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Na obra Verdade e método, esboços de uma hermenêutica filosófica, Gadamer afirma que a experiência da arte faz surgir o fenômeno hermenêutico em toda a sua extensão, sendo discernida, nesse fenômeno, uma forma de verdade, que é também uma forma de atividade filosófica. Desse modo, a hermenêutica abrange a experiência estética. As Brillo Box de Andy Warhol reproduzem, em tamanho real, as caixas de sabão da marca Brillo, vendidas nos supermercados nova-iorquinos da época. Nesse sentido, considere que as Brillo Box estejam expostas em um museu, com cinco espectadores distintos que visitam ao mesmo tempo essa obra de arte. Considerando a figura e a situação hipotética descrita, assinale a opção correspondente à atitude do espectador da Brillo Box que passa pela experiência hermenêutica da arte conforme a proposta de Gadamer.
O espectador abre o catálogo da exposição e lê o que está escrito sobre a Brillo Box, buscando uma justificativa para o fato de a peça ser considerada uma obra de arte.
O espectador supõe que as caixas empilhadas por Andy Warhol foram retiradas do supermercado e declara que a peça não deveria estar em um museu, porque não é uma obra de arte.
O espectador, percorrendo apressadamente a sala de exposição, passa diante da Brillo Box de Warhol sem se deter.
O espectador se detém diante da Brillo Box e passa a experimentar o jogo da arte, no qual os jogadores e o próprio jogo se transformam conforme o que é jogado.
Com a câmera de um celular, o espectador faz um autorretrato em frente à Brillo Box de Warhol e o publica imediatamente em uma rede social.
O mito grego é uma narrativa sobre a origem das coisas, fundamentando a ordem do mundo segundo as leis, relações e feitos dos deuses. Sobre o mito, assinale a alternativa INCORRETA.
A genealogia é o modo pelo qual o mito narra a geração dos deuses, das coisas, das qualidades, por outros seres que são seus pais ou antepassados.
O mito narra acontecimentos na terra como consequência de alianças e rivalidades entre deuses, a exemplo da Guerra de Troia.
O mito narra a origem das coisas no mundo encontrando recompensas e castigos que os deuses dão aos que os obedecem, ou desobedecem, a exemplo do mito de Prometeu.
Os mitos são cosmologias e teologias, na medida que explicam o surgimento das coisas e dos deuses.
Os mitos são cosmogonias e teogonias, na medida que explicam o surgimento das coisas e dos deuses.
Sobre os Pré-Socráticos, associe as ideias/feitos expressos nas máximas abaixo a seus respectivos pensadores:
(1) O estado inicial de todas as coisas tem de ser indeterminado, ou seja, não se identifica com nenhum outro elemento já descoberto.
(2) Foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe sua luz do Sol.
(3) O mundo é um fluxo perpétuo onde nada permanece idêntico a si mesmo, mas tudo se transforma no seu contrário.
(4) O ser é uno, contínuo, único e eterno; sem princípio nem fim.
(5) Foi o primeiro a conceber a água como substrato e força geradora de tudo.
( ) Parmênides de Eleia.
( ) Tales de Mileto.
( ) Anaximandro de Mileto.
( ) Anaxímenes de Mileto.
( ) Heráclito de Éfeso.
A sequência numérica, de cima para baixo, que contém a associação correta é:
4, 5, 1, 2, 3
4, 5, 3, 2, 1
5, 4, 1, 2, 3
1, 2, 3, 4, 5
5, 4, 3, 2, 1
Leia o texto abaixo.
São, pois, os sofistas que irão consumar a inflexão antropológica da filosofia grega. A própria designação sophistês, que engloba o saber teórico e as habilidades práticas, revela que o homem e suas capacidades passam a ser o objeto principal da filosofia. Algumas das ideias diretrizes que irão constituir uma constelação conceptual permanente na concepção ocidental do homem são formuladas pela primeira vez claramente no contexto da ilustração sofística ateniense (LIMA VAZ, H. C. Antropologia filosófica. Volume I. Edições Loyola, 2010).
Com base no texto e em seus conhecimentos, assinale a alternativa que NÃO convém à antropologia sofística:
O conceito de natureza humana (anthropinê physis) com seus predicados próprios e com as exigências que lhes são essenciais;
A oposição entre a convenção (nómos) e a natureza (physis) na organização da cidade e nas normas de agir individual, dando origem às primeiras teorias do convencionalismo jurídico.
A concepção de um desenvolvimento progressivo da cultura, de Mênon.
A análise do homem como ser de necessidade e carência, ao qual compete suprir com a cultura o que lhe é negado pela natureza.
A ideia fundamental de homem como zoon logikón, ou seja, dotado de palavra e discurso capaz de demonstrar e persuadir.
"A educação para a mulher, para ser guardiã, não será uma para preparar os homens, e outra para as mulheres, sobretudo porque toma a seu cargo uma natureza idêntica."
O fragmento acima foi extraído de uma obra filosófica onde se percebe a reflexão sobre o lugar e o papel da mulher na sociedade e sobre a educação que lhe é conveniente, deixando transparecer suposta defesa do igualitarismo entre homens e mulheres ao apontar uma mesma educação para ambos os sexos. Tratase de fragmento da obra:
Contribuição para a explicação do Imperialismo, de Rosa de Luxemburgo.
Segundo sexo, de Simone de Beauvoir.
A República, de Platão.
A condição humana, de Hannah Arendt.
Microfísica do poder, de Michael Foucalt.
"Com efeito, ao falar do caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio, referindo-nos ao hábito; e aos hábitos dignos de louvor chamamos virtudes." (Aristóteles, Ethica Nicomacheia, 1103b 11).
Das alternativas abaixo, NÃO correspondem à doutrina aristotélica da virtude:
Como hábitos, as virtudes são modos constantes de agir que se adquirem pelo exercício, não sendo, assim, inatas.
Sendo a política superior à ética, é em A Política de Aristóteles que encontraremos a síntese das virtudes que constituem a arete, a virtude ou excelência ética.
As virtudes intelectuais ou dianoéticas operam na parte racional do homem, isto é, na razão.
As virtudes práticas ou éticas operam na parte irracional do homem, nas suas paixões ou apetites, guiadas racionalmente.
A virtude se define como meio termo ou justa medida entre os extremos da falta e do excesso, sendo a virtude da coragem o justo meio entre os extremos da temeridade e da covardia.
Nosso método [...] Consiste no estabelecer os graus de certeza, determinar o alcance exato dos sentidos e rejeitar, na maior parte dos casos, o labor da mente, calcado muito de perto sobre aqueles, abrindo e promovendo, assim, a nova e certa via da mente, que, de resto, provém das próprias percepções sensíveis.
Assinale o método ao qual o excerto acima faz menção:
Experimental.
Dúvida hiperbólica.
Fenomenológico.
Materialismo dialético.
Dialético.
No ( ), encontra-se a tese de que, em última análise, a origem fundamental do conhecimento está na experiência sensível. A lacuna pode ser corretamente preenchida com o termo:
romantismo.
idealismo.
empirismo
positivismo.
racionalismo.
Através dos princípios de um direito natural preexistente ao Estado, de um Estado baseado no consenso, de subordinação do poder executivo ao poder legislativo, de um poder limitado, de direito de resistência (BOBBIO, Noberto. Direito e Estado no pensamento de Kant. UNB, 1984).
A citação acima aponta algumas diretrizes fundamentais do Estado:
Liberal.
Anarquista.
Comunista
Absolutista.
Nazista.
Leia o texto abaixo, que trata do conceito ético de responsabilidade: [...] devo ser considerado responsável por algo que não fiz, e a razão para a minha responsabilidade deve ser o fato de que eu pertenço a um grupo (um coletivo), o que nenhum ato voluntário meu pode dissolver [...] somos sempre considerados responsáveis pelos pecados de nossos pais, assim como colhemos as recompensas de seus méritos. (ARENDT, Hannah. Responsabilidade e julgamento. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 216-217).
Assinale a alternativa que pode ser considerada INCORRETA enquanto interpretação do excerto acima:
Hannah Arendt adere à perspectiva moderna de uma ética da responsabilidade individual e inalienável.
A experiência totalitária do nazismo deve ser encarada como responsabilidade de todos, não cabendo às gerações posteriores se eximirem da responsabilidade pelo mundo, cabendo a todos o papel de salvaguardar o mundo dos terrores totalitários, mesmo que não tenham nenhuma culpa (afinal nem eram nascidos) por tais crimes contra a humanidade.
A experiência totalitária do nazismo deve ser encarada como responsabilidade de todos, não cabendo às gerações posteriores se eximirem da responsabilidade pelo mundo, cabendo a todos o papel de salvaguardar o mundo dos terrores totalitários, mesmo que não tenham nenhuma culpa (afinal nem eram nascidos) por tais crimes contra a humanidade.
A responsabilidade é coletiva, enquanto a culpa é individual.
A liberdade não pode estar à margem da responsabilidade, pois se nenhum ato voluntário pode dissolver o pertencimento de um indivíduo ao grupo, a responsabilidade passa a ser condição da ação livre.
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