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No Brasil, historicamente, não são esporádicas manifestações do tipo "salve-se quem puder", "levar vantagem em tudo" ou "você sabe com quem está falando?". Ainda que a lei possa estar assentada sobre princípios eticamente inquestionáveis e moralmente justos, a prática cotidiana nem sempre a respeita. Nesse sentido, sob o ponto de vista ético, uma escola comprometida com a formação de alunos conscientes de sua historicidade e do valor insubstituível da dignidade humana estará atenta ao seguinte fundamento:
as regras existentes na escola devem ser elaboradas e estabelecidas pela direção, única responsável por sua implementação.
existem regras e leis que definem direitos e deveres na sociedade, cuja observância depende de decisão individual.
além de claras e conhecidas por todos, as regras existentes na escola voltam-se para a viabilização da convivência interna e com a comunidade.
as regras, tanto na escola quanto na comunidade, somente poderão ter êxito se atenderem aos interesses particulares de cada membro da comunidade.
A criação da Capitania de Mato Grosso, em meados do século XVIII, atendeu, entre outras razões, a um importante objetivo estratégico da metrópole portuguesa, que era o de
garantir a continuidade da mineração, que vivia seu apogeu naquele momento.
estabelecer um núcleo do governo colonial em extensa área de fronteira que seria ocupada para se deter eventual avanço espanhol.
fixar o domínio português sobre uma região fronteiriça que, pelo Tratado de Madri, não mais pertencia a Portugal.
assegurar que os indígenas de Mato Grosso ficariam restritos aos aldeamentos fundados e dirigidos pelos jesuítas espanhóis.
Na segunda metade do século XVIII, quando mais tensas eram as relações entre portugueses e espanhóis na América, Portugal decidiu construir o Presídio de Nova Coimbra, ao sul de Mato Grosso, e o Forte do Príncipe da Beira, às margens do Guaporé, com o objetivo de, respectivamente,
garantir aos portugueses a navegação no rio Paraguai e manter livre acesso entre Vila Bela e Belém.
isolar Mato Grosso das demais capitanias e impedir o acesso fluvial com a parte mais setentrional da colônia.
estender as áreas reservadas à mineração e promover a ocupação da franja meridional do território da capitania.
dominar a navegação no Prata e adensar a presença de colonos brasileiros em Sacramento e nos Sete Povos das Missões.
A Guerra da Tríplice Aliança foi o maior conflito em que o Brasil se envolveu no século XIX. Por ser área de fronteira com o inimigo, Mato Grosso dele participou intensamente. Relativamente ao tema, assinale a opção incorreta.
O aprisionamento pelas forças paraguaias do vapor Marquês de Olinda, que conduzia o presidente nomeado de Mato Grosso, é considerado o ato inicial da guerra.
Francisco Solano López era o governante paraguaio que conduziu seu país durante o conflito contra Argentina, Brasil e Uruguai (Tríplice Aliança).
Após a guerra, a crescente força do exército brasileiro representou a ampliação de focos de atrito com o Império, o que contribuiu para a queda do regime.
A maior resistência encontrada pelos paraguaios em Mato Grosso foi a oferecida pela guarnição de Corumbá, que impôs severas perdas ao exército inimigo.
Tese antiga, defendida desde fins do século XIX, a divisão de Mato Grosso suscitou debates e, por muito tempo, foi defendida com ênfase por lideranças do sul do estado. Foi preciso que se ultrapassasse a segunda metade do século XX para que ela se concretizasse. A formalização do ato que criou o Estado de Mato Grosso do Sul foi tomada no governo de
Getúlio Vargas, no contexto da Marcha para o Oeste.
JK, dentro de seu Plano de Metas (50 anos em 5).
Ernesto Geisel, durante o regime militar instaurado em 1964.
José Sarney, por decisão da Assembléia Constituinte de 1987-1988.
O padrão da atuação oficial em relação aos povos indígenas começa a ser alterado, inclusive por pressão de setores da sociedade civil, especialmente via imprensa, a partir de famosa expedição liderada por dois respeitados sertanistas. Dela decorreu o anteprojeto que criava o Parque do Xingu (1952), efetivamente criado apenas em 1961. Essa expedição e seus líderes denominam-se, respectivamente,
Kayapó-Timbira, Sidney Possuelo e Luís Bueno Horta Barbosa.
Terra Brasilis, Lydia Poleck e Ujatu Tamalisyn.
Noroeste do Brasil, Carlos Fausto e Manuela Carneiro da Cunha.
Roncador-Xingu, irmãos Villas-Boas.
História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
"Não se contentou a minha família em ter um quinhão anônimo no regozijo público; entendeu oportuno e indispensável celebrar a destituição do imperador com um jantar, e tal jantar que o ruído das aclamações chegasse aos ouvidos de Sua Alteza, ou quando menos de seus ministros. (...) Dada a hora , achou-se reunida uma sociedade seleta, o juiz de fora , três ou quatro oficiais militares, alguns comerciantes e letrados, vários funcionários da administração, uns com suas mulheres e filhas, outros sem eles, mas todos comungando no desejo de atolar a memória de Bonaparte no papo de um peru."
[Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas]
O trecho acima remonta ao final da dominação de Portugal pelas tropas napoleônicas, período no qual a família real portuguesa transferiu a sede da monarquia para a sua colônia na América, acarretando modificações importantes nas relações entre metrópole e colônia. Embora Napoleão tenha sido deposto no ano de 1815, D. João aqui permaneceu até o ano de 1820, quando regressou por ordem das Cortes, deixando seu filho Pedro como Príncipe Regente.
A respeito desse período, sustenta-se:
o príncipe regente D. João, assim que aportou em Salvador decretou a "abertura dos portos às nações amigas", pondo fim a trezentos anos de monopólio colonial; porém, não garantindo à Inglaterra a condição de principal parceira comercial
em 1810, as coroas portuguesa e inglesa assinaram os Tratados de "Aliança e Amizade" e de "Comércio e Navegação", ratificando a presença inglesa na economia brasileira e garantindo aos produtos ingleses vantagens tarifárias, até mesmo em relação aos produtos portugueses
em 1815, em uma conjuntura histórica de reconstrução da Europa com o Congresso de Viena, D. João elevou a colônia à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, o que veio de encontro aos interesses de nobres lusitanos que para cá vieram com a Corte e se enraizaram, devido às facilidades a eles concedidas no tocante à aquisição de sesmarias
em 1817, como reação à política de taxações excessivas empreendidas por D. João, eclodiu em Pernambuco a revolta conhecida por "Revolução Pernambucana", que contou com a adesão de diversos segmentos da sociedade local, os quais desejavam a emancipação política da província, a imediata expulsão dos portugueses ligados ao comércio varejista, a abolição da escravidão e o estabelecimento de um regime democrático
em 1821, cedendo às pressões das Cortes reunidas em Portugal, às quais muito desagradou o fato de o monarca ter se recusado a jurar a futura constituição, D. João VI retornou para Portugal, deixando, porém, D. Pedro como príncipe regente, a fim de que pudesse organizar uma reação de caráter absolutista
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A caricatura do Imperador dom Pedro II e a fala de Joaquim Nabuco, líder político do Império, apontam para algumas características que presidiram a construção e a consolidação do Estado Nacional Monárquico, revelando, através das permanências e mudanças da história do Brasil, como os princípios do liberalismo em voga na Europa se adequaram à "antiga ordem", legitimando uma sociedade escravista e autoritária. A afirmativa que caracteriza o difícil processo de consolidação do Estado Nacional Monárquico no Brasil é:
dadas as amplas prerrogativas do Poder Moderador, conforme mostra a caricatura, houve uma sucessão de trinta e seis gabinetes durante o governo de D. Pedro II, enfraquecendo o regime parlamentarista, fazendo eclodir novas revoltas nas províncias do norte e nordeste e tornando o recurso às armas mais uma vez necessário
diante da instabilidade política que caracterizou a Regência, ameaçando a ordem escravista, o imperador D. Pedro II garantiu a unidade territorial e consolidou a monarquia com base nas prerrogativas do Poder Moderador, criando, por decreto, no ano de 1847, o cargo de presidente do Conselho de Ministros por ele indicado, o que permitia aos liberais e aos conservadores se revezarem no poder e imporem os seus interesses políticos nas eleições
como D. Pedro II não conseguiu pacificar as províncias, mesmo com apoio de membros do Exército, ele se viu obrigado a transferir para o Conselho de Ministros a difícil tarefa de consolidação do Estado Nacional, com base no unitarismo, o que resultou no enfraquecimento do Poder Moderador
os dois grandes partidos imperiais – o Liberal e o Conservador – se formaram plenamente em fins da década de 1830, e tinham sérias diferenças sociais e político-ideológicas, o que os levou a rivalizarem entre si, impossibilitando qualquer acordo e dificultando a consolidação de um regime monárquico centralizado
um dos fatores determinantes para a afirmação do Estado Monárquico foi a autonomia que as províncias conquistaram após a Regência, garantindo a estabilidade política, permitindo a defesa dos interesses regionais na Corte e, desse modo, diminuindo o domínio exclusivo do Sudeste sobre o restante do Império
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Em meados do século XIX, diante do processo de internacionalização do capitalismo, redefinindo as relações entre os países e entre os homens, o Brasil, a reboque do desenvolvimento industrial mundial, precisava mudar a sua fisionomia e começar, ainda que timidamente, a fincar os pés na modernidade. O governo imperial brasileiro - por força dessa nova conjuntura histórica, na qual pressões externas se conjugaram a interesses políticos internos - promulgou uma série de medidas que dinamizaram a nossa economia e alavancaram a expansão dos centros urbanos. Diferentes atores sociais, através de lutas políticas e embates ideológicos, ora resistiram, ora compactuaram com tais medidas, seja pela defesa da
I e IV
II e V
I e III
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III e IV
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Durante um período significativo da República Velha (1889-1930), também conhecida como Primeira República, o Brasil foi controlado pela política do café-com-leite, que assegurava o revezamento, no governo federal, de representantes dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Nas eleições presidenciais de 1922, porém, essa hegemonia foi contestada por grupos oligárquicos de outros estados. A insatisfação atingiu também as Forças Armadas, particularmente os jovens oficiais, chamados genericamente de tenentes, que se tornaram os atores principais de vários levantes ocorridos durante a década de 1920, como as revoltas de 5 de Julho de 1922 e a de 5 de Julho de 1924, e a Coluna Miguel Costa-Prestes. O conjunto desses movimentos ficou conhecido na historiografia brasileira como "movimento tenentista" ou simplesmente "tenentismo�. [http://www.cpdoc.fgv.br/nav_fatos_imagens/htm/fatos/RevoltasJulho.asp]
A afirmativa que se relaciona ao texto é:
progressistas, lutando contra o poder das oligarquias regionais e contra o coronelismo, defendendo o voto secreto e a criação de uma justiça eleitoral autônoma.
os tenentes defendiam uma ampla aliança com setores das oligarquias, através de um programa que defendia um governo centralizado, amplas reformas econômicas e sociais e uma política agrícola que mantinha a proteção sobre a produção cafeeira.
o movimento tenentista defendia a consolidação das verdadeiras instituições republicanas, a descentralização do poder, a redução dos privilégios das oligarquias, o fim da corrupção e a representação das minorias.
o Movimento tenentista, embora não tivesse uma proposta clara de reformulação política, defendiam a centralização do poder, fazendo restrições às eleições diretas e ao sufrágio universal.
o Movimento Tenentista defendia e propunha um regime parlamentarista, ampla, procurando tecer alianças com os diversos setores do poder, além de preconizar uma política de austeridade monetária.
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