Questões de Português

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Leia o texto I para responder à questão.


Bonecas negras representam apenas 6% dos modelos disponíveis no mercado


Bonecas negras representam apenas 6% dos modelos fabricados pelas principais marcas que comercializam esses brinquedos no Brasil, de acordo com o levantamento Cadê Nossa Boneca, feito pela organização Avante – Educação e Mobilização Social. O percentual é inferior aos 7% registrados no levantamento feito em 2018.


O levantamento foi feito em agosto deste ano, em sites de comércio virtual de 14 dos 22 fabricantes de brinquedos associados a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). Segundo a pesquisa, oito sites estavam em manutenção. Dentre as empresas analisadas, apenas oito possuíam bonecas negras nos respectivos inventários. Em todos eles, segundo o estudo, a proporção de modelos de bonecas negras em relação às bonecas brancas é inferior a 20%.


“Se sair na rua e olhar o comércio, você vai saber”, diz a psicóloga, consultora associada da Avante e uma das idealizadoras da campanha Ana Marcílio. “Você conta as bonecas na vitrine, conta as lojas com vitrine com bonecas pretas e depois conta o número de bonecas em cada loja, você vai ver que é irrisório”, acrescenta. 


O movimento Cadê Nossa Boneca nasceu do sonho de Ana Marcilio, Mylene Alves e Raquel Rocha, de verem vitrines mais diversas e brinquedos que de fato representassem a sociedade brasileira, que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem 56,1% da população formada por pessoas negras. O levantamento foi feito em 2016, 2018 e agora, em 2020 e a porcentagem de modelos disponíveis no mercado pouco mudou. Em 2016 era 6,3, passando para 7% e, agora, para 6%.


Ana explica que é na infância que as crianças constroem o imaginário, daí a importância que, em uma sociedade majoritariamente negra, isso seja retratado como algo positivo. Ter apenas referenciais brancos, magros e loiros faz com que se entenda que esse é o referencial de beleza. “O impacto da boneca é esse. Da boneca preta também é esse. Imagina ter rastas, blacks, uma diversidade de cortes e penteados afro descendentes e africanos, diversos tipos de tranças, ter tudo isso em uma vitrine, uma vitrine toda diversificada. A criança vai querer ter aquele cabelo, vai achar aquele cabelo bonito”, diz.


O impacto de crianças, sejam elas brancas ou negras, terem acesso a bonecas de cores diversas pode chegar na fase adulta, ajudando a combater o racismo, de acordo com a psicóloga. “Se a gente não tiver esse imaginário simbólico, como é que a gente vai quebrar o racismo? O racismo se materializa nas mortes que a gente tem, nas inúmeras vidas ceifadas precocemente, seja pela inoperância do sistema público na saúde e educação, seja nas mortes através das polícias e milícias, que têm dizimado as periferias. A construção do imaginário tem tudo a ver com o número de mortes e violência que a gente vive nesse país e no mundo afora”, diz.

Fonte: https://www.brasil247.com

“Ter apenas referenciais brancos, magros e loiros faz com que se entenda que esse é o referencial de beleza.”
Sobre o pronome demonstrativo destacado, é CORRETO afirmar que é:

    A) Termo empregado para seres ou coisas que se encontram muito distantes da primeira e da segunda pessoa, do falante e do ouvinte.

    B) Catafórico, pois faz uma referência a termos posteriores, que ainda serão enunciados mais à frente na oração.

    C) Termo referente à primeira pessoa do discurso.

    D) Termo referente à terceira pessoa do discurso.

    E) Anafórico, pois se refere ao que foi dito anteriormente.


QUINO, J. L. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2003

No último quadrinho, a colocação do pronome em “Era só escondê-los!” está inadequada gramaticalmente; o mesmo ocorre em:

    A) Quando se sentiu em dificuldade, pediu ajuda.

    B) Não devo dar-lhe mais explicações.

    C) Nada me convenceria a trair meus princípios.

    D) O contrato dar-se-ia por força das novas demandas de trabalho.

    E) Se apresentar-lhe os pêsames, faça-o discretamente.

Dispomos, hoje, de novas tecnologias e ferramentas de leitura/escrita, que convocando novos letramentos, configuram os enunciados/textos em sua multissemiose ou em sua multiplicidade de modos de significar (ROJO, Roxane. [email protected] Conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola. 2013, p. 20).
Nesta perspectiva, analise as proposições abaixo e assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso.
( ) São possibilidades hipertextuais, multimidiáticas e hipermidiáticas do texto eletrônico, que trazem novas feições para o ato de leitura. ( ) Os textos multissemióticos extrapolaram os limites dos ambientes digitais e invadiram também os impressos (jornais, revistas, livros didáticos). ( ) Essas novas formas de aprendizagem oportunizam colocar a leitura do texto verbal escrito, em relação com um conjunto de signos de outras modalidades de linguagem.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:

    A) F, V e F.

    B) V, F e V.

    C) V, V e V.

    D) F, F e V.

    E) V, V e F.

Texto CG1A1-I


Assis Moreira. Valor econômico, 18/3/2019.

Internet: <valor.globo.com> (com adaptações).

Considerando os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.


Sem prejuízo da correção gramatical e da coerência do texto, o período “Sustentabilidade é vista como uma abordagem de negócios para criar valor a longo prazo, levando-se em conta como uma companhia opera nos ambientes ecológico, social e econômico.” (l. 12 a 15) poderia ser reescrito da seguinte forma: Vê-se sustentabilidade como uma abordagem de negócios para criar valor a longo prazo, considerando-se como uma companhia opera no ambiente ecológico, no social e no econômico.

Assinale a alternativa onde a palavra “exemplares” exerce a função de adjetivo:

I – Ele nunca encontrou tais exemplares.
II – Obtivemos resultados exemplares na avaliação.
III – Ele comprou diferentes exemplares da obra.

    A) Apenas o item I é verdadeiro.

    B) Apenas o item II é verdadeiro.

    C) Apenas o item III é verdadeiro.

    D) Apenas os itens I e III são verdadeiros.

    E) Todos os itens são verdadeiros.

NOVO PREDADOR


O Tiranossauro Rex é, possivelmente, um dos dinossauros mais populares do mundo. Não é à toa que a criatura, que viveu onde hoje é a América do Norte, está presente desde produtos infantis até filmes de Hollywood.


Agora, evidências de um novo predador foram descobertas na Austrália, com os seus fósseis indicando que ele foi tão grande quanto o Tiranossauro Rex. De acordo com estudo liderado pelo paleontólogo Anthony Romilio, da Universidade de Queensland, na Austrália, a descoberta foi feita através de uma pegada fossilizada existente onde já havia sido uma mina de carvão.


"Essas trilhas foram feitas por dinossauros que caminharam pelas florestas de pântano, que antes ocupavam muito da paisagem que hoje é o sul de Queensland", conta o pesquisador. Junto de seus colegas de estudos, Romilio documentou o total de 20 fósseis de rastros de dinossauros.


Enquanto a menor das criaturas tinha apenas o tamanho de uma ema, a maior possuía um pouco menos de três metros de altura e 10 metros de comprimento, sendo quase do tamanho de um Tiranossauro Rex, mas mais fino e alongado. A pegada deste novo grande carnívoro tem quase 80 centímetros de comprimento e o rastro fossilizado em que se encontrava conta com, aproximadamente, 160 milhões de anos, sendo ele, então, 90 milhões de anos mais velho que fósseis já encontrados do Tiranossauro Rex.


Com base nas pegadas individuais e nas trilhas nas quais cada uma delas foi encontrada, os paleontólogos conseguem descobrir como se moviam estes animais de duas pernas, informação que traz conclusões sobre a forma em que eles viajavam pelos ambientes em que passavam. Boa parte dos dinossauros grandes costumavam andar em ritmo de caminhada, com passos mais curtos devido ao tamanho de suas pernas. Porém, duas das trilhas encontradas pelos pesquisadores apontavam para um tamanho de passo maior, típico de animais em fuga.


Essa distância entre os passos sugere, então, que esses grandes dinossauros se movimentavam em velocidades de até 35 quilômetros por hora. A fim de comparação, um ser humano consegue correr cerca de 24 quilômetros por hora. A mais recente descoberta dos paleontólogos, segundo Romilio, preenche um vazio nos registros de dinossauros australianos. Até o momento, os maiores dinossauros encontrados no país estão na classe herbívora, como o Brontossauro e Mutaburrassauro.


Por Natalie Rosa, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/30aSUOg). Com adaptações. 

Leia o texto 'NOVO PREDADOR' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. De acordo com as informações do texto, pode-se inferir que a descoberta do novo predador foi feita através de uma pegada fossilizada existente onde já havia sido uma mina de carvão.


II. Evidências de um novo predador foram descobertas na Austrália, com os seus fósseis indicando que ele foi tão grande quanto o Tiranossauro Rex, como se pode concluir a partir da leitura cuidadosa das informações do texto.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

O Eu Ideal


Os cuidados exagerados com o corpo e os distúrbios alimentares têm tomado cada vez mais espaço no nosso cotidiano. Como mostra o estudo realizado pela Casa do Adolescente em São Paulo, 77% dos jovens entre 10 e 24 anos têm tendência a ter algum tipo de compulsão alimentar. Dos jovens que foram entrevistados, 39% estavam acima do peso. Desses 39%, 85% acreditavam que existe um padrão de beleza ditado pela mídia, 46% acreditavam que mulheres magras são mais felizes e 55% queriam simplesmente acordar magros. Nos homens, a taxa de distúrbios alimentares é menor, sendo uma equivalência de um homem para cada 10 mulheres.

As mulheres tentam de diversas formas alcançar um padrão de beleza, por vezes considerado inalcançável, e para isso acabam submetendo-se a regimes, práticas exageradas de exercício, uso de medicamentos, diversas cirurgias e outras práticas. Mesmo que em homens haja menor incidência, a insatisfação é recorrente, o que os leva ao uso de hormônios, à prática de exercícios em excesso, regimes e eventualmente cirurgias, dentre outras práticas utilizadas. Todos esses meios de alcançar a satisfação do corpo body perfect (corpo perfeito, em tradução livre do inglês), causam sérios problemas à estrutura física e psíquica dessas pessoas. 

Hoje em dia, sabe-se que a prática de regimes e exercícios pode ser benéfica ou maléfica, isso dependendo da forma de sua realização. Qualquer atividade deve ser realizada com acompanhamento especializado de nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos e médico clínico, pois sem o acompanhamento desses profissionais a prática esportiva ou a execução de dietas podem vir a causar uma série de problemas.

Por Aline da Silva de Lara, Leonardo Vilela e Thainá Moraes dos Santos, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/2B1Wjqd). Com adaptações. 

Leia o texto 'O Eu Ideal' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. De acordo com o texto, o estudo realizado pela Casa do Adolescente em São Paulo mostra que 77% dos jovens entre 10 e 24 anos têm tendência a ter algum tipo de compulsão alimentar.

II. Após a análise minuciosa do texto, o leitor pode inferir que a ideia central dos dois primeiros parágrafos é a de que as mulheres tentam de diversas formas alcançar um padrão de beleza imposto pela mídia, nunca obtendo qualquer êxito ou progresso nessa busca, pois trata-se de uma busca platônica.

III. Também é dito que o uso de hormônios, associado a amplos procedimentos cirúrgicos, é a forma mais comum dos homens buscarem alcançar padrões de beleza socialmente impostos.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

Sobre a avaliação da aprendizagem escolar


As práticas de avaliação da aprendizagem escolar, predominantes em nosso meio, ainda se dão a partir de um modelo teórico tradicional, que concebe a educação como um mecanismo de manutenção e reprodução das condições sociais. 

A lógica da avaliação não é independente da lógica da escola; ao contrário, ela é produto de uma escola que se separou da vida e das práticas sociais. Como consequência, o autoritarismo é o elemento necessário para a garantia deste modelo social e, daí, a prática da avaliação manifestar-se autoritária. Esta concepção da avaliação da aprendizagem escolar reflete, pois, uma pedagogia que, por sua vez, está a serviço de um modelo dominante que pode ser identificado como liberal conservador.

Este modelo produziu três pedagogias distintas, mas com um objetivo em comum: manutenção das condições sociais. Assim se apresentam a pedagogia tradicional, a pedagogia renovada ou escolanovista e a pedagogia tecnicista. No entanto, três modelos pedagógicos se desenvolveram como antíteses aos modelos pedagógicos conservadores: a pedagogia libertadora de Paulo Freire, a pedagogia libertária e a pedagogia dos conteúdos socioculturais de Dermeval Saviani. 

Esses dois grupos de pedagogias – tradicionais e emancipadoras – representam concepções antagônicas. O primeiro grupo está preocupado com a reprodução e conservação da sociedade, propondo práticas autoritárias de avaliação. O segundo grupo assume uma perspectiva de transformação social, objetivo com o qual a educação formal pode contribuir, incluindo práticas de avaliação visando à autonomia do educando.

Adaptado. Por Sérgio A. S. Leite e Samantha Kager. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 17, n. 62, p. 109-134, jan./mar. 2009. Disponível em: https://bit.ly/31DeFba. 

Leia o texto 'Sobre a avaliação da aprendizagem escolar' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:


I. O texto leva o leitor a concluir que a concepção da avaliação da aprendizagem escolar predominante nas escolas reflete uma pedagogia que está a serviço de um modelo dominante que pode ser identificado como liberal conservador.

II. Uma das ideias presentes no texto é a de que as práticas de avaliação da aprendizagem escolar, predominantes em nosso meio, ainda se dão a partir de um modelo teórico tradicional, que concebe a educação como um mecanismo de manutenção e reprodução das condições sociais.

III. Após a análise do texto, é possível inferir que as pedagogias emancipadoras assumem uma perspectiva de transformação social. Na perspectiva do texto, a educação formal pode contribuir com esse objetivo através da inclusão de práticas de avaliação visando à autonomia do educando.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

O que existe ou não existe numa língua?

(Marcos Bagno)


Quando se trata de falar sobre a língua, o verbo existir pode ter dois sentidos muito diferentes. A pessoa que se guia pelo purismo linguístico (uma espécie de racismo gramatical, nada menos), quando topa, por exemplo, com uma construção do tipo “pra mim fazer”, exclama categoricamente: “‘Pra mim fazer’ não existe em português!”. Não importa que a imensa maioria da população brasileira use essa construção: o fato de não estar prevista na (limitadíssima e paupérrima) norma-padrão convencional é suficiente para decretar sua inexistência. Me divirto muito com isso. Se a coisa “não existe”, para que então afirmar essa não-existência? Tá lá no Freud, e se chama denegação. Se o Antigo Testamento precisou condenar a homossexualidade é porque ela existia, sim, alegre e saltitante, na sociedade hebraica daquela época. Afinal, ninguém precisa dizer que não existem elefantes na Amazônia: se fôssemos listar todas as espécies animais que não existem lá, estaríamos fazendo um trabalho inútil e, convenhamos, ridículo.

Por outro lado, quando uma linguista diz que determinada categoria gramatical (ou qualquer outro elemento) não existe numa língua, ela está enunciando aquilo que a pesquisa acumulada a respeito do fenômeno permite concluir. Não se trata de listar todas as categorias gramaticais que não existem numa língua, mas de procurar entender, num quadro mais amplo de comparação, sobretudo entre línguas aparentadas, porque aquela categoria específica, se algum dia existiu, desapareceu devido aos processos de mudança linguística. Além disso, quando a linguista diz que X não existe, ela está se referindo à língua falada espontânea, ao discurso menos monitorado possível, porque é nessa modalidade de uso que se pode realmente detectar com certeza a gramática internalizada das pessoas que falam, bem como os processos de mudança em andamento. E é precisamente disso que quero tratar aqui hoje: da inexistência, no PB (português brasileiro), de pronomes oblíquos de 3ª pessoa. Já se assustou? Não precisa.

As formas oblíquas de 3ª p. — o, a, os, as — não pertencem à gramática do PB (gramática entendida aqui como o conhecimento intuitivo que cada uma de nós tem da língua que fala). Essas formas só podem ser adquiridas por meio do acesso à cultura letrada, da instrução formal, do ensino consciente da língua. A esse ensino consciente podemos contrapor a aquisição inconsciente da língua, que é o misterioso processo pelo qual aprendemos a falar nossa língua materna (ou línguas no plural, no caso das pessoas sortudas que nascem e crescem em ambientes multilíngues). 

Quem nos revela melhor do que ninguém a (in)existência de categorias gramaticais numa língua são as crianças, especialmente as que ainda não tiveram acesso à educação formal. Uma menina de mais ou menos 7 anos já é dotada de um conhecimento fabuloso de sua língua. Se formos coletar a fala espontânea de crianças brasileiras dessa idade, seja de que classe social for, não vamos encontrar absolutamente nenhuma ocorrência de o/a/os/as como pronomes oblíquos. Se, por outro lado, formos coletar a fala de crianças dessa idade que tenham como língua materna português europeu, galego, espanhol, catalão, provençal, francês e italiano (para ficar só nessas línguas do grupo românico), vamos encontrar uma farta ocorrência dos pronomes oblíquos de 3ª p. dessas línguas. A réplica daquela velha parlenda brasileira “— Cadê o docinho que tava aqui? — O gato comeu” seria traduzida em todas essas línguas pelo equivalente a “o gato o comeu”. Se as crianças brasileiras não produzem o/a/os/as é porque não adquiriram esses pronomes no ambiente familiar, e se não adquiriram é porque seus pais, tios, avós etc. não usam esses pronomes. Simples assim.

(Disponível em: https://bit.ly/372nb5v. Acesso em nov. 2020)

Leia o texto 'O que existe ou não existe numa língua?' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. Os adjetivos, indepentemente de sua configuração (apenas lexical ou oracional), são de suma importância para a apreciação e marcação de ponto de vista. Exemplos do uso dessa categoria estão presentes em trechos como “o fato de não estar prevista na (limitadíssima e paupérrima) normapadrão convencional” e “Se o Antigo Testamento precisou condenar a homossexualidade é porque ela existia, sim, alegre e saltitante, na sociedade hebraica daquela época”.

II. A tese inicial do autor é verdadeira, pois a norma “padrão” considera errado o emprego do pronome oblíquo associado ao infinitivo em enunciados como “É difícil para mim realizar esta árdua tarefa”.

III. O “desvio” à norma padrão, trazido no texto (“Me divirto muito com isso”), é coerente com o posicionamento do autor, no que tange à crítica ao purismo linguístico. Corrobora com essa ideia a tese de que a língua admite variações e algumas formas se “cristalizam” nos usos.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

NAVEGAÇÃO SOLAR


A vela solar LightSail 2, lançada em junho de 2019 como uma demonstração de navegação impulsionada pela luz do Sol na órbita baixa da Terra, recebeu uma missão estendida. A missão havia sido planejada para durar um ano, mas agora a nave movida a vela terá mais uma tarefa a cumprir.


Implantada em julho de 2019, a vela de 32 metros quadrados provou ser capaz de alterar a órbita do seu pequeno satélite. A Sociedade Planetária (SP) declarou a missão financiada por ela um sucesso no final do mesmo mês. "Estamos indo para uma altitude orbital mais alta sem combustível, apenas pelo impulso da luz do Sol", disse Bill Nye, executivo-chefe da SP. 


Acontece que os desenvolvedores da vela acreditavam que ela iria se deteriorar e que o satélite entraria na atmosfera após cerca de um ano. Já que isso não aconteceu, nada mais lógico do que aproveitar o equipamento para mais experimentos. Assim, no dia 25 de junho de 2020, no aniversário de um ano do lançamento, um webinar foi realizado pela Sociedade Planetária e o início da missão estendida do LightSail 2 foi oficialmente anunciado. 


Eles relataram que o “objetivo principal, tecnologicamente, era demonstrar a propulsão controlada por vela solar", de acordo com Bruce Betts, gerente do programa LightSail e cientista chefe da SP. "Nós fizemos isso", concluiu Bruce. Agora, eles querem otimizar o desempenho da vela.


A sonda permanece em órbita a uma altitude média de mais de 700 km, mas quando a vela solar é controlada, a órbita do equipamento controlado pela vela decai cerca de 20 metros por dia. Quando a vela não é controlada ativamente, a órbita decai a uma taxa de 34 metros por dia. A diferença, de acordo com a equipe, "é o efeito que estamos obtendo em termos de controle de vela, usando a pressão solar para combater o arrasto atmosférico". 


Na missão estendida, os controladores da nave continuarão otimizando o desempenho da vela e tentarão resolver os problemas encontrados na navegação. No entanto, ainda não se sabe quanto tempo a LightSail 2 permanecerá em órbita – isso vai depender da eficiência da equipe na navegação solar. De acordo com as previsões da equipe, é provável que a nave permaneça em órbita até 2021.


Disponível em: https://bit.ly/3fA6XTW. Com adaptações.

Leia o texto 'NAVEGAÇÃO SOLAR' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. As informações do texto levam à conclusão de que, de acordo com as previsões da equipe de pesquisadores, é provável que a nave movida a vela solar permaneça em órbita até 2031.

II. De acordo com as informações apresentadas pelo texto, pode-se concluir que, para os cientistas, como a vela não se deteriorou e o satélite não entrou na atmosfera, nada mais lógico do que aproveitar o equipamento para mais experimentos.

III. Na missão estendida da vela solar LightSail 2, os controladores da nave continuarão otimizando o desempenho da vela e tentarão resolver os problemas encontrados na navegação, de acordo com as informações do texto.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

Provas e Concursos

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