Questões de Comunicação Social do ano 2017

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A apuração é uma das características fundamentais da notícia, sem a qual o texto não pode ser classificado como jornalístico. Sobre a apuração nos webmeios podemos afirmar que

I o texto jornalístico em ambiente digital é auto-evidente;

II a apuração é feita de imediato, dispensando longas pesquisas;

III o processo de apuração é indispensável, pois por meio dele o jornalista vai às mais variadas fontes a fim de checar a veracidade dos fatos observados;

IV os gêneros notícia, reportagem e artigo nem sempre exigem apuração em função da subjetividade, incluindo a expressão de opiniões de seu autor;

V o processo de apuração nos suportes digitais se faz pelo princípio da visibilidade próprio das notícias nos webmeios.

Está(ão) CORRETO(S) o(s) item(ns)

  • A. I, III e V.
  • B. II, III, IV e V.
  • C. III, somente.
  • D. II e III, somente.
  • E. I e V, somente.

Sobre o uso das mídias sociais pelas organizações, assinale a afirmativa correta.

  • A. As mídias sociais devem ser usadas como via de mão única para transmissão de informações de interesse da instituição direcionadas ao seu público alvo.
  • B. Se o uso das mídias sociais pretende manter o relacionamento com o público, a instituição deve estar pronta para desqualificar as críticas recebidas e manter o tom autoelogioso em suas mensagens.
  • C. As estratégias de comunicação nas mídias sociais devem integrar e complementar os esforços de interação com os públicos estratégicos e devem estar alinhadas com a cultura da organização.
  • D. As organizações devem evitar o uso de mídias sociais, pois elas representam mais ameaças do que oportunidades de aumento de visibilidade.
  • E. Se as mídias sociais forem usadas estrategicamente para manter o relacionamento os stakeholderes, a instituição deve priorizá-las como canal de vendas.

Segundo Jenkins, em seu livro Cultura da Conexão (2014), na era do compartilhamento digital e no atual cenário de incertezas, muitos antigos modelos para compreender os públicos deixam de ser aplicáveis. Mesmo assim, considerações estratégicas e técnicas podem aumentar as chances de o conteúdo ser propagável.

As considerações estratégicas, a seguir, descritas pelo autor estão corretas no que se refere à mídia propagável, EXCETO:

  • A. Disponibilidade do conteúdo quando e onde o público quiser e achar mais útil.
  • B. Textos de mídia facilmente reutilizáveis e abertos, que permitem diversos usos.
  • C. A mentalidade “viral” leva as marcas a investirem em um texto de mídia específico que possa gerar sucesso exponencial.
  • D. Os públicos raramente abandonam o material se o compartilhamento se mostrar muito oneroso.

No que se refere à opinião pública, assinale a alternativa correta.

  • A. A pesquisa de opinião ou sondagem só é feita presencialmente.
  • B. Apesar da abrangência limitada no tocante à temática a ser explorada, a pesquisa de opinião consolidou-se como uma confiável e eficiente forma de se saber o que as pessoas de um perfil definido pensam e como se comportam.
  • C. A pesquisa de opinião pública se dá apenas quando consultadas as percepções da população quanto às ações do governo ou às personalidades políticas.
  • D. No âmbito comercial, a sondagem permite levantar informações, até então ocultas, relativas ao mercado, aos concorrentes, ao próprio negócio ou clientela, subsidiando o planejamento estratégico do negócio.
  • E. A pesquisa de opinião mede o impacto de uma ação ou produto junto a um determinado público, após a execução da estratégia. Quando é feita antes do lançamento do produto ou da execução da ação, é chamada sondagem.

Em 1965, o pesquisador Harwood L. Childs fez uma análise comparativa dos vários conceitos acerca da opinião pública e concluiu que todos erravam ao restringir o sentido da expressão com base em alguma premissa limitante.

Em relação às conclusões de Childs referentes aos limites para os conceitos de opinião pública, assinale a alternativa correta.

  • A. Conceito: a opinião pública trata das reações e das afirmações definidas em situações aferidas durante entrevistas realizadas por pesquisadores. Limite: não explica quais são os critérios para a realização dessas entrevistas.
  • B. Conceito: a opinião pública compõe-se das opiniões das pessoas que o governo acha por bem respeitar e seguir. Limite: não explica que características essas pessoas devem ter para o governo respeitá-las e segui-las.
  • C. Conceito: a opinião pública trata das atitudes, dos sentimentos e das ideias de um grande número de pessoas acerca de um assunto público importante. Limite: não define com exatidão que assuntos públicos importantes seriam esses e quais não seriam.
  • D. Conceito: a opinião pública é algo que, embora não seja necessariamente consensual, é majoritariamente aceito. Limite: não leva em consideração quais seriam os meios para se aferir com exatidão a opinião pública majoritária de um país, uma vez que mesmo as pesquisas mais minuciosas não conseguem abarcar contingentes populacionais muito numerosos e estabelecem estatísticas com base em uma média cotejada por amostragem.
  • E. Conceito: a opinião pública é um julgamento social ou uma consciência comunitária definida a respeito de uma questão de interesse geral, após discussão racional. Limite: não leva em conta que o processo de formação da opinião pública nem sempre é racional.

Quanto às várias definições de teóricos relativas à opinião pública, assinale a alternativa correta.

  • A. Jean Jacques Rousseau, na metade do século 18, na obra O Contrato Social, contesta a afirmação de que a vontade do povo é a única origem da soberania e das leis. Para ele, a vontade do povo não pode ser mensurada e, portanto, não pode ser contemplada pelos legisladores, aos quais se destina a responsabilidade de conduzir o interesse público.
  • B. David Hume, no conhecido Ensaio sobre o Entendimento Humano, refuta a tese de que a soberania da opinião pública, longe de ser uma aspiração utópica, é o que pesa e pesará sempre, em todas as horas, nas sociedades humanas. Para ele, a opinião pública é e sempre será manipulada pelos interesses escusos dos legisladores.
  • C. Walter Lippmann, no livro The Phantom Public, admite que uma sociedade, independentemente das próprias leis, da cultura, do nível de formação e das crenças, inevitavelmente responderá homogeneamente a respeito das mesmas questões, uma vez que estas são comuns a toda a humanidade.
  • D. Harwood L. Childs contesta a definição de opinião pública como um juízo relativo aos sentimentos de grupos de indivíduos dos mais informados, inteligentes e moralmente superiores da sociedade a respeito de qualquer assunto. Segundo o referido teórico, tal definição elitiza o sujeito da opinião pública, uma vez que não existem critérios objetivos para definir quem sejam os “moralmente superiores”. Além disso, o conceito expõe clara visão discriminatória, pois estabelece uma distinção entre as opiniões de indivíduos que devem ser considerados com mais deferência, em detrimento dos pareceres de outros indivíduos julgados como pessoas de “segunda classe”.
  • E. John Dewey, na obra The Public and Its Problems, não concorda com a definição de que a opinião pública é o julgamento formado e levado em consideração por aqueles que constituem o público e diz respeito a negócios públicos. Segundo o teórico, determinados problemas comuns a toda uma coletividade, quando contemplados sob a ótica da dimensão privada de cada indivíduo, são apropriados de forma peculiar e particular e assumem nuances distintas, a partir da vivência e das experiências individuais, o que pode influenciar a opinião pública.

Para alguns teóricos, como Pierre Bourdieu, é polêmica e muito questionada a definição de opinião pública, bem como sua atribuição nas sociedades e culturas. Diversos estudiosos, no decorrer dos séculos, têm opiniões divergentes no tocante à acepção e ao papel da opinião pública em suas sociedades. Em famoso artigo, publicado em Les Temps Modernes, em janeiro de 1973, Bourdieu externa sua controvertida e lúcida tese quanto ao tema, já a partir do título de sua publicação.

Segundo Pierre Bourdieu, a opinião pública

  • A. tem como base da própria concepção um conceito estarrecedor, uma vez que constitui uma criação de sociedades alienadas, totalitárias e dirigidas para a homogeneidade de pensamentos, atitudes e leis.
  • B. não existe, uma vez que os métodos utilizados para a sua aferição – as pesquisas – são eivados de distorções e mesmo de manipulação, como ordenar que as pessoas respondam a uma pergunta diferente da pergunta feita, sendo que a interpretação apenas registra o mal-entendido.
  • C. é incapaz de expressar com exatidão as tendências de uma sociedade, considerando-se que existem particularidades individuais que tendem a mascarar os resultados de uma pesquisa bem-intencionada.
  • D. é fundamental para se conhecer como é a essência da cultura de uma sociedade, tendo-se em vista que, sem o estudo da opinião pública, dificilmente estratos sociais poderiam ser mapeados e conhecidos.
  • E. é confundida com senso comum, embora seja imprescindível sua desmistificação como acolhedora dos anseios de uma nação, pois tende-se a formulá-la com base em conceitos emanados de uma compreensão não embasada em contextos factíveis de mensuração.

O jornalista Nilson Lage, no livro Controle da Opinião Pública: um ensaio sobre a verdade conveniente (1988), analisa os efeitos sociais dos meios de comunicação de massa sobre os indivíduos. Na obra, ele menciona o papel fundamental da Escola de Frankfurt – e dos respectivos estudos acerca da indústria cultural – para a compreensão dos paralelismos entre comunicação e sociedade, cultura e as respectivas representações sociais. Surgida nas duas primeiras décadas do século passado, na Alemanha, a Escola de Frankfurt notabilizou-se por analisar os efeitos que os meios de comunicação de massa tiveram sobre as sociedades europeias da época e mesmo o mundo na primeira metade do século 20, embora os ecos desses efeitos perdurem e sejam perpetuados ainda hoje.

Considerando essas informações, no que se refere à indústria cultural, assinale a alternativa correta.

  • A. Seu conceito se presta a uma análise de como uma sociedade gera e proporciona a massificação do indivíduo pela mídia. A partir desses estudos, os sociólogos Theodor Adorno e Max Horkheimer comprovaram que regimes como o fascismo e o nazismo não teriam tanto alcance caso não tivessem se beneficiado dos conceitos relativos à manipulação da informação e à comunicação de massa. Para tais teóricos, a cultura constitui a ferramenta que cria e perpetua formas de controle da sociedade: é ela quem promove necessidades não existentes e propicia o advento de uma sociedade consumista e infensa a suprir as carências reais de seus indivíduos.
  • B. Os meios de comunicação têm uma influência primordial em como os indivíduos se veem e enxergam os fatos que os rodeiam, mas a mídia necessita de um princípio autorregulador, embora seja nada mais do que o puro reflexo de uma sociedade. A partir dessa compreensão, os teóricos Leo Löwenthal e Ernst Bloch concluíram que a indústria cultural é apenas uma maneira com que tal princípio autorregulador se apresenta, mas que foi confundido com censura e uma forma de mascarar a realidade de uma sociedade exposta aos meios de comunicação.
  • C. O princípio basilar de compreensão da indústria cultural sedimenta-se na própria procura de entender e suprir as carências da sociedade, considerando o bem-estar do indivíduo como o objetivo primeiro de sua existência. Todavia, segundo Herbert Marcuse e Martin Heidegger, o conceito da indústria cultural foi mal-compreendido e utilizado com fins totalitários, embora na própria essência esteja o embrião de uma sociedade ideal, até utópica.
  • D. A compreensão de seu conceito decorre do entendimento de que a comunicação de massa só existe porque as carências individuais exigem os meios para a remediação delas. Partindo dessa constatação, Erich Fromm e Jürgen Habermas definem que a indústria cultural pode ser (ou não) uma ferramenta a serviço ou a desserviço da sociedade, a depender de como é apreendida por governos e governantes, que podem se apropriar da máquina pública como bem entenderem. Para tais teóricos, só o controle social realizado pelo Estado pode servir de efetivo meio de coibir tais abusos.
  • E. Ela surgiu no advento do fordismo e da produção em massa de bens para consumo na sociedade industrial. Para Martin Heidegger e Erich Fromm, a acepção máxima da indústria cultural se daria no apogeu de uma sociedade em que não houvesse pobreza nem iniquidades, mas cujo conceito essencial se perdeu no desenrolar do capitalismo e de uma sociedade de mercado, como bem previa Adam Smith, na famosa obra A Riqueza das Nações (1776).

No contexto das pesquisas de opinião, as opções a seguir apresentam as técnicas de seleção de amostragem probabilísticas, à exceção de uma. Assinale-a.

  • A. Por conveniência.
  • B. Estratificada.
  • C. Por conglomerados.
  • D. Sistemática.
  • E. Aleatória simples.

No que tange à pesquisa de opinião, assinale a alternativa correta.

  • A. Também conhecida como sondagem, a pesquisa de opinião é um levantamento estatístico com amostra abstrata. Ela indica as opiniões de uma determinada população por meio de perguntas feitas para uma fatia desse grupo e extrapolando a tabulação das respostas para um grupo maior.
  • B. A manipulação e o direcionamento de uma pesquisa de opinião são recursos do chamado lobby.
  • C. A primeira pesquisa de opinião de que se tem conhecimento foi realizada em 1824, por ocasião de uma disputa pela Presidência dos Estados Unidos da América (EUA). Mas foi a eleição de John Kennedy, em 1960, prevista por George Gallup, que lançou as sondagens a um novo patamar.
  • D. O resultado da recente eleição presidencial realizada nos EUA pôs por terra os resquícios científicos do processo de pesquisa de opinião.
  • E. Se, por um lado, as pesquisas de opinião são vistas como o canal para a voz das maiorias silenciosas, por outro, suscitam questionamentos acerca do uso dela para a manipulação por parte da classe dominante.
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