Questões de Educação Física

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A história da educação situa a introdução do esporte na escola brasileira na primeira metade do século XX. Dentre os fatores que contribuíram, destaca-se a

  • A. influência do movimento denominado Esporte para Todos (EPT).
  • B. disseminação do Método Desportivo Generalizado no país.
  • C. intenção de descobrir talentos e projetar o Brasil como potência esportiva.
  • D. construção de um dispositivo de controle e ordenação.
  • E. instauração de um estilo de vida fisicamente ativo.

Em uma ação pedagógica coerente com a proposta crítico-emancipatória, a abordagem do esporte privilegia a

  • A. participação autônoma do aluno na organização da prática e do aprimoramento da gestualidade específica.
  • B. inclusão de todos os alunos nas atividades e o desenvolvimento das capacidades condicionantes.
  • C. compreensão crítica das diferentes formas de encenação e dos problemas vinculados ao contexto político.
  • D. compreensão dos problemas vinculados ao contexto político e o desenvolvimento das capacidades condicionantes.
  • E. participação autônoma na organização da prática e a inclusão de todos os alunos nas atividades.

As pesquisas no campo da Educação Física escolar indicam que, em sua grande maioria, os professores realizam suas avaliações com base na aptidão física, assiduidade e participação, cujo instrumento é a observação. A escola como espaço de produção de conhecimento e seus agentes sociais como praticantes dessas produções apontam para a necessidade da elaboração de outras formas de avaliar. Diante desse objetivo, a avaliação deve ser feita por meio da

  • A. auto-avaliação por parte dos professores e alunos, a partir da qual estes podem verificar se assimilaram o modelo referência ou o quanto precisam melhorar para alcançar os objetivos propostos.
  • B. avaliação por parte dos professores e alunos, a partir da qual estes podem verificar se assimilaram o modelo referência ou o quanto precisam melhorar para alcançar os objetivos propostos.
  • C. prova com questões dissertativas e níveis de dificuldades variados, a fim de se atender às diferenças entre os alunos e verificar se os mesmos compreenderam os conteúdos transmitidos conforme as situações de ensino propostas.
  • D. aplicação de testes de múltipla escolha que englobem os conteúdos transmitidos, a fim de preparar os alunos para as avaliações externas e selecionar os que precisam de reforço.
  • E. produção de registros diversos, a fim de que professores e alunos possam interpretar informações, em um exercício constante de leitura de indicadores, a partir dos quais se mobilizam tomadas de decisões.

Para muitos, a denominada crise de identidade da Educação Física, deflagrada na década de 1980, deriva da falta de definição de sua especificidade. É a partir de seu objeto que se estabelece a sua função social e os conhecimentos que lhe darão suporte. Comumente, alguns termos contribuíram para sua identificação e correlatos a eles a definição da sua função e fundamentação teórica. Diante disso, o termo

  • A. atividade física ou atividade físico-esportiva e recreativa atribui à Educação Física a função de facilitar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor do indivíduo e a aquisição de hábitos saudáveis, fortalecendo a noção de educação integral. Ancora-se nos fundamentos da psicologia do desenvolvimento.
  • B. cultura corporal ou cultura corporal do movimento atribui à Educação Física a função de possibilitar a compreensão e atuação crítica nos contextos e processos sociais nos quais a cultura é produzida, transmitida e partilhada por meio da aquisição de um saber fazer corporal e um saber sobre o realizar corporal. Ancora-se nas ciências humanas e sociais.
  • C. movimento humano atribui à Educação Física a responsabilidade pela educação do movimento e a educação pelo movimento, que incidem na aquisição de habilidades motoras e proprioceptivas básicas com repercussões na aptidão física e nos relacionamentos interpessoais e intrapessoais. Ancora-se nos fundamentos das ciências biológicas.
  • D. preparação física atribui à Educação Física a função de habilitar o educando para enfrentar as exigências do mundo do trabalho e selecionar os que se destacarem como mais talentosos para atividades esportivas e ginásticas. Ancora-se na biomecânica, na fisiologia do exercício e nas teorias das inteligências múltiplas.
  • E. comportamento motor atribui à Educação Física o papel de facilitar a aquisição dos mecanismos e processos subjacentes à aquisição das habilidades motoras por parte dos educandos e o enfrentamento dos fatores que as afetam, tendo em vista a qualidade dos movimentos e a promoção da atuação crítica na sociedade. Ancora-se nas teorias sistêmicas e comportamentais.

A ideia de usar a Educação Física como ambiente propício para a criação de jogos foi proposta pela primeira vez na Inglaterra, no fim da década de 1960. Décadas depois, a criação de jogos foi apresentada com diferentes propósitos na prática pedagógica: com vistas ao desenvolvimento motor; social; do pensamento crítico; do conceito de democracia e do conceito de compreensão esportiva. Recentemente, presenciou-se o surgimento de outra proposta pedagógica que visa o desenvolvimento de uma compreensão mais holística do jogo e envolve quatro aspectos: cognitivo, psicomotor, motivação e valor (respeito às regras, rituais, tradição e significados culturais). Nessa última proposta cabe ao professor

  • A. elaborar formas de intervenção que proporcionem ao aluno uma prática reflexiva, em que ele é convidado não só a praticar o jogo, mas também modificá‐lo e criá-lo, o que contribui para a compreensão em sua totalidade, e não somente da prática.
  • B. possibilitar situações e tempo para que os educandos vivenciem livremente a experiência de jogar a fim de que possam adquirir os conhecimentos necessários para praticá-lo e compreendê-lo, pois o jogar é próprio da natureza humana e é o que possibilita aflorar as potencialidades de cada um.
  • C. incentivar os educandos a vivenciarem os aspectos ritualísticos que compõem a tradição do jogo em questão a fim de que possam adquirir os conhecimentos necessários para compreendê-lo como produção cultural e assim garantir a sua continuidade na cultura.
  • D. fomentar situações-problema da ordem de conflitos pessoais a fim de diagnosticar as dificuldades de relacionamento dos alunos e com isso mobilizar os elementos afetivos necessários para a superação desses conflitos, facilitando a criação de jogos em grupos.
  • E. proporcionar um ambiente para que o jogo se desenvolva por meio da condução dos alunos a fim de que reconheçam e superem os conflitos existentes de forma autônoma e com isso percebam as dificuldades que encontrarão nos jogos que praticarão na sociedade mais ampla.

Os megaeventos esportivos (Copa do Mundo e Olimpíadas) fomentaram políticas públicas, formuladas no âmbito do Ministério dos Esportes, visando incrementar, valorizar as práticas esportivas na Educação Física escolar e atrelar o esporte ao binômio educação-saúde e, ainda, contribuir para a formação da personalidade da criança mediante a incorporação de valores importantes para a vida social e para o pleno desenvolvimento da cidadania: espírito de grupo, espírito competitivo, respeito às regras (leis), entusiasmo pelo esforço, assimilação adequada das derrotas, atitude humilde na vitória etc. A prática esportiva ainda contribui para que as crianças em situações de vulnerabilidade social não se envolvam no consumo de drogas e na delinquência. No entanto, essas políticas sofrem severas críticas porque o modelo esportivo presente

  • A. concebe o esporte como um direito social que deve ser ampliado, pois sua prática funciona como elemento de compensação dos efeitos colaterais da globalização econômica, o que facilita a inclusão dos sujeitos despossuídos de bens materiais na sociedade.
  • B. apresenta os benefícios da prática esportiva tais como: reabilitar pessoas em condições de risco, promover a saúde da população, possibilitar a alguns ascender economicamente e socializar as pessoas de classes sociais distintas.
  • C. considera que em termos sociológicos tanto a Educação Física escolar como o esporte são instituições com universos simbólicos muito distintos, que permite ações pedagógicas diferenciadas, valorizando as diferenças culturais.
  • D. incentiva que a organização de eventos escolares e a prática pedagógica sejam realizadas em conformidade com as decisões da comunidade educativa presentes no projeto político e pedagógico de cada unidade escolar.
  • E. não apresenta uma proposta diferente daquilo que, historicamente, tem pautado as ações do Estado no setor, qual seja, o esporte de alto rendimento como referência, o que dificulta para que a Educação Física não se submeta aos princípios do sistema esportivo, que valoriza a performance e o mérito.

Diversos documentos oficiais da educação brasileira inserem a Educação Física na área dos códigos e linguagens. Por sua vez, a linguagem corporal manifesta nos gestos característicos das práticas corporais como os esportes, danças, lutas, brincadeiras e ginásticas são meios de expressão e comunicação de grupos culturais diversos. Isso permite ao professor de Educação Física propor atividades nas quais os inúmeros códigos de comunicação presentes nas práticas corporais citadas sejam investigados. Alguns exemplos dessas atividades são:

I. Elaboração, vivência e análise de estratégias de uma partida de futsal.

II. Análise de textos da literatura de cordel impregnados de dados culturais.

III. Observação da gestualidade dos praticantes de skate.

IV. Comparação e elaboração de inferência para explicar as diferenças entre os corpos de atletas de corridas de velocidade e maratonistas.

V. Debate para a construção das normas de convivência entre alunos nas aulas de Educação Física.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A. I, II e III.
  • B. I, III e IV.
  • C. II, IV e V.
  • D. III, IV e V.
  • E. I, II e V.

A historiografia da Educação Física produzida nos anos 1980 atribui ao movimento higienista, ocorrido no Brasil nas primeiras décadas do século XX, uma preocupação em conservar a cultura dominante. No entanto, nos últimos anos novas pesquisas historiográficas têm produzido outros olhares ao mesmo movimento, enfatizando a existência de correntes higienistas do início do século XX que

  • A. incentivavam a mistura de raças por meio da imigração de populações europeias em massa para, gradualmente, tornaremse o equivalente da raça superior, resultando no desaparecimento do elemento negro no país.
  • B. defendiam que os problemas do povo brasileiro decorriam do absenteísmo do Estado e pressionavam o governo para que interviesse na saúde e na educação pública a partir dos interesses da população em detrimento dos interesses das elites.
  • C. apoiavam o Estado descentralizado, pois em função do aspecto continental do país, apenas as administrações regionais poderiam combater os problemas sociais decorrentes da desnutrição e falta de hábitos higiênicos das populações locais.
  • D. entendiam que o Brasil era um país jovem como os EUA e as diferenças no desenvolvimento eram decorrentes da composição da população brasileira, predominada por seres inferiores e com baixa capacidade para o trabalho.
  • E. consolidaram a aplicação dos métodos ginásticos para a formação do cidadão dócil politicamente, útil para o trabalho e forte para a defesa da nação.

Os esportes nas aulas do componente curricular Educação Física podem ser abordados de diversas maneiras. As diferenças ocorrem conforme a proposta curricular em que ele é desenvolvido. Dessa forma, na proposta

  • A. crítico-superadora, o esporte tem que ser praticado conforme os códigos e significados da cultura capitalista, sendo as aulas centradas na aprendizagem do gesto técnico, caracterizando o esporte da escola em detrimento do esporte na escola.
  • B. da pedagogia do esporte, centram-se esforços na aquisição das habilidades básicas da prática esportiva por meio da aprendizagem das partes (fundamentos) antes da aprendizagem do jogo em si e também dos valores fundamentais para o desenvolvimento da criança, do adolescente, do jovem, enfim de todos os segmentos da sociedade.
  • C. ancorada nos Estudos Culturais a tematização do esporte permite a sua vivência e a análise das relações de poder que constituem os seus diversos significados, possibilitando a compreensão da cultura como campo de luta pela definição e controle da realidade, bem como a produção de novos significados culturais.
  • D. crítico-emancipatória propõe-se a transformação didática do esporte, a fim de permitir aos educandos das classes populares que reconheçam e valorizem as práticas esportivas enquanto patrimônio cultural da cultura dominante e que possam mediante a sua aprendizagem estabelecer situações de justiça social.
  • E. de inspiração construtivista piagetiana, o professor descreve as habilidades motoras a serem aprendidas e cabe ao aluno elaborar e experimentar meios diferentes de executá-las a fim de construir de forma autônoma a sua aprendizagem.

Sugestão de sequência de evoluções do jogo “Passa 10” − pré-desportivo do Handebol.

A sugestão acima para o ensino do handebol encontra-se entre as diferentes abordagens para o ensino dos Jogos Desportivos Coletivos (JDC). A sequência apresentada

  • A. desenvolve nos praticantes uma disponibilidade motora e mental que transcende largamente a simples automatização de gestos e se centra na assimilação de regras de ação e princípios de gestão do espaço de jogo, bem como de formas de comunicação e contracomunicação entre os jogadores.
  • B. reforça a crítica da aprendizagem mecanicista dos JDC, que tem frequentemente consistido em fazer adquirir aos praticantes sucessões de gestos técnicos, empregando-se muito tempo no ensino da técnica e muito pouco ou nenhum no ensino do jogo propriamente dito.
  • C. privilegia a desmontagem dos gestos técnicos elementares, transferindo-os para as situações de jogo, que colocadas à margem dos requisitos táticos têm pouca relação com o jogo em si.
  • D. está centrada na técnica individual, partindo do princípio que a soma de todos os desempenhos individuais provoca um apuro qualitativo da equipe e, também, que o gesto técnico aprendido de uma forma analítica possibilita uma aplicação eficaz nas situações de jogo.
  • E. contraria a noção de que o jogo deve estar presente em todas as fases de ensino/aprendizagem dos JDC, pelo fato de ser, simultaneamente, o maior fator de motivação e o melhor indicador da evolução e das limitações que os praticantes vão revelando.
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