Questões de Odontologia da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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No tratamento da doença cárie com manifestações clínicas, ou seja, presença de cáries com lesões ativas, várias medidas complementares devem ser implementadas. Dentre elas, podese citar

  • A.

    a participação profissional na remoção mecânica da placa e selamento oclusal.

  • B.

    o uso de substâncias químicas terapêuticas sem necessidade de aconselhamento dietético.

  • C.

    medidas para diminuir a secreção salivar e controle do tratamento das lesões.

  • D.

    a remoção manual de placa sem necessidade de selamento oclusal.

  • E.

    o tratamento restaurador da doença cárie que é suficiente para uma população com alta incidência de cárie.

A cárie dentária é uma doença multifatorial e quanto maior o número de fatores negativos, pior o prognóstico da doença. No tratamento da doença cárie, é importante considerar que

  • A.

    a cárie dentária é uma doença aguda, de pequena duração e progressão rápida para a maioria dos indivíduos de uma população.

  • B.

    a utilização de medidas eficazes de controle faz com que se estabeleça um equilíbrio entre o processo de desmineralização que não impede a progressão da doença.

  • C.

    na seleção de medidas eficazes de controle é relevante estimar a viabilidade econômica e a possibilidade de implementação de acordo com a prevalência da doença na população.

  • D.

    por ser uma doença crônica, pode-se afirmar que a cárie dentária não estaciona em qualquer estágio de desenvolvimento, devido às lesões ativas subclínicas.

  • E.

    na seleção de medidas eficazes está a velocidade de controle da progressão da doença, após o desenvolvimento de lesões ativas com cavidades.

Há inúmeros estudos epidemiológicos, intervencionais ou não, ligando o consumo de sacarose à prevalência da cárie. Pode-se inferir que o potencial cariogênico dos alimentos está fortemente relacionado ao conteúdo dos vários açúcares. De acordo com as afirmações acima, pode-se dizer que

  • A.

    o papel-chave da sacarose como substrato no processo de cárie, principalmente em superfícies lisas, é explicado por reações químicas que elucidam o processo de adesão bacteriana com a formação da placa e a produção de ácidos.

  • B.

    a sacarose é o substrato específico para a formação de polissacarídeos intracelulares, glicano e frutano, e o mutano, que é solúvel, aumentando a viscosidade da placa e dificultando a aderência microbiana em grande quantidade.

  • C.

    a sacarose tem sido universalmente indicada como substância poucas vezes cariogênica quando comparada ao grau de cariogenicidade do amido, maltose, lactose, frutose e glicose.

  • D.

    os chocolates e caramelos foram mais agressivos que a sacarose, enquanto que os biscoitos são menos cariogênicos que a sacarose, já que favorecem a implantação do Staphylococcus mutans.

  • E.

    as frutas são altamente cariogênicas devido à presença da sacarose, por serem pouco acidogênicas, dificultando a queda do pH das placas e por possuírem textura variada.

Os diferentes tipos de lesões traumáticas em dentes decíduos e permanentes jovens e seus consecutivos tratamentos consistem em

  • A.

    trinca ou fratura incompleta do esmalte; higiene fortemente redobrada com dentifrícios sem flúor.

  • B.

    fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar; quando o dente se apresentar com vitalidade pulpar e rizogênese incompleta; o tratamento é conservador.

  • C.

    fratura coronoradicular com ou sem exposição pulpar; quando o dente for decíduo o tratamento consiste em gengivectomia com tração ortodôntica.

  • D.

    luxação extrusiva, intrusiva e lateral; o tratamento consiste em reposicionamento do dente a sua posição original.

  • E.

    avulsão dental; o tratamento, tanto para dentes decíduos quanto para dentes permanentes, consiste no reimplante dentário nas primeiras 72 horas.

O tratamento de dentes decíduos com mortificação pulpar baseia-se quase que exclusivamente na ação dos medicamentos intra-canais. Os fármacos e sua principal forma de ação são, respectivamente,

  • A.

    alcalis (líquido de Dakin – resíduos de hipoclorito de sódio a 0,5%, tamponado com bicarbonato de sódio); age sobre as albuminas, desnaturando-as e tornando-as solúveis em água, saponificam as gorduras, liberam oxigênio nascente e cloro.

  • B.

    tergentol-furacin; acondicionados em tubetes de anestésicos, promovem a limpeza dos canais radiculares quando forem resfriados até 17ºC, para a irrigação final; a limpeza dos canais deve ser feita concomitantemente com a aspiração com sugado

  • C.

    detergentes (hipocloritos de sódio a 2%); agem debridando a dentina, englobando partículas de água, promovem o secamento rápido de todas as superfícies dentais, evita o depósito na porção da cavidade pulpar e libera cloro.

  • D.

    associação de fármacos (endo-PTC-Carbowax, peróxido de uréia, Tween80, bicarbonato de sódio); promove a antissepsia durante o preparo mecânico da cavidade pulpar e libera oxigênio.

  • E.

    pasta de Guedes-Pinto (paramonoclorofenol canforado, iodofórmio e rifocort); age como antisséptico com pequena tolerância tecidual, alta proteção pulpar, baixa reabsorção e aumenta a velocidade de rizólise do dente decíduo.

O diagnóstico para que se tenham bases corretas na indicação ou contra-indicação da pulpotomia em dentes decíduos é de suma importância para o sucesso do tratamento. Dentre as técnicas recomendadas para pulpotomias em dentes decíduos e os passos que devem ser seguidos, pode-se citar:

  • A.

    pulpotomia com a pasta de Guedes-Pinto; isolamento relativo, sem necessidade de anestesia, remoção da polpa, aplicar penso de algodão e fino disco de gutta-percha.

  • B.

    pulpotomia com glutaraldeído; isolamento relativo, remoção da polpa, aplicação de penso de algodão com glutaraldeído a 10% por cinco minutos e restauração imediata do dente.

  • C.

    pulpotomia com formocresol; anestesia e isolamento absoluto, remoção do tecido cariado com brocas, remoção da polpa com curetas, aplicação de um penso com formocresol por 3 a 5 minutos e base com óxido de zinco e eugenol sobre a polpa.

  • D.

    pulpotomia com hidróxido de cálcio; após pulpotomia com brocas, procede-se ao capeamento da polpa com hidróxido de cálcio previamente preparado e restauração imediata.

  • E.

    pulpotomia com formocresol diluído 1:5; anestesia e isolamento relativo, remoção da polpa com brocas, aplicação de um penso de algodão com formocresol diluído 1:5 por 10 minutos e restauração imediata.

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