Questões de Filosofia

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Atradição agostiniana foi marcada pelo platonismo; e a tradição tomista, pelo aristotelismo. Embora partam de matrizes intelectuais distintas, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino possuem em comum a compreensão de que:

  • A.

    o conhecimento não pode ser derivado da apreensão sensível ou da experiência concreta.

  • B. o homem, depois da queda (Pecado Original), não perdeu a faculdade de fazer o bem, já que é um ser racional e dotado de livre arbítrio.
  • C.

    o corpo é o maior obstáculo à atividade da alma, o pensamento.

  • D.

    a cidade terrena ou dos homens pode ser perfeita, sem, contudo, chegar ao estado de perfeição da ordem divina.

  • E.

    a razão humana é a expressão imperfeita da razão divina.

Nesse texto, Hume afirma que

  • A.

    os autores dão um salto na argumentação, passando sem explicações do plano do ser para o plano do dever ser.

  • B.

    os autores dos sistemas de moral cometem um erro linguístico ao escrever é ou não é onde o correto é escrever deve ou não deve.

  • C.

    todos os sistemas de moral da história da filosofia buscaram provar a existência de Deus.

  • D.

    os sistemas de moral desenvolvem argumentos consistentes ao operar o salto argumentativo do plano do ser ao plano do dever ser.

Apesar de simplificar uma realidade mais complexa, a contraposição entre racionalismo e empirismo fixou-se nos esquemas tradicionais de Filosofia, é INCORRETOafirmar que:

  • A.

    a ideia de que a mente surge já com categorias pré-formadas está de acordo com os preceitos do racionalismo.

  • B.

    o verdadeiro conhecimento é uma espécie de intuição intelectual, de acordo com o racionalismo.

  • C.

    o empirismo nega a possibilidade de a razão ter acesso ao conhecimento, mesmo quando usa os materiais fornecidos pelos sentidos.

  • D.

    o racionalismo consiste na atitude de quem sustenta o conhecimento de verdades necessárias e a infalibilidade da razão.

  • E.

    o modelo empirista é antiespeculativo e antimetafísico.

De acordo com o que se pode deduzir não apenas da passagem de Hume citada acima, mas de sua filosofia como um todo, está correto afirmar que, para ele,

  • A.

    o plano dos fatos não difere do plano dos valores, de modo que um fato sempre traz em si um juízo de valor e vice-versa, um juízo de valor sempre expressa o modo como as coisas são.

  • B.

    as verdades fatuais e descritivas, que tratam das coisas como elas são, diferem muito das verdades valorativas ou prescritivas, que tratam das coisas como elas devem ser.

  • C.

    os valores, que se referem ao plano da moral, se fundamentam inteiramente no plano dos fatos e são determinados por eles, o que caracteriza como realista o pensamento de Hume sobre a moral.

  • D.

    os fatos, que se referem ao plano das coisas, se fundamentam inteiramente no plano dos valores, o que caracteriza como idealista o pensamento de Hume sobre a moral.

O método criado por Karl Marx e Friedrich Engels para identificar as leis do desenvolvimento histórico é denominado de materialismo histórico e dialético. Está de acordo com o materialismo de Marx e Engels a ideia de que:

  • A.

    a história é feita a partir da satisfação das necessidades humanas.

  • B.

    o homem precisa libertar-se da religião para adquirir direitos de cidadão.

  • C.

    as relações legais, as formas políticas e de pensamento são provenientes do desenvolvimento da razão humana.

  • D.

    o fato da produção das ideias e das representações incide sobre a vida material dos homens mais do que o inverso.

  • E.

    a consciência do homem é livre e autodeterminada, porém se acha reprimida por instituições políticas autocráticas.

Segundo a Proposta Curricular do Ensino Médio para Filosofia (cf. p. 7), o ensino dessa disciplina nos séculos XX e XXI deve ir na contramão do modelo positivista tão disseminado na cultura brasileira principalmente na década de 1960. Segundo o texto, ensinar filosofia, no final do século XX e começos do século XXI, passa a significar formação crítica e torna-se um elemento decisivo na redescoberta da educação para a cidadania ... . Para isso, o texto propõe que o ensino da filosofia deve ser realizado de forma a

  • A.

    buscar seu sentido original de paideia e a se renovar com a pesquisa em História da Filosofia.

  • B.

    auxiliar os alunos a entrarem para o mercado de trabalho.

  • C.

    concorrer com as demais disciplinas do currículo escolar em termos de utilidade e tecnicidade.

  • D.

    encaixar o aluno naquela figura do filósofo descrita por Aristóteles na Metafísica, de um indivíduo totalmente desinteressado e que estaria acima dos desejos e necessidades humanos.

Os membros da Escola de Frankfurt, como Adorno e Horkheimer, enfatizam que a “industrial cultural” (cinema, televisão, música popular, rádio, jornais e revistas) havia se tornado padronizada e dominada pelo desejo de lucrar. De acordo com essa perspectiva é INCORRETOafirmar que:

  • A.

    as diferenças culturais foram niveladas nas sociedades de massa, onde os produtos culturais são voltados para amplo público.

  • B.

    os meios de comunicação de massa modernos não enfraquecem a possibilidade de pensamento crítico, já que propiciam muitas formas de informações.

  • C.

    a cultura é substituída pelo simples entretenimento.

  • D.

    a “indústria do lazer” era usada para incutir valores.

  • E.

    a crítica da cultura de massa está relacionada à defesa da alta cultura (música clássica, ópera, pintura).

As Orientações Curriculares para o Ensino de Filosofia chamam a atenção para o ‘papel peculiar da filosofia no desenvolvimento da competência geral da fala, leitura e escrita’ (p. 26), que estão profundamente vinculadas à natureza argumentativa da disciplina e contribuem para o desenvolvimento de um pensamento autônomo e crítico. Para desenvolver essas competências de uma maneira especificamente filosófica, é preciso lembrar que o diferencial do ensino da disciplina Filosofia está em sua referência à História da Filosofia ou, em outras palavras, à tradição filosófica.

Segundo indica este texto, a História da Filosofia seria importante no currículo do Ensino Médio porque

  • A.

    é um elemento diferencial para se considerar a inserção dos alunos no mercado de trabalho.

  • B.

    ajuda aqueles que pretendem seguir a carreira de historiadores da filosofia.

  • C.

    colabora na formação de futuros oradores e políticos, na medida em que está vinculada à natureza argumentativa da disciplina.

  • D.

    contribui de maneira diferenciada para o desenvolvimento de um pensamento autônomo e crítico.

Em sua Crítica da razão pura , Kant propõe uma teoria do conhecimento que é denominada de filosofia transcendental. NÃO está de acordo com as ideias defendidas na obra a afirmativa de que:

  • A.

    os juízos analíticos são a priori e os juízos sintéticos a posterior .

  • B.

    a estrutura da razão é inata e universal, enquanto os conteúdos são empíricos e podem variar no tempo e no espaço.

  • C.

    a razão se limita a conhecer os fenômenos, dado que a realidadeemsi mesma é incognoscível.

  • D.

    o conhecimento em geral independe dos conteúdos fornecidos pela experiência, já que não proveem deles.

  • E.

    a razão é sempre subjetiva, e, como tal, pode alcançar o conhecimento verdadeiro e científico.

No campo da filosofia moral, estabeleceu-se ao longo da história uma discussão entre os defensores do relativismo e os defensores do universalismo, os primeiros defendendo que as leis morais possuem sua origem nos costumes e os segundos defendendo que elas possuem uma validade atemporal. Nessa discussão, a moral de Kant

  • A.

    se encaixa na vertente universalista, pois o imperativo categórico deve valer absolutamente para todos, independentemente do lugar e dos costumes.

  • B.

    se encaixa na vertente relativista, pois o imperativo categórico vale apenas para o indivíduo considerado em sua cultura e dentro dos seus costumes.

  • C.

    não se encaixa em nenhuma das vertentes, já que a sua moral propõe um modelo que escapa tanto do universalismo quanto do relativismo.

  • D.

    se encaixa em ambas as vertentes, já que a sua moral tenta conciliar o universalismo com o relativismo.

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