Questões sobre Geral

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Enfoques estratigráficos e sedimentológicos, estudos das relações homem/meio físico e formação do registro arqueológico são objetos do campo interdisciplinar da

  • A.

    etnoarqueologia.

  • B.

    etno-história.

  • C.

    geoarqueologia.

  • D.

    arqueologia da paisagem.

  • E.

    arqueometria.

Escavação é a intervenção detalhada no registro arqueológico, que revela a distribuição tridimensional das estruturas na matriz original, permitindo o encaminhamento de análises das relações intra-sítio: núcleos de solo antropogênico são dissecados por decapagens; estratos arqueológicos são evidenciados horizontalmente em microestratigrafia; a estratificação de camadas é visualizada por meio de cortes. A melhor escavação se apoia em métodos complementares.

Na seqüência lógica dos procedimentos invasivos de campo, a escavação vem após

  • A.

    o levantamento extensivo.

  • B.

    o reconhecimento de terreno.

  • C.

    o levantamento prospectivo.

  • D.

    a prospecção intensiva.

  • E.

    o georreferenciamento e o levantamento topográfico.

Na arqueologia de campo, são considerados procedimentos NÃO invasivos:

  • A.

    o georreferenciamento do registro arqueológico e o levantamento topográfico.

  • B.

    o nivelamento, a limpeza do terreno e algumas sondagens exploratórias.

  • C.

    a retificação de barrancos para transformá-los em perfis estratigráficos.

  • D.

    coletas comprobatórias de materiais arqueológicos, depositados na superfície do terreno.

  • E.

    sondagens e pequenas decapagens de 1 m2.

Sustentada nas relações entre a Arqueologia e a Geografia, trata, em princípio, da inclusão da práxis arqueológica em coordenadas espaciais. A propriedade de georreferenciar procedimentos, cenários e sistemas regionais de povoamento confere a ela estatuto ímpar: a competência para tratar de assuntos relacionados com o design da arqueologia em sua dimensão de planejamento, gestão e manejo do patrimônio arqueológico. Por outro lado, também pode ser entendida como a linha de pesquisa que estuda o processo de artificialização do meio ambiente, na perspectiva dos sistemas regionais de povoamento. Seu tema central é a reconstrução dos cenários das ocupações humanas, com foco na dispersão das populações pelo ecúmeno.

Este conceito refere-se à

  • A.

    arqueologia ambiental, subcampo gerado na interface arqueologia / biociências, focado nas questões envolvendo o meio ambiente biótico.

  • B.

    arqueologia da paisagem, subcampo que converge para duas dimensões: a matriz ambiental natural e o ambiente modificado.

  • C.

    geoarqueologia, subcampo gerado na interface arqueologia / ciências da terra, focado nas questões envolvendo o meio ambiente físico.

  • D.

    arqueologia geográfica, subcampo que converge para o estudo das relações homem / meio conforme as teorias e modelos preconizados pela geografia.

  • E.

    perspectiva arqueológica da geografia histórica, por focar o paleopovoamento e dispersão humana pelos continentes por meio das evidências arqueológicas.

A partir dos anos 1990, com o recrudescimento das dimensões sociais da arqueologia, estimulado pelo World Archaeological Congress (Congresso Mundial de Arqueologia) em 1986, desponta e se consolida uma modalidade de arqueologia conhecida como Arqueologia

  • A.

    social.

  • B.

    sociocultural.

  • C.

    contextual.

  • D.

    pública.

  • E.

    cognitiva.

A arqueometria é um campo do conhecimento que lida com datações de materiais arqueológicos, dentre outros aspectos da relação entre a arqueologia e as ciências físico-químicas. Restos de fauna utilizados na alimentação das populações do passado podem ser datados por

  • A.

    luminescência oticamente estimulada.

  • B.

    termoluminescência.

  • C.

    determinação da taxa de decaimento radioativo do potássio.

  • D.

    determinação da taxa de decaimento do rubídio para o estrôncio.

  • E.

    radiocarbono.

Sobre as correntes teóricas da arqueologia pode-se afirmar que:

I. O modelo histórico-cultural parte do pressuposto que a cultura é homogênea e que as tradições passam de geração para geração; seu principal expoente foi Bruce G. Trigger.

II. A Arqueologia processual desponta nos anos 1960, com o lema a arqueologia é antropologia ou não é nada; um de seus grandes expoentes é Lewis Binford.

III. A Arqueologia pós-processual introduziu a dimensão política neste campo de conhecimento; dentre seus expoentes se destacam Michael Shanks e Christopher Tilley.

IV. Ian Hodder ressaltou que há uma dimensão simbólica na cultura que não pode ser ignorada pela Arqueologia; isto é um dos elementos do pósprocessualismo.

V. A Arqueologia social latino-americana é herdeira da vertente processual, bem aplicada à reconstrução das grandes civilizações pré-colombianas.

Estão corretas APENAS as afirmações

  • A.

    I e II.

  • B.

    I, II e III.

  • C.

    II, III e IV.

  • D.

    II, III e V.

  • E.

    IV e V.

A Arqueologia da Arquitetura é um campo interdisciplinar que lida com a edificação, identificando as amplas possibilidades de estudo do construído, no sentido lato. Dentre seus focos estão as questões sociais, a leitura de elementos arquitetônicos como indicadores do desenvolvimento técnico ou a compreensão da paisagem cultural em processo. A partir desta idéia, considere os textos abaixo.

A Arqueologia da Arquitetura de Steadman e de Zarankin tem forte influência da

  • A.

    História.

  • B.

    Antropologia.

  • C.

    Ciência Política.

  • D.

    Geografia.

  • E.

    Etnologia.

A Arqueologia Brasileira, produto da influência inicial de pelo menos duas correntes de pensamento técnicocientífico, consolidou-se em moldes acadêmicos no ano de

  • A.

    1900, estimulada pelo capital gerado pela cafeicultura, que financiou equipes de pesquisa como a Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo.

  • B.

    1920, sob forte influência do Movimento Modernista, que incentivou o nativismo entre as elites.

  • C.

    1950, com o incremento da industrialização e do movimento ambientalista.

  • D.

    1960, com a formação das primeiras lideranças e grupos de arqueologia acadêmica.

  • E.

    1970, com a instauração dos primeiros programas de pós-graduação em arqueologia nas principais universidades brasileiras.

A influência estrangeira, principalmente norte-americana e francesa, foi marcante nas décadas de 1950 e 1960. Destacaram-se neste quadro, com presença efetiva:

  • A.

    Betty Meggers e Annette Laming-Emperaire.

  • B.

    Betty Meggers e André Leroy-Gourhan.

  • C.

    Clifford Evans e Joseph Emperaire.

  • D.

    Ian Hodder e Paul Rivet.

  • E.

    Anna C. Roosevelt e Jacques Tixier.

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