Questões de Língua Portuguesa da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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Está gramaticalmente correta a redação que se encontra em:

  • A. As sociedades cada vez mais complexas que se vê hoje nas grandes cidades, parecem ter menos habilidade para lidar com a imigração, que, no entanto, marca a vida moderna.
  • B. Alguns entendem que a mistura de classes sociais, culturas, línguas, etnias e religiões encontrados na cidade sejam o melhor antídoto que se inventou contra a intolerância.
  • C. Enquanto o consumo, balizado pelo poder aquisitivo, costuma tender à desigualdade, a política existe para garantir que um local público, como uma praça, por exemplo, seja de fato para o uso da coletividade.
  • D. Sempre houve conflito entre os diversos grupos sociais, contudo hoje manifestam-se, de acordo com o pensador Richard Sennett, como uma espécie de indiferença pelo outro, como se o diferente simplesmente não existisse.
  • E. Podem haver, na modernidade, sociedades cujas massas são invisíveis para as elites, mas os diversos grupos que as compõem, por sua vez, vem se tornando mais distantes e menos capazes de interagir entre si.

Considerando a correção e as relações de sentido estabelecidas no texto, afirma-se corretamente:

  • A. O sinal indicativo de crase é facultativo e pode ser inserido no elemento sublinhado em: a defesa do interesse individual não deve ser antagônica a uma visão solidária da coletividade.
  • B. Sem prejuízo do sentido original, uma vírgula pode ser inserida imediatamente após “multidão” em: Na cidade, vivemos com uma multidão que não escolhemos.
  • C. No segmento ...o sujeito é anônimo na multidão, por isso está livre para ser ele mesmo..., o elemento em destaque pode ser substituído por “conquanto”.
  • D. O elemento sublinhado em Uma conversa que não supõe concordância total... introduz uma restrição ao termo imediatamente anterior.
  • E. O elemento sublinhado em Uma conversa que não supõe concordância total... introduz uma restrição ao termo imediatamente anterior.

No contexto dado, possui a mesma regência do verbo presente no segmento A escravidão que denunciava com dureza, o que se encontra sublinhado em:

  • A. Quem fala, hoje, dos 30 milhões de escravos... (8º parágrafo)
  • B. ... número que hoje oscila entre os 13 milhões e os 14 milhões... (5º parágrafo)
  • C. ... antes de portugueses ou espanhóis comprarem negros na África rumo ao Novo Mundo. (7º parágrafo)
  • D. ... o Global Slavery Index é um belo retrato da nossa miséria... (4º parágrafo)
  • E. Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão... (1º parágrafo)

No segmento do texto

  • A. não há limites para a insânia, o elemento sublinhado é o sujeito.
  • B. desolado ante o espetáculo da humanidade, a expressão sublinhada tem o valor de em vista do.
  • C. Eu próprio teria fornecido ao meu amigo umas ilustrações de insânia, a forma verbal está na voz passiva.
  • D. rir de si mesmo é uma virtude, exemplifica-se um caso de oração sem sujeito.
  • E. motivos não me faltam, o segmento sublinhado pode ser corretamente substituído por não há de me faltar.

Os elementos que exercem a mesma função sintática encontram-se sublinhados em:

  • A. Essa rapidez impede que os olhos desfrutem da paisagem / Um filme de Elvis Presley.
  • B. sem que disso as pessoas se deem conta / Passa-se em segundos por séculos de civilização...
  • C. Passa-se em segundos por séculos de civilização / Sensação de que se é parte de um cenário.
  • D. Não cabem passos lentos, olhares perdidos / ... o espaço se transforma em cenário...
  • E. lobbies que se comunicam / Na praia de Waikiki, os hotéis têm...

Ambos os termos sublinhados são exemplos de uma mesma função sintática na frase:

  • A. “Campo” e “cidade” são palavras muito poderosas.
  • B. O termo inglês country pode significar tanto “país” quanto “campo”.
  • C. uma dessas realizações é a cidade.
  • D. O campo passou a ser associado a uma forma natural de vida.
  • E. entre os tradicionais extremos de campo e cidade existe uma ampla gama de concentrações humanas.

Enxergaram-se como proprietários de suas esposas; elas são um de seus bens; o adultério as rouba.

Dando nova redação à frase acima, ela se manterá coerente e formalmente correta em:

  • A. Ainda que se vejam como proprietários, os homens consideram que o adultério as rouba, tal e qual pode acontecer com um de seus bens.
  • B. Os homens entendem o adultério como um roubo, uma vez que consideram suas esposas um bem de que um terceiro se apropria.
  • C. Como as esposas são bens inalienáveis dos homens, qualifica-se como roubo aquele que as usurpam de seu legítimo proprietário.
  • D. Uma vez premeditado o adultério como um roubo, os homens passam a ver suas esposas como parte de seu patrimônio do qual foi usurpado.
  • E. Não obstante se considere que as esposas sejam parte de seus bens, os homens passam a ver como um roubo o adultério que os privam delas.

Os tempos e os modos verbais estarão corretamente articulados na frase:

  • A. Eduardo Coutinho, morto em 2014, destacara-se como um mestre dos documentários, cuja arte contemplasse o depoimento vivo, sempre que rejeitava o retrato estereotipado das pessoas.
  • B. A exemplo do que houvesse na arte de Eduardo Coutinho, o primeiro passo de toda política deveria ter levado em conta o respeito pela condição singular do outro, conquanto, para isso, surgiam dificuldades.
  • C. Caso não fizesse dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho não viveria como um artista crítico, para quem já houvesse arte encarnada no corpo e suspensa no espírito do outro.
  • D. Em seu processo criativo, Coutinho saberia ver e ouvir e, consequentemente, havia se acercado da história de cada um como um processo sensível e inacabado, sem que fosse necessário ajustar conceitos.
  • E. A obsessão que Coutinho demonstraria pela cena da vida era similar à que tivesse pela arte, e isso fez com que seja quase impossível, para Coutinho, opor personagem a pessoa.

Está plenamente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

  • A. A admiração pela arte de Eduardo Coutinho, patente nesse texto, justifica-se pelo fato de que o cineasta está preocupado em reconhecer a humanidade das criaturas retratadas, em vez de aceitar a visão estereotipada que se tem delas.
  • B. Patenteiam-se nesse texto a caracterização pessoal que Eduardo Coutinho atribui à seus personagens, cuja dimensão humana é assim admirada e afasta, deste modo, a visão já estereotipada que se costuma ter tanto dela como das demais criaturas.
  • C. É admirável como Eduardo Coutinho, a partir deste texto, revela toda uma arte pessoal quando deixa cair por terra as visões de um mundo pré-estabelecido, ao invés de fraglar, em cada uma das criaturas, a humanidade de um rosto inteiramente original.
  • D. Na medida em que o cineasta Eduardo Coutinho demonstra respeitar a visão original de suas criaturas, em vez de dotá-las como simples estereótipos, sua arte deve ser louvada pelo fato de contribuir para com uma visão crítica pela qual se ultrapassa os parâmetros banais.
  • E. Ao pautar sua arte por uma perspectiva original, em cujo valor jamais se afasta, Eduardo Coutinho não abre mão em favor das visões já viciosas que não nos permitem distinguir as pessoas, tomadas como se fossem tão somente tipos sociais extratificados.

Proliferaram, na última década, programas voltados para a terceira idade, (3o parágrafo)

O segmento grifado exerce na frase acima a mesma função sintática que o segmento também grifado em:

  • A. ...quando foi criada na França a primeira universidade voltada... (2o parágrafo)
  • B. A gerontologia (...) é a ciência que estuda a velhice. (1o parágrafo)
  • C. ...ofereceria aos mais velhos a oportunidade de dispor de saúde... (2o parágrafo)
  • D. As perdas próprias do envelhecimento passam, então, a ser vistas como.. (4o parágrafo)
  • E. É, portanto, ilusório pensar que essas mudanças... (último parágrafo)
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