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O Conselho de Classe é um dos campos privilegiados de atuação da supervisão educacional. Pode-se afirmar que é um espaço de grande relevância, visto que se tem aí o encontro de vários segmentos reunidos em torno da temática da avaliação. Contudo, muitas vezes, este espaço tem sido utilizado para outros fins. Numa escola que busque um trabalho crítico e transformador, podemos afirmar que o Conselho de Classe deve ser:
um momento para se pensar, coletivamente (professores, alunos, pais, supervisores, orientadores, funcionários, diretores) a prática educativa como um todo e como processo;
um momento de repasse das normas e avisos oriundos do sistema escolar;
o momento em que todos os professores, já com seus conceitos fechados, os ditam para que o supervisor os registre em ata;
o momento em que os professores relacionam os alunos que apresentam problemas de disciplina ou outros, para que os pais possam ser convidados posteriormente para uma conversa com a supervisão;
um momento de encontro de todos os professores da escola com a supervisão, a orientação e a direção da escola para resolver problemas do grupo.
Perrenoud (1999) afirma que a avaliação pode estar a serviço de duas diferentes lógicas: a primeira, que cria hierarquias, estigmatizando a ignorância de alguns enquanto celebra a excelência de outros; e a segunda, que se torna um instrumento de regulação contínua das intervenções e situações didáticas. Ao final da correção das provas de português de uma turma de 8ª série do ensino fundamental, o professor verificou que apenas dois alunos haviam atingido a média seis; os demais tinham ficado abaixo dela. O professor ficou muito incomodado e procurou a supervisão educacional para juntos decidirem o que poderia ser feito. Das decisões abaixo, estão de acordo com a segunda destas lógicas:
chamar todos os pais dos alunos para solicitar providências quanto à necessidade de estudar;
anular a prova e, em seguida, aplicar outra mais fácil, favorecendo o alcance da média por um grupo maior;
aplicar um trabalho, em grupo, para ajudar na nota, favorecendo uma média mais elevada;
rever o conteúdo trabalhado, buscando estratégias diferenciadas para uma melhor aprendizagem;
encaminhar os alunos com baixo rendimento para a orientação educacional, a fim de que sejam conduzidos para um serviço especializado.
O "percurso" de elaboração do projeto políticopedagógico de uma escola passa pelas etapas abaixo. Numere os parênteses de acordo com a ordem seqüencial em que as etapas devem ser executadas:
estabelecer a linha geral do projeto, definindo aquilo que se quer atingir; ( )
escolher e preparar as ações que permitirão atingir o que se deseja; ( )
analisar a realidade da escola e apontar suas necessidades; ( )
montar o processo de acompanhamento e avaliação do projeto. ( )
A ordem dos números colocada dentro dos parênteses, de cima para baixo, deve ser:
1 - 2 - 3 - 4;
1 - 3 - 2 - 4;
2 - 1 - 4 - 3;
2 - 3 - 1 - 4;
3 - 4 - 1 - 2.
Observe o diálogo entre Alice e o Gato Inglês:
Você poderia me dizer, por gentileza, como é que eu faço para sair daqui? - perguntou Alice.
Isso depende muito de para onde você pretende ir - disse o Gato.
Para mim tanto faz para onde quer que seja...
- respondeu Alice.
Então, pouco importa o caminho que você tome.
- disse o Gato.
(CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas)
Este diálogo pode ser uma metáfora de situações de planejamento escolar em que a escola:
conhece sua realidade e sabe em que direção quer transformá-la;
não conhece sua realidade nem sabe como transformá-la;
conhece sua realidade, mas não sabe por que transformá-la;
não conhece sua realidade, mas sabe em que direção quer transformá-la;
conhece sua realidade, mas não sabe em que direção quer transformá-la.
Observe a ilustração.
O Artigo 12º da Lei 9394/96 (LDBEN) estabelece a autonomia da escola em elaborar e executar a sua proposta pedagógica. As figuras sugerem que essa elaboração deve ser:
resultado de um trabalho de técnicos em educação, com a sua execução pelos profissionais da escola e pela comunidade;
conduzida pelos órgãos centrais de ensino e executada pelos profissionais da escola;
feita pelas famílias dos alunos, que decidirão o tipo de escola que os profissionais oferecerão aos alunos;
resultado de decisão dos professores, que são os melhores conhecedores da realidade dos alunos.
"Projetos de pesquisa realizados com professores acabaram por mostrar que a formação continuada... de fato não tem permitido avanços no que diz respeito a mudanças significativas".(Kuenzer, 2002). Podemos dizer que, dentre as razões que têm levado as propostas atuais de formação continuada, implementadas por diferentes sistemas de ensino, a serem insuficientes para uma mudança significativa no trabalho escolar, estão:
I - a taylorização da formação, ou seja, a formação dividida por temas e/ou disciplinas, agrupando professores por especialidades.
II - a fragmentação entre teoria e prática, em encontros organizados por temáticas ou que se utilizam de textos desvinculados das práticas cotidianas.
III - a falta de compromisso dos professores para com sua própria formação.
IV - a descontinuidade das ações que têm sido postas em prática.
V - a atitude normativa e prescritiva com relação aos professores.
Estão corretas as afirmações:
I, II, IV e V;
I, II, III e V;
II, III, IV e V;
I, III, IV e V;
I, II, III e IV.
Para Demailly (1992), são quatro os modelos teóricos de formação continuada de professores: o universitário, o escolar, o contratual e o interativoreflexivo. A forma interativo-reflexiva caracteriza-se por estar ligada à situação de trabalho e à resolução de problemas reais, com a ajuda mútua entre os formandos. Marta é supervisora educacional de uma escola e dispõe de uma verba para ser utilizada na formação continuada dos docentes que atuam nesta escola. A estratégia que se aplicaria ao modelo interativoreflexivo, descrito acima é:
contratação de um especialista para assessoria aos professores que manifestaram dificuldades quanto ao processo de alfabetização utilizado;
realização de um convênio com uma universidade que oferecerá um curso de pós-graduação para os professores interessados;
promoção de encontros semanais remunerados com o corpo docente, para a realização de centros de estudos voltados para as dificuldades e/ou necessidades surgidas no cotidiano escolar;
organização de um curso, com freqüência obrigatória, a partir da necessidade de a escola implementar sua nova proposta pedagógica;
realização de "encontros de vivências", fora do ambiente escolar, com o objetivo de trabalhar os aspectos sócio-afetivos do grupo, através de oficinas e laboratórios desenvolvidos por convidados externos.
VASCONCELLOS (2002) apresenta três dimensões básicas da formação humana que se constituem em condições subjetivas para a ação supervisora. Para favorecer a criação de um "clima" institucional favorável ao trabalho pedagógico, o supervisor educacional deve estar atento, para o desenvolvimento próprio e da equipe de profissionais que atuam na unidade escolar, às seguintes dimensões:
conceitual e procedimental;
procedimental e institucional;
atitudinal e procedimental;
conceitual e institucional;
conceitual e atitudinal.
Sobre a integração da Equipe Técnico- Administrativa da unidade escolar, LÜCK, já em 1982, chamava a atenção para a sua importância, afirmando que: "a ação do corpo técnico-administrativo deve ser não só integrada, mas também integradora". Para alcançar essa integração, a autora sugere que os elementos da equipe devem ter em comum:
opiniões, técnicas e atitudes;
atitudes, direções e objetivos;
objetivos, atitudes e técnicas;
opiniões, finalidades e técnicas;
direções, finalidades e opiniões.
O quadro abaixo, de autoria de Antonio Nóvoa, ajuda a clarificar o papel que os diferentes atores podem desempenhar no interior de um estabelecimento de ensino. Nele, o autor distingue três áreas de intervenção nas escolas, para além dos domínios relacionados com o sistema educativo e a administração do ensino.
Numere a primeira coluna de acordo com a segunda, identificando a área de intervenção a que estariam relacionadas as seguintes "ações" solicitadas à equipe de supervisão educacional de uma escola:
A numeração mais adequada é:
1 - 3 - 2 - 2;
2 - 2 - 1 - 3
2 - 3 - 1 - 3;
1 - 2 - 1 - 3;
3 - 2 - 1 - 2.
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