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A família de um engenheiro mecânico de 76 anos procurou o serviço de fonoaudiologia de uma clínica e relatou que ele entende só o que quer. Quando toca a campainha, o idoso não atende e diz que não ouve, mas se o seu cachorro produz algum som, ele atende prontamente. Não acompanha conversação nas reuniões de família, mas, em conversas particulares, com poucas pessoas, apresenta boa compreensão. Sabe-se que o engenheiro trabalhou, antes de se aposentar, em ambiente ruidoso por 30 anos e fez uso de equipamento de proteção individual, protetor auricular, nos últimos dez anos de trabalho. Atualmente presta seviço autônomo para várias empresas do ramo automotivo. Queixou-se de zumbido constante, intenso, que interfere em seu sono, e da sensação de que os sons estão abafados. Considerando esse caso, assinale a alternativa que apresenta os resultados da avaliação audiológica mais compatíveis com as queixas apresentadas.
Na audiometria tonal limiar deve-se obter limiares dentro do padrão normal com discreto rebaixamento auditivo em 2000 Hz, bilateralmente. A timpanometria deve ser do tipo A, segundo a classificação de Jerger, com reflexos acústicos ausentes.
A audiometria deve apresentar uma perda auditiva do tipo neurossensorial bilateral, de configuração descendente, com timpanometria do tipo A, segundo a classificação de Jerger, com reflexos estapedianos presentes, com possibilidade de estarem ausentes em frequências mais agudas.
A audiometria deve mostrar uma perda auditiva do tipo condutivo bilateral, a timpanometria deve ser do tipo A, segunda a classificação de Jerger, com presença de reflexos estapedianos.
A audiometria deve ser do tipo misto, já que a sensação de sons abafados pode ser consequência de um processo inflamatório na orelha média. A timpanometria deve ser do tipo B, segundo a classificação de Jerger, e a presença de reflexos acústicos em 500 Hz e 1000 Hz.
Na audiometria deve-se encontrar uma perda auditiva do tipo condutivo bilateral, a imitanciometria com uma curva do tipo B, pela classificação de Jerger, e ausência de reflexos acústicos.
Fonoaudiologia - Geral - Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Social (ITEDES) - 2012
Assinale a alternativa que completa corretamente o texto a seguir:
Amélia é fonoaudióloga e iniciou um projeto de estimulação da linguagem oral e escrita na educação infantil do município onde trabalha. As atividades envolveram roda de história, elaboração de livros de história a partir de desenhos infantis, dramatização e utilização de brincadeiras de roda, entre outras. As estratégias desenvolvidas tiveram como foco _______________________________.
a inclusão.
a promoção da saúde.
a terapia fonoaudiológica.
a capacitação do professor.
o diagnóstico fonoaudiológico.
Considerando o caso anterior (questão 36), assinale a alternativa que indica CORRETAMENTE a(s) patalogia(s) auditiva(s) possível(eis) diante das queixas apresentadas:
O engenheiro tem resultados audiológicos típicos de síndrome de Mèniére. A dificuldade de compreender a fala é uma dos achados audiológicos mais frequentes nessa síndrome.
O engenheiro deve ser encaminhado para avaliação do processamento auditivo central e para diagnóstico por imagem, visto que os achados são característicos de neurinoma vestibular.
As queixas apresentadas, especialmente a dificuldade de compreender fala no ruído e a presença de zumbido, são frequentes em pessoas com otosclerose.
Os tumores de orelha média associados com ototoxicidade geralmente produzem a presença de zumbido intenso e dificuldade de compreensão de fala.
A perda auditiva induzida por ruído e a presbiacusia produzem as queixas relatadas e são coerentes com o histórico apresentado.
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Maria, 27 anos de idade, professora do primeiro ciclo da educação básica da rede privada de ensino, procurou o serviço de fonoaudiologia da sua cidade devido a quadro alérgico de repetição e consequente sintomatologia de rouquidão e fadiga vocal, com duração de cerca de um mês. O exame videoestroboscópico indicou fenda glótica triangular, e foi feito encaminhamento para fonoterapia. Na anamnese fonoaudiológica, detectou-se que a paciente é fumante, bebe socialmente, é alérgica a poeira, ingere com frequência chocolate e café, além de água gelada logo após a ingestão de bebidas quentes. Apresenta tosse constante, pigarreia com frequência e fica rouca com facilidade. Tem fadiga vocal no final do dia de trabalho.
Diante desse quadro clínico, avalie as seguintes condutas do fonoaudiólogo:
I. Estabelecer uma programação fonoterápica que introduza a necessidade de mudanças de hábitos em relação ao uso da voz, de modo que o prognóstico do caso seja favorável, assim como a melhora global da paciente.
II. Orientar quanto à ingestão de bebidas quentes antes da entrada em sala de aula, com objetivo de aquecimento das pregas vocais para o adequado uso da voz profissional.
III. Utilizar a técnica de fonação inspirada, visando ao fechamento da fenda glótica triangular médio-posterior, pois ocorre o predomínio voluntário da ação muscular fonatória.
IV. Orientar quanto à redução da ingestão de chocolates, leites e derivados e choques térmicos, de modo a diminuir a produção de muco e, consequentemente, a melhora do seu quadro global.
V. Empregar a técnica de ataques vocais bruscos para que haja um efetivo fechamento da fenda glótica triangular médio-posterior, pois isso ajuda na construção de um novo referencial de imagem corporal e vocal.
Apresentam reais aplicações clínicas para o quadro de fenda glótica médio-posterior, evidenciado no exame de Maria, apenas as condutas:
I, II e IV
I, II e V
I, III e IV
II, III e V
III, IV e V
Sobre perdas auditivas e seus tipos, assinale a alternativa CORRETA.
Em perdas auditivas do tipo neurossensorial, grau profundo e de origem neural, os possíveis resultados da avaliação audiológica são: timpanometria do tipo A (Jerger), reflexos acústicos ausentes e emissões otoacústicas por produto de distorção ausentes.
Em perdas auditivas do tipo condutivo, a timpanometria pode ser do tipo B (Jerger), com reflexos acústicos ausentes e com emissões otoacústicas, por produto de distorção, presentes.
Em perdas auditivas neurossensoriais leves, a timpanometria deve ser do tipo As (Jerger), os reflexos acústicos e as emissões otoacústicas por produto de distorção frequentemente devem estar presente.
Em perdas auditivas do tipo misto a timpanometria pode ser do tipo B (Jerger), os reflexos acústicos devem estar presentes e o índice de reconhecimento de fala (IRF) deve ser de 100% de acerto.
Em perdas auditivas neurossensoriais ascendentes, de grau moderado e origem coclear, os reflexos acústicos podem estar presentes sugerindo recrutamento, as emissões otoacústicas devem estar ausentes e a imitanciometria deve ser do Tipo A (Jerger).
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O sr. José, com 80 anos de idade, ensino médio completo, funcionário público aposentado, com diagnóstico de demência de Alzheimer leve a moderada, comparece a um ambulatório de fonoaudiologia acompanhado por sua filha, Sebastiana, 53 anos de idade, que exerce o papel de cuidadora informal do mesmo, e apresenta, durante a anamnese, os relatos seguintes.
O médico já me informou que, com a evolução da doença, a tendência é que estes problemas de fala que ele vem apresentando piorem, e isto tem me estressado muito. Ele tem muita dificuldade de achar uma palavra. Muitas vezes diz outra relacionada, ou então ele, por exemplo, em vez de dizer caneta, diz: Aquela coisa de escrever! Muitas vezes, ele não entende o que eu falo, ou entende só uma parte do que eu falei. Ele parece conversar normalmente, mas se a gente prestar atenção, muita coisa que ele fala é sem nexo, sem sentido. Ele costumava ler e escrever, mas não consegue mais fazer isso como antes. Troca palavras, pula letras, tem muita dificuldade. Às vezes, eu fico com vergonha, porque, algumas vezes, quando ele está conversando com alguém, ele ignora a pessoa, interrompe a conversa no meio e até fala sozinho.
Considerando o caso apresentado, avalie as afirmações que se seguem:
I. As alterações, tanto de linguagem oral quanto escrita, presentes na demência e relatadas pela cuidadora, têm relação com outras alterações cognitivas e comportamentais também encontradas na demência.
II. Uma das atuações do fonoaudiólogo junto a essa cuidadora é o procurar minimizar seu estresse, no sentido de realizar orientações sobre estratégias facilitadoras da comunicação com o pai com demência.
III. Há necessidade de se realizar intervenção fonoaudiológica com o idoso, já que, diante da característica progressiva da afasia, dislexia e agrafia, a estimulação visa não só à estabilização do quadro, como também ao reestabelecimento das habilidades perdidas.
IV. Os relatos da cuidadora sobre as manifestações do idoso são indicativos de algumas alterações que, provavelmente, serão verificadas na avaliação clínica da linguagem. Na ordem em que foram apresentadas, são elas: anomia/parafasia semântica/paráfrase; alteração da compreensão oral; alteração discursiva; dislexia/agrafia; alteração pragmática da linguagem.
É correto apenas o que se afirma em:
I e III
I e IV
II e III
I, II e IV
II, III e IV
Sobre triagem auditiva em escolares, assinale a alternativa CORRETA:
A audiometria tonal limiar é o único exame com boa sensibilidade para identificar alterações de orelha média, pressão negativa e efusão, bem como, alterações do nervo vestibulococlear.
Em crianças em fase escolar, a otite média é muito rara, por isso a execução de programas de triagem auditiva em escolares não se justifica, especialmente em escolas da rede municipal de ensino.
A imitanciometria não é necessária na bateria de testes audiológicos, pois é um procedimento que pode gerar um número muito impreciso de resultados falsos, devido à sua pouca sensibilidade para detecção de alterações de orelha média.
Os testes de triagem auditiva utilizando tons puros podem não detectar, com precisão, casos de otite média. O mais adequado nos programas de triagem auditiva em escolares é a utilização em conjunto da imitanciometria.
A retestagem não é obrigatória e torna os programas de triagem auditiva muito dispendiosos. É um procedimento desnecessário para avaliação e detecção de otites médias.
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Paciente pós AVC faz apenas gestos e alguns sons ininteligíveis para tentar se comunicar. A escrita se transformou em garatujas (sic), mas parece entender o que se fala com ele. Está muito nervoso, às vezes chora, mas, apesar de tudo, não desiste de tentar se fazer entender. O médico informou que teve uma lesão na área de Broca e que deve melhorar nos primeiros 6 meses.
A partir desse quadro, assinale a alternativa correta:
Nos quadros de afasia de Broca, a evolução é bastante favorável. O paciente deve ter muita calma e aguardar a reestruturação do cérebro que ocorre nesses 6 meses. A família por sua vez deve evitar expor o paciente a situações de comunicação para não provocar as reações catastróficas (choro sem motivo, por exemplo).
Esses dados são típicos das afasias motoras. Deve- -se aproveitar o período de melhora espontânea (primeiros 6 meses pós AVC) para otimizar o tratamento fonoaudiológico e buscar alternativas de comunicação para minimizar a angústia do paciente por não conseguir se fazer entender e, principalmente, mantê-lo na posição de sujeito falante.
A afasia de Broca é um quadro de afasia paroxística. A compreensão preservada e a evolução rápida são os sinais mais característicos dessa doença. Isso deve ser explicado ao paciente e seus familiares para que possam ter esperança no prognóstico.
O paciente deve ser encorajado a falar com pessoas da família, mas deve ser evitado o contato com pessoas estranhas. O trabalho em grupo é uma alternativa atual para esses casos em que o risco de depressão, de agressividade e demência é muito alto.
A ilusão de sujeito falante se desfaz nos casos de afasia motora em que há dificuldade de expressão e de compreensão muito acentuada, mascarada pela ausência de fala. Para que o paciente não se sinta frustrado, ele deve ser poupado de vivenciar situações de comunicação. Com a evolução do quadro, deve- -se estimulá-lo ao convívio social gradual. A leitura em unísssono é uma ótima estratégia para manter a ilusão de sujeito falante.
No tocante às alterações neurológicas em que ocorre o comprometimento da linguagem e ou fala, encontram-se as afasias, doença de Parkinson e doença de Alzheimer. Sobre essas doenças é CORRETO afirmar:
O início do quadro afásico é geralmente abrupto e em seguida ocorre uma deteriorização progressiva e lenta.
A doença de Parkinson decorrente de alteração no sistema extra-piramidal, afeta a voz e a fala no campo fonoaudiológico, a motricidade geral e a cognição. É um quadro bastante grave, de instalação abrupta com maior incidência no sexo feminino, após os 40 anos.
A afasia é uma alteração de linguagem, não progressiva, decorrente de lesão cerebral pós infarto cerebral, trombose, aneurisma, tumor ou traumatismo craniano.
s alterações audiológicas da doença de Parkinson contemplam discriminação rebaixada, perda neurossensorial mista, recrutamento e zumbido.
A doença de Alzheimer é considerada uma epidemia nos países subdesenvolvidos, de acordo com o último boletim da OMS (2008). Uma opção bastante promissora de tratamento é o hospital dia, com atividades de terapia ocupacional adequadas às condições individuais do paciente antes da internação definitiva
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As disartrias geralmente são decorrentes de doenças neurológicas progressivas. Os sintomas podem atingir a articulação dos sons, a coordenação pneumo-fonoarticulatória e as funções neurovegetativas, bem como a coordenação nos movimentos, o tônus e a força muscular.
Dado esse contexto, assinale a alternativa correta:
A doença de Parkinson, a esclerose múltipla, a corea, a mioclonia são exemplos de doenças em que se manifesta o quadro de disartria. A doença de Parkinson é a mais grave de todas, a de maior incidência em nosso país, e atinge somente o sexo masculino, levando o paciente a óbito em 2 anos.
Com a evolução da medicina e dos fármacos, as manifestações disártricas estão diminuindo em grau de severidade e incidência, ficando restritas aos casos de paralisia cerebral congênita.
Nos casos de disartrias não-evolutivas, a eliminação dos sintomas pode ser parcial ou total, dependendo dos neurotransmissores do sistema extrapiramidal.
Por ser um quadro evolutivo, o tratamento fonoaudiológico das disartrias é necessariamente longo e acompanha toda a sobrevida do paciente, não devendo ser interrompido, pois pode ocorrer uma regressão ao estágio inicial.
O tratamento fonoaudiológico nestes quadros progressivos tem como objetivo retardar, o máximo de tempo possível, a evolução dos sintomas, por meio de controle intencional dos movimentos afetados. Num segundo momento do tratamento, tem-se como objetivo o controle e a execução de movimentos compensatórios aos movimentos perdidos.
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