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Em seu texto de 1979, a Geografia serve para desvendar máscaras sociais, Ruy Moreira afirma que a
"formação espacial é um conceito de totalidade que pode ajudar os geógrafos em sua tarefa de analisar as formas de organização das sociedades nos diferentes tempos da história. (...) O que propomos é a construção de uma teoria do espaço que se fundamente em três categorias da totalidade, que são as três facetas de uma mesma realidade, todas orientadas no sentido do arranjo espacial: a formação econômico-social, o modo de produção e a formação espacial."
MOREIRA, R. Pensar e Ser em Geografia. São Paulo: Contexto, 2007, p.76.
A proposta do autor reforça e é condizente com a GeografiaAnalítica.
Aplicada.
Crítica.
Pós-moderna.
Tradicional.
Em Geografia Humana, pode-se trabalhar com a definição de um lugar, um itinerário, uma extensão que, por razões religiosas, políticas ou culturais, aos olhos de certas pessoas ou grupos sociais assume uma dimensão que os fortalece em sua identidade. O monumento do Cristo Redentor e seu entorno imediato podem ser interpretados a partir da definição acima, a qual refere-se, explicitamente, à noção de
rugosidade, com referência a Milton Santos.
topofilia, com base na obra de Yi-Fu Tuan.
geotopo, consoante os trabalhos de Georges Bertrand.
geopiedade, conforme as ideias de J. K. Wright.
geossímbolo, de acordo com Joël Bonnemaison.
Nas palavras de Yi-Fu Tuan, os defensores da alta modernidade que vivemos, "apesar das dúvidas e hesitações, mantêm o sentido da direção a seguir, do lar ao cosmos e daí ao conceito paradoxal de 'lar cosmopolita' que proporciona à alta modernidade seu telos e sua seriedade". Para o autor, assistimos à restituição de um conceito geográfico que é o locus da realização humana.
TUAN, Yi-Fu Cosmos y hogar. Barcelona: Melusina, 2005, P. 19.
O conceito que, segundo o autor, vem sendo restituído nos últimos trinta anos constitui um dos termos teóricos centrais na obra desse geógrafo e corresponde a um dos conceitos-chave da Geografia Humanística.
O conceito geográfico em tela é o de
território.
territorialidade.
lugar.
região.
ambiente.
Considerando abordagens conceituais e métodos de investigação, o geógrafo Aluizio Duarte afirma que as regiões podem ser consideradas como unidades espaciais em diferentes níveis de desenvolvimento ou modernização. Acrescenta que, num enfoque sistêmico, o conceito de região é visto como um subsistema, dentro de uma totalidade espacial, correspondendo à dimensão espacial de relações sociais contraditórias. A abordagem conceitual destacada acima refere-se à regionalização como
classificação, decorrente da Geografia Quantitativista.
diferenciação de áreas, correspondente à Geografia Tradicional.
divisão territorial do trabalho, ligada à Geografia Humanista.
instrumento de ação, relacionada à Geografia Aplicada.
processo, vinculada à Geografia Crítica.
Tendo em vista as escalas da urbanização, autores como A. Scott, E. Soja, J. Agnew e M. Storper propuseram o conceito de cidade-região global, apresentando-o como um novo regionalismo no qual "as cidades-regiões funcionam, cada vez mais, como nós espaciais essenciais na economia global e como atores políticos específicos na cena mundial".
Cidade-região é um termo que retoma e complexifica outros como cidade global e cidade mundial, mas também guarda referência a conceitos regionais bastante empregados por geógrafos no passado. Um conceito regional frequente nos estudos geográficos e que tem forte afinidade teórica com cidade-região é o de região
uniforme.
polarizada.
fisiográfica.
homogênea.
de governo.
O geógrafo Roberto Lobato Corrêa propõe um esquema de análise das redes geográficas, de acordo com as dimensões organizacional, temporal e espacial. Quanto à dimensão organizacional, as redes podem ser analisadas segundo a função, que pode ser de realização ou de suporte. São exemplos de redes geográficas com função de realização e de suporte, respectivamente, as redes
de tráfego aéreo e de firmas globais.
de corporações e de lugares centrais.
de telecomunicações e de ONG.
bancária e de transmissão de energia.
ferroviária e de contrabando.
Haja vista a logística e a concepção de defesa nacional, a Marinha do Brasil tem como uma de suas propostas a construção de um estaleiro e de base de submarinos convencionais e nucleares no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro. A escolha dessa área geográfica é explicada por fatores, tais como a proximidade com as Usinas de Angra I e II, com a NUCLEP e com as metrópoles carioca e paulistana, dentre outros.
Os fatores apresentados remetem à noção de localização relativa que expressa, especificamente, o conceito de
risco ambiental.
custo ambiental.
posição geográfica.
extensão geográfica.
segurança marítima.
O geógrafo David Harvey considera que um dos problemas geográficos consiste em esboçar uma forma de organização espacial que maximize as perspectivas das áreas menos privilegiadas, na qual as vantagens dos mais afortunados promovam o bem-estar dos menos afortunados. Recentemente, o autor declarou que
"Para mim, é muito importante afirmar que 'direito à cidade' não é simplesmente um direito de acesso ao que existe. É um direito de participar da construção e da reconstrução do tecido urbano, de formas mais condizentes com as necessidades da massa da população."
HARVEY, D. Wall Street e o direito à cidade. Le Monde Diplomatique Brasil, março, 2009, p. 6.
As considerações acima remetem, explicitamente, ao conceito de
justiça territorial.
território produtivo.
contraurbanização.
urbanismo em rede.
rede de solidariedade.
Texto I
MUROS E CONTENÇÃO TERRITORIAL
Em relação aos migrantes e refugiados, figuras emblemáticas de nossas sociedades de in-segurança, a "contenção territorial" é uma estratégia frequentemente acionada. Construção de muros ou cercas eletrificadas nas fronteiras torna-se cada vez mais corriqueiro. Em outra escala bastante distinta, casas e condomínios invertem o sentido territorial de "contenção": "conter a entrada do alegado criminoso, 'contendo-se' na relativa reclusão dos muros".
HAESBAERT, R. Sociedades biopolíticas de in-segurança e descontrole dos territórios in Oliveira, M. et alii (orgs). O Brasil, a América, a América Latina e o mundo. Rio de Janeiro: ANPEGE/ Lamparina, 2008, p. 30. (Adaptado)
Texto II
"ECOLIMITE": MAIS UM MURO
Atualmente, em nome da preservação ambiental, além de se segregar espaços voltados a empreendimentos imobiliários de alto padrão econômico, se busca restringir as áreas do solo urbano que sejam - potencialmente - ocupadas por urbanização espontânea. A Prefeitura do Rio de Janeiro mandou construir 11 km de muros para garantir áreas naturais, denominando-os de "ecolimites". Esses muros não se localizam em torno de qualquer área verde, mas sim em torno de 13 comunidades pobres.
PROST, C. O falso consenso sobre a defesa do meio ambiente in Mendonça, F. et alii (orgs). Espaço e Tempo. Curitiba: ANPEGE/ ADEMADAN, 2009, p. 196. (Adaptado)
Comparando os Textos I e II conclui-se que
o primeiro contradiz o segundo, metodologicamente
o primeiro retifica o segundo, teoricamente.
o segundo complementa o primeiro, empiricamente.
o segundo desconstrói o primeiro, analiticamente.
ambos os textos se polarizam, categoricamente.
No que concerne à zoogeografia e à fitogeografia, julgue os itens seguintes.
O surgimento de novas espécies a partir do isolamento geográfico chama-se especiação alopátrica.
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