Questões de Filosofia do ano 2016

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São considerados filósofos contratualistas:

  • A. Hobbes, Locke e Rousseau.
  • B. Platão, Aristóteles e Sêneca.
  • C. Maquiavel, Agostinho e Descartes.
  • D. Nietzsche, Horkheimer, Comte.

Sobre as características dos regimes totalitários, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Abuso da autoridade e repressão no exercício do poder.

( ) Monopolização das mídias de comunicação de massa.

( ) Valorização da pluralidade e fortalecimento político das minorias.

( ) Culto ao líder e à nação.

Assinale a sequência correta.

  • A. V, V, F, V
  • B. F, V, F, V
  • C. F, F, V, F
  • D. V, F, V, F

Segundo o autor,

  • A. dependendo da opção escolhida para orientar a organização do plano de ensino da disciplina filosofia, o recurso à história da filosofia pode ser dispensado.
  • B. a melhor maneira de se organizar um plano de ensino de filosofia é a de tomar a história da filosofia como centro do trabalho em sala de aula.
  • C. seja qual for a orientação escolhida, dentre as duas postas pelo autor, a presença da produção filosófica já realizada historicamente, é fundamental no ensino de filosofia.
  • D. aulas de filosofia devem promover o “livre pensar” e, isto, não requer nenhum acesso às produções filosóficas ao longo da história.
  • E. compete ao professor de filosofia definir com seus alunos a temática da aula de filosofia, sem levar em conta as duas orientações colocadas.

Considere o texto e as afirmativas abaixo.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A. IV e V.
  • B. I, II e V.
  • C. III e V.
  • D. I e III.
  • E. II e IV.

Com relação a se ter uma organização do plano de ensino de filosofia para o ensino médio ou centrado na história da filosofia, ou tendo como foco temas a serem, de alguma maneira, definidos pelo professor, Lídia Maria Rodrigo afirma que “não é obrigatória a opção por uma dessas alternativas, havendo possibilidade de mesclá-las em um programa composto por uma parte histórica e outra temática”. (2009, p. 53). Pensando assim ela diz ser favorável à organização do plano de ensino de filosofia que tenha a história da filosofia não como centro e sim como referencial.

Tomando por base suas afirmações, pode-se dizer que esta autora:

  • A. descarta totalmente a presença da produção dos filósofos ocorrida ao longo da história.
  • B. afirma ser a opção por se organizar a programação do ensino de filosofia no ensino médio aquela que tenha unicamente por base as temáticas filosóficas.
  • C. propõe uma organização do plano de ensino de filosofia que não descarta a história da filosofia e sim que a tenha como referencial.
  • D. indica que o professor jamais poderia ter com alternativa organizar seu plano de ensino de filosofia tendo como centro a história da filosofia.
  • E. sugere que a história da filosofia seja o referencial para os temas a serem trabalhados nas salas de filosofia.

Partindo do pressuposto que cabe ao professor de filosofia definir a temática filosófica com a qual trabalhará com os alunos, uma pergunta que se coloca é a seguinte: como desencadear o processamento da aula? Lídia Maria Rodrigo (2009, p. 57) indica o seguinte: “Definido o tema filosófico a ser abordado, pode-se promover uma primeira aproximação, ainda pré-filosófica, empregando recursos e materiais que sejam familiares e do interesse do estudante, como por exemplo, música, poesia, trechos literários, textos de jornal, filmes, etc.” Ao mesmo tempo esta autora afirma que “esse ponto de partida deve ser rapidamente superado, se quisermos ingressar no terreno da filosofia, uma vez que uma postura filosófica implica a ruptura com uma visão comum de mundo”. A partir do que é dito acima, considere as afirmações abaixo.

I. Poesia, literatura, filmes, textos de jornais têm pouco valor na educação por serem expressões do senso-comum, ou de uma visão comum de mundo.

II. Só há uma maneira de fazer ocorrer aulas de filosofia no ensino médio: utilizar recursos relacionados à experiência dos alunos, como os da poesia, da música, dos trechos literários, dos filmes, de textos de jornais, etc.

III. Pontos de partida não são pontos de chegada. São iniciadores de uma caminhada que, no caso da caminhada em direção a uma formação filosófica de estudantes do ensino médio, devem ser superados com o alcance do ponto de chegada que é a superação de uma visão comum de mundo.

IV. Filmes, músicas, poesias ou quaisquer outras formas literárias não devem ser utilizadas como conteúdos em aulas de filosofia no ensino médio.

V. Os recursos mencionados no enunciado desta questão, familiares e do interesse dos alunos, podem ser utilizados com proveito como desencadeadores do processo reflexivo e crítico do filosofar que se deseja instaurar nas aulas de filosofia com o objetivo de promover a ruptura ou superação da maneira de pensar, própria do senso comum, relativa aos temas filosóficos.

Está correto o que se afirma APENAS em:

  • A. I e IV.
  • B. II e V.
  • C. II, IV e V.
  • D. III e V.
  • E. I e III.

Alejandro Cerletti, em O ensino de filosofia como problema filosófico (2009) apresenta, às páginas 31 a 40, a ideia de que o fazer filosofia pode se caracterizar como “repetição criativa” (concordando com outro autor, Alan Badiou) e, ao mesmo tempo, por defender que aulas de filosofia devam ser exercícios do filosofar, mediados pelo professor e dentro das possibilidades dos alunos, diz que, assumindo isso, pode-se dizer que esta ideia deve ser a “condição de nosso ensino” (p. 35). Repetição, no caso, tem a ver com o apresentar os problemas postos pela tradição filosófica e as soluções dadas a elas; criação tem a ver com o atualizar estes problemas para a realidade de cada contexto no qual os alunos e o professor estão inseridos. A repetição ele a denomina de “dimensão objetiva” e a criação de “dimensão subjetiva”. Diz, também, que tradicionalmente o ensino de filosofia se esgotou na dimensão objetiva (repetição do já produzido). Indica superar isso mantendo a repetição com a atualização criativa dos problemas e das soluções, sempre provisórias.

Segundo o texto,

  • A. repetir criativamente, no ensino de filosofia, consiste em oferecer aos alunos acesso a textos dos filósofos, auxiliá-los na identificação de aproximações entre a sua realidade e os problemas que nela os afetam e o pensamento dos filósofos e, ainda, auxiliá-los a pensar filosoficamente, de uma maneira própria, sua realidade e seus problemas.
  • B. o que importa verdadeiramente num ensino de filosofia que atenda às necessidades dos alunos é fazê-los pensar a partir dos seus problemas, sem necessidade de cotejá-los com os problemas presentes na história do pensamento humano.
  • C. o autor citado afirma que o ensino tradicional de filosofia foi totalmente inócuo.
  • D. oferecer aos alunos acesso a produções dos filósofos realizadas ao longo da história do pensamento humano auxiliando os na compreensão delas é algo não recomendável num ensino de filosofia contemporâneo.
  • E. repetir criativamente, no ensino de filosofia, significa ter acesso a textos dos filósofos para que, apenas por eles mesmos, os alunos identifiquem relações com os problemas de sua realidade.

Considere o texto e as afirmativas abaixo.

Está correto o que se afirma em

  • A. I, III, IV e V, apenas.
  • B. II, III e IV, apenas.
  • C. I, II, III, IV e V.
  • D. II e IV, apenas.
  • E. III e V, apenas.

Considere, à luz do enunciado acima, as afirmações abaixo.

I. As artes são formas importantes de manifestação da sensibilidade humana.

II. Estética, como área da investigação filosófica, preocupa-se com problemas relacionados à sensibilidade humana.

III. A afetividade diz respeito à sensibilidade e, portanto, ao campo de estudos e reflexões da estética.

IV. Sensibilidade é, juntamente com a racionalidade, um caminho necessário de entendimento da realidade para os seres humanos.

V. Pode-se dizer que, através da arte, pode-se captar de maneira mais global do que em outras formas de entendimento, os sentimentos e a própria realidade.

Está correto o que se afirma em

  • A. I, III e V, apenas.
  • B. IV e V, apenas.
  • C. II, III e IV, apenas.
  • D. I, II e III, apenas.
  • E. I, II, III, IV e V.

A partir da citação acima, é correto afirmar:

  • A. a emotividade e os desejos são móveis indiscutíveis de nossas preferências ao agir daí que, apenas este aspecto deve merecer atenção educacional.
  • B. as novas filosofias estão corretas ao criticarem os cuidados com o pensamento racional, em especial na educação, pois, somente ele deve ser levado em conta.
  • C. o autor citado afirma que somente o emocional ou a afetividade merecem atenção por parte da educação, daí a importância de uma educação estética.
  • D. na educação, tanto os aspectos epistêmicos quanto os aspectos do desejo e da afetividade devem ser bem trabalhados com os estudantes, visto serem muito importantes para a realização do ser humano.
  • E. o autor afirma que há uma importância maior do aspecto cognitivo no ser humano e que isso deve nortear as propostas pedagógicas.
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