Questões de Língua Portuguesa do ano 2005

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A partir do texto acima, julgue os itens subseqüentes.

A expressão “observando a” (l.5) pode, sem prejuízo para a correção gramatical, ser substituída por com observância à.

  • C. Certo
  • E. Errado

INSTRUÇÃO: PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 11 A 15, LEVE EM CONSIDERAÇÃO OS TRECHOS 1 , 2 E 3 , A SEGUIR.

Assinale a alternativa cuja modificação não altera o sentido do trecho "Mas não se force a ser amigo de todo mundo da empresa", nem fere a norma culta padrão.

  • A. Mas não se force à ser amiga de todo mundo da empresa.
  • B. Mas não force-se à amizade de todo mundo da empresa.
  • C. Mas não force-se à amizade com todo mundo da empresa.
  • D. Mas não se force à amizade com todo mundo da empresa.
  • E. Mas não se force a amizade com todo o mundo da empresa.

Assinale a alternativa INCORRETA em relação à crase:

  • A.

    Fui às praias da ilha e saí à noite

  • B.

    Falei a você para também vir à Florianópolis fazer o concurso

  • C.

    Chegamos às 20 horas na rodoviária e desembarcamos às pressas

  • D.

    Não me refiro àquele dinheiro da inscrição, mas àquele que perdi.

Indique a opção que apresenta um ERRO no uso do acento indicativo da crase.

  • A. Os documentos pertencem àquele cientista brasileiro.
  • B. Os poluentes nos rios causam danos às regiões em volta.
  • C. Todos gostariam de assistir à novelas em TVs de alta definição.
  • D. ) Novas tecnologias podem ser muito úteis à humanidade.
  • E. Na palestra, o professor se referiu à nova tecnologia.

Quanto à necessidade ou não do sinal de crase, está inteiramente correto o que se lê em:

  • A.

    Esse grande físico não pertenceu àquele grupo de cientistas que se mantinham a margem das contingências, desatentos ao mundo à sua volta.

  • B.

    Einstein não se limitou à escrever textos científicos; lançou-se à roda dos grandes debates políticos internacionais, à cuja órbita se prendiam as decisões cruciais do pós-guerra.

  • C.

    O cerceamento à liberdade, nos regimes totalitários, leva a indignação coletiva às alturas quando os que mais têm a dizer são intimados a calar-se.

  • D.

    Não cabe à qualquer pessoa levar a cabo uma experiência científica, mas à toda gente cabe decidir sobre o emprego que se dará às novas ferramentas da ciência.

  • E.

    Com os nervos à flor da pele, assistimos na TV à uma cena em que um homem rude, promovido a condição de milagreiro, dava início a tão anunciada intervenção cirúrgica.

Quanto ao uso do acento indicativo da crase, está correta a alternativa:

  • A.

    Vou sempre a Campinas.

  • B.

    Tudo que sei vou narrar à Vossa Excelência.

  • C.

    Ontem saiu à cavalo e não mais voltou.

  • D.

    O gerente delegou competências a secretária.

  • E.

    Estou à resolver questões lingüísticas.

Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, julgue os fragmentos apresentados nos seguintes itens.

I Submissão às regras da lei eleitoral.

II Restrições impostas às rádios e às emissoras de televisão.

III Disposições aplicadas à sítio mantido por empresas públicas.

IV Características semelhantes às da legislação eleitoral.

V Opinião favorável ou contrária à coligações partidárias.

VI Direito a candidatar-se à qualquer cargo eletivo.

VII Tema à que se refere a legislação em vigor.

O emprego da crase está correto apenas nos itens

  • A. I, II e IV.
  • B. I, IV e VII.
  • C. II, V e VII.
  • D. III, IV e VI.
  • E. V, VI e VII.

Observe o emprego do acento indicador de crase, nos fragmentos abaixo.

I. "Como adicionar mais essa tarefa à rotina já extenuante de trabalho?" (linha 6)

II. "levar os filhos à escola" (linha 11)

Substituindo-se os substantivos em destaque por, respectivamente, dia-a- dia e colégio, é correto afirmar que, com a substituição, o acento:

  • A.

    desaparece nos dois casos, porque não ocorrerá crase que o justifique.

  • B.

    permanece nos dois casos, porque continuará a haver crase.

  • C.

    somente permanecerá no primeiro fragmento.

  • D.

    permanecerá somente no segundo fragmento.

A crase é usada no trecho: O culpado, disseram, cedera à monomania do assassínio e do roubo porque o verbo ceder exige a preposição a (transitivo indireto). Assinale a alternativa em que a regra de uso da crase NÃO corresponda à regência verbal.

  • A.

    A população, atendendo às confissões do réu, resolveu ajudar.

  • B.

    A descrição do réu permitiu às pessoas ordenar os fatos do crime.

  • C.

    O testemunho de algumas pessoas foi favorável à redução da pena do réu.

  • D.

    O culpado renovou as declarações, sem fugir às evidências.

TEXTO 6.

Referência para as questões 11, 12 e 13.

NINGUÉM MAIS DIZ NÃO SEI

Com a internet, orkut e céleres estruturas de informação, apesar de tantas vir- tudes comunicativas e de convivência que geraram, criou-se uma geração de palpitei- ros, mais do que formadores de opinião. A vivência foi substituída pela vidência. Pior que enganar os outros é se enganar. Na verdade, dura verdade, a cultura não se ad- quire sem esforço, inquietações, ensaios e exercícios, vacilos e resistência. A memória não se dá bem com facilidades. A afetividade se desenvolve na dúvida, na absorção amadurada do raciocínio. Inteligência é também a humildade de se calar e de se reti- rar para estudar mais, ao contrário do que vem sendo alardeado aos quatro cantos do cérebro: de falar a todo momento para mostrar erudição. Ninguém mais leva tema para casa. Até as crianças estão ansiosas demais para escutar histórias e repetem "eu sei" no início delas. Não é um sintoma da pressa essa conversa fiada sem a devida contrapartida da lentidão de ouvir e aprender? A necessidade de aceitação social não estaria matando a honestidade da solidão? Acredito que é o momento de preservar a ignorância, de instaurar uma "Re- nascença às avessas". Se a Renascença valorizou o homem completo, o Leonardo da Vinci, a multiplicidade dos talentos em um único indivíduo (pintor, inventor, fabulis- ta, cientista, poeta, pensador), deve-se entusiasmar agora o "homem incompleto", in- suficiente, que admite desconhecer temas e assuntos para não atrofiar sua curiosida- de. Sem curiosidade, não há nem motivo para estar aqui lendo este artigo.

 (Fragmento extraído da Superinteressante 209, jan.2005)

Assinale a alternativa correta, considerando-se a afirmação nela contida, de a- cordo com o texto 6.

  • A.

    O vocábulo ansiosas na oração "Até as crianças estão ansiosas demais para es- cutar histórias", tem a função de adjunto adverbial porque expressa um estado do sujeito.

  • B.

    Em "Renascença às avessas", justifica-se o emprego da crase por tratar-se de uma locução adverbial formada por palavra feminina.

  • C.

    No contexto, o vocábulo palpiteiros constitui-se uma virtude comunicativa ao contrário do que ocorre com formadores de opinião.

  • D.

    Segundo o autor do artigo, deve-se inspirar entusiasmo ao homem completo, porque este é capaz de usar a inteligência para desenvolver-se.

  • E.

    A sociedade atual, ao atrofiar a curiosidade do indivíduo, contribui para que o homem desenvolva realmente seus conhecimentos.

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