Questões sobre Morfologia - Verbos

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Leia o texto a seguir.

Entenda a origem do Carnaval no Brasil e no mundo

A famosa festa, realizada bem antes do nascimento da Igreja Católica, passou por várias transformações e se adaptou à cultura brasileira 

       Nem só de ziriguidum e telecoteco foi feito o Carnaval durante os séculos de história. A festa mais popular no Brasil, na verdade, teve início há milhares de anos na Antiguidade. Apesar de não ter samba nem mulatas na avenida, a folia sempre estava presente entre hebreus, romanos e gregos. Eram grandes festejos pagãos, cheios de comida e bebida para comemorar colheitas e louvar divindades. Ocorriam entre novembro e dezembro. 

       Na Idade Média, a Igreja decidiu incorporar as antigas festividades ao seu calendário. O Carnaval então passou a corresponder aos últimos dias antes das limitações impostas pela Quaresma (os famosos 40 dias sem carne até a Páscoa). Era a última chance de ter o prazer de um suculento bife antes das privações até a Sexta-feira Santa. A festa foi se desenvolvendo e, no século 13, começaram a surgir os bailes de máscara, principalmente na Itália. Eram as pri fantasias de Carnaval, totalmente restritas à nobreza.

    A partir do século 19, as máscaras e fantasias se popularizaram e fizeram parte das festas por toda a Europa. Os personagens que mais davam o que falar eram o Pierrô, o Arlequim e a Colombina (da commedia dell italiana), presentes ainda hoje na festa popular.


(CALVETTI, Fábio. Entenda a origem do carnaval no Brasil e no mundo. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/entenda origem-do-carnaval-no-brasil-e-no-mundo/. Acess de fev. 2020, com adaptações). 

Com respeito aos modos e aos tempos verbais utilizados no texto, assinale a alternativa correta.

    A) A fim de dar contemporaneidade ao assunto, no texto predomina o tempo presente do modo indicativo.

    B) Os tempos verbais pretérito perfeito e pretérito imperfeito são predominantes no texto.

    C) O modo verbal predominante no texto é o subjuntivo, devido ao forte teor de informações incertas utilizadas na construção do discurso.

    D) O último período do texto apresenta verbos no futuro do indicativo, com o intuito de demonstrar ações a serem realizadas na história do carnaval.

    E) O penúltimo parágrafo do texto apresenta exemplos de verbos no futuro do presente do modo indicativo.

Leia a letra da música a seguir para responder à questão.


Vilarejo

Marisa Monte


Há um vilarejo ali

Onde areja um vento bom

Na varanda quem descansa

Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração

Lá o mundo tem razão

Terra de heróis, lares de mãe

Paraíso se mudou para lá

Por cima das casas cal

Frutas em qualquer quintal

Peitos fartos, filhos fortes

Sonhos semeando o mundo real

Toda a gente cabe lá

Palestina, Shangri-lá

Vem andar e voa

Vem andar e voa

Vem andar e voa

Lá o tempo espera

Lá é primavera

Portas e janelas ficam sempre abertas

Pra sorte entrar

Em todas as mesas pão

Flores enfeitando

Os caminhos, os vestidos

Os destinos e essa canção

Tem um verdadeiro amor

Para quando você for

Há um vilarejo ali

Onde areja um vento bom

Na varanda quem descansa

Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração

Lá o mundo tem razão

Terra de heróis, lares de mãe

Paraíso se mudou para lá

Por cima das casas cal

Frutas em qualquer quintal

Peitos fartos, filhos fortes

Sonhos semeando o mundo real

Toda a gente cabe lá

Palestina, Shangri-lá

Vem andar e voa

Vem andar e voa

Vem andar e voa

Lá o tempo espera

Lá é primavera

Portas e janelas ficam sempre abertas

Pra sorte entrar

Em todas as mesas pão

Flores enfeitando

Os caminhos, os vestidos

Os destinos e essa canção

Tem um verdadeiro amor

Para quando você for

Vem andar e voa

Vem andar e voa

Vem andar e voa

Vem andar e voa

O verbo em destaque no trecho: “Na varanda quem descansa...” se conjugado no futuro do pretérito do indicativo, altera o trecho da música da seguinte forma:

    A) Na varanda quem descansará...

    B) Na varanda quem descansaria...

    C) Na varanda quem descansara...

    D) Na varanda quem descansava...

INSTRUÇÃO: A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.

(Texto)

O verbo “desenvolver” (linha 2) está conjugado no mesmo tempo e modo verbal que a seguinte alternativa:

    A) Amaste.

    B) Amam.

    C) Amáveis.

    D) Amará.

INSTRUÇÃO: Leia o texto III a seguir, retirado da obra Gabriela, cravo e canela para responder à questão .


TEXTO III


— Bié...

— Seu Nacib...

— Por que “seu” Nacib? Sou seu marido, não seu patrão...

Ela sorriu, arrancou os sapatos, começou a arrumar, os pés descalços. Ele tomou-lhe da mão, repreendeu:

— Não pode mais não, Bié...

— O que?

— Andar sem sapatos. Agora você é uma senhora.

Assustou-se:

— Posso não? Andar descalça, de pé no chão?

— Pode não.

— E por que?

— Você é uma senhora, de posses, de representação.

— Sou não, seu Nacib. Sou só Gabriela...

— Vou te educar – tomou-a nos braços, levou-a pra cama.

— Moço bonito...

AMADO, Jorge. Gabriela, cravo e canela. 1958. 

Releia este trecho.


“Ela sorriu, arrancou os sapatos, começou a arrumar, os pés descalços.Ele tomou-lhe da mão, repreendeu.”


Os verbos utilizados no trecho estão no

    A) pretérito perfeito do indicativo.

    B) pretérito perfeito do subjuntivo.

    C) pretérito imperfeito do indicativo.

    D) pretérito imperfeito do subjuntivo.

Leia com atenção o texto abaixo para responder à questão.



A falência da globalização (João Fernandes Teixeira). 


    A indústria 4.0 está chegando, um fato celebrado pelos entusiastas das novas tecnologias. Grandes mudanças estão previstas, sobretudo pelo emprego de inteligência artificial na produção industrial que levará, também, a uma grande reconfiguração tecnológica do trabalho. Mas, deixando de lado o discurso entusiasmado, o que está realmente acontecendo?

    Com a indústria 4.0 haverá uma grande racionalização e otimização da produção para que os desperdícios de material e de mão de obra se tornem mínimos. A produção e o consumo precisam ser rigorosamente ajustados e, para isso, contamos agora técnicas de Big Data. Estamos em outros tempos, nos quais temos a percepção da escassez de recursos naturais e da necessidade premente de reciclar tudo o que for possível. Se quisermos que a economia continue funcionando, não podemos mais esbanjar. A economia se desenvolve na contramão da natureza.

    A lição que estamos aprendendo é que gerar energia limpa e conter as emissões de dióxido de carbono não são apenas obrigações ecológicas e morais em relação ao nosso planeta, mas um imperativo econômico, que exige que a indústria se coloque em novo patamar de produtividade para sobreviver. A indústria 4.0 não levará à expansão da economia, mas apenas evitará que ela encolha. Não podemos mais manter os mesmos padrões de consumo, que estão danificando de forma irreversível o nosso planeta. 

    Esses danos não se restringem apenas ao aquecimento global, que passou a ser chamado de mudança climática. [...]

    Desde que se estabeleceu uma correlação entre o aumento das temperaturas médias no planeta e a industrialização, iniciada no século XVIII, o aquecimento global passou a ser o vilão da história da humanidade. Diminuir o uso de combustíveis passou a ser a grande bandeira dos ecologistas.[...]

    Contudo, o aquecimento global não é o único desafio. Mesmo que sua origem possa ser contestada, desvinculando-a da queima de combustíveis fósseis, nossa indústria agride o planeta de forma irreparável.

    Como não podemos reverter a economia do petróleo no curto prazo, a única solução está sendo desacelerar a economia. Essa desaceleração, na contramão do aumento da produção planetária, está tendo custos sociais dolorosos. Combinada com a automação, grande projeto da indústria 4.0, ela gera um desemprego crescente, para o qual não se vislumbra uma solução nas próximas décadas.

    Mas há algo ainda mais importante que está surgindo dessa desaceleração: a percepção de que a globalização se tornou um projeto inviável. Não será mais possível estender os padrões de produção e consumo para todos os países do planeta, pois isso aceleraria sua destruição de forma drástica. O globalismo ocidental está refluindo e, como consequência, voltam a surgir os nacionalismos exacerbados.


[...] Fonte: (Revista Filosofia – Ano III, no 150 – www.portalespaçodosaber.com.br). 

As locuções verbais em destaque nas sentenças abaixo elencadas exibem diferentes verbos auxiliares, que ajudam na compreensão do modo como os estados, processos ou ações se desenvolvem no tempo. Considerando o tipo de verbo auxiliar presente nessas construções, estabeleça a associação com o sentido que ele denota com mais precisão.

1. Se quisermos que a economia continue funcionando, não podemos mais esbanjar.
2. Esses danos não se restringem apenas ao aquecimento global, que passou a ser chamado de mudança climática.
3. Como não podemos reverter a economia do petróleo no curto prazo, a única solução está sendo desacelerar a economia.
4. O globalismo ocidental está refluindo e, como consequência, voltam a surgir os nacionalismos exacerbados.
( ) Mudança de ação. ( ) Permanência de ação. ( ) Repetição de ação. ( ) Desenvolvimento gradual da ação.

A sequência CORRETA de associação é:

    A) 1, 2, 3 e 4.

    B) 2, 1, 4 e 3.

    C) 4, 1, 2 e 3.

    D) 3, 4, 1 e 2.

    E) 1, 3, 4 e 2.

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 



1.    “Máquinas similares às hoje existentes serão construídas a custos mais baixos, mas com velocidades mais rápidas de processamento.” Assim, em um artigo de 1965, o empreendedor Gordon Moore, hoje com 90 anos de idade, apresentou sua célebre ideia. Pela “Lei de Moore”, a cada dois anos, em média, o desempenho dos chips de computador dobra, sem que aumentem os custos de fabricação. A máxima, irretocável, à exceção de pequenos detalhes, funcionou tal qual intuíra Moore. É uma regra que pode, contudo, estar com os dias contados.  
2.    Vive-se, hoje, uma revolução tecnológica afeita a deixar no passado o raciocínio da duplicação de capacidade de cálculos à base de silício: é a computação quântica. Ela poderá nos levar a distâncias inimagináveis: tarefas que o computador mais poderoso do planeta demoraria 10.000 anos para completar seriam feitas em minutos. 
3.    A computação quântica, até o início desta década, não passava de teoria. Nos últimos anos, começou a ser testada, com sucesso parcial, até conseguir tração que parece se encaminhar para uma nova história. Um documento da NASA, vazado recentemente, mostra que uma empresa, ao criar o primeiro computador quântico funcional da história, pode estar próxima de romper com o paradigma imposto pela Lei de Moore.
4.    A revelação foi resultado de uma distração. Algum funcionário da NASA, também envolvido com o projeto, acidentalmente publicou no site da agência espacial um estudo que mostra o feito, realizado por meio de uma máquina, ainda sob sigilo. O arquivo, já programado para ser divulgado oficialmente, permaneceu poucos segundos no ar, mas foi flagrado pelo jornal Financial Times.    
5.    O avanço ainda se restringe a âmbitos estritamente técnicos, sem utilidade cotidiana, mas já é apelidado de “o Santo Graal da computação”. Isso porque o feito, se comprovado, atingiu o que se conhece como “supremacia quântica”. A nomenclatura indica um momento da civilização em que os computadores talvez sejam tão (ou mais) competentes quanto os seres humanos. 
6.    O cientista da computação Scott Aaronson disse, em entrevista: “Isso não causará mudança imediata na vida das pessoas. Mas só por enquanto, pois se trata do início de um caminho que levará a transformações radicais em diversas áreas”. Vale lembrar que o computador que usamos hoje também começou com um passo singelo, em 1843, quando a matemática inglesa Ada Lovelace (1815-1852) publicou um diagrama numérico que veio a ser considerado o primeiro algoritmo computacional. 
(Adaptado de: Revista Veja, edição de 09/10/2019, p. 79) 

O tempo verbal empregado indica o caráter hipotético do que se afirma no seguinte trecho:

    A) tarefas que o computador mais poderoso do planeta demoraria 10.000 anos

    B) A computação quântica, até o início desta década, não passava de teoria

    C) com atributos que hoje se restringem à imaginação

    D) o computador que usamos hoje

    E) um caminho que levará a transformações radicais em diversas áreas

O modo subjuntivo pode levar o leitor para uma realidade hipotética. Assinale a opção que apresenta um trecho em que o autor faça uso desse modo verbal.

    A) “A implantação demorou por aqui, em relação a outros países.”

    B) “Na minha infância, não tinha nem telefone em casa.”

    C) “Eu estava bem, mas precisava falar com a seguradora.”

    D) “Saía tranquilo, sem o risco de que me encontrassem a qualquer momento [...].”

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão


Trabalho remoto exige planejamento e organização

Por Verônica Ruffino


(Disponível em: https://www.ifpb.edu.br/joaopessoa/noticias/2020/04/trabalho-remoto-exige-planejamento-e-organizacao–texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o verbo “reforçar” (linha 21), assinale a alternativa que apresenta sua conjugação no tempo verbal Futuro do Presente.

    A) Reforçará.

    B) Reforçaria.

    C) Reforçava.

    D) Reforçou.

    E) Reforça.

INSTRUÇÃO: A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.


(Texto)


É correto afirmar que o verbo “caiu” (linha 2) está conjugado no:

    A) Presente do indicativo.

    B) Pretérito imperfeito do indicativo.

    C) Pretérito perfeito do indicativo.

    D) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

As boazinhas que me perdoem


    Qual o elogio que uma mulher adora receber? Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns 700: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais. Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara. Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número. Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa. Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta. Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que ela é um avião no mundo dos negócios. Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical. Agora quer ver o mundo cair? Diga que ela é muito boazinha.

    Descreva uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastéis, calçados rente ao chão. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor. Nunca teve um chilique. Nunca colocou os pés num show de rock. É queridinha. Pequeninha. Educadinha. Enfim, uma mulher boazinha.

    Fomos boazinhas por séculos. Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas. Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos. A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho. Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa. Quietinhas, mas inquietas.

    Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas. Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais. Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen. Ser chamada de patricinha é ofensa mortal. Quem gosta de diminutivos, definha.

    Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. As boazinhas não têm defeitos. Não têm atitude. Conformam-se com a coadjuvância. PH neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.

    Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos. As “inhas” não moram mais aqui. Foram para o espaço, sozinhas.


MEDEIROS, Martha. Liberdade Crônica. Porto Alegre: L&PM, 2014.


Assinale a alternativa em que esteja destacada uma forma verbal flexionada em modo e tempo que expressa uma noção habitual:

    A) “Descreva uma mulher boazinha.” (2º parágrafo)

    B) “Aceita encomendas de doces, (...)” (2º parágrafo)

    C) “Nunca colocou os pés num show de rock.” (3º parágrafo)

    D) “Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.” (3º parágrafo

    E) “Até que chegou o dia (...)” (4º parágrafo)

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