Questões de Português

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(Disponível em: https://www.contioutra.com/a-dor-de-se-sentir-invisivel/ – texto adaptado especialmente para esta prova.) 

No seguinte excerto “O exagero pessimista na forma de conceber tudo o que rodeia o indivíduo é ruim”, retirado do texto, se o substantivo “exagero” fosse flexionado no plural, quantas outras palavras precisariam ter a grafia modificada para haver a correta concordância verbonominal?

    A) Três.

    B) Quatro.

    C) Cinco.

    D) Seis.

    E) Sete.

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Desconstruindo o significado de trabalho

Por Marcio Svartman


(Disponível em: https://exame.com/blog/gestao-fora-da-caixa/desconstruindo-o-significado-detrabalho/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando a correta ortografia das palavras em Língua Portuguesa, assinale a alternativa que completa,correta e respectivamente,as lacunas das linhas 23, 30 e 32.

    A) x –ç –z

    B) x –ç –s

    C) x –s –s

    D) z–ç –z

    E) z –s –z

Diminuir consumo de carne ajuda ao planeta?

Estudo recomenda mudanças alimentares para poder ajudar na saúde e meio ambiente


    Se você não é vegetariana e se questiona se de fato diminuir o consumo de carne ajuda ao planeta, a resposta é sim.

    Um estudo das universidades de Oxford e Minnesota, divulgado essa semana nos Estados Unidos, confirma mais uma vez que as escolhas alimentares – desde o que se come até o quanto se come – impacta mesmo no meio ambiente e na saúde. Não é novidade, mas os sinais cada vez mais claros do aquecimento global reforçam a pesquisa. 

    “Verificamos que alimentos associados com maior negatividade no impacto ambiental – carne vermelha processada ou não – são consistentemente associados com os maiores riscos de saúde também. Assim sendo, fazer a transição alimentar voltada para um consumo maior de alimentos saudáveis contribuiria para melhorar a sustentabilidade ambiental”, diz o estudo. 

    Durante a investigação, foi testado que 50 gramas de carne vermelha processada geram pelo menos 20 vezes mais gás de efeito estufa do que 100 gramas de vegetais. 

    No campo da saúde cientistas voltaram a reforçar que nove do 15 fatores mais comuns para mortalidade mundial são resultado de má alimentação. Doenças como diabetes, infartos e câncer de cólon, responsáveis por 40% das mortes em todo o mundo, também tem forte conexão com a alimentação. 

    No relatório foi avaliado que em uma dieta diária de 2,300 calorias, ao adotar um cardápio vegetariano, é possível reduzir em torno de 30% da emissão de gases de efeito estufa. Se fosse vegano (exclui leite e derivados) contribuiria ainda mais para a redução da emissão de carbono, com uma contribuição de até 85% da redução de emissão de gás carbono.

    Porém hábitos são difíceis de mudar.

    Para não ser 100% radical, já ajudaria bastante (eles dizem) adotar menu vegetariano por 2/3 das refeições, podendo ocasionalmente manter o consumo de alimentos provenientes de carne. Ao fazer esse esforço, significaria reduzir as consequências de emissão de gás carbono por causa de comida em quase 60%.

    "Alimentos que têm menos impacto ambiental ou que são menos associados com doenças, como grãos refinados, laticínios, ovos e aves. Eles podem ajudar na sustentabilidade de saúde e meio ambiente se forem usados para substituir alimentos menos saudáveis ou que tenham maior impacto ambiental, como carne vermelha, processada ou não”, conclui o estudo.


Disponível em: < https://claudia.abril.com.br/saude/diminuir-consumo-de-carne-ajuda-ao-planeta/>. Acesso em: 20 jan 2020.

“Durante a investigação, foi testado que 50 gramas de carne vermelha processada geram pelo menos 20 vezes mais gás de efeito estufa do que 100 gramas de vegetais.”
Qual das alternativas apresenta uma CORRETA interpretação dos dados apresentados no trecho?

    A) Gasta-se cerca de 20% mais energia para se produzir alimentos de carne vermelha processada do que vegetais.

    B) Embora a comparação utilize pesos diferentes para os alimentos, é possível entender que os impactos ambientais da produção da carne vermelha é muito superior aos impactos causados pela produção de vegetais.

    C) Ao equiparar o peso da carne vermelha e dos vegetais, a diferença na emissão de gases do efeito estufa praticamente se anula.

    D) Produzir 100 gramas de vegetais custa ao meio ambiente metade do impacto ambiental que produzir 100 gramas de carne vermelha.

    E) A carne vermelha impacta o meio ambiente cerca de 50% a mais do que a produção de vegetais.

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.



Disponível em https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/10/11/parte-de-mangueira-cai-na-tv-vileta-em-belem-e-atinge-dois-veiculos.ghtml Acessado em 15 de janeiro de 2019

É advérbio a palavra

    A) sexta (linha 2).

    B) houve (linha 4).

    C) duas (linha 6).

    D) também (linha 7).

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Nos excertos abaixo retirados do texto, há um vocábulo “que” com função textual diferente das demais; assinale a alternativa em que ele aparece:

    A) “(...) que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". (2º parágrafo)

    B) “(...) que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto.” (3º parágrafo)

    C) “(...) que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.” (3º parágrafo)

    D) “(...) que reparar a fratura social exige (...)” (4º parágrafo)

    E) “(...) que se pague a fatura cultural (...)” (4º parágrafo)

TEXTO I

Do bom uso do relativismo


     Hoje, pela multimídia, imagens e gentes do mundo inteiro nos entram pelos telhados, portas e janelas e convivem conosco. É o efeito das redes globalizadas de comunicação. A primeira reação é de perplexidade que pode provocar duas atitudes: ou de interesse para melhor conhecer, que implica abertura e diálogo, ou de distanciamento, que pressupõe fechar o espírito e excluir. De todas as formas, surge uma percepção incontornável: nosso modo de ser não é o único. Há gente que, sem deixar de ser gente, é diferente.

     Quer dizer, nosso modo de ser, de habitar o mundo, de pensar, de valorar e de comer não é absoluto. Há mil outras formas diferentes de sermos humanos, desde a forma dos esquimós siberianos, passando pelos yanomamis do Brasil, até chegarmos aos sofisticados moradores de Alphavilles, onde se resguardam as elites opulentas e amedrontadas. O mesmo vale para as diferenças de cultura, de língua, de religião, de ética e de lazer.

     Deste fato surge, de imediato, o relativismo em dois sentidos: primeiro, importa relativizar todos os modos de ser; nenhum deles é absoluto a ponto de invalidar os demais; impõe-se também a atitude de respeito e de acolhida da diferença porque, pelo simples fato de estar-aí, goza de direito de existir e de coexistir; segundo, o relativo quer expressar o fato de que todos estão de alguma forma relacionados. Eles não podem ser pensados independentemente uns dos outros, porque todos são portadores da mesma humanidade.

  Devemos alargar a compreensão do humano para além de nossa concretização. Somos uma geossociedade una, múltipla e diferente.

    Todas estas manifestações humanas são portadoras de valor e de verdade. Mas são um valor e uma verdade relativos, vale dizer, relacionados uns aos outros, autoimplicados, sendo que nenhum deles, tomado em si, é absoluto.

     Então não há verdade absoluta? Vale o everything goes de alguns pós-modernos? Quer dizer, o “vale tudo”? Não é o vale tudo. Tudo vale na medida em que mantém relação com os outros, respeitando-os em sua diferença. Cada um é portador de verdade mas ninguém pode ter o monopólio dela. Todos, de alguma forma, participam da verdade. Mas podem crescer para uma verdade mais plena, na medida em que mais e mais se abrem uns aos outros.

     Bem em dizia o poeta espanhol António Machado: “Não a tua verdade. A verdade. Vem comigo buscá-la. A tua, guarde-a”. Se a buscarmos juntos, no diálogo e na cordialidade, então mais e mais desaparece a minha verdade para dar lugar à Verdade comungada por todos.

     A ilusão do Ocidente é de imaginar que a única janela que dá acesso à verdade, à religião verdadeira, à autêntica cultura e ao saber crítico é o seu modo de ver e de viver. As demais janelas apenas mostram paisagens distorcidas. Ele se condena a um fundamentalismo visceral que o fez, outrora, organizar massacres ao impor a sua religião e, hoje, guerras para forçar a democracia no Iraque e no Afeganistão.

     Devemos fazer o bom uso do relativismo, inspirados na culinária. Há uma só culinária, a que prepara os alimentos humanos. Mas ela se concretiza em muitas formas, as várias cozinhas: a mineira, a nordestina, a japonesa, a chinesa, a mexicana e outras. Ninguém pode dizer que só uma é a verdadeira e gostosa e as outras não. Todas são gostosas do seu jeito e todas mostram a extraordinária versatilidade da arte culinária. Por que com a verdade deveria ser diferente?


LEONARDO BOFF - http://alainet.org


Vocabulário:

Alphavilles: condomínios de luxo

everything goes: literalmente, “todas as coisas vão”; equivale à expressão “vale tudo”Do bom uso do relativismo

Analise o articulador textual destacado no excerto retirado do texto I “A primeira reação é de perplexidade que pode provocar duas atitudes: ou de interesse para melhor conhecer, que implica abertura e diálogo, ou de distanciamento, que pressupõe fechar o espírito e excluir.” (1º parágrafo) e assinale a alternativa que encerra seu correto valor semântico:

    A) contraposição;

    B) alternância;

    C) concessão;

    D) alternativa;

    E) proporção.

Leia a tirinha a seguir e responda o que se pede.
(Fonte: Retirada da Internet, em “Charges sobre Tecnologia no Ensino”. Acesso em 06/10/19.)
I- A inclusão digital, além da contribuição no processo de ensino e aprendizagem, cumpre o papel fundamental de possibilitar às pessoas o contato com o mundo digital. II- A facilidade de pesquisar, ler e conhecer sobre os mais variados assuntos, navegando na internet, enseja um novo perfil de estudante, que exige, também, um outro perfil de professor. III- A fala da personagem no último quadrinho apresenta um paradoxo, em relação às ideias anteriores, tendo em vista que a personagem defende e reforça o comportamento feminista dos padrões tradicionais.
Está CORRETO o que se afirma em:

    A) II e III apenas.

    B) I apenas.

    C) I, II e III.

    D) II apenas.

    E) III apenas.


Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item seguinte.


A correção gramatical e a coerência do texto seriam mantidas caso fosse inserida a expressão por isso, isolada por vírgulas, entre as palavras “e” e “não”, na linha 13 — e, por isso, não.

Leia atentamente a tirinha da garotinha Mafalda a seguir para responder à questão.


Leia as afirmações a seguir:


I – Pela leitura da tirinha, é possível afirmar que Mafalda não gosta de sopas.

II – É possível afirmar que Mafalda se conforma com a definição da palavra “sopa”, presente no dicionário.

III – No último quadrinho, a mãe de Mafalda consegue imaginar por que o dicionário está no lixo.


É (São) correta(s) a(s) afirmativa(s):

    A) II e III.

    B) Apenas I.

    C) Apenas II.

    D) Apenas III.

Analise as afirmativas a seguir:


I. Locução adjetiva é a expressão formada de preposição e substantivo ou equivalente com função de adjetivo. Um exemplo de locução adjetiva é: Homem de coragem = homem corajoso.


II. Algumas palavras na Língua Portuguesa possuem a escrita ou pronúncia idênticas, mas carregam significados distintos. Esse é o caso dos parônimos “descrição” e “distração”.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

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