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Na compreensão dos fins da natureza humana, a filosofia vai mais longe que o senso comum, segundo Kant.
O senso comum, no pensamento de Kant, tem um alto valor positivo no campo das discussões teóricas (sobre o conhecimento), e não no campo das decisões práticas (sobre o agir).
Pode-se interpretar o senso comum kantiano, no campo da razão prática, como próxima à noção de bom senso, introduzida por Descartes.
Segundo Kant, o filósofo está em condições melhores de julgar as questões imediatas da vida prática do homem do que o homem que segue com bom senso as noções do senso comum sobre os fins do viver humano.
De acordo com Kant, no campo da vida prática, o senso comum é grosseiro e, por isso, incapaz de julgar bem em face das sutilezas das decisões humanas.
Para ambos os autores citados no texto, a arte, primariamente, não tem o sentido de imitar ou de reproduzir o visível, mas o de tornar visível o que é vislumbrado no segredo, o sentido de desvelar.
Para Klee e Heidegger, a obra de arte é meramente uma expressão da subjetividade das vivências do artista.
Heidegger trata da obra de arte de modo estético, ou seja, levando em consideração a questão do belo e das vivências do belo por parte do artista e daquele que aprecia e julga a obra em relação à sua beleza.
A arte, na concepção de Heidegger, é algo de irracional; portanto, não tem vinculação com a verdade e não deve interessar ao filósofo.
De acordo com Paul Klee e Heidegger, a arte consiste na imitação do real, ou seja, na reprodução do visível.
Considerando os conceitos de ética e moral, assinale a opção correta.
A moral é um elemento da cultura de um povo, que deve ser respeitada sem sofrer transformações históricas. Portanto, a ética não pode questionar a cultura e suas concepções sobre o agir e o viver humano.
Fundamentalmente, a ética é uma experiência e a moral, uma reflexão.
A ética é heterônoma e uma questão de adaptação às regras exteriores da convivência social, por conveniência ou por receio de repreensões sociais.
A moral é autônoma e uma questão de questionamento sobre o sentido da moralidade humana em geral.
Enquanto a moral é uma prática que segue os costumes de uma cultura, a ética é uma parte da filosofia e busca investigar criticamente o sentido da moralidade humana em geral.
Considerando a ética teleológico-eudemonológica da tradição platônico-aristotélica e a da tradição cristã, assinale a opção correta.
Essas tradições identificam a felicidade com o prazer. Para elas, a felicidade é simplesmente um sentimento subjetivo de prazer.
De acordo com essas tradições, a felicidade não é somente uma questão de sentimento subjetivo, mas é também uma questão de escolha individual. A felicidade comunitária e a social são desconsideradas tanto na ética quanto na política.
Para essas tradições, a ética é vista utilitariamente, ou seja, a felicidade ou o bem maior para o viver humano coincide, de forma necessária e exclusiva, com o útil e o prazeroso.
A felicidade, entendida como bem-viver, é pensada de maneira ontológica como o prosseguimento pleno da realização da essência do homem. O caminho para alcançar a felicidade, por sua vez, é a virtude. Além disso, a felicidade e a virtude têm um papel importante na consideração ética, tanto na história biográfica dos indivíduos, quanto na vida histórica coletiva das comunidades e sociedades humanas.
Segundo essas tradições, a ética é uma questão de dever. Sua preocupação central é com as normas do viver ou do conviver humano.
A respeito da ética aristotélica, assinale a opção correta.
Para Aristóteles, é suficiente que o homem busque o bem de modo universal, sem se preocupar com o modo como o bem pode se dar na viabilidade da ação, que acontece a cada vez na particularidade de cada situação.
Em uma perspectiva aristotélica, a virtude da prudência é bastante significativa para reger a vida prática do homem, pois ela possibilita descobrir o que pode conduzir o homem à felicidade. É ela que decide sobre o que é ser valoroso e justo, tanto no nível individual quanto no comunitário-social-político.
Para Aristóteles, agir é mais importante que pensar. A vida prática, política, vale mais que a vida teorética, dedicada ao pensamento, à busca da verdade por causa da própria verdade.
Na concepção de Aristóteles, a razão tem um significado apenas teorético, ela não tem um papel diretivo na vida prática do homem.
Na ética aristotélica, as paixões são necessariamente más e, para o homem conduzir uma vida racional, ele deve anular a força das paixões em sua vida.
O pensamento ético-cristão, nomeadamente em Agostinho e Tomás, retoma a ética platônico-aristotélica, mas a redimensiona no horizonte da compreensão bíblica. Considerando esse assunto, assinale a opção correta acerca da referida ética cristã.
A felicidade é o fim último do homem; e a virtude, o meio para o homem alcançar a felicidade. Além disso, a felicidade suprema pode ser alcançada nesta vida.
O homem é imagem e semelhança de Deus, dotado de inteligência, livre-arbítrio e de domínio sobre os seus atos. Ele abraçará não somente as virtudes naturais, mas também as virtudes sobrenaturais da graça, como fé, esperança e caridade.
Virtude é uma questão de dever e, dessa forma, não possui relação com felicidade, visto que o cumprimento do dever é penoso para o homem, e a felicidade é um sentimento de contentamento pleno.
A justiça e a prudência são as virtudes supremas; além destas virtudes, que estão ao alcance do homem, não há outras.
A felicidade consiste no prazer e no bem-estar material.
Com relação à ética kantiana, assinale a opção correta.
A vontade é boa quando o homem age movido por suas paixões, e não quando quer e age movido apenas pela consideração ou pelo respeito ao dever.
A boa vontade é um meio para um fim, valendo tanto quanto os resultados efetivos que ela alcança.
A boa vontade pode ser entendida a partir do dever e do querer autônomo. Dever é a necessidade de uma ação feita por respeito à lei moral. A lei moral, porém, é dada pela racionalidade prática do sujeito. Ter boa vontade é seguir o imperativo categórico da razão.
Submissão ao dever e autonomia do querer se contradizem. Logo, são incompatíveis para funcionar como princípios éticos ao mesmo tempo.
O homem não pode conhecer objetivamente, do ponto de vista da Crítica da razão pura, nem a liberdade, nem a imortalidade da alma, nem a existência de Deus. Logo, esses três temas devem ser excluídos da ética, na perspectiva de uma Crítica da razão prática.
Considerando o significado histórico (civilizatório-cultural) da ciência moderna, assinale a opção correta.
A ciência moderna é uma forma de poder, de domínio do real. A vontade de conhecimento que move a ciência expressa uma vontade de poder, em que nada deve permanecer velado.
A ciência é pura teoria do real, entendendo-se a teoria em sentido desinteressado. A ciência não tem nenhum interesse na dominação do mundo.
A ciência, em sua vigência no modo de ser moderno, é uma pura contemplação da realidade. Seu escopo é teorético, no sentido de descrever a realidade como ela é objetivamente.
Ciência é uma forma de consciência fixa e imutável, desprovida de historicidade.
Se há uma historicidade na ciência, essa consiste apenas no aumento de conhecimento; suas formas e sua essência permanecem intactas no decurso da história.
Assinale a opção correta acerca do racionalismo.
No racionalismo, entende-se que os sentidos fornecem ao homem um conhecimento certo e indubitável do real.
No racionalismo, considera-se mais a matéria do conhecimento que a sua forma.
No racionalismo, nega-se que haja ideias inatas, ou formas a priori no conhecimento humano e que se deva partir de axiomas para se construir a ciência.
Do ponto de vista metafísico, no racionalismo afirma-se que nem tudo tem a sua razão de ser, ou seja, que há algo de não inteligível na realidade.
No tocante à questão da origem do conhecimento, o racionalismo é a doutrina que ensina que todo conhecimento certo provém, necessariamente, de princípios a priori, irrecusáveis e evidentes, e que, por si sós, os sentidos não podem fornecer senão uma ideia confusa e provisória da verdade.
Tendo em vista a compreensão da técnica como forma de verdade dominante na experiência histórica do homem contemporâneo, segundo Heidegger, assinale a opção correta.
Para Heidegger, a ciência e a técnica se fundam em uma compreensão do ser como efetividade ou funcionalidade. A partir dessa compreensão do ser, subjetividade e objetividade se configuram como momentos funcionais, como energia e matéria, como insumo e recurso, empregados e processados na realização do real, cuja realidade vigora como produção, isto é, como causação e efetivação.
No pensamento de Heidegger, a teoria científica é uma simples contemplação e descrição objetiva do real.
No pensamento de Heidegger, ciência e técnica são coisas separadas. A técnica é a mera aplicação da ciência. A ciência vem antes da técnica, pois a ciência é teoria, e a técnica é prática.
Para Heidegger, ciência e técnica não abrigam em si nenhuma metafísica, pois são formas de pensar e agir antimetafísicas.
Na concepção de Heidegger, a técnica é somente um meio ou instrumento de ação a serviço do homem. Com esse meio, o homem pode fazer o bem ou o mal.
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