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Acerca das noções de sociologia e antropologia em relação ao meio ambiente e sociedade bem como de arqueologia social, organização e demografia, julgue os itens que se seguem.
Foi defendida a teoria segundo a qual a emergência de populações com culturas mais complexas na Amazônia préhistórica deve-se provavelmente a questões ambientais relativas ao impacto do ambiente úmido sobre o desenvolvimento dos indígenas, inibindo o crescimento populacional e, consequentemente, a pressão da densidade populacional sobre o ambiente. Entretanto, em função dos dados mais recentes, já há consenso entre os pesquisadores de que as várzeas teriam influenciado o desenvolvimento da agricultura e a complexação de culturas nos Andes.
Acerca das noções de sociologia e antropologia em relação ao meio ambiente e sociedade bem como de arqueologia social, organização e demografia, julgue os itens que se seguem.
Conforme alguns estudos de Alan Powell, o salto cultural e tecnológico observado em grupos humanos com comportamento cultural moderno, há cerca de 45 mil anos, não se deve necessariamente às alterações na capacidade cognitiva, mas a sua estrutura demográfica. Densidade populacional, migrações e interações entre subgrupos sociais podem ter provocado a complexidade simbólica e tecnológica no comportamento humano.
A Portaria IPHAN n.º 007/1988, no art. 11, incisos de II a VII, e no art. 12, incisos I, II e III, estabelece as informações que devem conter os relatórios técnicos bem como o relatório final no término da pesquisa a serem encaminhados ao IPHAN. Acerca dessas exigências, julgue os itens a seguir.
I Os relatórios técnicos deverão ser redigidos em língua portuguesa.
II Terminada a pesquisa, o coordenador deverá encaminhar, em língua portuguesa, o relatório final dos trabalhos, em que deverão constar as informações relacionadas no art. 11, à exceção de uma.
III A relação definitiva do material arqueológico recolhido em campo e informações sobre seu acondicionamento e estocagem devem constar no relatório final encaminhado ao IPHAN.
IV A Portaria IPHAN 230/2002 reafirma o princípio da conservação dos sítios arqueológicos por meio do registro científico, ao estabelecer que o resultado esperado é um relatório detalhado que especifique os esforços despendidos em termos de produção de conhecimento sobre arqueologia da área de estudo. Assim, a perda física dos sítios poderá ser efetivamente compensada pela incorporação dos conhecimentos produzidos à Memória Nacional.
A quantidade de itens certos é igual a
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Considere as seguintes características dos tipos de instrumentos líticos:
I Ferramenta de bloco, teoricamente trabalhada na totalidade de suas duas faces de modo a determinar um gume em bisel duplo, contínuo e periférico. A forma é geralmente oval ou em amêndoa, seu uso é incerto.
II De fabricação grosseira, utensílio de bloco ou seixo trabalhado em parte de uma só face. O bordo ativo, obtido por lascamentos feitos em uma só face, é destinado a lascar ou a cortar por percussão.
III Artefato composto por uma ponta de arremesso, uma haste longa e uma fenda na extremidade proximal, onde se apoia na corda do arco, para ser arremessada.
IV Utensílio de lasca ou de bloco das séries das ferramentas plano-convexas. O bordo ativo é convexo ou, mais raramente, retilíneo e forma um ângulo muito aberto com a face externa.
V Ferramenta de pedra, de osso, de madeira ou de chifre, de forma alongada, pontiaguda, comportando ao menos três faces que formam um triedro. Os instrumentos feitos de pedra são feitos de bloco, ou lascados ou então polidos, mas nunca são feitos de lascas. É uma ferramenta para trabalhar a terra.
Esse conjunto de características refere-se, na ordem apresentada, aos seguintes tipos de instrumentos:
chopper, biface, flecha, raspador, picão.
biface, raspador, flecha, picão, chopper.
raspador, picão, flecha, biface, chopper.
biface, chopper, flecha, raspador, picão.
raspador, chopper, biface, flecha, picão.
A respeito das origens da arqueologia pré-histórica e seus desdobramentos, assinale a alternativa incorreta.
A arqueologia pré-histórica surgiu no século XIX como um campo do conhecimento descritivo e pontual, sendo que, no início, eram executadas somente pequenas e médias sondagens. As grandes escavações eram realizadas ocasionalmente para que fosse possível identificar a estratigrafia e recolher os vestígios a partir da identificação de sua camada arqueológica.
Os histórico-culturalistas tinham como objetivo conhecer o cotidiano das populações pré-históricas ao recuperar provas materiais contextualizadas pela pesquisa de campo.
Na França, no período entre-guerras, Leroi-Gourhan inovou ao escavar superfícies amplas a partir de método topográfico e ao realizar trincheiras com o intuito de detectar áreas de concentração de cultura material.
O tipo de arqueologia e método arqueológico desenvolvidos por Leroi-Gourhan foi chamado de Arqueologia Etnográfica por inspirar-se no conceito de fato social total de Mauss.
Em meados do século XX, jovens arqueólogos americanos lançaram os postulados da Arqueologia Processualista, mais conhecida como Nova Arqueologia. A arqueologia passa a ser concebida como Antropologia.
O resgate e o monitoramento arqueológico em obras, em núcleos urbanos, vêm ocorrendo de forma cada vez mais frequente no Brasil. Nessa perspectiva, considere as afirmativas a seguir.
I Escavações nesses ambientes não apresentam possibilidade de associar a cultura material aos segmentos sociais específicos, havendo, no entanto, a possibilidade de analisar comportamento de consumo.
II Nessas áreas, as intervenções são extremamente positivas, pois podem oferecer acesso a informações sobre o processo de urbanização. As amostras podem representar os diferentes grupos sociais espalhados pelo núcleo urbano.
III Nessas áreas, a probabilidade de se encontrarem ossadas humanas é especialmente alta, havendo a necessidade de um levantamento cuidadoso e de orientação e monitoramento constante dessas áreas.
IV Intervenções nessas áreas podem ser extremamente produtivas do ponto de vista da produção científica, sendo que as camadas arqueológicas podem estar mais preservadas.
V O trabalho do arqueólogo, na maioria das vezes, está subordinada ao dos arquitetos.
Essas afirmativas referem-se, na ordem apresentada, a:
entorno de igrejas, quintais de residências, lixeiras coletivas, obras de restauração, vias públicas.
lixeiras coletivas, vias públicas, entornos de igrejas, quintais de residências, obras de restauração.
obras de restauro, lixeiras coletivas, vias públicas, quintais de residências, obras de restauração.
entorno de igrejas, obras de restauração, lixeiras coletivas, vias públicas, quintais de residências.
quintais de residências, entorno de igrejas, obras de restauração, vias públicas, lixeiras coletivas.
Todas as correntes teóricas em arqueologia utilizam um conceito de cultura que norteia a elaboração de hipóteses e problemáticas de cada pesquisa. Nesse sentido, para o histórico-culturalismo, é incorreto afirmar que
seria possível mapear certos eventos a partir dos vestígios arqueológicos, sendo a diversidade do material proveniente de uma matriz antiga.
a cultura é homogênea, e as tradições são repassadas de uma geração para a outra.
cada tipo de artefato corresponde a um grupo étnico específico, e as culturas arqueológicas definidas eram percebidas pelos seus autores.
as mudanças culturais ocorriam por difusionismo, ou seja, resultam dos contatos entre diferentes culturas e a circulação de traços culturais.
a sequência cronológica da cultura material não importava, apenas sua distribuição geográfica.
Acerca das características do histórico-culturalismo, assinale a alternativa incorreta.
As escavações são realizadas por níveis artificiais para perceber na horizontalidade o comportamento humano.
Tendo em vista o grande volume de pesquisa, Childe é seu principal representante.
As invenções ocorrem apenas uma vez e são difundidas pela migração. As continuidades na cultura são explicadas pela ausência da migração.
Cada tipo de artefato é classificado dentro de uma cultura arqueológica, correspondendo a um determinado grupo étnico.
Prevê a elaboração de cronologias para compreender as diferenças culturais no espaço geográfico e distinguir os diferentes estágios que elas se encontravam, mapeando a difusão.
A arqueologia histórica urbana vem crescendo nos últimos anos, recuperando dados sobre grupos subalternos e fornecendo importantes informações que a História não teria condições de alcançar devido às limitações das fontes escritas. Quanto ao desenvolvimento da arqueologia histórica no Brasil, assinale a alternativa incorreta.
A arqueologia histórica no Brasil foi fortemente influenciada pela norte-americana, durante a ditadura militar, tendo como preocupação os vestígios dos grandes monumentos dos colonizadores, tais como as fortificações.
A arqueologia histórica das missões jesuíticas desenvolveu-se a partir de 1980 e teve como preocupação os vestígios arqueológicos da interação entre indígenas e europeus.
A partir de 1990, os estudos se voltaram para os grupos subalternos, tendo destaque os estudos sobre os quilombos.
As pesquisas em áreas urbanas ainda são incipientes, dividindo-se em dois polos de análises: arqueologia da cidade e arqueologia na cidade.
Entende-se por arqueologia na cidade aquela que considera que uma área ou grupo dentro de uma cidade não pode ser o único objeto de estudo. Ela é sistêmica onde o sitio é considerado um elemento de um sistema mais amplo.
Acerca das características do Processualismo, assinale a alternativa incorreta.
Apesar de inspirada no evolucionismo, o Processualismo se livrou do modelo social linear de evolução.
Cada sociedade tem sua própria história, e os estágios sociais ditos primitivos tinham sua legitimidade social. A complexidade de uma sociedade está intimamente ligada a um maior refinamento da eficiência de sua tecnologia para captação de energia do meio.
A cultura é vista como um sistema adaptativo auxiliando o homem na acomodação em seus embasamentos biológicos.
As mudanças culturais ocorrem a partir do ponto de vista externo com a inserção de elementos novos de outras culturas.
As principais criticas ao Processualismo são: demasiadamente funcionalista; muita ênfase no meio ambiente, demografia e nos subsistemas; descaso com os fatores sociais e cognitivos.
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