Questões de Língua Portuguesa da Fundação de Apoio à Pesquisa ao Ensino e à Cultura (FAPEC)

Lista completa de Questões de Língua Portuguesa da Fundação de Apoio à Pesquisa ao Ensino e à Cultura (FAPEC) para resolução totalmente grátis. Selecione os assuntos no filtro de questões e comece a resolver exercícios.

Leia o seguinte trecho:

A vingança e a forra podem ser úteis para descarregar nossos impulsos primários e instintos homicidas, testando limites entre a civilização e a barbárie. Mas são inúteis no combate à delinqüência. Não adiantam nada. Para o bandido, é lucro levar um soco no olho, com foto ou não no jornal, contanto que dias depois ele esteja nas ruas assaltando de novo, como em geral acontece. Contra isso, a solução está não numa polícia mais arbitrária, mas num código penal mais rigoroso e numa justiça menos lenta e mais operosa. (Zuenir Ventura)

De acordo com os padrões da Língua Portuguesa, conclui-se que

  • A. semanticamente, as palavras civilização e barbárie, atuam como convergentes, enquanto que o vocábulo mas (2ª linha) é uma conjunção, indicando uma oposição.
  • B. ambos os períodos “Mas são inúteis no combate à delinqüência.” e “Não adiantam nada.” apresentam elementos coesivos iniciais fundamentais na progressão e subordinação do período.
  • C. a expressão “dias depois” (4ª frase) remete a uma noção temporal. O pronome isso se refere ao que foi dito posteriormente.
  • D. no último período do texto, aparecem palavras com sentidos opostos. E pode-se dizer que, nesse texto, não há termos elípticos.
  • E. no trecho “...é lucro levar um soco no olho, com foto ou não no jornal...”, a 2ª oração classifica-se como subordinada substantiva subjetiva reduzida.

No poema,

  • A. o poeta refere-se à produção escrita partindo de uma generalização.
  • B. a palavra que representa o texto escrito é papel, pois há estreita contigüidade de sentido entre ambos.
  • C. os adjetivos que se referem, diretamente, à poesia são: oculto / ambíguo / ultrasentido / inframistério.
  • D. considerando o título, esse texto, por ser profundo, não deve ser lido de forma irônica. A expressão “ironia estéril” comprova isso.
  • E. há um jogo de contrários. Somente a expressão “suprasumos da quintessência” conduz o leitor a sintetizar essa contradição implícita.

Leia os textos e frases, abaixo, e assinale a alternativa que faz a análise correta.

  • A. Neste depoimento de uma jovem: “Fiz a cirurgia com 16 anos. Não fiz pelas outras pessoas, fiz para me olhar no espelho e me sentir bem. Eu sinto como se o meu corpo tivesse absorvido o silicone, como se o peito fosse meu mesmo. E é: meu pai pagou e ele é meu.” – C.S., 17, sobre cirurgia plástica que fez nos seios, ontem na Folha. (Folha de SP, ago./04) - refletindo sobre pronomes possessivos, na expressão: “...como se o peito fosse meu mesmo.”, há uma posse adquirida e na expressão “E é: meu pai pagou e ele é meu.”, o sentido é de posse por natureza. Pode-se dizer, também, que há duas possibilidades de interpretação da última frase, só que uma delas é descartável.
  • B. Na frase: “Muitas emissoras falavam das denúncias de abuso sexual contra Michel Jackson.”, analisando o contexto e as exigências da Língua Portuguesa quanto à coerência, coesão e regência, conclui-se que: colocada depois de dois substantivos, a preposição contra relaciona-se apenas com um dos termos. É necessário aproximar a preposição contra do termo que efetivamente a rege. Caso contrário, ocorrerá a ambigüidade.
  • C. A concordância das frases “Aos domingos, assistem-se a programas que não desenvolvem a cultura.” e “Não se deve poupar esforços para despoluir o rio.” está correta.
  • D. Os períodos “Procuremos os estudantes e peçamo-lhes desculpas.” / “Nada contentá-lo-á enquanto não tiver a paz interior.” e “Conceder-lhe-ia licença.” estão corretos quanto à flexão e colocação pronominal.
  • E. No trecho “Um pecuarista de Alegrete, no Rio Grande do Sul, não suportando mais os problemas que lhe causavam os caçadores da região, mandou colocar na porteira de sua fazenda uma placa de madeira com este aviso: ‘É proibido atirar em qualquer coisa que se mexa neste campo. Poderiam acertar no capataz.’”, a 1ª oração adjetiva está na ordem inversa.

De acordo com os padrões da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.

  • A. A relação entre a palavra denotativa grifada e a sua classificação está incorreta nas frases: “A Senhora não trabalha e ainda reclama?” (adição) e “Foram assaltados por um mascarado, alias, por dois.” (retificação).
  • B. Alguns substantivos, ao receberem a desinência s de plural, alteram o timbre de sua vogal tônica, passando de o fechado para aberto, como acontece com as palavras poço / almoço.
  • C. Nas frases “É importante que o empreendimento continue, pois isso não constitue problema.” e “É possível que o medicamento atenue a febre do paciente, ele possui resistência.”, as palavras grifadas estão com a forma verbal flexionada corretamente.
  • D. São formas variantes aceitas na Língua Portuguesa os seguintes pares: efeminado – afeminado / hein! – hem! / televisar – televisionar / maquilagem – maquiagem / cotidiano – quotidiano / aluguel – aluguer.
  • E. Na frase “Comprei a gengibre para fazer remédio, o mascote está com a entorse incomodando.”, os substantivos grifados estão com a flexão de gênero correta. E a concordância da frase, a seguir, está correta: “Os réus devem ficar o mais afastados possíveis”.

  • A. O texto verbal dessa propaganda refere-se, implicitamente, ao leitor.
  • B. Sabendo que a propaganda, via de regra, estrutura-se em três partes, pode-se dizer que esta apresenta apenas dois elementos: a imagem e um texto explicativo.
  • C. Do ponto de vista lingüístico, explora-se a linguagem conotativa e a função conativa, que se manifesta divulgando as idéias.
  • D. A frase “Seja mais um filho da mãe.” pode ser mal interpretada. É melhor reescrevê-la da seguinte forma: “Seja mais um filho da natureza.” A imagem confirma o fato de que mãe representa o meio ambiente.
  • E. A denotação das idéias apresentadas mostra-se através da natureza personificada, pois há a idéia de que a natureza retribuirá pela preservação. Dessa forma, o texto usa um forte argumento para justificar a afiliação do leitor à ONG.

Sobre as afirmações abaixo, assinale a alternativa correta.

  • A. Sobre a maneira de apresentar enredo e personagem, o processo narrativo depende de quem conta a história. Nos trechos, a seguir, ocorrem os focos narrativos: narradorobservador e narrador-onisciente, respectivamente: “Baleia respirava depressa... Antes de deitar, Sinhá Vitória retirava dali os carvões e a cinza, varria com um molho de vassourinha o chão queimado e aquilo ficava um bom lugar para cachorro descansar. O calor afugentava as pulgas...” (G. Ramos) / “Curvado no guidão lá vai ele numa chispa. Na esquina dá com o sinal vermelho e não se perturba – levanta vôo bem na cara do guarda crucificado...” (D. Trevisan)
  • B. A tira e a figura abaixo estão centradas na função metalingüística, pois a primeira procura esclarecer como é a justiça brasileira e a segunda esclarece sobre o coração.
  • C. O trecho - “Antecipando-se a Freud, Shakespeare dizia que o homem é feito da mesma matéria de seus sonhos. O medo, a angústia, o ciúme, o ódio, a luxúria, o amor assaltam nossas noites e se aferram à nossa alma, tornando-a frágil ou forte, má ou generosa. Em última instância, somos o que sonhamos, dizia o autor de Hamlet.” (Tudo – O livro do conhecimento, nº 165) - apresenta como processo lógico-expositivo apenas a definição.
  • D. A Língua Portuguesa está repleta de palavras polissêmicas. Dois bons exemplos são as palavras linha e ponto, que têm dezenas de acepções. Só que a polissemia desaparece quando ocorre a semântica contextual.
  • E. A distinção entre o discurso indireto e indireto-livre é que este interfere na fala da personagem. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador. Naquele, o narrador está traduzindo, com suas palavras, a fala da personagem, em 3ª pessoa. Porém, sem aviso prévio,

Numa pizzaria, ao lado da porta de entrada, um cartaz avisava:

Um rapaz entra, lê o cartaz, senta-se a uma mesa e pede ao garçom:

- Por favor, um suco de abacaxi.

O garçom esclarece:

- Se você não for comer alguma coisa, não poderei servir-lhe o suco. Você leu o aviso?

- Li. - responde o rapaz. - Ele é óbvio e, por isso, inútil.

- Desculpe - argumenta o garçom - mas você não leu corretamente o cartaz.

- Li, sim. - diz o rapaz. - Vocês é que não o escreveram corretamente.

A respeito dessa situação, é incorreto afirmar que

  • A.

    o rapaz interpretou corretamente a informação do aviso, para considerá-lo óbvio à primeira leitura.

  • B. pizzaria esperava que o freguês interpretasse a frase assim: "Se pedir apenas algo para beber, não será atendido".
  • C.

    com alterações necessárias, inclusive acrescentando outras palavras, a frase do cartaz ficaria menos confusa se estivesse da seguinte forma: "Não servimos só bebidas desacompanhadas de pizza".

  • D.

    a norma adotada pela pizzaria estaria clara e informativa, se fosse escrita, por exemplo: "Só bebidas, não servimos".

  • E.

    na frase do cartaz, está implícito o seguinte contexto: "...como também outras coisas".

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