nomes de certos insetos, como barata, formiga e piolho, por coincidirem lamentavelmente com os sobrenomes de algumas respeitáveis famílias brasileiras.
    15.5.2005.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.
Releia e responda: “Do mesmo modo agiria com o juiz Nicolau, a quem nunca trataria de “Lalau”, embora certamente não lhe revelasse a senha de meu cartão de crédito.” Classifique a conjunção destacada:

    A) aditiva

    B) explicativa

    C) final

    D) condicional

    E) concessiva

Feita a leitura do fragmento textual abaixo exposto, responda à questão.


As novas engrenagens do trabalho

Processos industriais com máquinas cada vez mais inteligentes requerem qualificação da mão de obra que as opera


[Comparar a atual rotina de um cidadão comum com a de alguém que viveu há apenas 30 anos mostrará significativas diferenças. Percebe-se isso nas transações bancárias, cada vez mais eletrônicas. Nas opções de para alugar ou assistir a um filme, hoje a um clique de nossas mãos, assim como na forma de se comunicar com outras pessoas, intensamente mais instantânea. ]* [Esse cenário denota a profunda transformação pela qual o mundo vem passando e que não dá sinais de terminar, com reflexos diretos no mercado de trabalho, como a extinção de diversas profissões e o surgimento de novas, em processo que só tende a se acelerar.]*

    Um estudo da consultoria McKinsey chamado Jobs lost, Jobs gained: workforce transitions in a time of automation (“Empregos perdidos, empregos conquistados: transições da força de trabalho em um momento de automação”), de 2017, projeta que 60% das ocupações terão pelo menos 30% de suas atividades automatizadas até 2030. As tarefas recorrentes e repetitivas são as primeiras da fila. São consideradas atividades mais operacionais e que exigem menor qualificação do trabalhador.

    Segundo pesquisa do fórum Econômico Mundial denominada The future of Jobs (“O futuro dos empregos”), de 2018, a previsão é de que 75 milhões de ocupações podem desaparecer em decorrência do avanço tecnológico. Em compensação, 133 milhões de postos devem ser criados, ainda que com outras características, já adaptados à nova divisão de trabalho entre homens e máquinas. (Isto É, 05/02/20)

**O 1º parágrafo contempla dois tópicos, daí a demarcação dos blocos entre colchetes.

Nas frases abaixo transcritas, está em destaque o item gramatical “a”. Analise o contexto das três ocorrências, de modo a indicar sua classificação.


I- Comparar a atual rotina de um cidadão comum com a de alguém que viveu há apenas 30 anos mostrará significativas diferenças.

II- Percebe-se isso [...] Nas opções de para alugar ou assistir a um filme, hoje a um clique de nossas mãos, [...]

III- Esse cenário denota a profunda transformação pela qual o mundo vem passando [...]


A classificação CORRETA do elemento é, respectivamente,

    A) pronome demonstrativo, artigo e preposição.

    B) pronome oblíquo, preposição e artigo.

    C) artigo, artigo e artigo.

    D) pronome demonstrativo, preposição e artigo.

    E) artigo, preposição e preposição.

A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-las.



Analise o trecho abaixo retirado do Texto para responder à questão:


“Os tailandeses chamam isso de „ped lai thoong?, que significa `patos caçadores de campo?.” (linhas 9 a 11).


É correto afirmar que a partícula “que”, no contexto em que está inserida, exerce função morfológica de:

    A) Preposição

    B) Pronome relativo

    C) Conjunção integrante

    D) Conjunção explicativa.

Analise as afirmativas a seguir:


I. Substantivo abstrato é o que designa ser de existência independente: prazer, beijo, trabalho, saída, beleza, cansaço, por exemplo.

II. É correto afirmar que, na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece exclusivamente na forma ampliada, e nunca erudita.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Analise as afirmativas a seguir:


I. Os pronomes podem apresentar-se como adjuntos do núcleo - capazes de funcionar como núcleo de sintagma nominal, à maneira dos substantivos - ou como absolutos, à maneira dos adjetivos, dos artigos e dos numerais.

II. Verbos são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo, entre eles, uma relação de dependência. Assim, verbo é uma classe de palavras variável com que se designam ou se nomeiam os seres em geral ou são as palavras variáveis com que se designam os seres.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


 Como Pantera Negra virou um filme importante na luta .................

(Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/cinema/como-pantera-negra-virou-um-filmeimportante-na-luta-................ – texto especialmente adaptado para esta prova.)

De acordo com contexto apresentado no texto, assinale a alternativa que NÃO apresenta um adjetivo.

    A) resistente (l. 25).

    B) africanidade (l. 27).

    C) representativo (l. 29).

    D) nacional (l. 30).

Após a leitura dos dois textos que seguem (notas jornalísticas – Isto é, 05/02/20), analise as proposições relativas aos aspectos estruturais e as classifique como (V) para verdadeiras ou (F) para falsas:


TEXTO I: Mello deixa STF

O STF vai ficar um bom tempo só com dez ministros. É que Celso de Mello estará de licença médica até o próximo dia 19 de março, em função de uma cirurgia no quadril feita na semana passada no Hospital Sírio Libanês. Pode ser que nem volte mais. Em novembro, quando completará 75 anos, vai se aposentar e Bolsonaro indicará outro para seu lugar.


TEXTO II: Jorginho na vaga?

Os que querem Moro no STF podem se surpreender. Bolsonaro está disposto a indicar o nome de Jorge Oliveira, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, para o lugar de Mello, “traindo” o compromisso assumido com o ministro da Justiça. Jorginho, como é chamado pelo presidente, tem OAB desde 2013 e só apresentou 7 processos à justiça.


( ) No texto I, a expressão “é que” introduz uma justificativa para a informação precedente, sobre a redução no número de ministros no STF.

( ) Na última frase do texto I, o pronome possessivo em: “Bolsonaro indicará outro para seu lugar” faz remissão ao termo “Bolsonaro”.

( ) Na primeira frase do texto II, o sujeito do verbo “podem” é “os que querem Moro no STF”, tendo como núcleo o pronome demonstrativo “os”, equivalente a “aqueles”.

( ) No texto II, há uma relação de sentido de explicação entre os dois períodos iniciais, de modo que admitiria o emprego do conectivo “pois” para estabelecer a coesão sequencial.

( ) O sufixo “inho” tanto pode se revestir de um valor afetivo como irônico. No último período do texto II, o emprego do diminutivo reflete afetividade, de ambas as partes - da perspectiva do presidente bem como da do redator da matéria.


A sequência CORRETA de avaliação é:

    A) V, F, V, F e V.

    B) F, F, V, V e V.

    C) V, F, F, V e F.

    D) V, F, V, V e F.

    E) F, V, V, V e F.

Analise as afirmativas a seguir:


I. Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado. A grafia do adjetivo seguinte está correta: fêxado.

II. Adjetivo é a classe de lexema que se caracteriza por constituir a delimitação, isto é, por caracterizar as possibilidades designativas do substantivo, orientando delimitativamente a referência a uma parte ou a um aspecto do denotado.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

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