Questões de Português

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No tocante às formas estilísticas, julgue os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:

I – Ok, sabichão, você nunca erra (ironia).
II – Amorzinho, me deixa em paz um pouquinho (afeto).
III – Gatinha, posso dar meu número de telefone? (depreciação).

    A) Apenas o item I é verdadeiro.

    B) Apenas o item II é verdadeiro.

    C) Apenas o item III é verdadeiro.

    D) Apenas os itens II e III são verdadeiros.

    E) Todos os itens são verdadeiros.

NOVO PREDADOR


O Tiranossauro Rex é, possivelmente, um dos dinossauros mais populares do mundo. Não é à toa que a criatura, que viveu onde hoje é a América do Norte, está presente desde produtos infantis até filmes de Hollywood.


Agora, evidências de um novo predador foram descobertas na Austrália, com os seus fósseis indicando que ele foi tão grande quanto o Tiranossauro Rex. De acordo com estudo liderado pelo paleontólogo Anthony Romilio, da Universidade de Queensland, na Austrália, a descoberta foi feita através de uma pegada fossilizada existente onde já havia sido uma mina de carvão.


"Essas trilhas foram feitas por dinossauros que caminharam pelas florestas de pântano, que antes ocupavam muito da paisagem que hoje é o sul de Queensland", conta o pesquisador. Junto de seus colegas de estudos, Romilio documentou o total de 20 fósseis de rastros de dinossauros.


Enquanto a menor das criaturas tinha apenas o tamanho de uma ema, a maior possuía um pouco menos de três metros de altura e 10 metros de comprimento, sendo quase do tamanho de um Tiranossauro Rex, mas mais fino e alongado. A pegada deste novo grande carnívoro tem quase 80 centímetros de comprimento e o rastro fossilizado em que se encontrava conta com, aproximadamente, 160 milhões de anos, sendo ele, então, 90 milhões de anos mais velho que fósseis já encontrados do Tiranossauro Rex.


Com base nas pegadas individuais e nas trilhas nas quais cada uma delas foi encontrada, os paleontólogos conseguem descobrir como se moviam estes animais de duas pernas, informação que traz conclusões sobre a forma em que eles viajavam pelos ambientes em que passavam. Boa parte dos dinossauros grandes costumavam andar em ritmo de caminhada, com passos mais curtos devido ao tamanho de suas pernas. Porém, duas das trilhas encontradas pelos pesquisadores apontavam para um tamanho de passo maior, típico de animais em fuga.


Essa distância entre os passos sugere, então, que esses grandes dinossauros se movimentavam em velocidades de até 35 quilômetros por hora. A fim de comparação, um ser humano consegue correr cerca de 24 quilômetros por hora. A mais recente descoberta dos paleontólogos, segundo Romilio, preenche um vazio nos registros de dinossauros australianos. Até o momento, os maiores dinossauros encontrados no país estão na classe herbívora, como o Brontossauro e Mutaburrassauro.


Por Natalie Rosa, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/30aSUOg). Com adaptações. 

Leia o texto 'NOVO PREDADOR' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. De acordo com as informações do texto, pode-se concluir que as trilhas descobertas foram feitas por dinossauros que caminharam pelas florestas de pântano, que antes ocupavam muito da paisagem que hoje é o sul de Queensland.


II. Com base nas pegadas individuais e nas trilhas nas quais cada uma delas foi encontrada, os paleontólogos conseguem descobrir como se moviam os animais de duas pernas encontrados, como se pode concluir a partir da análise das informações do texto.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

O Eu Ideal


Os cuidados exagerados com o corpo e os distúrbios alimentares têm tomado cada vez mais espaço no nosso cotidiano. Como mostra o estudo realizado pela Casa do Adolescente em São Paulo, 77% dos jovens entre 10 e 24 anos têm tendência a ter algum tipo de compulsão alimentar. Dos jovens que foram entrevistados, 39% estavam acima do peso. Desses 39%, 85% acreditavam que existe um padrão de beleza ditado pela mídia, 46% acreditavam que mulheres magras são mais felizes e 55% queriam simplesmente acordar magros. Nos homens, a taxa de distúrbios alimentares é menor, sendo uma equivalência de um homem para cada 10 mulheres.

As mulheres tentam de diversas formas alcançar um padrão de beleza, por vezes considerado inalcançável, e para isso acabam submetendo-se a regimes, práticas exageradas de exercício, uso de medicamentos, diversas cirurgias e outras práticas. Mesmo que em homens haja menor incidência, a insatisfação é recorrente, o que os leva ao uso de hormônios, à prática de exercícios em excesso, regimes e eventualmente cirurgias, dentre outras práticas utilizadas. Todos esses meios de alcançar a satisfação do corpo body perfect (corpo perfeito, em tradução livre do inglês), causam sérios problemas à estrutura física e psíquica dessas pessoas. 

Hoje em dia, sabe-se que a prática de regimes e exercícios pode ser benéfica ou maléfica, isso dependendo da forma de sua realização. Qualquer atividade deve ser realizada com acompanhamento especializado de nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos e médico clínico, pois sem o acompanhamento desses profissionais a prática esportiva ou a execução de dietas podem vir a causar uma série de problemas.

Por Aline da Silva de Lara, Leonardo Vilela e Thainá Moraes dos Santos, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/2B1Wjqd). Com adaptações. 

Leia o texto 'O Eu Ideal' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. Sem os acompanhamentos de profissionais, as práticas que visam a alcançar um padrão de beleza podem vir a causar uma série de problemas, de acordo com as informações apresentadas no texto.

II. É comum, entre as mulheres, utilizar-se de cirurgias como um meio para tentar negar um padrão de beleza, de acordo com as informações apresentadas no texto.

III. Segundo o texto, nos homens, há maior incidência de insatisfação com a própria imagem, especialmente em relação aos cabelos grisalhos ou à forma de se vestir.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

Sobre a avaliação da aprendizagem escolar


As práticas de avaliação da aprendizagem escolar, predominantes em nosso meio, ainda se dão a partir de um modelo teórico tradicional, que concebe a educação como um mecanismo de manutenção e reprodução das condições sociais. 

A lógica da avaliação não é independente da lógica da escola; ao contrário, ela é produto de uma escola que se separou da vida e das práticas sociais. Como consequência, o autoritarismo é o elemento necessário para a garantia deste modelo social e, daí, a prática da avaliação manifestar-se autoritária. Esta concepção da avaliação da aprendizagem escolar reflete, pois, uma pedagogia que, por sua vez, está a serviço de um modelo dominante que pode ser identificado como liberal conservador.

Este modelo produziu três pedagogias distintas, mas com um objetivo em comum: manutenção das condições sociais. Assim se apresentam a pedagogia tradicional, a pedagogia renovada ou escolanovista e a pedagogia tecnicista. No entanto, três modelos pedagógicos se desenvolveram como antíteses aos modelos pedagógicos conservadores: a pedagogia libertadora de Paulo Freire, a pedagogia libertária e a pedagogia dos conteúdos socioculturais de Dermeval Saviani. 

Esses dois grupos de pedagogias – tradicionais e emancipadoras – representam concepções antagônicas. O primeiro grupo está preocupado com a reprodução e conservação da sociedade, propondo práticas autoritárias de avaliação. O segundo grupo assume uma perspectiva de transformação social, objetivo com o qual a educação formal pode contribuir, incluindo práticas de avaliação visando à autonomia do educando.

Adaptado. Por Sérgio A. S. Leite e Samantha Kager. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 17, n. 62, p. 109-134, jan./mar. 2009. Disponível em: https://bit.ly/31DeFba. 

Leia o texto 'Sobre a avaliação da aprendizagem escolar' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:


I. Após a análise do texto, é possível concluir que o modelo de avaliação adotado predominantemente nas escolas reflete uma separação evidente entre as práticas escolares e a realidade social. Esse modelo de avaliação, de acordo com o texto, é apoiado por alguns modelos pedagógicos e, ao mesmo tempo, é combatido por outros modelos.

II. De acordo com as informações do texto, pode-se inferir que as pedagogias tradicionais e emancipadoras representam concepções análogas de práticas educacionais consistentes e amplamente presentes nas escolas brasileiras. O texto afirma, ainda, que a opção sobre qual metodologia ou linha de trabalho adotar é exclusivamente de cada professor, não havendo interferência da cultura escolar nesse aspecto.

III. O texto leva o leitor a inferir que o modelo predominante de avaliação nas escolas produziu três pedagogias distintas com o objetivo de manutenção das condições sociais: a pedagogia tradicional, a pedagogia renovada e a pedagogia tecnicista.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) as afirmativas estão corretas.

O que existe ou não existe numa língua?

(Marcos Bagno)


Quando se trata de falar sobre a língua, o verbo existir pode ter dois sentidos muito diferentes. A pessoa que se guia pelo purismo linguístico (uma espécie de racismo gramatical, nada menos), quando topa, por exemplo, com uma construção do tipo “pra mim fazer”, exclama categoricamente: “‘Pra mim fazer’ não existe em português!”. Não importa que a imensa maioria da população brasileira use essa construção: o fato de não estar prevista na (limitadíssima e paupérrima) norma-padrão convencional é suficiente para decretar sua inexistência. Me divirto muito com isso. Se a coisa “não existe”, para que então afirmar essa não-existência? Tá lá no Freud, e se chama denegação. Se o Antigo Testamento precisou condenar a homossexualidade é porque ela existia, sim, alegre e saltitante, na sociedade hebraica daquela época. Afinal, ninguém precisa dizer que não existem elefantes na Amazônia: se fôssemos listar todas as espécies animais que não existem lá, estaríamos fazendo um trabalho inútil e, convenhamos, ridículo.

Por outro lado, quando uma linguista diz que determinada categoria gramatical (ou qualquer outro elemento) não existe numa língua, ela está enunciando aquilo que a pesquisa acumulada a respeito do fenômeno permite concluir. Não se trata de listar todas as categorias gramaticais que não existem numa língua, mas de procurar entender, num quadro mais amplo de comparação, sobretudo entre línguas aparentadas, porque aquela categoria específica, se algum dia existiu, desapareceu devido aos processos de mudança linguística. Além disso, quando a linguista diz que X não existe, ela está se referindo à língua falada espontânea, ao discurso menos monitorado possível, porque é nessa modalidade de uso que se pode realmente detectar com certeza a gramática internalizada das pessoas que falam, bem como os processos de mudança em andamento. E é precisamente disso que quero tratar aqui hoje: da inexistência, no PB (português brasileiro), de pronomes oblíquos de 3ª pessoa. Já se assustou? Não precisa.

As formas oblíquas de 3ª p. — o, a, os, as — não pertencem à gramática do PB (gramática entendida aqui como o conhecimento intuitivo que cada uma de nós tem da língua que fala). Essas formas só podem ser adquiridas por meio do acesso à cultura letrada, da instrução formal, do ensino consciente da língua. A esse ensino consciente podemos contrapor a aquisição inconsciente da língua, que é o misterioso processo pelo qual aprendemos a falar nossa língua materna (ou línguas no plural, no caso das pessoas sortudas que nascem e crescem em ambientes multilíngues). 

Quem nos revela melhor do que ninguém a (in)existência de categorias gramaticais numa língua são as crianças, especialmente as que ainda não tiveram acesso à educação formal. Uma menina de mais ou menos 7 anos já é dotada de um conhecimento fabuloso de sua língua. Se formos coletar a fala espontânea de crianças brasileiras dessa idade, seja de que classe social for, não vamos encontrar absolutamente nenhuma ocorrência de o/a/os/as como pronomes oblíquos. Se, por outro lado, formos coletar a fala de crianças dessa idade que tenham como língua materna português europeu, galego, espanhol, catalão, provençal, francês e italiano (para ficar só nessas línguas do grupo românico), vamos encontrar uma farta ocorrência dos pronomes oblíquos de 3ª p. dessas línguas. A réplica daquela velha parlenda brasileira “— Cadê o docinho que tava aqui? — O gato comeu” seria traduzida em todas essas línguas pelo equivalente a “o gato o comeu”. Se as crianças brasileiras não produzem o/a/os/as é porque não adquiriram esses pronomes no ambiente familiar, e se não adquiriram é porque seus pais, tios, avós etc. não usam esses pronomes. Simples assim.

(Disponível em: https://bit.ly/372nb5v. Acesso em nov. 2020)

Leia o texto 'O que existe ou não existe numa língua?' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. Uma forma de oferecer maior objetividade ao texto, modificando as formas verbais, sem alterar a função discursiva do trecho “Não importa que a imensa maioria da população brasileira use essa construção...”, seria reescrevêlo da seguinte maneira: “Não importa a imensa população brasileira usar essa construção...”. O mesmo fenômeno pode ocorrer em enunciados como I. Joana quer que você faça aquela deliciosa torta; II. Joana quer fazer aquela deliciosa torta.

II. No trecho “Se a coisa ‘não existe’, para que então afirmar essa não-existência?”, o uso de pronome apassivador confere objetividade ao texto, pois evita-se a voz passiva analítica da forma verbal. Já o pronome demostrativo exerce papel importante na retomada das ideias, corroborando com a progressão sequencial.

III. No fragmento “se fôssemos listar todas as espécies animais que não existem lá, estaríamos fazendo um trabalho inútil e, convenhamos, ridículo”, o uso da primeira pessoa do plural, com destaque para o isolamento da forma verbal “convenhamos”, por vírgulas, convida o leitor a compartilhar do mesmo ponto de vista do autor. Fenômeno idêntico se dá com algumas expressões, gramaticalmente bem localizadas, como a do enunciado a seguir: “O aumento acentuado da pobreza pode levar o Brasil novamente para o Mapa da Fome. Isso é a meu ver, um grave retrocesso”.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

Gosto de ovo...


Por José Carlos L. Poroca (executivo do segmento de shopping centers).


Observem que o título está, no mínimo, comprometido, meio sem graça. Gosto de ovos, sim – fritos ou cozidos. E fiquei muito tempo regulando a quantidade que poderia ter ingerido, porque havia uma ‘crença’ e uma recomendação que ovos produziam excesso de colesterol. O que deixei de comer (ovos) durante anos poderá fazer falta adiante e não vou perdoar os que difundiam essa crença. Nada farei, sob o ponto de vista do direito do consumidor. Vou apenas rogar uma praga para os que incentivaram a economia no hábito de comer ovos: que nasçam furúnculos nas bochechas, nas partes internas das coxas e em outras partes do corpo.


O título correto seria “gosto de ovo e de enxofre”. O gosto do título e da frase era para ter um acento circunflexo, acento que foi derrubado pela “nova ortografia” – que nem é tão nova assim. Resultado: surgem interpretações mil em cima de uma única palavra ou de uma frase. Não havia necessidade de mudança e, aí, vêm as perguntas: pra quê? por quê? a troco de quê? Evidente que alguém ganhou nessa história, não sei de que forma. Mas sei que essa mudança continua causando confusão, sob vários aspectos.


Vejam alguns exemplos que a “revisão” trouxe: insosso – de estar sem sal e do (a) cara que é “sem sal”; choro – tão fácil: choro, de chorar; choro, variação do verbo chorar; pelo – com acento, a gente sabia que havia cabelo, pelo ou pentelho; hoje, ficamos na incerteza, porque se confundiu com outros pelos; o doce, sem o circunflexo, ficou menos doce, menos saboroso. Os exemplos, até por falta de espaço, não são poucos, são inúmeros.


O título completo seria “‘gôsto’ de ovo e de enxofre”, que é o sabor que fica na parte sensorial da minha língua, quando leio determinados depoimentos e certas justificativas de alguém que cometeu um erro crasso, a chamada justificativa sem explicação, como a declaração do moço que escondeu “money” na parte traseira do corpo e, ainda por cima, com vestígios do material que se deposita no cofre traseiro. Quem já nasce torto não tem jeito, morre como nasceu, ou seja, por mais que tente, não adianta mostrar o que a folhinha não marca. O ascendente de José Carlos “Carlinhos” de Oliveira, Jacó (ou Jacob) do Pinto, judeu que se converteu sob a navalha no pescoço ao catolicismo, foi visto lendo a Bíblia de trás pra frente, no século XVII, no Recife, PE, quando os holandeses foram expulsos pelos portugueses. Não teve segunda chance. A chamada desculpa esfarrapada ou justificativa inservível para corrigir o que está errado é o mesmo que ovo podre: intragável, incomestível, mal cheiroso e com mau gosto. 


(Adaptado. Revisão linguística. Disponível em: https://bit.ly/3oiRw6N. Acesso em 21 nov. 2020).

Leia o texto 'Gosto de ovo...' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. No fragmento “O título completo seria ‘gôsto de ovo e de enxofre’, que é o sabor que fica na parte sensorial da minha língua, quando leio...”, as vírgulas isolam uma ideia de explicação referente ao trecho anterior.

II. No trecho “inservível para corrigir o que está errado é o mesmo que ovo podre: intragável, incomestível, mal cheiroso e com mau gosto”, o prefixo “-in” se junta à base das palavras para conferir-lhes negação. As palavras “mal” e “mau” foram empregadas adequadamente, assim como em “Mal cheguei, o assunto havia terminado. O bom é que ainda ouvi quando falavam de mim”.

III. No texto, percebe-se a ocorrência de um fenômeno ligado ao som, pois a palavra “gosto” é um homônimo. Exemplos do mesmo fenômeno são vocábulos como “colher (substantivo) / colher (verbo); começo (substantivo) / começo (verbo)”.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

Leia o texto a seguir para responder à questão.


TERREMOTO

Rubem Braga – Chile - 1955


Houve pânico em algumas cidades do Norte. A terra tremeu com força e em vários pontos o mar arremeteu contra ela, avançando duzentos, trezentos metros, espatifando barcos contra o cais e bramindo com estrondo. O povo saiu para as praças e passou a noite ao relento; algumas construções desabaram, mas o único homem que morreu foi de susto. 


Lamentamos esse morto e também os pobres pescadores que perderam seus barcos, mas qualquer enchente carioca dá mais prejuízo e vítimas. Mas louvemos o maremoto e o terremoto pelo que eles têm de fundamentalmente pânico, pela sua cega, dramática, purificadora intervenção na vida cotidiana, pela sua lição de humanidade e de fatalidade. Talvez seja bom que os homens não se sintam muito seguros sobre a terra, e que o proprietário de imóvel possa desconfiar de que ela não é tão imóvel assim; que há diabos loucos no fundo do chão e que eles podem promover terríveis anarquias. A natureza tem outros meios de advertência, como o raio e a tromba d’água, mas são demônios do céu que nos atacam. E o homem é fundamentalmente um bicho da terra, é na terra que ele se abriga e confia; apenas se move no céu e na água, na terra é que está seu porto e seu pouso. Ele pisa a terra com uma soberba inconsciente, seguro dela e de si mesmo; só o terremoto consegue lembrar-lhe de maneira fundamental sua condição precária e vã e o faz sentir-se sem base e sem abrigo. [...]


Não sei que influência tem o terremoto sobre o caráter chileno; sei que muitos poderosos de nossa terra ficariam mais simpáticos e propensos à filosofia se o nosso bom Atlântico fizesse uma excursão até a rua Barata Ribeiro e o velho Pão de Açúcar desmoralizasse um slogan de propaganda comercial dando alguns estremeções nervosos.


Houve um tempo em que Deus bastava para tornar humilde o poderoso; hoje seus pesadelos são apenas o comunismo, o enfarte e o câncer, mas ele já se acostumou a pensar que essas coisas só acontecem aos outros. O terremoto ameaça a terra com seus bens e a própria vida; sua ocorrência só pode tornar as pessoas mais amantes da vida e mais conscientes de sua espantosa fragilidade. E isso faz bem. 


A palavra sublinhada apresenta o seguinte sentido:


“[...] um slogan de propaganda comercial dando alguns estremeções nervosos."

    A) Ordenamentos.

    B) Emblemas.

    C) Destaques.

    D) Abalos.

            Por que todo mundo usava peruca na Europa dos séculos 17 e 18?


      Não era todo mundo, apenas os aristocratas. A moda começou com Luís 14 (1638-1715), rei da França. Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície. O resto da nobreza gostou da ideia e o costume pegou. A peruca passou a indicar, então, as diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de status e prestígio.

      Também era comum espalhar talco ou farinha de trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos. Mas, por mais elegante que parecesse ao pessoal da época, a moda das perucas também era nojenta. “Proliferava todo tipo de bicho, de baratas a camundongos, nesses cabelos postiços”, afirma o estilista João Braga, professor de História da Moda das Faculdades Senac, em São Paulo.

      Em 1789, com a Revolução Francesa, veio a guilhotina, que extirpou a maioria das cabeças com perucas. Símbolo de uma nobreza que se desejava exterminar, elas logo caíram em desuso. Sua origem, porém, era muito mais velha do que a monarquia francesa. No Egito antigo, homens e mulheres de todas as classes sociais já exibiam adornos de fibra de papiro – na verdade, disfarce para as cabeças raspadas por causa de uma epidemia de piolhos. Hoje, as perucas de cachos brancos, típicas da nobreza europeia, sobrevivem apenas nos tribunais ingleses, onde compõem a indumentária oficial dos juízes.

Disponível em:<www.super.abril.com.br/mundo-estranho> . Acesso em: 30 nov. 2019.

Releia o seguinte trecho.


“Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície”.


A expressão destacada exerce a função sintática de

    A) objeto direto.

    B) aposto.

    C) predicativo do sujeito.

    D) objeto indireto.

Assinale a alternativa que indica qual termo sublinhado exerce a função de objeto direto na oração a seguir: “Segundo a especialista (1) americana, desde que mais mulheres (2) puderam (3) ter ace...o __ educação superior, o mercado de trabalho (4) sentiu a diferença (5).”

    A) 1

    B) 2

    C) 3

    D) 4

    E) 5

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.



Trabalho remoto exige planejamento e organização

Por Verônica Ruffino


(Disponível em: https://www.ifpb.edu.br/joaopessoa/noticias/2020/04/trabalho-remoto-exige-planejamento-e-organizacao–texto adaptado especialmente para esta prova).

Quais sinais de pontuação substituem,correta e respectivamente,as figuras na linha 07?

    A) Ponto-final –vírgula.

    B) Vírgula –vírgula.

    C) Vírgula –ponto de interrogação.

    D) Vírgula –dois-pontos.

    E) Vírgula –ponto-final.

Provas e Concursos

O Provas e Concursos é um banco de dados de questões de concursos públicos organizadas por matéria, assunto, ano, banca organizadora, etc

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Provas e Concursos
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