Questões sobre Urgência e emergência

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As prioridades de avaliação e tratamento de lesões nas crianças são as mesmas dos adultos. Entretanto, as características anatômicas e fisiológicas singulares da infância são associadas a diferentes mecanismos de trauma, produzindo padrões distintos de lesão. Por exemplo, os traumatismos fechados mais graves são os que envolvem o cérebro. Consequentemente, apnéia, hipoventilação e hipóxia são cinco vezes mais frequentes que a hipovolemia com hipotensão em crianças gravemente traumatizadas. Assinale a alternativa CORRETA.

    A) O esqueleto da criança tem calcificação incompleta, contém múltiplos centros de crescimento ósseo ativos. Por essas razões, lesões de órgãos internos são frequentemente observadas com fraturas ósseas contíguas. Por exemplo, fraturas de arcos costais acompanhadas de contusões pulmonares.

    B) A identificação de fraturas de crânio e de arcos costais em crianças pode acontecer em baixas transferências de energia uma vez que a criança tem calcificação incompleta, o que favorece a fratura óssea .

    C) A relação entre superfície e volume corporal é maior ao nascimento e diminui com o crescimento da criança. Como consequência, a perda de calor é um fator de estresse importante em crianças. A hipotermia pode se instalar rapidamente e complicar o tratamento.

    D) Como a criança tem menor massa corporal, o impacto da energia do trauma resulta em menor força aplicada por unidade de área corporal. Essa energia menos intensa é transmitida para um corpo que possui menos gordura e tecido conjuntivo e maior proximidade entre os órgãos.

Um paciente de 73 anos de idade, hipertenso, diabético e cardiopata está hospitalizado na unidade de clínica médica de um hospital de grande porte em Brasília. Durante a hospitalização, foi submetido a cateterismo cardíaco em decorrência do respectivo motivo de internação, infarto agudo do miocárdio. A acompanhante do paciente chega ao posto de enfermagem e comunica ao enfermeiro que o paciente não responde a comando. O profissional rapidamente avalia o paciente e constata parada cardiorrespiratória (PCR).

Com relação a esse caso clínico e os conhecimentos correlatos, julgue o item a seguir.


As compressões cardíacas devem ser de pelo menos 8 centímetros e rápidas (100/min a 120/min), aguardando-se sempre o retorno total do tórax.

Um paciente de 73 anos de idade, hipertenso, diabético e cardiopata está hospitalizado na unidade de clínica médica de um hospital de grande porte em Brasília. Durante a hospitalização, foi submetido a cateterismo cardíaco em decorrência do respectivo motivo de internação, infarto agudo do miocárdio. A acompanhante do paciente chega ao posto de enfermagem e comunica ao enfermeiro que o paciente não responde a comando. O profissional rapidamente avalia o paciente e constata parada cardiorrespiratória (PCR).

Com relação a esse caso clínico e os conhecimentos correlatos, julgue o item a seguir.


A hipotermia é uma causa reversível de PCR.

O traumatismo crânio encefálico (TCE) é qualquer lesão decorrente de um trauma externo, que geralmente tem como consequência alterações anatômicas do crânio, como fratura ou laceração do couro cabeludo, bem como o comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou seus vasos, resultando em alterações cerebrais momentâneas ou permanentes, de natureza cognitiva ou funcional. A causa do TCE está relacionada a traumas decorrentes de causas externas, como por exemplo: acidentes automobilísticos, arma de fogo, armas brancas, violência doméstica, acidentes ocorridos durante a realização de esportes e quedas de própria altura. Hoje em dia é notável que este trauma está relacionado como uma problemática de saúde pública, incapacitando ou levando à morte muitas pessoas. Sobre o TCE, assinale a alternativa INCORRETA.

    A) A pressão intracraniana (PIC) elevada pode reduzir a perfusão cerebral e causar ou exacerbar a isquemia. A PIC normal no estado de repouso é aproximadamente 10mm Hg. Pressões maiores do que 20 mm Hg, especialmente se mantidas e refratárias ao tratamento, são associadas a pior resultado.

    B) O trauma craniencefálico grave pode prejudicar a auto-regulação pressórica de tal modo que o cérebro fica incapaz de compensar adequadamente as mudanças na pressão de perfusão cerebral (PPC). Assim, se a pressão arterial média (PAM) for muito baixa pode ocorrer isquemia e infarto e se a PAM for muito alta pode ocorrer inchaço com aumento da PIC.

    C) Os sinais clínicos como a equimose periorbital (olhos de guaxinim), a equimose retroauricular (sinal de Battle), rinorréia ou otorréia, devem aumentar o índice de suspeita e ajudar na identificação das fraturas da base do crânio.

    D) Trauma craniencefálico leve é definido por uma história de desorientação, amnésia, ou perda transitória da consciência em um doente que está consciente e falando. Isso correlaciona com um escore de 11 a 15 na GCS.

Na cinemática do trauma, em colisões automobilísticas, as lesões esperadas relativas ao impacto frontal são:
Leia as opções abaixo e realize a somatória dos itens corretos.
1. Lesão de coluna por hiperextensão = 4 pontos 2. Contusão miocárdica = 4 pontos 3. Lesão de baço ou fígado = 4 pontos 4. Entorse contralateral do pescoço = 4 pontos 5. Fratura da coluna cervical = 4 pontos
Assinale a alternativa CORRETA para a somatória

    A) 20

    B) 16

    C) 12

    D) 8

O abdome agudo não traumático é uma situação frequente nos serviços de emergência que requer rápida abordagem e precisão nas condutas para otimizar a ação em diferentes tratamentos. Pode ter características benignas, como casos de dispepsia, bem como implicar em situações de intensa gravidade e por vezes fatais, como nas situações de isquemia mesentérica.
Assinale a alternativa que contém afirmação CORRETA quanto ao abdome agudo não traumático.

    A) No abdômen agudo inflamatório há sinais e sintomas de processo inflamatório intraabdominal, diverticulite, abscesso intraabdominal, peritonite, apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda, doença inflamatória pélvica. Neste tipo de abdômen um sinal característico é o de Gersuny no qual identifica-se massa moldável que recupera a forma lentamente após palpação é sugestivo de fecaloma.

    B) No abdômen agudo perfurativo ocorre a perfuração do tubo digestivo, levando a comunicação com a cavidade peritoneal, úlcera péptica, diverticulite, neoplasia gastrintestinal perfurada, amebíase, febre tifoide, divertículos do cólon. A principal característica é dor localizada tipo lancinante com rápida irradiação para todo o abdome, além de náuseas e vômitos, distensão abdominal e ruídos hidroaéreos reduzidos ou abolidos. Neste tipo de abdômen identifica-se o Sinal de Blumberg.

    C) O paciente vítima de abdômen agudo apresenta comumente dois sinais observáveis ao exame físico: Sinal de Cullen: equimose (mancha arroxeada) na região periumbilical e o Sinal de Gray-Turner: equimose (manchas arroxeadas) na região dos flancos, dorsal.

    D) No abdômen agudo hemorrágico há acúmulo de sangue na cavidade peritoneal, ruptura do baço, de aneurisma de aorta abdominal, de cisto de ovário hemorrágico, gravidez ectópica rota, necrose tumoral, endometriose, cisto ovariano hemorrágico. Caracteriza-se por dor abdominal aguda difusa, podendo ser acompanhada de melena, enterorragia, sinais de irritação peritoneal e de choque hipovolêmico. Neste tipo de abdômen identifica-se o Sinal de Jobert.

    E) No abdômen agudo vascular ocorre isquemia visceral, provocando interrupção do trânsito gastrintestinal, trombose mesentérica, torção do omento, isquemia intestinal, torção de pedículo de cisto ovariano, infarto esplênico, entre outros. As manifestações são dor aguda e difusa, às vezes em pontadas, distensão abdominal, vômitos e fezes com presença de sangue com odor e características de necrose, sinais de choque e presença de claudicação abdominal.

Paciente masculino, 53 anos, dá entrada na Unidade de emergência acompanhado pela filha, apresenta-se confuso, com náuseas e vômitos, e hálito cetônico. Durante avaliação, discreta sudorese presente. Sinais vitais: PA: 160/90mmHg - P: 118 Bpm - FR: 26 Mpm - T: 35.3ºC - Glicemia: 290 mg/dl. Segundo relato da filha, o pai é DMII, com diagnóstico há 9 anos, em uso de insulina regular. Conforme avaliação médica, o paciente apresenta sinais de cetoacidose e se faz necessária correção volêmica enquanto aguarda exames. A conduta CORRETA neste caso é:

    A) Infusão salina isotônica de cloreto de sódio (NaCl) 0,9%, em média 15 a 20 mL/kg na primeira hora, buscando-se restabelecer a perfusão periférica (A). A escolha subsequente de fluidos dependerá da evolução dos eletrólitos séricos e da diurese.

    B) Preparar solução de SF e insulina R (100 ml SF + 50U insulina = 0,5U/ml) e iniciar em bomba de infusão.

    C) Infundir 20 a 30 mEq/L de cloreto de potássio (KCl) a 19,1% por hora, com a proposta de manter o potássio sérico entre 4 e 5 mEq/L.

    D) Iniciar soro glicosado 5% associado à insulina regular IV contínua ou SC a cada 4 horas, até a resolução da cetoacidose.

A administração de drogas vasoativas durante e após o atendimento ao paciente adulto em parada cardiorrespiratória - PCR - deve ser pensada e praticada por equipe de saúde treinada para esta atuação. A American Heart Association – AHA - considerou, em 2018, a reutilização de uma segunda opção de antiarrítmico no tratamento da PCR. Diante das opções descritas a seguir, marque aquela que se refere à droga que foi inserida como alternativa à Amiodarona.

    A) Epinefrina

    B) Atropina

    C) Lidocaína

    D) Sulfato de Magnésio

O Protocolo de Suporte Avançado de Vida diz que a suspeita de afogamento se dá quando houver tosse ou dificuldade respiratória ou parada respiratória decorrente de imersão/submersão em líquido. Com relação à identificação do Grau de Afogamento e estabelecimento de condutas no atendimento à vítima adulta, leia as afirmativas a seguir, julgue em V (verdadeiro) ou F (falso) e marque a alternativa CORRETA:
( ) O Grau 1 é respectivo ao paciente consciente com ausculta pulmonar com estertores de leve até moderada intensidade e a conduta adequada é tranquilizar e orientar o paciente. ( ) O Grau 3 é respectivo ao paciente consciente, com edema agudo de pulmão sem hipotensão e a conduta adequada é a oferta de oxigenoterapia em baixo fluxo e transportar ao hospital. ( ) O Grau 4 é respectivo ao paciente consciente apresentando edema agudo de pulmão com hipotensão e a conduta adequada é oferecer oxigenoterapia em alto fluxo (por máscara facial ou via aérea avançada), reposição volêmica, considerando infusão de droga vasoativa e transportar ao hospital. ( ) O Grau 5 é respectivo ao paciente inconsciente, em parada cardiorrespiratória. A conduta adequada é prestar atendimento conforme Protocolo de Parada Cardiorrespiratória em Suporte Avançado de Vida. ( ) O Grau 6 é respectivo ao paciente inconsciente, em parada cardiorrespiratória. A conduta adequada é prestar atendimento conforme Protocolo de Parada Cardiorrespiratória em Suporte Avançado de Vida.

    A) V - V - F - F - V

    B) V - F - F - V - V

    C) F - V - V - F - F

    D) F - F - V - F – V

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