Questões de História da Universidade da Amazônia (UNAMA)

NAS QUESTÕES NUMERADAS DE 16 A 40, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE RESPONDE CORRETAMENTE AO ENUNCIADO.

No começo de 2006, o japonês Hideo Kojima, considerado um dos maiores designers de games do planeta, deu uma entrevista à revista americana Official PlayStation Magazine, afirmando que game não é arte. Segundo ele, o game perdia a característica de arte pois, como jogo, não se tratava de um trabalho integralmente autoral, mas sim o resultado do trabalho de um grande time de profissionais que tem por objetivo fazer uma obra vendável e lucrativa. Assim, é correto afirmar:

• A.

  O campo artístico tem critérios objetivos e subjetivos assinalados pela criteriologia e pela historiografia da arte produzida ao longo do tempo.

• B.

  Os critérios subjetivos demonstram que, na atualidade, tudo é arte e, por conseguinte, nada é arte

• C.

  Questões como "o que é arte?" e se "Isto, ou aquilo pode ser considerado arte?" estão fora do campo acadêmico contemporâneo por conta de critérios subjetivos.

• D.

  Com o surgimento de novas técnicas e o desenvolvimento da linguagem midiática tem ficado mais difícil definir o que é digno de se chamar de arte.

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"Educar artistando. Diferenciar arriscando-se. Usufruir do prazer de criar, sem nos considerarmos nunca uma "obra de arte" acabada. Assumir o risco de educar "na diferença" para que o consenso nunca mais feche os horizontes sociais, empurre-nos para o conservadorismo ou violente a radical heterogeneidade da cultura".

(Sandra Mara Corazza, "Na diversidade cultural, uma 'docência artística'". Revista Pátio, ano V, nº 17, maio/julho/2001.)

Considerando o texto acima e as relações que estabelece entre arte, educação e diversidade cultural, é correto afirmar que:

• A.

  a educação artística prescinde da diversidade cultural, na medida em que seus cânones, conceitos e valores já estão definidos pela teoria da história da arte.

• B.

  o aprendizado da arte, levando em conta a diversidade cultural do planeta, não passa de uma utopia, restrita ao campo filosófico e conceitual do tempo presente.

• C.

  levar em consideração a diversidade cultural é o melhor caminho contra o discurso homogêneo da arte e da cultura.

• D.

  educador de arte deve transitar entre todos os domínios da arte contemporânea, assumido os diversos conceitos e valores de cada povo.

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Com características próprias em cada país, foram as primeiras exposições internacionais organizadas nas capitais européias que contribuíram para forjar uma certa homogeneidade estilística ao art nouveau. A arquitetura, no entanto, foi a disciplina integral à qual se subordinaram as outras artes gráficas e figurativas do estilo. Considerando o art nouveau na dinâmica artística ocidental é correto afirmar que o:

• A.

  estilo investiu numa linguagem popular, afastando-se do gosto burguês, que se tornou crítico dessa nova estética de materiais exóticos e formas delicadas.

• B.

  objetivo dos novos desenhos ultrapassou ao decorativo, e seus temas, como que surgidos de antigas lendas, seguiam detalhadamente as propostas vanguardistas do início do século XX.

• C.

  art nouveau não teria sido possível sem a subvenção de ricos mecenas, entre os quais destacou- se William Morris, grande financista britânico incentivador das construções de ferro.

• D.

  estilo reafirmou o aspecto decorativo dos objetos de uso cotidiano, mediante uma linguagem artística repleta de curvas e arabescos, de acentuada influência oriental.

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Foi somente a partir do final do século XV, no contexto das viagens e descobertas ultramarinas, que a arte portuguesa atingiu alto grau de originalidade e riqueza decorativa, tanto na arquitetura quanto na pintura e escultura. Considerando esse contexto histórico e artístico, é correto afirmar que:

• A.

  no século XV, a pintura portuguesa despontou com a beleza dos painéis pintados por Nuno Gonçalves (1450-1471), como o Políptico de São Vicente, com materiais oriundos da África, Ásia e América.

• B.

  ao final do século XV e início do século XVI, a influência italiana deu lugar a uma arquitetura de matriz inglesa muito expressiva, com a presença dos belos azulejos pintados nas construções tipicamente portuguesas.

• C.

  a escultura teve sua introdução no cenário artístico de Portugal, no século XVI, sob influência do francês Nicolau de Chanterene (1486-1581), um dos introdutores do espírito renascentista em Coimbra.

• D.

  no período conhecido como manuelino, ao final do século XV, temos os mais importantes conjuntos arquitetônicos de Lisboa, como Convento dos Jerônimos e da Torre de Belém, construídos por arquitetos árabes e judeus que viviam em Portugal.

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O romantismo manifestou-se na pintura no início do século XIX, por vários quadrantes. Na Espanha, o principal expoente é Francisco Goya (1746-1828). Na França destaca-se Eugène Delacroix (1798-1863) e, na Inglaterra, o interesse pelos fenômenos da natureza em reação à urbanização e à Revolução Industrial é visto como um traço romântico de naturalistas como Joseph William Turner (1775-1851) e John Constable (1776-1837). Enquanto isso, o romantismo na Alemanha produz obras de apelo místico, como as paisagens de Caspar David Friedrich (1774- 1840). Considerando esses autores, obras e estilo, é correto afirmar que:

• A.

  o romantismo se opunha ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo, defendendo a liberdade de criação e privilegiou a emoção sobre a forma.

• B.

  as obras românticas valorizavam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, em detrimento da natureza e dos temas nacionais e do passado.

• C.

  a tendência romântica rejeitava a tese do filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau (1712- 1778) de que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, exprimindo essa crítica na arte da pintura.

• D.

  as artes visuais do romantismo basearam seu conteúdo político na antiguidade clássica, satirizando os falsos ideais de liberdade da Revolução Francesa (1789).

NAS QUESTÕES NUMERADAS DE 11 A 30, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE RESPONDE CORRETAMENTE AO ENUNCIADO.

A foto acima é de um edifício que já não existe mais, o da estação central de Belém da Estrada de Ferro de Bragança. Uma fotografia como esta é um documento importante para a história porque:

• A.

  é um símbolo da Belle Époque, onde o ferro e o aço, hoje materiais obsoletos, eram ainda hegemônicos, antes do domínio do concreto armado e do asfalto e as rodovias.

• B.

  demonstra a forma como se construíam edifícios modernistas em uma época de carência de recursos, na qual a ferrovia simbolizava uma opção mais barata e rentável.

• C.

  a fachada, de tendência norte-americana, prova que a forma de organizar o transporte de pessoas e riquezas, baseada no modelo inglês de rodovias, poderia ser suplantada pelas ferrovias norte-americanas.

• D.

  nos auxilia a caracterizar uma época de riquezas vindas da borracha, onde edifícios e ferrovias foram construídos como símbolos de modernização e civilização.

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A partir da leitura do texto, e dos estudos que a historiografia nos possibilita ter sobre o assunto, podemos afirmar que o discurso presente nesta obra expressa:

• A.

  o olhar das camadas populares que muito se beneficiaram com o desenvolvimento econômico da região, pois o excedente da borracha foi aplicado em inúmeras indústrias e casas de comércio o que lhes garantia trabalho bem remunerado.

• B.

  a imagem que governantes e população tinham de Belém após o boom da borracha, pois a produção e exportação do látex possibilitaram a reurbanização dessa cidade pelo intendente Antônio Lemos e a presença de relações de trabalho prazerosas nos seringais.

• C.

  um projeto político-econômico das elites de atraírem imigrantes estrangeiros, principalmente europeus, para trabalhar nas lavouras paraenses de arroz e mandioca, ao mesmo tempo em que viveriam em uma cidade moderna e higienizada, como era Belém no final do século XIX.

• D.

  a construção de imagens da cidade de Belém como a de um espaço urbano moderno, higienizado, propício à moradia e adequado ao trabalho, assim como, as relações de trabalho que se instituíram na região Amazônica, principalmente nos espaços dos seringais, eram um "laboratório de mestiçagem".

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O discurso do presidente Emílio Médici, em outubro de 1970, na cidade de Manaus, nos remete:

• A.

  à política dos grandes projetos de colonização da Amazônia, visando diminuir as tensões sociais no campo nas regiões Sul, Sudeste e, sobretudo, Nordeste, promovendo a migração de milhares de camponeses para a Amazônia.

• B.

  ao projeto de ocupação das terras às margens da Transamazônica, desenvolvido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais que, após a instauração dos governos militares, recebeu apoio no sentido de garantir a reforma agrária.

• C.

  à política de assentamento desenvolvida pelo seu governo, para todas as regiões do país consideradas vazios demográficos, devido o receio de invasão dessas áreas por nações imperialistas, principalmente os EUA.

• D.

  á proposta de reforma agrária apresentada pelos governos militares, que propunha o assentamento de milhares de brasileiros sem terras, vindos principalmente do centro-sul, nas terras vazias existentes em grande quantidade na Amazônia.

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Dentre as organizações que optaram pela ação armada temos a:

• A.

  organização das guerrilhas urbana e rural, sendo que a primeira desenvolvia, entre suas ações, seqüestros de embaixadores, que tinham suas vidas trocadas pelas vidas de presos políticos.

• B.

  militância estudantil, que se arma a partir do financiamento de dinheiro vindo de outros países, principalmente do Chile que, por ser um governo socialista, era simpático ao movimento de resistência à ditadura.

• C.

  participação da Igreja Católica, que lança o slogan da Campanha da Fraternidade "Resistir é preciso" como deflagrador dos movimentos guerrilheiros.

• D.

  migração de jovens de diversos lugares do país para o sul do Pará, liderados pelos capitães do exército Marighella e Lamarca, o que contribuiu para a durabilidade da guerrilha do Araguaia por toda a década de 70.

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Em Outubro de 2005, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré de Belém do Pará foi inscrito no Livro das Celebrações do IPHAN. A continuidade histórica e a complexidade de seus elementos estruturantes foram relevantes para o seu registro de tombamento. Assim, é correto afirmar que foi considerado patrimônio:

• A.

  material, pelo seu conteúdo simbólico e imaginário, manifesto em celebrações e rituais.

• B.

  imaterial, pelo seu conteúdo material, histórico e etnográfico, contidos em documentos textuais, bibliográficos e audiovisuais que remontam há mais de dois séculos de tradição.

• C.

  material, por integrar-se harmonicamente à paisagem urbana da capital paraense, na repetição de um tradicional roteiro entre a Cidade Velha e o Bairro de Nazaré.

• D.

  imaterial, por ser uma manifestação cultural que reitera e constrói uma complexa celebração, fundamental para a demonstração de devoção dos paraenses.