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No século XIX, Dom Pedro II estimulou instituições de pesquisa como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e patrocinou estudiosos e historiadores como Francisco Adolfo Varhagen e Karl Phillipp Von Martius. O empenho do imperador em investir em estudos sobre a História do Brasil era motivado principalmente pela
curiosidade dos viajantes e negociantes estrangeiros que constantemente instigavam o Imperador a respeito de explicações sobre a origem de certos hábitos e valores arraigados na cultura brasileira.
constatação da crescente degradação da cultura e da população indígenas, que precisavam ser salvas e revalorizadas por meio da divulgação de seus costumes ancestrais, sem o filtro do olhar do colonizador branco.
reivindicação veemente da sociedade brasileira, que clamava medidas urgentes para solucionar o problema da baixa escolaridade e da falta de informação sobre a história de seu próprio país.
necessidade de legitimar-se no poder, associando sua figura a uma tradição exemplar de autoridades luso-brasileiras e à idéia de que a Nação possuía um passado marcado por grandes efemérides.
visão liberal e iluminista desse Imperador que procurou incentivar as ciências e as artes nacionais a fim de difundir uma imagem positiva na Europa e ser lá reconhecido como um déspota esclarecido.
A primeira grande expansão da economia cafeeira no Brasil ocorreu
nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, em pequenas propriedades que contaram com estímulos financeiros da Família Real, quando se comprovou o sucesso do produto na Europa.
no Vale do Paraíba, onde fazendas que se originavam de antigas sesmarias foram organizadas segundo a tradicional forma da plantation, utilizando técnicas de cultivo bastante simples.
no Oeste Paulista, região favorecida pela implementação de ferrovias, onde se desenvolveram técnicas do cultivo do café em larga escala, usando a mão-de-obra de trabalhadores imigrantes, além da escrava.
na Província do Grão Pará, onde foram feitas as primeiras experiências bem sucedidas com a semente da planta, no final do século XVIII, provocando uma massiva porém passageira disseminação desse cultivo.
no interior de Minas Gerais, onde ex-mineradores ociosos buscaram uma alternativa econômica aproveitando a terra, o transporte e o subsídio concedidos pelo governo para a exploração desse produto.
A relação entre a Guerra do Paraguai e a Proclamação da República no Brasil reside em algumas importantes conseqüências desse conflito que contribuíram para o enfraquecimento político do Império e sua queda, dentre as quais destaca-se
o rompimento das relações diplomáticas e econômicas entre Brasil e Inglaterra.
o fim da escravatura logo ao término da guerra, por pressão dos soldados negros.
a consolidação e o fortalecimento do Exército Brasileiro como instituição.
a dominação de toda a região do Rio da Prata por tropas argentinas e uruguaias.
o endividamento generalizado dos cafeicultores paulistas que patrocinaram a guerra.
No contexto histórico da Primeira República, o movimento operário teve grande atuação, principalmente entre 1917 e 1920, quando ocorreram várias greves nas principais cidades do país, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A partir da análise de Boris Fausto sobre esse movimento, é possível afirmar que
os operários conquistaram muitos direitos durante as greves porque estavam unidos em torno da mesma ideologia.
os líderes operários eram de tendência comunista, favoráveis à construção de um Estado que os protegessem.
os sindicatos, por apoiarem os governos, obtiveram concessões trabalhistas, mesmo com a oposição dos patrões.
a onda de greves foi impulsionada também pelo agravamento da carestia e pela influência dos ideais da revolução russa.
os operários anarquistas utilizaram os recursos dos partidos políticos para organizarem as manifestações públicas.
A Rebelião de Canudos, ocorrida alguns anos após a Proclamação da República, evidenciou muitos dos problemas enfrentados pela população do Nordeste brasileiro e demonstrou a força de certas práticas e crenças, dentre as quais pode-se destacar:
o messianismo, fenômeno que atingiu largamente as camadas menos favorecidas da população sertaneja, aglutinando cerca de 30 mil pessoas em torno do "beato" Antonio Conselheiro.
o republicanismo, uma vez que a comunidade que se estabeleceu em Canudos se organizou baseada no princípio de que todos eram iguais e deveriam respeitar as mesmas leis.
o banditismo social empreendido pelos habitantes do Arraial de Canudos que, em momentos de grande dificuldade financeira, saqueavam as fazendas mais abastadas das tradicionais famílias nordestinas.
o anti-clericalismo arraigado na população miserável que abandonou a crença no catolicismo e a subserviência à Igreja Católica para constituir uma comunidade mística, com influência da maçonaria.
o coronelismo, cujo poder conseguiu destruir militarmente a comunidade, após essa ter sido formada justamente devido à imposição do "voto-de-cabresto", que provocou grande indignação social.
Na sala de aula, os alunos podem questionar por que o autor destacou a relação entre os acontecimentos no povoado do Arraial de Canudos e suas conseqüências na política da República. Uma resposta coerente com o ponto de vista de Boris Fausto, para um professor de História, seria:
Os políticos monarquistas armaram os jagunços do Nordeste na tentativa de derrubar o governo constitucional implantado por representantes das forças do exército.
Alguns políticos republicanos viram o dedo oculto dos monarquistas como responsáveis pela revolta de sertanejos em relação às suas condições de vida.
Os monarquistas responsabilizaram os republicanos por terem incitado o povo sertanejo a levar uma vida ascética com o objetivo de atacar a Igreja Católica.
Os republicanos acusaram os coronéis de armarem líderes messiânicos porque estavam descontentes com a reforma agrária colocada no texto constitucional.
Os sertanejos de Canudos foram duramente reprimidos pelos ex-monarquistas porque contribuíram para a proliferação do ideal republicano.
Observe atentamente os detalhes da charge de César Lobo.
O chargista utilizou uma representação de uma "Escola" para caracterizar alguns aspectos de um dos regimes políticos vigente no Brasil no contexto do sistema republicano. Dentre os atos mencionados na charge (ai-1, 2 e 3), um deles
reforçou o princípio de legitimidade da eleição direta para governadores de estado e de prefeitos das grandes cidades, previsto na Carta Magna de 1946.
outorgou poderes máximos ao poder legislativo, reduziu o campo de ação dos poderes executivo e judiciário, além de suspender as imunidades parlamentares.
oficializou o pluripartidarismo como forma de assegurar uma fachada democrática para continuar mantendo acordos econômicos com nações industrializadas.
autorizou o funcionamento de sindicatos e de partidos trabalhistas, desde que eles assumissem o compromisso com ideais democráticos e descartassem as idéias socialistas.
estabeleceu que a eleição para presidente e vice-presidente da República seria realizada pela maioria absoluta do Congresso Nacional, em sessão pública e votação nominal.
Na década de 1930, os livros didáticos de ensino de História apresentavam uma visão do povo brasileiro alicerçada no tradicional conceito de "democracia". Essa visão, criticada nos "Parâmetros Curriculares Nacionais", fundamentava-se na idéia de que
I. os povos indígenas resistiram à dominação portuguesa e holandesa, razão pelo qual foram praticamente exterminados do seu território.
II. os portugueses praticaram um verdadeiro genocídio tanto nas populações de língua tupi-guarani como nas originárias do continente africano.
III. o povo brasileiro representava a síntese dos conflitos no interior da classe dominante e dos colonizadores em relação aos colonizados.
IV. o povo brasileiro era descendente de brancos portugueses, índios e negros que conviviam harmonicamente em uma sociedade multirracial e caracterizada pela ausência de conflitos.
V. o africano era visto como um ser pacífico diante do trabalho escravo e como elemento peculiar para a formação de uma cultura brasileira.
É correto o que se afirma APENAS em
I e II.
I e V.
II e III.
III e IV.
IV e V.
De acordo com Boris Fausto, em História do Brasil, integralistas e comunistas se enfrentaram mortalmente ao longo dos anos 30. No entanto, para ele, os dois movimentos tinham pontos em comum:
a crítica ao Estado Burguês, a defesa do pluripartidarismo e o apelo aos valores nacionalistas.
o apoio ao Estado Laico, a valorização da propriedade coletiva e a luta contra o imperialismo.
a defesa do Estado Proletário, a valorização do sindicalismo e a crítica a todas as religiões.
a crítica ao Estado Liberal, a valorização do partido único e o culto da personalidade do líder.
a defesa do Estado Totalitário, a crítica do culto à tradição familiar e a defesa do militarismo.
Ao realizar uma pesquisa relacionada às problemáticas políticas que a sociedade brasileira vivenciou nas últimas décadas, um grupo de alunos deparou com as informações apresentadas abaixo por uma historiadora em um jornal.
Uma das informações suscitou discussões que posteriormente foram contempladas, na forma de extensão de direitos sociais e políticos aos cidadãos, no texto constitucional de 1988. Outras informações mostram que um desses direitos tem sido reivindicado por indivíduos, sua família ou por organizações da sociedade civil. Este direito assegurado na Constituição atual, que encontra ainda grandes obstáculos à sua concretização, tornou-se conhecido por habeas data que é o direito de
I. qualquer cidadão ter acesso às informações existentes sobre ele nos órgãos públicos, inclusive às informações produzidas pelos órgãos da repressão, mesmo as de caráter confidencial.
II. qualquer pessoa poder requerer, desde que esteja sofrendo ou na iminência de sofrer um constrangimento ilegal.
III. denunciar qualquer indivíduo que tenha praticado algum atentado terrorista ou seqüestro contra setores das forças armadas.
IV. impedir que registros secretos, especialmente de natureza policial, sejam utilizados contra os indivíduos.
V. impedir que grupos políticos ou associações de classes possam defender indivíduos sem o consentimento dos familiares.
É correto o que se afirma APENAS em
I e III.
I e IV.
II, III e IV.
II, III e V.
II, IV e V.
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