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A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua cuidados paliativos como uma abordagem que tem por objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, que enfrentam problemas associados a doenças que põem em risco a vida. A respeito desse assunto, assinale a alternativa correta.
A assistência paliativa é voltada ao controle dos sintomas e à busca da cura, com vistas a preservar a qualidade de vida até o final.
A fadiga é um sinal muito prevalente em cuidados paliativos e, por se limitar a questões físicas, devem ser instituídas medidas exclusivamente farmacológicas para o alívio do cansaço e da dispneia.
Os quadros de delírio, demência, ansiedade e depressão são reflexos de alterações emocionais e afetivas no paciente com câncer, devendo ser detectados precocemente, a fim de se intervir rápida e adequadamente.
Efeitos adversos de algumas medicações para o tratamento do câncer, como os opioides e antidepressivos tricíclicos, bem como as mudanças orgânicas decorrentes do câncer avançado, provocam a sintomatologia gastrintestinal mais frequente em cuidados paliativos, que é a diarreia.
A hipodermóclise representa uma via alternativa para suporte clínico de pacientes em cuidados paliativos, em que há infusão de fluidos isotônicos e(ou) medicamentos por via subcutânea. Tem como vantagens o baixo custo, a possibilidade de alta precoce e o risco mínimo de complicações locais ou sistêmicas.
O Ministério da Saúde tem, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), um dos mais importantes e bem-sucedidos trabalhos na esfera da saúde pública no Brasil. Mesmo sabendo que os riscos de complicações relacionados às vacinas são muito menores que os das doenças contra as quais elas protegem, os eventos adversos devem ser estudados e conhecidos, a fim de fornecer embasamento aos profissionais. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta.
Eventos inesperados pós-vacinais são aqueles não identificados anteriormente, que ocorrem somente com vacinas de uso recente, como ocorreu com a vacina contra rotavírus rhesus/humana, pois são vacinas que ainda não passaram por todas as fases de desenvolvimento de pesquisa clínica.
A linfadenopatia regional supurada pode ocorrer como um evento adverso na administração da vacina BCG. Caracteriza-se pela presença de linfonodos hipertrofiados com mais de 3 cm de diâmetro, ocorre em média nos três primeiros meses após a administração da vacina e não está recomendado o tratamento com isoniazida bem como a exerese do gânglio.
Manifestações gerais de febre, irritabilidade, fadiga, tontura, cefaleia e desconforto gastrintestinal podem ser observados após a aplicação da vacina contra a hepatite B. Nesses casos, ficam contraindicadas doses subsequentes da vacina, e tais manifestações devem ser notificadas e investigadas, pois pode haver evolução para quadro de púrpura trombocitopênica.
Crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas, associadas à perda de consciência e à disfunção autonômica em crianças acima de 3 meses, podem ocorrer como eventos adversos da vacina DPT/Hib (tetravalente) nas primeiras 72 horas após aplicação. Tais eventos podem acontecer tanto no esquema inicial quanto após a administração de dose de reforço e, em geral, tem bom prognóstico.
A vacina tríplice viral, por ser uma vacina combinada com vírus vivos atenuados, é uma das mais importantes para o desenvolvimento de eventos adversos. Pode causar hiperestesia, enduração, febre, exantema, linfadenopatia, meningite, encefalite, parotidite, pancreatite ou reações anafiláticas. Os casos detectados com qualquer um desses eventos deverão ser notificados, e ficam contraindicadas as doses subsequentes da vacina.
Uma jovem de 17 anos de idade, primigesta, com 34 semanas de gestação, deu entrada no setor de obstetrícia com quadro de crise convulsiva, hipertensão arterial (200 mmHg × 120 mmHg) e edema. A mãe, que a acompanhava, informou que a filha nunca teve problemas de saúde, mas que ganhou muito peso com a gravidez. Relatou história familiar de eclampsia (irmã). Informou ainda que, na 23.ª semana de gestação, foi detectado aumento da pressão arterial na sua filha, quando iniciou o tratamento com metildopa (150 mg/dia). Foi submetida à cesariana, e a criança demonstrou boa vitalidade ao nascer. No pós-operatório imediato, a puérpera evoluiu comatosa e com anasarca. Encontra-se com cânula de Guedel e oxigênio sob máscara, sonda vesical de demora e sulfato de magnésio IV, 1g/h, em veia periférica.
Considerando o caso apresentado, assinale a alternativa correta.
Os dados de história familiar de eclampsia, ganho de peso e hipertensão arterial após a vigésima semana de gestação indicam que a causa mais provável da eclampsia é uma hipertensão arterial crônica.
O anti-hipertensivo utilizado pela gestante (metildopa) habitualmente não é a primeira escolha por estar associado à redução significativa do fluxo sanguíneo uteroplacentário, morte fetal e insuficiência renal em neonatos, sendo utilizada apenas nos casos de hipertensão refratária.
O sulfato de magnésio prescrito deve ser administrado sob bomba de infusão, com controle rigoroso dos parâmetros respiratórios (frequência respiratória deve ser superior a 12 irpm), neurológicos (atenção para o reflexo patelar, que deve estar presente) e de débito urinário (deve ser superior a 100 mL em 4 horas).
Devido à história de crise convulsiva, a paciente deve ser colocada em um leito com grades que impeçam a ocorrência de quedas ou traumatismos, sob decúbito lateral direito, com contensão em ambos os braços, para evitar trauma.
A fisiopatologia envolvida está amparada no dano epitelial, de causa autoimune, que provoca vasoconstrição e elevação da resistência vascular periférica, alterações sanguíneas com hemodiluição, alterações na permeabilidade capilar e alterações hepáticas com diminuição de enzimas.
Considere que uma paciente de 57 anos de idade tenha dado entrada na sala de recuperação anestésica de um hospital após ter se submetido a uma cirurgia de toracotomia, com retirada de nódulos pulmonares. Chegou com agitação psicomotora, tremores e pele fria. Seus sinais vitais indicavam pressão arterial de 110 mmHg/60 mmHg, frequência cardíaca de 102 batimentos por minuto, frequência respiratória de 12 irpm, saturação de 95%. Respirava superficialmente e queixava-se de dor intensa. Foi instalado oxigênio sob máscara a 3 L/min e infundidas soluções cristaloides em cateter central. Após 15 minutos, encontrava-se mais sonolenta, não respondia aos chamados, saturação de 82%, valores gasométricos com indicação de pH baixo, hipoxemia e hipercapnia.
Nessa situação, assinale a alternativa correta.
A hipercapnia e a hipoxemia podem ter sido resultantes da ação de drogas administradas durante o procedimento cirúrgico, como diuréticos e anestésicos, e são esperadas em pacientes que se encontram na sala de recuperação cirúrgica.
A paciente apresenta um quadro importante de hipoventilação que deve ser revertido adotando-se medidas de manutenção de via aérea permeável (garantia de oferta adequada de oxigênio e monitoração do padrão respiratório), controle da dor (administração de analgésicos prescritos), aquecimento (para a hipotermia) e manutenção da estabilidade cardiovascular.
Os tremores e a pele fria apresentados pela paciente podem ser considerados fatores relacionados ao diagnóstico de hipotermia da NANDA, que são decorrentes da exposição a um ambiente mais frio, medicamentos utilizados e cavidades abertas durante o procedimento cirúrgico.
O quadro da paciente indica que houve desestabilização cardiorrespiratória, devendo ser avaliados em primeiro lugar o sítio cirúrgico, a função do sistema nervoso central e, em seguida, deve ser realizado o tratamento não farmacológico da dor, a administração de antibióticos e a aplicação de curativo compressivo no tórax.
Os valores gasométricos de pH = 7,63, pO2 = 68 mmHg, pCO2 = 22 mmHg e o bicarbonato de 22,5 são compatíveis com o quadro descrito.
Durante uma parada cardiorrespiratória (PCR), o socorrista deve:
aplicar compressão torácica e ventilação na relação de 5 compressões para cada 1 ventilação;
aplicar compressão torácica e ventilação na relação de 15 compressões para cada 2 ventilações;
aplicar compressão torácica e ventilação na relação de 30 compressões para cada 2 ventilações;
caso não tenha treinamento em RCP, priorizar as ventilações de resgate;
iniciar a RCP com ventilação de resgate seguida de compressão torácica.
O trauma torácico, comumente encontrado no paciente politraumatizado, configura-se como uma das principais causas de morte nas diversas faixas etárias. Uma de suas consequências é o Pneumotórax Hipertensivo, que apresenta, em seu quadro clínico:
macicez pleural;
hipertimpanismo à percussão;
abafamento de bulhas;
respiração paradoxal;
simetria do tórax.
Em relação à asma infantil, é CORRETO afirmar:
crianças com asma não podem praticar atividades físicas;
o tratamento da asma se baseia no uso de medicações durante as crises;
a umidade domiciliar pode deflagrar a crise de asma;
a sintomatologia da asma se caracteriza por sibilância, dispnéia e tosse produtiva com hemoptise;
a criança com asma não deve ser acompanhada em unidade de baixa complexidade.
Na conduta das síndromes hipertensivas da gravidez a presença dos seguintes sinais e sintomas demanda retorno imediato ao Hospital, EXCETO:
PA 150/100 mmHg; Proteina na fita com ++ ou mais;
cefaleia grave e persistente;
dor abdominal persistente, principalmente na região epigástrica e no hipocôndrio direito;
cefaleia leve e discreta;
presença de contrações uterinas regulares.
Sobre os contraceptivos hormonais pós-coito, é INCORRETO afirmar que:
as formulações com levonorgestrel exclusivo apresentam como efeito colateral náuseas e vômitos;
as formulações com levonorgestrel exclusivo não apresentam risco de tromboembolismo, quando associados ao esquema que emprega estrogênio;
a prescrição é de duas doses, com intervalo de 12 horas, iniciando-se no máximo até 72 horas após o coito;
sua eficácia encontra-se entre 75 e 80%, e está associada inversamente à demora no uso do método;
o principal efeito contraceptivo é a inibição de ovulação, embora também atue sobre o endométrio.
O paciente em risco de desenvolver úlcera por pressão deve ser submetido à mudança de decúbito:
de 6 em 6 horas;
de 2 em 2 horas;
de 4 em 4 horas;
de 12 em 12 horas;
a cada uma hora.
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