Questões de História da Universidade da Amazônia (UNAMA)

NAS QUESTÕES NUMERADAS DE 11 A 30, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE RESPONDE CORRETAMENTE AO ENUNCIADO.

"Positivismo: Doutrina de Auguste Comte (v. comtiano), caracterizada, sobretudo (...) por preconizar como válida unicamente a admissão de conhecimentos baseados em fatos e dados da experiência". (Dicionário Aurélio)

"Marxismo: Doutrina dos teóricos do socialismo, os filósofos alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), fundada no materialismo (...) [o marxismo] se desenvolveu através das teorias da luta de classes e da elaboração do relacionamento entre o capital e o trabalho, do que resultou a criação da teoria e da tática da revolução proletária". (Dicionário Aurélio)

As duas definições acima caracterizam o positivismo e o marxismo, doutrinas nascidas no século XIX, mas muito diferentes entre si. Sobre estas doutrinas é correto afirmar que o (a):

• A.

  marxismo pregava que a história era fruto do consumo material de bens, e o positivismo acreditava que esta vinha da transformação social dos bens de fato em bens de consumo.

• B.

  marxismo se opunha ao positivismo, porque a primeira doutrina era socialista de tendência comunista e a segunda era socialista de tendência liberal católica.

• C.

  positivismo acreditava que os fatos em si eram a história, e o marxismo pregava que a história era materialmente construída pelos homens, através da luta de classe.

• D.

  história positivista era a história dos grandes homens de Estado, e a marxista dos grandes homens da economia comunista soviética.

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A crise explodiu nos EUA, em 1929. Do dia para a noite, prósperos empresários passaram a meros possuidores de papéis sem valor algum. A desordem econômica foi enorme: 85 mil empresas faliram, 4 mil bancos fecharam e 12 milhões de trabalhadores perderam o emprego. Sobre esta crise da bolsa de Nova York, e seus desdobramentos na relação do Estado com o capital nos EUA, é correto afirmar que:

• A.

  até 1929 imperava o livre mercado auto regulador nos EUA e a falta de um controle estatal gerou especulação financeira desenfreada, superprodução, que foram a base da crise de 1929.

• B.

  a crise de 1929 demonstrava que a intervenção do Estado liberal no mundo do capital é um grave problema. Foi a interferência do Estado (New Deal) que gerou o estouro da bolsa de Nova York.

• C.

  a desordem econômica de 1929, nos EUA, aconteceu como desdobramento da 1ª guerra mundial, quando os EUA fortaleceram o seu poder estatal e geraram especulação financeira.

• D.

  a crise de 1929 é a crise do liberalismo econômico do século XIX. Ela representou o fim da Bela época e o início do neo-liberalismo.

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È possível afirmar que o tratado de paz, assinado em Versalhes em 1919, trazia em si as sementes da Segunda Guerra Mundial. Esta afirmação se confirma porque este tratado:

• A.

  considerou a Alemanha culpada pela Primeira Guerra Mundial e impôs sanções e indenizações pesadas a este país, criando um clima mundial de tensão constante e de continuidade de ódios pátrios e nacionalismos exagerados.

• B.

  homologava o domínio dos EUA sobre o resto do mundo, impondo o dólar como moeda básica para medir o câmbio mundial e criando a ONU, sob a guarda dos norte-americanos, para impor a vontade capitalista sobre as demais comunistas e socialistas.

• C.

  criava uma zona de livre comércio na Europa, o que fortalecia países vinculados a ela, como a Inglaterra e a França, e enfraquecia outros como a Alemanha nazista, a qual, desrespeitada neste acordo, iniciou um processo de revanchismo que levou à 2ª Guerra Mundial.

• D.

  impôs aos perdedores da Primeira Guerra Mundial uma série de penalidades, como a devolução de colônias na África e Ásia, bem como a divisão do território alemão em duas partes (uma comunista e outra socialista – Alemanha Oriental e Ocidental).

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1981, 1991. Trata-se de uma década fundamental para o cenário político internacional no Ocidente. Se os anos de 1980 nasceram marcados pela volta de uma dura corrida armamentista mundial, o início da década de 1990 foi marcado pelos acordos internacionais de desarmamento nuclear, assinados pelos EUA e pela antiga URSS. Este movimento, de uma década, sinalizou o fim de uma era iniciada depois da 2ª Guerra Mundial e conhecida como:

• A.

  era Reagan, em que o presidente norte-americano fortaleceu os pactos com a URSS e intensificou a corrida pela paz mundial e a abertura política no bloco soviético (Perestroika).

• B.

  Glasnost, ou o movimento mundial, pela abertura econômica, com o fim da economia de mercado e o estabelecimento da paz mundial com a expansão capitalista contemporânea e neoliberal.

• C.

  época da Guerra Fria, quando os EUA e a antiga URSS dividiram o mundo em dois blocos políticos e econômicos e a corrida armamentista era alimentada pelo ódio entre estes dois blocos e seus aliados.

• D.

  momento da Guerra Fria, quando os presidentes dos EUA e da Rússia assinaram vários tratados de livre comércio de armas e de munições, o que aumentou a produção bélica mundial, incentivando guerras e guerrilhas no 3º mundo (África e Ásia).

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Em cidades-estados como Atenas e Esparta havia lugares destinados a homenagens a heróis e deuses, que faziam parte do panteon mítico grego. Contudo, estes deuses e seus templos não podem ser considerados antigas igrejas, com cultos e devoções religiosas, como as que conheceríamos no Ocidente depois do cristianismo. O mito entre os gregos se diferenciava da religião cristã porque:

• A.

  não tinha dogmas ou bíblia. Contados de pais para filhos, neles os deuses e heróis conviviam com os homens em meio às forças da natureza.

• B.

  pressupunha a leitura de livros sagrados, como a Ilíada e a Odisséia, impondo a seus seguidores a sua representação teatral em lugares sagrados, como o Partenon.

• C.

  para os cristãos existe um único deus e seus santos e santas e para os gregos existia Zeus, mas ele não possuía séqüito.

• D.

  se, para a religião cristã, o culto deve ser privado, acontecendo em igrejas e capelas, para os gregos ele era público e ocorria nas praças e ruas, durante o exercício das atividades democráticas atenienses.

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Na Idade Média o poder da Igreja Católica não se restringia ao mundo espiritual. Afirmar esta ampliação dos poderes do papado, sobre servos e senhores feudais, significa compreender que o (a):

• A.

  Igreja católica tornou-se, na Idade Média, o grande centro da cultura letrada, cimentando valores da subordinação dos homens e de suas práticas sociais.

• B.

  papado dominava politicamente os servos e senhores feudais, impondo-lhes duros tributos conhecidos como corvéia, talha e banalidade.

• C.

  Igreja católica administrava um rico império de castelos e feudos, subordinando seus vassalos e controlando a moral religiosa e social dos seus subordinados, independentemente de sua condição social e credo.

• D.

  catolicismo medieval marcava-se por um domínio absoluto dos senhores feudais sobre os servos. Estes senhores, todos padres e servos do Papa, dominavam as atividades comerciais e religiosas no mundo medieval.

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O texto acima é um dos muitos escritos por vários autores da época: portugueses, franceses e holandeses. Esses escritos se constituem em fontes de pesquisa e estudo para:

• A.

  o conhecimento da dinâmica do fabrico do açúcar em um engenho colonial.

• B.

  se compreender a dinâmica das relações de trabalho dentro de um engenho de açúcar.

• C.

  se estabelecer uma comparação entre o fabrico do açúcar e a produção do café.

• D.

  se identificar que em um engenho de açúcar havia trabalhadores livres.

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Sobre as cartas patrimoniais, é correto dizer que o (a):

• A.

  Compromisso de Brasília foi resultado do encontro de sociedades protetoras do patrimônio histórico, artístico e arquitetônico nacional, quando da constituinte de 1988, tendo como resultado o compromisso assinado pelos constituintes em incluir na constituição artigos de proteção patrimonial.

• B.

  Compromisso de Salvador foi resultado do encontro de organizações não governamentais reunidas em abril de 2000, no contexto das comemorações dos 500 anos de Brasil, em defesa da necessidade de proteção efetiva e cumprimento da legislação protetora do patrimônio histórico brasileiro.

• C.

  Carta de Atenas, de novembro de 1933, define a cidade grega de Atenas como patrimônio da humanidade e, a partir daí, estabelecem as regras para que outras cidades possam ser patrimônio da humanidade, como foi o caso de Belém do Pará.

• D.

  Declaração do México, resultante da Conferência Mundial Sobre as Políticas Culturais, ocorrida em 1985, afirmou os princípios que devem reger as políticas culturais, tais como: Identidade Cultural; Dimensão Cultural do Desenvolvimento; Cultura e Democracia e Patrimônio Cultural, entre outros.

NAS QUESTÕES NUMERADAS DE 16 A 40, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE RESPONDE CORRETAMENTE AO ENUNCIADO.

Historiadores da arte, a exemplo do italiano Giulio Carlo Argan (1909-1992), consideram a arte contemporânea um desdobramento da crise da arte enquanto ciência européia. Considerando os problemas teóricos e conceituais da arte ocidental é correto afirmar que o (os):

• A.

  conceitos e categorias da história da arte ocidental foram produzidos a partir de uma releitura do campo analítico oriental, especialmente do Egito, China e Mesopotâmia, num logo processo de tradução cultural.

• B.

  Mediterrâneo grego, fenício e egípcio é base da constituição de toda a arte européia e ocidental, derivando desse corpus o conjunto de representações da arte contemporânea, européia, africana e americana.

• C.

  conceitos e categorias analíticas da história da arte ocidental podem ser considerados predominantemente restritos ao contexto europeu, por mais de três milênios, cujo núcleo principal permaneceu dessa forma até meados do século XX.

• D.

  núcleo mais importante da arte ocidental permaneceu na Europa até o século XIX, época do imperialismo, quando se transferiu para os Estados Unidos, capital das principais vanguardas do início do século XX.

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No século XX, a arte tem deixado de estar limitada aos conceitos ocidentais tradicionais, incorporando novas culturas e afastando-a, cada vez mais, da idéia de uma "tradição artística vernácula". Há, porém, diversos críticos que alegam que, ainda que exista uma aparente internacionalização da cultura, o ideário ocidental continua sendo vendido como modelo e tudo o que for estrangeiro é vendido (e consumido) como "exótico". Considerando esses parâmetros conceituais da arte contemporânea, é correto afirmar que o (a):

• A.

  eixo cultural internacional continua sendo predominantemente ocidental, tendo em Nova Iorque e Paris suas capitais tradicionais e eternas.

• B.

  arte contemporânea reiterou os valores, conceitos e categorias clássicos para reificar a tradição ocidental da história da arte.

• C.

  Ocidente ainda dita os termos e conceitos da arte internacional, dominando na era da globalização o cenário das artes do Oriente, incluindo China e Japão.

• D.

  arte praticada nos últimos 50 anos tem, em geral, rompido com o limite euro-americano, tendo o Oriente e a África conseguido grande destaque internacional.