Lista completa de Questões de Filosofia do ano 2011 para resolução totalmente grátis. Selecione os assuntos no filtro de questões e comece a resolver exercícios.
Leia com atenção o texto a seguir.
De acordo com o que escreve Hanna Arendt, acima, é correto afirmar que
a passagem do domínio privado para o domínio público nas sociedades antigas acirrou a diferença entre o domínio do indivíduo e o domínio do cidadão político.
os conceitos público e privado passaram ao longo do tempo por uma alteração de significado, de modo que hoje em dia reina um outro tipo de relação entre os dois domínios.
hoje em dia tenderíamos a achar idiota a distinção que os gregos e os romanos fizeram entre o público e o privado, pois as sociedades modernas separam claramente uma esfera da outra.
a relação entre o domínio privado e o público tal como se dá hoje em dia é exatamente igual àquela que se deu com os gregos e os romanos.
a relação entre o domínio público e o privado tal como a vivemos hoje em dia é um renascimento da concepção romana de que o mundo privado oferecia um refúgio temporário para as atividades do cidadão político.
Leia com atenção a notícia abaixo.
A notícia acima seria um exemplo perfeito de qual passagem a seguir?
... a era moderna não coincide com o mundo moderno. Cientificamente, a era moderna começou no séc. XVII e terminou no limiar do séc. XX; politicamente, o mundo moderno em que vivemos surgiu com as primeiras explosões atômicas (Arendt, H. A condição humana, p. 14).
A guerra fria foi a divisão geopolítica, econômica e militar entre dois grandes blocos: o bloco capitalista, sob a direção dos Estados Unidos, e o bloco comunista, sob a direção da União Soviética e da China. Uma das principais razões para essa divisão foi militar, isto é, a invenção da bomba atômica, que punha fim às guerras convencionais (Chaui, M. Convite à Filosofia, p.555).
...sabemos também que, na Ciência, as consequências dos progressos de conhecimentos não são necessariamente progressivas. Esse, de resto, é um dos pontos há muito estabelecidos, uma vez que se diz: a Ciência progride como conhecimento, mas suas consequências podem ser atrozes, mortais (Morin, E. Ciência com consciência, p.101).
A técnica produzida pelas ciências transforma a sociedade, mas também, retroativamente, a sociedade tecnologizada transforma a própria ciência (Morin, E. Ciência com consciência, p.20).
"A era moderna trouxe consigo a glorificação teórica do trabalho, e resultou na transformação efetiva de toda a sociedade em uma sociedade operária" (Arendt, H. A condição humana, p.12).
No início do Discurso do Método, Descartes mostra uma certa reserva no que se refere à erudição enquanto fonte de conhecimentos científicos. Este posicionamento está intimamente ligado à concepção de que
só a originalidade dota uma obra de valor.
a razão e não a autoridade é fonte de conhecimentos científicos.
a teoria deve ser aprendida na prática.
a experiência sensorial é a principal fonte de conhecimentos científicos.
o conhecimento é por natureza descontínuo, não sendo passível de progresso.
A respeito da relação entre Mitologia Grega e Filosofia, considere as afirmações a seguir.
I. O Mito não se importa em cair em contradições ao explicar a origem do mundo por meio da fantasia, do fabuloso e do incompreensível.
II. A Filosofia não admite contradições, fabulações e coisas incompreensíveis e exige uma explicação coerente, lógica e racional.
III. O Mito fala em Urano, Ponto e Gaia; a Filosofia fala em céu, mar e terra.
IV. O Mito narra a origem por meio de genealogias e disputas entre os deuses, enquanto a Filosofia explica a origem das coisas por elementos e causas naturais e impessoais.
V. O Mito procura narrar como as coisas teriam sido num passado imemorial e longínquo enquanto a Filosofia se preocupa em explicar como e por que as coisas são como são em qualquer momento do tempo.
Está correto o que se afirma em
I, II, III, IV e V.
I e II, apenas.
II e III, apenas.
III e IV, apenas.
V, apenas.
No que se refere ao pensamento filosófico ocidental como um todo, o séc. XX representou grandes mudanças no modo de se pensar o papel, a função e os limites da razão em relação ao modo como ela era considerada no século XIX. Foram importantes para essa mudança pensadores tais como Marx, Freud e Nietzsche, por exemplo, pois esses filósofos, de um modo geral, procuraram mostrar
que a razão é um todo ou uma totalidade da qual os humanos fazem parte e que a História, nesse sentido, é a totalidade dos momentos e etapas vividos.
como a razão, sendo justamente o que diferencia o homem do animal, é o que o torna um ser racional, livre, inteligente e independente.
que o homem não possui nenhum elemento que o diferencia dos animais, o que o permite defini-lo como um ser estritamente irracional.
a infinitude da razão, remetendo, nesse sentido, à tradição grega da natureza eterna e à tradição cristã do deus infinito.
como o homem se enganou ao longo dos séculos pensando ter um controle absoluto e estritamente racional sobre suas decisões.
Atenção: Leia o texto a seguir para responder às questões de números 56 e 57.
Hanna Arendt indica que a partir do séc. XVII houve um deslocamento no sentido dos termos universal, absoluto e relativo. Este deslocamento, segundo a autora, significa que
a ciência passa a investigar exclusivamente os fenômenos extraterrestres, já que aquilo que ocorre na Terra é apenas relativo.
a investigação do tempo e do espaço torna-se o principal tema da ciência, de modo que os outros temas se tornam acessórios.
o referencial último do pensamento deixa de ser a Terra, vista doravante como um corpo celeste dentre outros.
a filosofia, que até então almejava apenas a um conhecimento particular das coisas, passa a aspirar a um saber ilimitado do mundo.
a filosofia se une à teologia, de modo que o exame do Ser absoluto, isto é, Deus, passa a ser a sua preocupação central.
Atenção: Leia o texto a seguir para responder às questões de números 56 e 57.
Arendt caracterizou a época atual como um período no qual
a ciência estabelece-se como um conhecimento especulativo desinteressado, seguindo nisto o ideal de ciência aristotélico e afastando-se do ideal moderno de ciência como poder.
o homem liberta-se inteiramente de suas necessidades naturais graças ao desenvolvimento da tecnologia.
a ciência produz conhecimentos universais e absolutos, que, uma vez estabelecidos, não podiam mais ser refutados.
o homem, separado radicalmente da natureza, torna-se, por um lado, cada vez mais capaz de manipular a natureza conforme os seus interesses, e, por outro, cada vez mais incapaz de compreendê-la.
o homem torna-se incapaz de intervir no seu meio-ambiente por falta de conhecimento científico, o que explicaria a sua atual impotência diante das catástrofes naturais.
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 58 e 59.
Para Aristóteles, o discernimento (phronesis, palavra que também pode ser traduzida por prudência)
possui princípios necessários e universais, igualando-se nisto ao conhecimento científico.
não possui nenhuma relação com a verdade e com o saber em geral, ao contrário do conhecimento científico.
não possui nenhuma relação com o agir e com a sabedoria prática.
não admite nenhum parâmetro racional, na medida em que as ações aceitam variações.
estabelece-se como um saber que se diferencia, por um lado, do conhecimento demonstrativo e, por outro, da arte.
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 58 e 59.
A partir do texto acima, depreende-se que
os homens não são livres para determinar as suas ações.
o campo próprio da deliberação não é nem o necessário e nem o impossível, mas o possível.
a deliberação só pode ter como objeto aquilo que é estritamente necessário.
ninguém age em vista do que é bom ou ruim, uma vez que agir é uma finalidade em si.
aquele que delibera e age não é o verdadeiro autor de sua ação na medida em que ele não pode demonstrar os fatores que determinaram a sua escolha.
Em O príncipe, Nicolau Maquiavel dá um destaque especial à relação entre virtude (virtù) e fortuna. Segundo esta relação em especial, é correto afirmar que Maquiavel
exclui completamente de sua definição de virtude toda e qualquer relação com o vício, principalmente no que se refere à virtude do príncipe.
sustenta um conceito de virtude ainda cristão que designa uma bondade angelical alcançada pela libertação das tentações terrenas.
se refere à relação entre virtude e fortuna para mostrar como o poder se mantém apenas por meio da violência e da força bruta.
retoma a relação cristã entre virtude e fortuna para mostrar a impotência do homem diante do seu destino preestabelecido por Deus.
retoma a tradição antiga entre virtude e fortuna segundo a qual esta última era vista como uma deusa boa ou uma mulher que deveria ser conquistada pelo homem virtuoso.
{TITLE}
{CONTENT}
{TITLE}
Aguarde, enviando solicitação...