Questões de Fonoaudiologia do ano 2011

Durante o exame do sistema estomatognático, o fonoaudiólogo preconiza a avaliação do(s) seguinte(s) aspecto(s):

• A.

  disfunções do tronco encefálico.

• B.

  linguagem, fonação, aprendizagem e comportamento.

• C.

  desenvolvimento educacional geral, habilidades de comunicação e bem-estar psicossocial.

• D.

  sistema nervoso auditivo central e suas funções específicas.

• E.

  morfológicos e posturais, tonicidade e mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios bem como das funções de sucção, mastigação, respiração, deglutição e fala.

No que se refere ao Código de Ética da Fonoaudiologia, regulamentado pela Resolução CFFa n.º 305/2004, assinale a alternativa correta.

• A.

  O fonoaudiólogo não é obrigado a resguardar a privacidade do paciente.

• B.

  Consiste em infração ética o ato de assinar qualquer procedimento fonoaudiológico realizado por terceiros, ou solicitar que outros profissionais assinem seus procedimentos.

• C.

  O fonoaudiólogo pode permitir que pessoas não habilitadas realizem práticas fonoaudiológicas para substituí-lo em sua atividade.

• D.

  É dever do fonoaudiólogo exercer a profissão mesmo estando em condições de trabalho inseguras e insalubres.

• E.

  É direito do fonoaudiólogo receber ou exigir remuneração, comissão ou vantagem por serviços que ele não tenha efetivamente prestado.

Marina, doze anos de idade, foi encaminhada pelo ortodontista para terapia fonoaudiológica. Na avaliação realizada, foram evidenciados os seguintes sinais e sintomas: hipotonia, hipotrofia e hipofunção dos músculos elevadores da mandíbula; hipofunção com alteração de tônus muscular dos lábios e bochechas; tensão do músculo constritor da faringe; hipotonia facial generalizada; palato ogival/alto; alteração na posição de cabeça e pescoço, com alteração compensatória na coluna vertebral; olheiras com assimetria de posicionamento dos olhos, olhar cansado. Com base nessas informações, é possível concluir que se trata de um quadro típico de

• A.

  respirador oral.

• B.

  distúrbio de linguagem.

• C.

  afasia.

• D.

  disfagia.

• E.

  disfluência.

Apraxia e disartria são distúrbios da fala adquiridos por uma lesão

• A.

  fisiológica.

• B.

  comportamental.

• C.

  neurológica.

• D.

  óssea.

• E.

  hereditária.

O distúrbio de deglutição que apresenta sinais e sintomas específicos que se caracterizam por alterações em qualquer etapa e(ou) entre as etapas dinâmicas da deglutição, podendo ser congênito ou adquirido, após comprometimento neurológico, mecânico ou psicogênico, e trazer prejuízo aos aspectos nutricionais, de hidratação, no estado pulmonar, prazer alimentar e social do indivíduo, além de complicações mais graves como a pneumonia aspirativa e o óbito, é denominado

• A.

  deglutição atípica.

• B.

  deglutição prejudicada.

• C.

  deglutição anormal.

• D.

  deglutição adaptada.

• E.

  disfagia.

A afasia é definida como alteração da comunicação adquirida em consequência de lesão

• A.

  sensorial.

• B.

  neurológica.

• C.

  intelectual.

• D.

  psiquiátrica.

• E.

  emocional.

O atendimento fonoaudiológico hospitalar é uma prática em expansão em vários serviços e, entre tantos aspectos a serem trabalhados, encontra-se o câncer de cabeça e pescoço, que, em algumas situações, é tratado por meio de radioterapia. A radioterapia acarreta efeitos agudos na deglutição. As sequelas agudas observadas são alteração da mucosa, mucosite, xerostomia, alteração ou perda do paladar e sensibilidade, inapetência, odinofagia, emagrecimento, desidratação e dermatite. O fonoaudiólogo contribui com a equipe, reforçando orientações para minimizar os efeitos negativos da radiação, incluindo

• A.

  prescrição de um fármaco que estimule a secreção salivar e a utilização de antifúngicos tópicos e sistêmicos.

• B.

  suspensão de anestésicos, analgésicos, anti-inflamatórios e agentes antimicrobianos.

• C.

  indicação cirúrgica e suspensão de antimetabólicos.

• D.

  identificação e diagnóstico de obstrução respiratória, pneumonia e necrose da língua; encaminhamento para tratamento cirúrgico.

• E.

  suspensão do álcool e do tabaco, hidratação abundante, suspensão de alimentos irritativos e utilização de saliva artificial; monitoramento da audição do paciente, devido à ototoxidade do tratamento.

Segundo a resolução do CFFa n.º 337/2006, é competência do profissional fonoaudiólogo exercer procedimento fonoaudiológico clínico no âmbito domiciliar. No desempenho de procedimento domiciliar, o profissional deve

• A.

  omitir ao cuidador informações importantes para o tratamento do paciente.

• B.

  negar-se a participar de equipe multiprofissional e interdisciplinar, já que cada profissional deve atuar de maneira isolada.

• C.

  desconsiderar a história clínica do paciente, avaliando apenas aspectos mais recentes relacionados à fonoaudiologia.

• D.

  adequar o ambiente domiciliar, determinando as boas condições para o atendimento fonoaudiológico, com observância das normas de biossegurança.

• E.

  executar a terapia fonoaudiológica, estabelecendo a melhor conduta terapêutica, e pré-agendar a alta do atendimento antes de realizar os encaminhamentos necessários e avaliar os exames solicitados.

A participação do fonoaudiólogo em postos de saúde visa, entre outras atividades, orientar, observar e incentivar o aleitamento materno. Em relação aos benefícios que a amamentação promove, assinale a alternativa correta.

• A.

  A sucção, por meio da amamentação, desenvolve os músculos da face e proporciona um crescimento harmonioso das estruturas orais.

• B.

  Apenas as mães se beneficiam, já que a amamentação reduz o risco de câncer de mama, útero e ovário.

• C.

  A amamentação beneficia o bebê somente em relação ao aspecto nutritivo.

• D.

  É recomendável que o bebê seja alimentado apenas com o leite materno até os três primeiros meses de vida. A partir daí, já devem ser inseridos alimentos líquidos e pastosos, para estimular os músculos que participam da fala.

• E.

  A amamentação estimula somente as áreas afetivas do bebê.

Felipe, três anos de idade, compareceu ao ambulatório de fonoaudiologia acompanhado por sua mãe, que tinha a seguinte queixa: “a fala do meu filho é incompreensível”. Durante a consulta, o fonoaudiólogo perguntou sobre o desenvolvimento da criança, e a mãe relatou que, até um ano e meio de idade, o menor não pronunciava palavras isoladas e, aos dois anos, ainda não formava frases. Atualmente, não possui desempenho imitativo e simbólico. De acordo com alguns exames apresentados, não estão associados distúrbio neurológico nem perda auditiva. Observou-se uma proteção exagerada da mãe, uso de fala infantilizada e falta de estímulos adequados. Os meios socioafetivo e cultural apresentam-se desfavoráveis. Nesse caso, a hipótese diagnóstica é de

• A.

  distúrbio de linguagem.

• B.

  distúrbio fonológico.

• C.

  atraso de linguagem.

• D.

  disfluência.

• E.

  disfonia.