Questões de História do ano 2007

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Com base nos documentos, assinale a alternativa correta.

I) Excelentíssimo Sr. Deputado Ranieri Mazzilli. DD. Presidente da República em exercício. Senhor Presidente: Em face da próxima chegada do Sr. Doutor João Belchior Marques Goulart a Brasília, com o fito de prestar compromisso perante o Congresso Nacional e indicar à aprovação dele o nome do Presidente do Conselho e a composição do Primeiro Conselho de Ministros, bem como para receber em sessão do Congresso Nacional posse, juntamente com aquele Conselho e o seu Presidente, tudo nos termos do Artigo 21, parágrafo único da Emenda Constitucional nº 4 ( Ato Adicional de 02/09/1961), venho, na minha condição de Presidente do Congresso , solicitar de Vossa Excelência as indispensáveis garantias ao desembarque, permanência em Brasília e investidura na Presidência da República do Senhor Doutor João Goulart. (..) Auro de Moura Andrade. ( Presidente do Congresso Nacional , em 03/09/1961)

II) Excelentíssimo Senhor Senador Auro de Moura Andrade: Senhor Presidente: Nos termos e para os efeitos do Ato Adicional, tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência e ao Congresso Nacional que indico para o Cargo de Primeiro-Ministro o Senhor Tancredo de Almeida Neves, que, por meu intermédio, submete à patriótica consideração desse plenário o seguinte Gabinete: ( segue-se a lista dos Ministros) (...) João Belchior Marques Goulart. ( Presidente da República, em 08/09/1961)

  • A.

    Os dois documentos contêm indícios que revelam ser presidencialista o sistema de governo na ocasião.

  • B.

    Estes documentos não contêm informações que permitam saber se o sistema de governo, na ocasião, era presidencialismo, ou o parlamentarismo.

  • C.

    O primeiro documento - e somente ele - revela que era parlamentarista o sistema de governo na ocasião.

  • D.

    Os dois documentos contêm informações que revelam ser parlamentarista o sistema de governo na ocasião.

  • E.

    O segundo documento - e somente ele - revela que era parlamentarista o sistema de governo da ocasião.

" Expedições reunindo às vezes milhares de índios lançaram-se pelo sertão, aí passando meses e às vezes anos, em busca de indígenas a serem escravizados e metais preciosos. Não é difícil entender que os índios já cativos participassem dessas expedições, pois a guerra � ao contrário da agricultura " era uma atividade própria do homem das sociedades indígenas. O número de mamelucos e índios sempre superou o dos brancos.

Por exemplo, a grande bandeira de Manuel Preto e Raposo Tavares, que atacou a região de Guairá em 1629, era composta por 69 brancos, 900 mamelucos e 2 mil indígenas.� (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1991, p. 51)

Esse texto faz referência a um dos mais importantes movimentos de expansão territorial da época colonial - as bandeiras. Nele, o autor:

  • A.

    critica a visão tradicional, que acusa o bandeirante de extermínio indígena, apontando a relação pacífica que se estabeleceu entre brancos e índios durante as bandeiras.

  • B.

    Justifica a presença de silvícolas nas expedições bandeirantes, argumentando que a guerra não era uma atividade desconhecida dessas comunidades, ao contrário do que ocorria com atividade agrícola.

  • C.

    Mostra a participação do ameríndio nas bandeiras organizadas no século XVI, comandadas e lideradas por chefes tribais, como Raposo Tavares.

  • D.

    Aponta o movimento bandeirante como responsável pela expansão territorial do Brasil, uma vez que ocupou terras de comunidades indígenas envolvidas em fortes disputas internas.

  • E.

    Aponta os objetivos do movimento bandeirante e suas formas de atuação, que envolviam a catequização de indígenas e sua voluntária participação no movimento.

O general Góis Monteiro, Ministro da Guerra de Getúlio Vargas, afirmava em uma carta dirigida ao presidente em 1934: " O desenvolvimento das idéias sociais preponderantemente nacionalistas e o combate ao estadualismo ( provincialismo, regionalismo, nativismo) exagerado não devem ser desprezados, assim como a organização racional e sindical do trabalho e da produção, o desenvolvimento das comunicações, a formação das reservas territoriais e milícias cívicas, etc., para conseguir-se a disciplina intelectual desejada e fazer desaparecer a luta de classes, pela unidade de vistas e a convergência de forças para a cooperação geral, a fim de alcançar o ideal comum à nacionalidade."

No trecho dessa carta estão expressos pontos centrais do regime instalado após a Revolução de 1930, entre eles:

  • A.

    Centralização política, regulamentação das relações trabalhistas e nacionalismo.

  • B.

    Organização de milícias estaduais, regulamentação das relações trabalhistas e educação.

  • C.

    Estímulo à autonomia dos Estados, organização de milícias estaduais e nacionalismo.

  • D.

    Organização de milícias estaduais, centralização política e educação.

  • E.

    Estímulo à autonomia dos Estados, regulamentação das relações trabalhistas e educação.

A efêmera aliança de D. Pedro com os brasileiros não resultara senão do ódio comum, que com eles partilhava, às cortes constituintes de Portugal. Mas realizada a independência, desperta nele a natural solidariedade com os compatriotas, que ainda lhe ofereciam um poder absoluto, diferente do papel decorativo do soberano constitucional que lhe queriam emprestar os aliados de véspera.

O texto retrata a situação do Brasil após a independência e a única alternativa incorreta sobre o período é:

  • A.

    no processo de formação do Estado brasileiro, chocaram-se o " Partido Brasileiro", representado pela elite local, e o " Partido Português", representando os interesses, principalmente, de comerciantes portugueses.

  • B.

    A Independência do Brasil aliou a elite agrária e D.Pedro I que, no entanto, pretendia centralizar o poder em suas mãos.

  • C.

    D.Pedro I teria um papel considerado decorativo, caso fosse aprovado o projeto constitucional dos irmãos Andradas, que fortalecia o Legislativo em detrimento do Poder Executivo.

  • D.

    A postura autoritária do Imperador, outorgando a Constituição e utilizando o Poder Moderador, determinou uma grande revolta , assim como a oposição da elite agrária, que o levaria à abdicação.

  • E.

    D. Pedro I utilizou as divergências entre os dois grupos, colocando-se acima das disputas, garantindo para si tanto o apoio dos "portugueses" como dos "brasileiros", preservando-se no poder por nove anos.

Não corresponde ao período imperial da História do Brasil:

  • A.

    A entrada de imigrantes, a partir da segunda metade do século XIX, esteve relacionada à expansão da cultura cafeeira no oeste paulista e às medidas legais que conduziram à abolição do trabalho escravo.

  • B.

    A "Missão Francesa", que chegou ao Brasil em 1816, trazendo artistas plásticos como Debret e Taunay, contribuindo para a transformação da fisionomia cultural do país.

  • C.

    Segundo a organização político-administrativa, as províncias eram administradas por governadoresgerais eleitos pelos membros dos Conselhos Municipais.

  • D.

    Durante o Segundo Reinado, paralelamente à existência do Poder Moderador e do conselho de Estado, predominou um regime de governo nos moldes parlamentaristas, no qual o Gabinete era liderado pelo primeiro ministro.

  • E.

    A organização do Estado brasileiro que se seguiu à independência resultou no projeto do grupo liberalconservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado.

" Assim confabulam, os profetas, numa reunião fantástica, batida pelos ares de Minas. Onde mais poderíamos conceber reunião igual, senão em terra mineira, que é o paradoxo mesmo, tão mística que transforma em alfaias e púlpitos e genuflexórios a febre grosseira do diamante, do ouro e das pedras de cor?" (ANDRADE, C. Drummond de, "Colóquio das Estátuas". In: MELLO, S., Barroco Mineiro, S.Paulo, Brasiliense, 1985)

A origem desse traço contraditório que o poeta afirma caracterizar a sociedade mineira remete a um contexto no qual houve:

  • A.

    o deslocamento produtivo do nordeste para as regiões centrais da colônia e o desenvolvimento de uma estética que procurava reproduzir as construções românicas européias

  • B.

    A diversificação das atividades produtivas na colônia e a construção de um conjunto artístico e arquitetônico que singularizou a principal região de mineração.

  • C.

    O relaxamento na política de distribuição de terras na colônia e a vigência de uma concepção racionalista de planejamento das cidades.

  • D.

    A expansão do território colonial brasileiro e a introdução, em Minas, da arte conhecida como gótica, especialmente na decoração dos interiores das igrejas.

  • E.

    A miscigenação no território brasileiro que fez emergir o estilo artístico neoclássico, baseado no cotidiano da população mestiça brasileira.

No Brasil de hoje, convivem cerca de 120 etnias indígenas, cada qual com identidade própria, ao lado de uma imensa população formada por descendentes de povos africanos (daometanos, oirubás, gegês, kêtus, bantos, congoleses, angolanos e moçambicanos) e de um grupo expressivo de imigrantes e descendentes de povos de vários continentes. Em face dessa realidade, e considerando práticas culturais arraigadas, inclusive no ambiente escolar, assinale a opção incorreta.

  • A.

    A vida social brasileira é marcada pela diversidade, fruto de longo processo histórico marcado pela assimilação pacífica das diferenças entre os diversos grupos étnicos.

  • B.

    Nos períodos autoritários, como no Estado Novo de Vargas, a política oficial tendia a buscar uma homogeneidade cultural que identificasse a nação.

  • C.

    O mito da democracia racial brasileira gera, no povo, atitudes que dissimulam a realidade existente, ou seja, de negação do racismo, que, embora difuso, é efetivo no país.

  • D.

    Reverter um quadro de estigma e de intolerância, via educação, pressupõe o reconhecimento e a valorização de características específicas de regiões, etnias, escolas, além da individualidade de professores e alunos.

Um dos problemas ainda hoje verificados na condução da temática indígena, na escola, é o de que os avanços da pesquisa histórica e antropológica nem sempre são incorporados pelos livros didáticos, razão pela qual tendem a prevalecer, em sala de aula, formulações esquemáticas e reducionistas em relação aos povos indígenas. Para se superar o problema, seria conveniente

  • A.

    abandonar a noção genérica e homogênea de índio, concepção que ignora a diversidade que sempre existiu entre os numerosos grupos indígenas.

  • B.

    fixar o estudo dos índios no passado, centrando-se sua participação nos séculos iniciais da colonização portuguesa.

  • C.

    compreender que as culturas indígenas estão paralisadas no tempo, imunes a acontecimentos e a situações que as transformem.

  • D.

    fazer uso da intensa documentação escrita produzida pelos povos indígenas antes e depois da chegada dos portugueses ao Brasil.

No Brasil, entre fins do período regencial e princípios do Segundo Império, o ensino da história estava voltado para a formação da nacionalidade brasileira, da própria identidade do Brasil. No século XX, durante a Era Vargas, essa tendência é retomada e aprofundada. No transcurso do regime militar, iniciado em 1964, ao lado do estudo da geografia, o estudo da história

  • A.

    passou a ser elemento central no currículo escolar, com carga horária superior à das demais disciplinas, com o claro objetivo de fazer desse conhecimento instrumento de apologia ao regime político autoritário vigente.

  • B.

    transformou o ambiente escolar, fazendo da sala de aula autêntico laboratório de pesquisa, livre de cerceamento à atuação dos docentes e dos alunos, aos quais eram abertas as fontes documentais produzidas pelo Estado.

  • C.

    desprezava os assuntos relativos ao país, voltando-se para o exame da denominada História Mundial e, mais enfaticamente, para a até então desconhecida História da América.

  • D.

    perdeu muito de sua autonomia no currículo escolar, visto que, ao ser reduzido a Estudos Sociais, perdeu o seu conceito de produção de conhecimento, por meio de métodos próprios, e a sua essência de questionamento crítico da realidade brasileira.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) surgiram no contexto da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sancionada em dezembro de 1996, após longa e difícil tramitação no Congresso Nacional. Entre as competências e habilidades a serem desenvolvidas em história, assinale a opção que não se enquadra nas propostas formuladas pelos PCN.

  • A.

    Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa.

  • B.

    Relativizar as diversas concepções de tempo e formas de periodização cronológica.

  • C.

    Situar as diversas produções da cultura em seus respectivos contextos históricos.

  • D.

    Valorizar a memória social e eliminar o sujeito individual na construção do saber histórico.

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