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NOVO PREDADOR
O Tiranossauro Rex é, possivelmente, um dos dinossauros mais populares do mundo. Não é à toa que a criatura, que viveu onde hoje é a América do Norte, está presente desde produtos infantis até filmes de Hollywood.
Agora, evidências de um novo predador foram descobertas na Austrália, com os seus fósseis indicando que ele foi tão grande quanto o Tiranossauro Rex. De acordo com estudo liderado pelo paleontólogo Anthony Romilio, da Universidade de Queensland, na Austrália, a descoberta foi feita através de uma pegada fossilizada existente onde já havia sido uma mina de carvão.
"Essas trilhas foram feitas por dinossauros que caminharam pelas florestas de pântano, que antes ocupavam muito da paisagem que hoje é o sul de Queensland", conta o pesquisador. Junto de seus colegas de estudos, Romilio documentou o total de 20 fósseis de rastros de dinossauros.
Enquanto a menor das criaturas tinha apenas o tamanho de uma ema, a maior possuía um pouco menos de três metros de altura e 10 metros de comprimento, sendo quase do tamanho de um Tiranossauro Rex, mas mais fino e alongado. A pegada deste novo grande carnívoro tem quase 80 centímetros de comprimento e o rastro fossilizado em que se encontrava conta com, aproximadamente, 160 milhões de anos, sendo ele, então, 90 milhões de anos mais velho que fósseis já encontrados do Tiranossauro Rex.
Com base nas pegadas individuais e nas trilhas nas quais cada uma delas foi encontrada, os paleontólogos conseguem descobrir como se moviam estes animais de duas pernas, informação que traz conclusões sobre a forma em que eles viajavam pelos ambientes em que passavam. Boa parte dos dinossauros grandes costumavam andar em ritmo de caminhada, com passos mais curtos devido ao tamanho de suas pernas. Porém, duas das trilhas encontradas pelos pesquisadores apontavam para um tamanho de passo maior, típico de animais em fuga.
Essa distância entre os passos sugere, então, que esses grandes dinossauros se movimentavam em velocidades de até 35 quilômetros por hora. A fim de comparação, um ser humano consegue correr cerca de 24 quilômetros por hora. A mais recente descoberta dos paleontólogos, segundo Romilio, preenche um vazio nos registros de dinossauros australianos. Até o momento, os maiores dinossauros encontrados no país estão na classe herbívora, como o Brontossauro e Mutaburrassauro.
Por Natalie Rosa, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/30aSUOg). Com adaptações.
Sobre a avaliação da aprendizagem escolar
As práticas de avaliação da aprendizagem escolar, predominantes em nosso meio, ainda se dão a partir de um modelo teórico tradicional, que concebe a educação como um mecanismo de manutenção e reprodução das condições sociais.
A lógica da avaliação não é independente da lógica da escola; ao contrário, ela é produto de uma escola que se separou da vida e das práticas sociais. Como consequência, o autoritarismo é o elemento necessário para a garantia deste modelo social e, daí, a prática da avaliação manifestarse autoritária. Esta concepção da avaliação da aprendizagem escolar reflete, pois, uma pedagogia que, por sua vez, está a serviço de um modelo dominante que pode ser identificado como liberal conservador.
Este modelo produziu três pedagogias distintas, mas com um objetivo em comum: manutenção das condições sociais. Assim se apresentam a pedagogia tradicional, a pedagogia renovada ou escolanovista e a pedagogia tecnicista. No entanto, três modelos pedagógicos se desenvolveram como antíteses aos modelos pedagógicos conservadores: a pedagogia libertadora de Paulo Freire, a pedagogia libertária e a pedagogia dos conteúdos socioculturais de Dermeval Saviani.
Esses dois grupos de pedagogias tradicionais e emancipadoras representam concepções antagônicas. O primeiro grupo está preocupado com a reprodução e conservação da sociedade, propondo práticas autoritárias de avaliação. O segundo grupo assume uma perspectiva de transformação social, objetivo com o qual a educação formal pode contribuir, incluindo práticas de avaliação visando à autonomia do educando.
Adaptado. Por Sérgio A. S. Leite e Samantha Kager. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 17, n. 62, p. 109-134, jan./mar. 2009. Disponível em: https://bit.ly/31DeFba.
Leia o texto 'Sobre a avaliação da aprendizagem escolar' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. Após a análise do texto, é possível concluir que o modelo de avaliação adotado predominantemente nas escolas reflete uma separação evidente entre as práticas escolares e a realidade social. Esse modelo de avaliação, de acordo com o texto, é apoiado por alguns modelos pedagógicos e, ao mesmo tempo, é combatido por outros modelos.
II. De acordo com as informações do texto, pode-se inferir que as pedagogias tradicionais e emancipadoras representam concepções análogas de práticas educacionais consistentes e amplamente presentes nas escolas brasileiras. O texto afirma, ainda, que a opção sobre qual metodologia ou linha de trabalho adotar é exclusivamente de cada professor, não havendo interferência da cultura escolar nesse aspecto.
III. O texto leva o leitor a inferir que o modelo predominante de avaliação nas escolas produziu três pedagogias distintas com o objetivo de manutenção das condições sociais: a pedagogia tradicional, a pedagogia renovada e a pedagogia tecnicista.
Marque a alternativa CORRETA:
TEXTO I
Para o futuro chegar mais rápido
É verdade: 15% de mulheres no Congresso é uma cifra constrangedora, e coloca o Brasil no rodapé dos rankings globais de participação feminina na política. Mas é motivo de orgulho o aumento de 50% registrado nas últimas eleições. [...]
Estaremos avançando? Na verdade, há bem pouco a se celebrar.
Se seguirmos no ritmo atual, ainda serão necessários 108 anos para que o mundo alcance a igualdade de gênero. A previsão a maldição é do Global Gender Report, estudo anual do Fórum Econômico Mundial. É uma projeção que precisa ser lida como um compêndio gigantesco de corpos estuprados perto de 500.000 por ano só no Brasil, diz o IPEA , de meninas sem acesso à educação básica, de barrigas de grávida em corpinhos ainda em formação, de noivas que deveriam estar brincando de boneca ou de carrinho.
Cento e oito anos é muito tempo. É tempo demais. Mas há uma nova força entrando no tabuleiro. Uma palavra cujo novo significado ainda não foi compreendido pela geração que hoje está no poder: meninas.
Desde 2012, por iniciativa da ONU, 11 de outubro é o Dia Internacional da Menina. É uma palavra em transição, menina. Uma busca pelo termo no Google Images revela um sem fim de garotinhas maquiadas, quase sempre sozinhas e em um jogo de sedução com a câmera. Nada poderia estar mais distante do que vejo.
Sou a coordenadora nacional do Girl Up, um movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes na mudança em direção a um mundo melhor, aqui definido pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Se você está entre aqueles para quem o termo menina denota condescendência, permita-me contar o que elas andam aprontando.
Lia tem 16 anos e um dia me procurou com um contato dentro da Globosat na mão. Era Copa do Mundo e ela, que lidera o primeiro Clube Girl Up da capital fluminense, queria fazer um evento para algumas dezenas de meninas. Meia hora de Skype para pensar com ela o teor da reunião: foi tudo que ofereci. Os adultos da Globosat devem ter ficado embasbacados como ficam os adultos que ainda não entenderam do que elas são capazes quando um par de meninas sentou à sua frente para negociar os detalhes de uma tarde que envolveu tour pelos estúdios, jogo da Copa no telão da sede e bate-papo com Glenda Kozlowski, uma das maiores jornalistas esportivas do país.
Maria Antônia, 18 anos. Dinheiro da família para sair do país, nem em sonho. Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington. Contando com uma rede enorme elas aprendem cedo o poder das redes Maria Antônia, idealizou e liderou o crowdfunding que viabilizou sua ida. Em setembro esteve entre os 78 estudantes selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro, sentando-se na cadeira da Presidência da Câmara.
Bruna, também 18. Me ligou em abril pra contar que havia agendado uma audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia para discutir denúncias de assédio no ambiente escolar. O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy, e essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.
A Marina eu conheci no fim de agosto, quando ela nos procurou pelo Instagram pra falar de seu projeto. Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar, à matriz americana do Girl Up, a viagem a São João Evangelista, cidadela de 14.000 habitantes a seis horas de ônibus ao norte de Belo Horizonte. Marina agendou visitas em cinco escolas públicas da região. Uma delas a escola onde a Marina estudou fica na zona rural. Ela tem 18 anos e a rotina espartana começa todos os dias às 3 da manhã com o estudo do inglês.
A diferença na renda familiar entre as quatro meninas é abismal. A cor da pele não é a mesma, e enquanto uma delas vive em um dos metros quadrados mais caros do país, outra não tinha energia elétrica em casa até cinco anos atrás. Mas não acredite nas imagens do Google: elas não estão sozinhas.
Lia, Maria Antônia, Bruna e Marina se conhecem e estão em um grupo de WhatsApp onde trocam informações sobre processos seletivos de universidades no exterior, um sonho partilhado pelas quatro. E elas são muitas, muito mais do que eu poderia contar. Quando garantimos às meninas uma vida livre de violências e asseguramos seus direitos básicos, todo o potencial que por séculos esteve enterrado aflora, originando um ciclo virtuoso benéfico para todos nós.
É hora de atualizar o navegador. A sueca de 16 anos que pode se tornar a pessoa mais jovem da História a ser laureada com o Nobel da Paz, se realizar o feito, ocupará o posto que hoje é de outra menina. Greta Thunberg e Malala não são exceções: são expoentes de uma onda poderosa, inteligente, conectada e crescente. Meninas: são elas a força capaz de acelerar os 108 anos que nos separam da igualdade de gênero.
Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/opinion/1570715827_ 082487.html >
O Clube que ela fundou na cidade tem particular interesse por advocacy [...]
(O não uso da vírgula antes do pronome que indica que há outros clubes além do clube fundado por ela.)
[...] essas meninas cavaram sozinhas o apoio da vereadora Dra. Cristina, que encampou o plano do Clube.
(O uso da vírgula antes do pronome que indica que Dra. Cristina, juntamente com outras pessoas, apoiou o Clube.)
Ela preencheu com absoluta facilidade os requisitos que me permitiram justificar junto à matriz americana do Girl Up a viagem a São João Evangelista [...]
(O não uso da vírgula antes do pronome que indica que os requisitos são os únicos utilizados pela autora em todos os seus trabalhos no Girl Up.)
Assim mesmo, enfiou na cabeça que iria no Congresso de Liderança do Girl Up, que todos os anos reúne cerca de 400 meninas dos cinco continentes em Washington.
(O uso da vírgula antes do pronome que indica que apenas um dos Congressos de Liderança do Girl Up consegue reunir todos os anos 400 meninas de cinco continentes.)
Instrução: A questão de números refere-se ao texto abaixo.
(Disponível em: https://exame.com/blog/frederico-pompeu/ texto adaptado especialmente para esta prova.)
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/ - texto adaptado especialmente para esta prova).
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