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O Plano Real pôs fim a uma longa e dolorosa escalada da inflação no Brasil, iniciada com o ciclo de governos militares (1964-1985). Desde então, o país experimentou uma série de planos de estabilização, em geral baseados em políticas monetárias heterodoxas como congelamento de preços e confisco de poupança. O presidente brasileiro e o ministro da Fazenda que implantaram o Plano e Real foram, RESPECTIVAMENTE:
Fernando Collor de Melo e Zélia Cardoso de Melo.
Fernando Collor de Melo e Luis Carlos Bresser Pereira.
Luís Inácio Lula da Silva e Guido Mantega.
Itamar Franco e Pedro Sampaio Malan.
Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.
O Brasil, ao emergir no contexto da formação do Novo Mundo,
o fez de costas para as heranças históricas aqui existentes antes da chegada dos colonizadores lusos.
empreendeu saga histórica marcada pela hegemonia cultural e econômica das abastadas famílias portuguesas que se deslocaram pelo Atlântico na direção da terra de Pindorama.
acompanhou estruturalmente, no que se refere a seu modelo de inserção internacional, o resto da América Latina.
o fez com autonomia política bastante superior ao que seria previsto para seu estatuto colonial.
Capistrano de Abreu, ao citar o padre Antônio Vieira, registrou que a escravidão era fatal para o índio e, portanto, prejudicial ao próprio branco escravista. A respeito desse conjunto de idéias, típicas dos jesuítas no período colonial brasileiro, assinale a opção correta.
A noção de que o índio era igual ao africano, que não tinha alma, ou que a alma era possuída por sentimentos e valores pagãos e que não mereciam a complacência cristã, era uma espécie de doutrina teológica na colonização no Brasil.
De modo geral, acreditava-se, que o índio, por sua natureza frágil e dedicação ao ócio, ao descanso e à liberdade, não era capaz de aturar o trabalho que os portugueses lhes impingiam.
Os "braços dos índios", considerados no início da colonização do Brasil como necessários, seguiram sendo, até meados do século XIX, a fonte principal de mão-de-obra da monocultura exportadora.
A noção do prejuízo ao branco causado pela escravidão indígena advinha da noção de que os índios eram mais destrutivos que construtivos nas jornadas rurais da extração da cana e no trabalho nos engenhos.
Texto para as questões 57 e 58
A corte na cidade
Em fins de novembro de 1807, uma imensa frota partiu de Lisboa, em direção ao Brasil. Nela viajava a Corte portuguesa e, com ela, vinha também a esperança de conseguir garantia de que a soberania lusitana ficava a salvo da invasão que o país então sofria.
Na memória coletiva de Portugal, esse movimento da sua Corte nunca deixou de ser objeto de leituras polêmicas. Para alguns, tratou-se de uma fuga sem dignidade, fruto de uma opção política de vistas curtas, estimulada por ambiciosas alianças.
A propósito dos quase 200 anos do gesto mencionado pelo texto, assinale a opção correta.
A interpretação historiográfica dominante no Brasil é a de que a saída da Corte de Lisboa foi obra deliberada de preservação da integridade simbólica do poder real.
Apesar das proposições do revisionismo historiográfico português na matéria, há certa resistência, entre os historiadores brasileiros, à noção de que haveria um conteúdo estratégico na retirada, ao poupar-se o poder real de Lisboa às humilhações que os seus congêneres europeus atravessavam naquela quadra histórica.
A distância no tempo, as novas fontes arquivísticas compulsadas e a revisão acerca do papel de D. João, entre outros elementos, já permitem afirmar que é obsoleta a explicação da fuga como "opção política de vistas curtas".
Os 200 anos que se aproximam do gesto do ano de 1807, mencionado no texto, faz imaginar que a história se consolida como uma ciência positiva e capaz, na contemporaneidade do fato ou processo, de dar conta de toda sua complexidade.
Texto para as questões 57 e 58
A corte na cidade
Em fins de novembro de 1807, uma imensa frota partiu de Lisboa, em direção ao Brasil. Nela viajava a Corte portuguesa e, com ela, vinha também a esperança de conseguir garantia de que a soberania lusitana ficava a salvo da invasão que o país então sofria.
Na memória coletiva de Portugal, esse movimento da sua Corte nunca deixou de ser objeto de leituras polêmicas. Para alguns, tratou-se de uma fuga sem dignidade, fruto de uma opção política de vistas curtas, estimulada por ambiciosas alianças.
Assinale a opção correta relativamente aos desdobramentos para a história brasileira advindos do fato descrito no texto.
Nesses quase 200 anos, o Brasil seguiu umbilicalmente vinculado a Portugal, em todos os níveis.
A memória coletiva brasileira guarda a noção, ao contrário da polêmica portuguesa, de que a transferência da Corte foi um primeiro passo para a própria independência política do Brasil.
A animosidade entre brasileiros e portugueses, ao longo da história independente do Brasil, é uma tônica comum que alimenta, ainda nos dias de hoje, o problema da emigração brasileira para aquele país.
Um dos contrastes pouco cultivados pelas elites políticas do Brasil no século XIX era o de que, ao contrário da América de língua espanhola, os brasileiros tinham um Estado de matriz imperial herdado de Portugal.
No que tange à economia brasileira no século XIX, assinale a opção correta.
Foi o café que, a partir de 1840, garantiu a recuperação gradual da economia nacional, que estava em crise desde a Independência.
O oeste paulista e, anos depois, o Vale do Paraíba garantiram a elevação econômica e a impulsão agroexportadora do Império.
Não houve vozes industrialistas no Parlamento do Império, que desejassem mover o modelo para os parâmetros dos ingleses.
A infantilização dos processos produtivos, na sua forma extrativa, era hegemônica no Brasil Imperial.
As imigrações no Brasil, no final do século XIX e início do século XX,
desenvolveram-se de forma bastante aleatória, sem uma política de migrações discutida pelas elites econômicas e políticas do país.
conferiram um perfil radicalmente distinto à economia nacional até praticamente os anos 30.
modificaram demograficamente a região nordestina do Brasil na mesma proporção que mudaram a composição dos habitantes do sul do país.
ganharam força até para o vale amazônico, em torno do ciclo da borracha e seu peso no mercado externo.
Antônio Conselheiro declarava em 1896 que havia rebanhos mil a correr da praia para o sertão e que o sertão viraria praia e a praia viraria sertão. A respeito do ambiente e dos processos que cercam essa imagem, assinale a opção correta.
A implantação do regime republicano, em 1889, modificou de forma substantiva as condições de vida dos fazendeiros e camponeses do interior do país.
Os sentimentos de isolamento e abandono, fortes na história sertaneja, aguçaram a esperança e o desespero dos nordestinos rurais daquela quadra histórica.
A saga de Canudos, na memória nacional, representa a reação ao padecimento social gerado pela modernização conservadora que se operou nas economias rurais nordestinas no final do século XIX.
A vida política e social que levou camponeses a acompanhar Antônio Conselheiro nos sertões do Nordeste do Brasil era sustentada por níveis elevados de formação doutrinal na religião católica.
O Império brasileiro, ao ceder à República, deixou contribuições e problemas para o novo regime. A respeito desse tema, assinale a opção incorreta.
O Império garantiu a integridade territorial e a estabilidade que beneficiava o povo e a elite.
A República nasceu com problemas herdados da crise do escravismo, como o chamado "problema negro".
A vida político-partidária do Império, marcada por atritos ideológicos de variados matizes, convergiu, na República, para um ponto programático consensual.
Ao nascer, a República não romperia estruturalmente, de forma revolucionária, as bases econômicas agroexportadoras do Império.
Texto para as questões 63 e 64
João Soares estava com a razão: política só se ganha com muito dinheiro. A começar com o alistamento, que é trabalhoso e caro: tem-se que ir atrás de eleitor por eleitor, convencê-los a se alistarem e ensinar tudo, até a copiar o requerimento. Cabo de enxada engrossa as mãos — o laço de couro cru, machado e foice também. Caneta e lápis são ferramentas muito delicadas. A lida é outra: labuta pesada, de sol a sol, nos campos e nos currais. Ler o quê? Escrever o quê? Mas agora é preciso: a eleição vem aí, e o alistamento rende a estima do patrão, a gente vira pessoa.
Tomando o texto como referência inicial, assinale a opção correta, relativamente às eleições e ao voto no Brasil da República Velha.
O sistema eleitoral da República Velha manteve o caráter do voto censitário tal qual existia no sistema imperial.
O voto "de cabresto", atrelado ao interesse político do patrão, do fazendeiro, do dono da terra, era uma prática generalizada na República Velha, mas foi rompida com a Revolução de 1930.
As deformações do processo eleitoral da República Velha passavam, entre outras causas, pela relativa tensão entre uma sociedade desigual e iletrada, particularmente nos setores subalternos da sociedade, e uma legislação eleitoral relativamente moderna.
A figura do "coronel", chefe de grande base militar e dono de curral eleitoral, não era compatível com a cultura iluminista que presidia a modernização eleitoral da época.
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