Questões de Fonoaudiologia

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O desenvolvimento da linguagem

  • A.

    resulta da interação complexa entre as capacidades biológicas inatas e a estimulação ambiental, e evolui de acordo com a progressão do desenvolvimento neuropsicomotor.

  • B.

    engloba o desenvolvimento do simbolismo e independe dos progressos da inteligência sensório-motora.

  • C.

    é influenciado pelas diferentes culturas; quanto mais complexa for a língua nativa da criança mais tardiamente a linguagem será adquirida.

  • D.

    bem como o uso de instrumentos, ocorre principalmente por meio do processo de estímulo-resposta.

  • E.

    é marcado por duas fases distintas: a pré-linguística, em que nenhum som é vocalizado e que persiste até aos 12-18 meses; e, logo a seguir, a fase linguística, quando a criança começa a falar palavras isoladas com compreensão.

Seu início é abrupto. O padrão de fala é basicamente caracterizado pela repetição da sílaba inicial ou sílaba tônica da palavra. Há pouca mudança no padrão de fala e ausência de picos de fluência, inclusive na fala automática, decorada ou no canto.

Essas características são comuns na gagueira

  • A.

    neurogênica.

  • B.

    psicogênica.

  • C.

    desenvolvimental persistente.

  • D.

    psicotrópica.

  • E.

    espasmódica.

Escrever “xocolate”, “pacear” e “sebola” indica que a criança, provavelmente,

  • A.

    apresenta disfunção no processamento auditivo central.

  • B.

    encontra-se na fase silábico-alfabético do desenvolvimento da escrita.

  • C.

    tem dificuldade para entender que um mesmo som pode ser escrito por mais do que uma letra.

  • D.

    apresenta alteração no processamento fonológico.

  • E.

    tem alteração no processo de análise-síntese grafêmica.

A dislexia do desenvolvimento é

  • A.

    um transtorno específico de aprendizagem, de origem neurológica, caracterizado pela dificuldade na fluência correta da leitura e pela dificuldade na habilidade de decodificação e soletração, resultantes de um déficit no componente fonológico da linguagem.

  • B.

    uma alteração da leitura e da escrita, apesar da ausência de déficit fonológico, e que ocorre mesmo em situações de adequadas oportunidades de aprendizagem.

  • C.

    um distúrbio adquirido do sistema nervoso central relacionado a uma falha no processo de aquisição e desenvolvimento da leitura e, geralmente, está associado a um problema de origem pedagógica.

  • D.

    uma disfunção extrínseca à criança, manifestada por dificuldades na aquisição e no uso das habilidades auditivas, na fala, na leitura fluente, na escrita e no raciocínio lógico-matemático que ocorre desde a fase pré-escolar.

  • E.

    uma alteração na codificação e decodificação fonológica da linguagem escrita, decorrente de um problema ambiental ou social e que se manifesta na fase escolar, principalmente na atividade de leitura.

A atuação fonoaudiológica no idoso pode ser realizada na área de

  • A.

    linguagem, uma vez que o reconhecimento de vocabulário, a produção oral automática e a compreensão de sentenças contextualizadas são os aspectos mais alterados.

  • B.

    motricidade orofacial, sendo que as causas mais comuns de alteração da mastigação e deglutição é o excesso de salivação e as dificuldades respiratórias.

  • C.

    audiologia, especificamente na otoneurologia, visto que a maior incidência de queixas auditivas refere-se à presença de tontura e desequilíbrio.

  • D.

    voz, orientando-se sobre a presbifonia e evidenciando- -se as melhores formas de prevenção contra o envelhecimento precoce ou o desgaste maior da voz.

  • E.

    linguagem, motricidade orofacial, audição e voz, visto que o envelhecimento atinge simultaneamente todos os órgãos com o mesmo impacto estrutural e funcional.

A lesão do nervo laríngeo superior resultando em paralisia unilateral do músculo cricotireóideo geralmente acarreta

  • A.

    abaixamento da laringe e voz áspera.

  • B.

    elevação da laringe e voz estridente.

  • C.

    anteriorização da laringe e voz tensa-estrangulada.

  • D.

    posteriorização da laringe e voz em falsete estridente.

  • E.

    inclinação da laringe e voz diplofônica.

Em relação ao câncer de laringe, o atendimento fonoaudiológico

  • A.

    na grande maioria dos casos, inicia-se no segundo dia após a cirurgia, pois melhora a cicatrização e diminui os riscos de infecção e de deiscências de suturas.

  • B.

    tem prognóstico excelente nos casos de carcinoma de laringe tratados com radioterapia e quimioterapia, uma vez que a laringe permanece funcional na totalidade dos pacientes.

  • C.

    pré-cirúrgico auxilia no prognóstico da adaptação vocal, pois facilita a compreensão das relações de causalidade antes e após a cirurgia relacionadas aos mecanismos de comunicação.

  • D.

    pós-cirúrgico deve priorizar as dificuldades encontradas na deglutição, dando ênfase ao treinamento de redução da elevação laríngea e ao melhor controle do bolo alimentar durante a fase esofágica.

  • E.

    nos pacientes tratados com radioterapia, o trabalho com a deglutição é realizado utilizando-se vários exercícios para evitar o surgimento da hipersensibilidade da faringe e da hipermobilidade da laringe.

Considera-se como uma alteração estrutural mínima de cobertura das pregas vocais, localiza-se profundamente no interior da prega vocal, em geral na camada superficial da lâmina própria, com ou sem aderência ao ligamento vocal; pode ser uni ou bilateral.

Essas características são compatíveis com

  • A.

    nódulo.

  • B.

    cisto.

  • C.

    pólipo.

  • D.

    leucoplasia.

  • E.

    edema de Reinke.

A disfonia infantil

  • A.

    é caracterizada pela presença de nódulo vocal resultante do abuso ou mau uso do aparelho fonador e, geralmente, é acompanhada de hipoconstrição da musculatura intrínseca da laringe.

  • B.

    é um quadro funcional puro favorecido principalmente pela falta de conhecimento vocal e modelo vocal deficiente; apesar de causar rouquidão, raramente ocorre lesão na mucosa das pregas vocais.

  • C.

    hipercinética geralmente vem acompanhada de fonação ventricular, situação na qual as pregas vocais e as pregas ventriculares atuam como fontes produtoras de som, sendo mais comum em meninas.

  • D.

    envolve a inabilidade em manter um padrão vibratório com adequada interação entre fluxo aéreo, pressão subglótica e fechamento das pregas vocais.

  • E.

    tem seu pico de ocorrência entre 10 e 13 anos de idade, geralmente mais presente em criança de personalidade tímida; é um sintoma temporário decorrente de infecção ou do mau uso da voz.

Assinale a alternativa correta em relação às alterações do sistema estomatognático.

  • A.

    A deglutição com ruído sugere excesso de força da parte anterior da língua.

  • B.

    As disfunções temporomandibulares devem ser tratadas com crioterapia nos casos de tensão muscular aumentada e crises de algia.

  • C.

    O monitoramento da passagem de ar nasal (uso do espelho de Glatzel) permite diferenciar as obstruções nasais das faríngeas.

  • D.

    As alterações do frênulo lingual podem causar avanço da maxila e aumento da abertura mandibular.

  • E.

    O grau das alterações oclusais depende da frequência, intensidade e duração dos hábitos orais nocivos.

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