Cliente, gênero feminino, 30 anos de idade, mãe de três filhos pequenos, foi encaminhada à terapia ocupacional para avaliação e tratamento, aproximadamente há seis meses, após suspeita de lesão cerebral. Ela acidentou-se quando uma prateleira de um supermercado quebrou-se e o conteúdo caiu sobre a cabeça dele. Após o acidente, frequentemente se queixava de dores de cabeça, fadiga e tontura, acompanhada de diminuição das atividades. Foram observados problemas de memória, causando-lhe insegurança para cuidar das crianças ou cozinhar, pois esquecia as panelas no fogão quando cozinhava. Ela trabalhava em tempo integral como assistente de ensino, porém ficou incapacitada de voltar ao trabalho após o acidente. Como recente emigrante da Bolívia, falava pouco o português. Após a consulta, o neurologista a encaminhou para o setor de Terapia Ocupacional a fim de avaliação e observação, e para estabelecer as necessidades da reabilitação. Na anamnese e avaliação da terapeuta ocupacional, a cliente mostrou-se emocionada enquanto descrevia a respectiva inabilidade para trabalhar, relatou preocupações com a própria memória e disse que os respectivos objetivos eram reassumir os papéis de mãe, dona de casa e profissional. Relatou ainda que tinha pouca atividade na rotina do dia, pois, devido às tonturas que sentia, evitava levantar do sofá. Ela não preparava mais as refeições para si mesma; passava as manhãs e as tardes cochilando sentada ao lado do sofá ou assistindo televisão.
Considerando ocaso clínico, julgue os itens a seguir.
A queixa de não conseguir realizar os papéis ocupacionais como mãe, dona de casa e profissional deve ser verificada como objetivo a longo prazo no tratamento.