Questões de Conhecimentos Técnicos de um determinado Cargo/Área do ano 2006

Para atingir suas finalidades, as instituições determinam papéis e responsabilidades que fazem parte de um processo organizacional, o qual implica uma atividade racional, estruturada e coordenada. Nesse sentido, pode-se dizer que o planejamento de uma instituição consiste no:

• A.

  desenvolvimento de ações e procedimentos para tomada de decisões a respeito dos objetivos e das atividades a serem realizadas em razão desses objetivos;

• B.

  desenvolvimento de um plano de trabalho que tem nos meios de sua execução a orientação do fazer educativo visando ao alcance dos objetivos;

• C.

  estabelecimento de rotinas baseadas na análise da realidade escolar e suas condições concretas, tendo em vista a elaboração de objetivos conscientes;

• D.

  encaminhamento de funções e de responsabilidades pertinentes ao sistema organizacional da instituição com base na qual se definem objetivos e metas;

• E.

  processo de explicitação dos objetivos e da antecipação de decisões que vão indicar os objetivos finais e os meios necessários para que se evite a improvisação.

A elaboração dos objetivos de ensino é considerada elemento fundamental no processo de planejamento da prática pedagógica. Para a formulação de objetivos educacionais, deve-se levar em conta:

• A.

  as necessidades imediatas dos alunos, as informações contidas nos livros didáticos adotados e as condições materiais das unidades escolares;

• B.

  os pressupostos teórico-metodológicos previstos no plano geral da escola e as informações contidas nos livros textos adotados para cada série;

• C.

  as expectativas dos dirigentes da escola, os ditames das leis educacionais e os aspectos culturais e econômicos da comunidade extra-escolar;

• D.

  as orientações contidas nos Parâmetros Curriculares, as bases legais e as expectativas culturais e econômicas da população minoritária;

• E.

  as exigências legais, os conteúdos básicos das ciências produzidos na prática social e as necessidades e expectativas de formação cultural exigidas pela população majoritária.

O lugar e a relevância que os conteúdos de ensino ocupam na vida escolar devem estar diretamente relacionados à idéia de democratização dos conhecimentos, garantindo uma cultura de base para as crianças e jovens. Assim, pode-se entender conteúdos de ensino como um conjunto de:

• A.

  conhecimentos, hábitos e valores produzidos e acumulados pela humanidade, organizados didaticamente, que devem ser assimilados pelos educandos;

• B.

  conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais organizados de forma pedagógica, visando a aplicação pelos alunos nas avaliações escolares;

• C.

  conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais organizados didaticamente visando a aplicação pelos alunos na sua vida prática;

• D.

  conhecimentos, hábitos e valores produzidos e acumulados pela humanidade, sem organização didática préestabelecidos que deverão ser transmitidos aos educandos;

• E.

  conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais, sem organização pedagógica específica que deverão ser legitimados pelos alunos.

A ciência e a tecnologia, marcas do tempo em que vivemos, vêm transformando os usos e costumes da humanidade. Diante desta realidade, a escola tem como um dos seus principais desafios:

• A.

  incluir os novos recursos tecnológicos ao seu ambiente, porém garantindo a dinâmica estrutural já existente;

• B.

  considerar as novas tecnologias, mas restringindo-as aos recursos destinados às unidades escolares;

• C.

  valorizar as práticas inventivas, resguardando seus procedimentos, frente à crise de paradigmas da modernidade;

• D.

  promover mudanças estruturais que se colocam urgentes, porém rejeitando criticamente a sociedade informatizada;

• E.

  incorporar as novas técnicas e, ao mesmo tempo, promover a capacidade de leitura crítica das imagens e das informações.

A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente. Sua função pedagógico-didática se refere ao cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação escolar. Numa perspectiva diagnóstica, a avaliação é um processo que:

• A.

  ajuda ao professor classificar os alunos de acordo com o nível de desempenho que cada aluno atingiu;

• B.

  permite que professor e aluno recebam indicações sobre as dificuldades, promovendo um ajuste das atividades do professor;

• C.

  indica ao aluno o lugar que ele ocupa em relação aos colegas, de forma a estimulá-lo na melhoraria de seu rendimento;

• D.

  demonstra o empenho do professor em fazer uso de diferentes técnicas facilitadoras da aprendizagem do aluno;

• E.

  fornece dados precisos sobre as técnicas utilizadas pelo professor, de modo a adaptá-las às características dos alunos.

A metodologia de projetos se caracteriza por ser um processo de compreensão da realidade e de construção de conhecimentos, associado ao compromisso de transformar ou inovar uma dada situação. Como processo de construção do conhecimento, a elaboração de projetos pode ser traduzida como:

• A.

  um processo aberto, flexível, dinâmico e questionador das pessoas envolvidas;

• B.

  uma orientação pedagógica, de cunho científico, exercida por educadores;

• C.

  um modelo aberto e dinâmico de aprendizagem que envolve a avaliação classificatória;

• D.

  uma construção coletiva destinada ao aperfeiçoamento e melhoria da equipe;

• E.

  um caminho investigativo que neutraliza os conflitos existentes.

É muito comum o envolvimento de pessoas na elaboração de projetos sem que tenham clareza do que se deseja alcançar, gerando documentos meramente formais e burocráticos. A participação das pessoas na construção e implementação de projetos deve ser promovida:

• A.

  determinando a participação nas reuniões de planejamento e de execução do projeto;

• B.

  estimulando o envolvimento da equipe na execução apenas das tarefas;

• C.

  delegando responsabilidades no planejamento das metas a serem alcançadas;

• D.

  possibilitando a participação nas discussões dos problemas e na elaboração do projeto;

• E.

  estabelecendo um cronograma rígido de atividades para maximizar o tempo.

No setor de uma grande estatal, a proposta de elaboração de projetos para a implantação de mudanças operacionais e melhoria no atendimento ao público trouxe desconfiança. Segundo a fala de um membro da equipe: "Não adianta nada disso, porque as coisas aqui acabam não saindo do papel". O princípio a ser adotado na metodologia de projetos é:

• A. visão genérica da situação-problema;
• B. concentração e canalização de esforços e energias;
• C. ativismo e imediatismo no planejamento das ações;
• D. elaboração de um cronograma rígido;
• E. dispersão na análise dos resultados.

Muito se tem falado sobre a interdisciplinaridade e sobre como vem sendo pensada na organização curricular. Sobre o pensar interdisciplinar, pode-se dizer que este exige um projeto no qual não se ensina nem se aprende, vive-se, exerce-se. Pode-se dizer também que o pensar interdisciplinar:

• A.

  parte do princípio de que o conhecimento é em si mesmo racional e verdadeiro;

• B.

  considera o conhecimento científico como uma proposição que se sobrepõe às práticas cotidianas;

• C.

  considera o conhecimento do senso comum inválido, já que este se afasta da racionalidade;

• D.

  parte do diálogo com outras formas de conhecimento, permitindo que se interpenetrem;

• E.

  parte da interlocução entre os sujeitos do conhecimento apresentando um componente disciplinar.

A educação brasileira é fortemente marcada pela concepção tradicional de educação, na qual o professor é considerado o centro do processo ensino-aprendizagem e o único detentor do saber. Sabe-se que a avaliação está intimamente relacionada com o processo ensino-aprendizagem. Encontra-se subjacente à concepção tradicional de ensino a avaliação:

• A. contínua;
• B. diagnóstica;
• C. classificatória;
• D. crítica;
• E. participativa.