Questões sobre Interpretação de Textos

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Solidariedade é a ordem (editorial)


Nenhuma corrente é mais forte do que seu elo mais fraco. A regra, ditada pela sabedoria popular, se aplica a pessoas e sociedades. Em época de novo coronavírus, a lição por ela ensinada deve ser levada às últimas consequências. Quem pode mais ajuda quem pode menos.

No plano individual, a pessoa que pode ficar em casa, fique. Trata-se de luxo só acessível a parte da população. Trabalhadores de diferentes áreas precisam deslocar-se para manter o funcionamento de setores indispensáveis à vida urbana. É o caso de profissionais da saúde, segurança, informação, limpeza, transporte público, comércio essencial.

Servidores domésticos como diaristas quase sempre moram na periferia. Para chegar ao local de trabalho, precisam de ônibus ou metrô – em geral lotados, impossibilitando o distanciamento social. É hora de solidariedade. Por que não dispensá-los temporariamente mantendo a remuneração?

Muitos abrem mão dos profissionais e do pagamento. É injusto e cruel. Elos fracos da corrente, eles trabalham num dia para comer no dia seguinte. Não raro no mesmo dia. Sem vínculo empregatício, não contam com as garantias da legislação trabalhista. O ato lembra a abolição da escravatura. 

Historiadores contam que os senhores das casas grandes expulsaram os moradores das senzalas sem compaixão. Jogaram-nos na rua, deixando-os sem teto, sem roupa e sem comida. Reproduzir o gesto quase um século e meio depois é prova de ignorância das conquistas civilizatórias.

O mesmo ocorre com cidadãos cuja renda depende da circulação de pessoas e mercadorias. Protegê-los é proteger a todos. Estado, empresários, famílias e indivíduos têm de colaborar para frear a disseminação do vírus. Se muitos ficarem doentes ao mesmo tempo, o pior dos cenários se concretizará.

Os sistemas de saúde público e privado entrarão em colapso e, como alertou o ministro da Saúde, nem dinheiro, nem seguros, nem ordens judiciais poderão abrir vagas. A catástrofe, ao contrário da Lei Áurea, ceifará a vida de pobres e ricos.


(SOLIDARIEDADE é a ordem. Disponível em: https://bit.ly/2Wj49TG) 
Leia o texto 'Solidariedade é a ordem (editorial)' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. Além de mostrar a fragilidade de um determinado grupo de trabalhadores, em um cenário de pandemia, o texto orienta a proteção de cidadãos cuja renda depende do fluxo de pessoas e mercadorias.

II. Uma leitura do texto permite inferir que não existe “elo mais fraco”, como apontado no primeiro parágrafo. Na verdade, todos estão inseridos em uma mesma problemática, com as mesmas necessidades e oportunidades.

III. O texto apresenta uma analogia entre os que, em época de coronavírus, abrem mão dos serviços e do pagamento dos profissionais domésticos, como as diaristas (elos fracos da corrente), e a situação dos escravizados que, ao serem expulsos das senzalas sem compaixão, foram jogados na rua, sem teto, sem roupa e sem comida pelos senhores das casas grandes.

Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

CRATERAS DA LUA


A hipótese mais aceita sobre a formação da Lua diz que ela surgiu após a colisão entre a Terra e um planeta do tamanho de Marte, chamado Theia. O suposto evento é chamado de “hipótese do grande impacto”, mas alguns cientistas têm questionado essa ideia. Agora, um novo estudo apresenta novas pistas para desvendar o mistério.


Na suposta colisão com Theia, a Terra teria perdido parte de sua crosta superior, e toda essa rocha destroçada orbitou ao redor do nosso planeta até se aglutinar e formar a Lua. Só que essa camada do nosso planeta é pobre em metais, e novas pesquisas sugerem que o subsolo da Lua é mais rico em metal do que se pensava anteriormente.


Isso significa que a compreensão do processo de colisão com Theia pode estar errada – se é que o impacto de fato aconteceu. Em um estudo publicado na Earth and Planetary Science Letters, cientistas liderados por Essam Heggy utilizaram novos conhecimentos sobre a composição da poeira encontrada no fundo das crateras da Lua e concluíram que o subsolo lunar parece ser rico em óxidos de ferro e titânio. 


Os cientistas já sabiam que o subsolo da Lua continha maiores concentrações desses metais do que a superfície lunar. Porém, ao comparar a presença desses elementos na parte inferior de várias crateras de diferentes tamanhos, a equipe encontrou concentrações maiores de metal nas crateras mais profundas do que nas cavidades mais rasas. De acordo com os pesquisadores, a discrepância entre a quantidade de ferro na crosta terrestre e na Lua pode ser ainda maior do que os cientistas pensavam até então.


Disponível em: https://bit.ly/3evKztL. Com adaptações.

Leia o texto 'CRATERAS DA LUA' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. Após a leitura do texto, o leitor pode concluir que, ao comparar a presença de alguns elementos na parte inferior de várias crateras de diferentes tamanhos da Lua, a equipe do estudo mencionado no texto encontrou concentrações maiores de metal nas crateras mais profundas do que nas cavidades mais rasas.

II. Uma das informações presentes no texto é a de que a hipótese mais aceita sobre a formação da Lua diz que ela surgiu após a colisão entre a Terra e um planeta do tamanho de Marte, chamado Theia.

III. Após a leitura do texto, pode-se inferir que a hipótese de formação da Lua a partir do impacto de um planeta contra a Terra é chamada de “hipótese do grande impacto”, mas alguns cientistas têm questionado essa ideia.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

Diminuir consumo de carne ajuda ao planeta?

Estudo recomenda mudanças alimentares para poder ajudar na saúde e meio ambiente


    Se você não é vegetariana e se questiona se de fato diminuir o consumo de carne ajuda ao planeta, a resposta é sim.

    Um estudo das universidades de Oxford e Minnesota, divulgado essa semana nos Estados Unidos, confirma mais uma vez que as escolhas alimentares – desde o que se come até o quanto se come – impacta mesmo no meio ambiente e na saúde. Não é novidade, mas os sinais cada vez mais claros do aquecimento global reforçam a pesquisa. 

    “Verificamos que alimentos associados com maior negatividade no impacto ambiental – carne vermelha processada ou não – são consistentemente associados com os maiores riscos de saúde também. Assim sendo, fazer a transição alimentar voltada para um consumo maior de alimentos saudáveis contribuiria para melhorar a sustentabilidade ambiental”, diz o estudo. 

    Durante a investigação, foi testado que 50 gramas de carne vermelha processada geram pelo menos 20 vezes mais gás de efeito estufa do que 100 gramas de vegetais. 

    No campo da saúde cientistas voltaram a reforçar que nove do 15 fatores mais comuns para mortalidade mundial são resultado de má alimentação. Doenças como diabetes, infartos e câncer de cólon, responsáveis por 40% das mortes em todo o mundo, também tem forte conexão com a alimentação. 

    No relatório foi avaliado que em uma dieta diária de 2,300 calorias, ao adotar um cardápio vegetariano, é possível reduzir em torno de 30% da emissão de gases de efeito estufa. Se fosse vegano (exclui leite e derivados) contribuiria ainda mais para a redução da emissão de carbono, com uma contribuição de até 85% da redução de emissão de gás carbono.

    Porém hábitos são difíceis de mudar.

    Para não ser 100% radical, já ajudaria bastante (eles dizem) adotar menu vegetariano por 2/3 das refeições, podendo ocasionalmente manter o consumo de alimentos provenientes de carne. Ao fazer esse esforço, significaria reduzir as consequências de emissão de gás carbono por causa de comida em quase 60%.

    "Alimentos que têm menos impacto ambiental ou que são menos associados com doenças, como grãos refinados, laticínios, ovos e aves. Eles podem ajudar na sustentabilidade de saúde e meio ambiente se forem usados para substituir alimentos menos saudáveis ou que tenham maior impacto ambiental, como carne vermelha, processada ou não”, conclui o estudo.


Disponível em: < https://claudia.abril.com.br/saude/diminuir-consumo-de-carne-ajuda-ao-planeta/>. Acesso em: 20 jan 2020.

“Durante a investigação, foi testado que 50 gramas de carne vermelha processada geram pelo menos 20 vezes mais gás de efeito estufa do que 100 gramas de vegetais.”
Qual das alternativas apresenta uma CORRETA interpretação dos dados apresentados no trecho?

    A) Gasta-se cerca de 20% mais energia para se produzir alimentos de carne vermelha processada do que vegetais.

    B) Embora a comparação utilize pesos diferentes para os alimentos, é possível entender que os impactos ambientais da produção da carne vermelha é muito superior aos impactos causados pela produção de vegetais.

    C) Ao equiparar o peso da carne vermelha e dos vegetais, a diferença na emissão de gases do efeito estufa praticamente se anula.

    D) Produzir 100 gramas de vegetais custa ao meio ambiente metade do impacto ambiental que produzir 100 gramas de carne vermelha.

    E) A carne vermelha impacta o meio ambiente cerca de 50% a mais do que a produção de vegetais.

Cultura clonada e mestiçagem

    Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

     Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estado-nação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

      O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

        Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgência, equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Frequentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

     O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

     Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão.

         Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.


PORTELLA, Eduardo. Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O

Correio da Unesco, jun., 2000

Nos excertos abaixo retirados do texto, há um vocábulo “que” com função textual diferente das demais; assinale a alternativa em que ele aparece:

    A) “(...) que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". (2º parágrafo)

    B) “(...) que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto.” (3º parágrafo)

    C) “(...) que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.” (3º parágrafo)

    D) “(...) que reparar a fratura social exige (...)” (4º parágrafo)

    E) “(...) que se pague a fatura cultural (...)” (4º parágrafo)

TEXTO I

Do bom uso do relativismo


     Hoje, pela multimídia, imagens e gentes do mundo inteiro nos entram pelos telhados, portas e janelas e convivem conosco. É o efeito das redes globalizadas de comunicação. A primeira reação é de perplexidade que pode provocar duas atitudes: ou de interesse para melhor conhecer, que implica abertura e diálogo, ou de distanciamento, que pressupõe fechar o espírito e excluir. De todas as formas, surge uma percepção incontornável: nosso modo de ser não é o único. Há gente que, sem deixar de ser gente, é diferente.

     Quer dizer, nosso modo de ser, de habitar o mundo, de pensar, de valorar e de comer não é absoluto. Há mil outras formas diferentes de sermos humanos, desde a forma dos esquimós siberianos, passando pelos yanomamis do Brasil, até chegarmos aos sofisticados moradores de Alphavilles, onde se resguardam as elites opulentas e amedrontadas. O mesmo vale para as diferenças de cultura, de língua, de religião, de ética e de lazer.

     Deste fato surge, de imediato, o relativismo em dois sentidos: primeiro, importa relativizar todos os modos de ser; nenhum deles é absoluto a ponto de invalidar os demais; impõe-se também a atitude de respeito e de acolhida da diferença porque, pelo simples fato de estar-aí, goza de direito de existir e de coexistir; segundo, o relativo quer expressar o fato de que todos estão de alguma forma relacionados. Eles não podem ser pensados independentemente uns dos outros, porque todos são portadores da mesma humanidade.

  Devemos alargar a compreensão do humano para além de nossa concretização. Somos uma geossociedade una, múltipla e diferente.

    Todas estas manifestações humanas são portadoras de valor e de verdade. Mas são um valor e uma verdade relativos, vale dizer, relacionados uns aos outros, autoimplicados, sendo que nenhum deles, tomado em si, é absoluto.

     Então não há verdade absoluta? Vale o everything goes de alguns pós-modernos? Quer dizer, o “vale tudo”? Não é o vale tudo. Tudo vale na medida em que mantém relação com os outros, respeitando-os em sua diferença. Cada um é portador de verdade mas ninguém pode ter o monopólio dela. Todos, de alguma forma, participam da verdade. Mas podem crescer para uma verdade mais plena, na medida em que mais e mais se abrem uns aos outros.

     Bem em dizia o poeta espanhol António Machado: “Não a tua verdade. A verdade. Vem comigo buscá-la. A tua, guarde-a”. Se a buscarmos juntos, no diálogo e na cordialidade, então mais e mais desaparece a minha verdade para dar lugar à Verdade comungada por todos.

     A ilusão do Ocidente é de imaginar que a única janela que dá acesso à verdade, à religião verdadeira, à autêntica cultura e ao saber crítico é o seu modo de ver e de viver. As demais janelas apenas mostram paisagens distorcidas. Ele se condena a um fundamentalismo visceral que o fez, outrora, organizar massacres ao impor a sua religião e, hoje, guerras para forçar a democracia no Iraque e no Afeganistão.

     Devemos fazer o bom uso do relativismo, inspirados na culinária. Há uma só culinária, a que prepara os alimentos humanos. Mas ela se concretiza em muitas formas, as várias cozinhas: a mineira, a nordestina, a japonesa, a chinesa, a mexicana e outras. Ninguém pode dizer que só uma é a verdadeira e gostosa e as outras não. Todas são gostosas do seu jeito e todas mostram a extraordinária versatilidade da arte culinária. Por que com a verdade deveria ser diferente?


LEONARDO BOFF - http://alainet.org


Vocabulário:

Alphavilles: condomínios de luxo

everything goes: literalmente, “todas as coisas vão”; equivale à expressão “vale tudo”Do bom uso do relativismo

Analise o articulador textual destacado no excerto retirado do texto I “A primeira reação é de perplexidade que pode provocar duas atitudes: ou de interesse para melhor conhecer, que implica abertura e diálogo, ou de distanciamento, que pressupõe fechar o espírito e excluir.” (1º parágrafo) e assinale a alternativa que encerra seu correto valor semântico:

    A) contraposição;

    B) alternância;

    C) concessão;

    D) alternativa;

    E) proporção.

Leia a tirinha a seguir e responda o que se pede.
(Fonte: Retirada da Internet, em “Charges sobre Tecnologia no Ensino”. Acesso em 06/10/19.)
I- A inclusão digital, além da contribuição no processo de ensino e aprendizagem, cumpre o papel fundamental de possibilitar às pessoas o contato com o mundo digital. II- A facilidade de pesquisar, ler e conhecer sobre os mais variados assuntos, navegando na internet, enseja um novo perfil de estudante, que exige, também, um outro perfil de professor. III- A fala da personagem no último quadrinho apresenta um paradoxo, em relação às ideias anteriores, tendo em vista que a personagem defende e reforça o comportamento feminista dos padrões tradicionais.
Está CORRETO o que se afirma em:

    A) II e III apenas.

    B) I apenas.

    C) I, II e III.

    D) II apenas.

    E) III apenas.

Leia atentamente a tirinha da garotinha Mafalda a seguir para responder à questão.


Leia as afirmações a seguir:


I – Pela leitura da tirinha, é possível afirmar que Mafalda não gosta de sopas.

II – É possível afirmar que Mafalda se conforma com a definição da palavra “sopa”, presente no dicionário.

III – No último quadrinho, a mãe de Mafalda consegue imaginar por que o dicionário está no lixo.


É (São) correta(s) a(s) afirmativa(s):

    A) II e III.

    B) Apenas I.

    C) Apenas II.

    D) Apenas III.

Uma Mente Brilhante


O filme “Uma Mente Brilhante” retrata a vida de John Nash, desde sua juventude até sua idade avançada, quando recebe o prêmio Nobel. John, uma mente brilhante na matemática, inicia seus estudos na universidade de Princeton. Tímido, introspectivo e solitário, quer descobrir uma teoria original, o que o torna arrogante aos olhos dos colegas de faculdade. Logo no início de seus estudos, ele divide o quarto com um amigo, Charles Herman, com quem vai manter amizade até depois de casar-se. Durante a faculdade, realiza uma descoberta que o destaca no universo acadêmico, posteriormente batizado de o teorema de Equilíbrio de Nash. 


Após a faculdade, trabalha como professor e conhece sua futura esposa, Alicia Nash. Ele acredita ter sido convidado a participar de uma missão secreta, pela inteligência dos Estados Unidos, para desvendar códigos secretos enviados pelos russos a espiões nos EUA. Assim, conhece William Parcher, um espião que o acoberta e o socorre quando John corre perigo. Sua esposa começa a desconfiar de suas atitudes e pede ajuda médica. John é então internado, diagnosticado como esquizofrênico e tratado por um psiquiatra. Após vários anos de altos e baixos no tratamento, ele consegue retornar à universidade e lecionar. É mundialmente reconhecido pelas suas descobertas na matemática com o prêmio Nobel.


John provavelmente começou com os sinais e sintomas após a grande carga de stress ocasionada pela mudança para a universidade e a sua cobrança para descobrir uma teoria original. O indivíduo que desenvolve a esquizofrenia apresenta alucinações e delírios, como no caso de John Nash. Seu melhor amigo, e depois uma sobrinha dele, e o espião americano William, eram alucinações. Sobre os delírios, John criou uma realidade para seu psíquico em que ele era a chave para salvar os EUA de uma grande guerra e de um ataque com bomba russa. 


Como John era introspectivo, levou-se muito tempo para descobrir a doença, e ele já estava em estado crepuscular quando sua esposa suspeitou que havia algo estranho em seu comportamento. Neste caso, o tratamento com psicotrópicos e acompanhamento do psiquiatra é fundamental. Infelizmente, como o caso ocorreu na década de sessenta, ele recebeu choques como parte do tratamento e ficou em hospital psiquiátrico por várias semanas. 


Por Flávia Cristina Martins de Oliveira, em fevereiro de 2020 (disponível em: https://bit.ly/3eAYH4S). Com adaptações.

Leia o texto 'Uma Mente Brilhante' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. No psicótico que desenvolve a esquizofrenia, não há alucinações ou delírios, exceto no caso de John Nash, de acordo com o texto.

II. John Nash, ao conhecer William Parcher, passa a descobrir sobre o significado da esquizofrenia e decide consultar-se com um médico especializado, de acordo com o texto.

III. Em casos como o de John Nash, o tratamento com psicotrópicos e o acompanhamento do psiquiatra devem ser evitados, pois agravam as alucinações, de acordo com as informações apresentadas no texto.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

Serviço social e saúde

O Serviço Social é uma profissão interdisciplinar por excelência, uma vez que articula diferentes conhecimentos de modo próprio, num movimento crítico entre prática e teoria e teoria-prática. 

O Serviço Social tem como desafio construir alternativas profissionais que superem as atividades técnico-burocráticas e focalizem a ação técnico-política viabilizando a participação popular, democratização das instituições, elevação da consciência sanitária e ampliação dos direitos sociais.

Especificamente na área da saúde, o assistente social não pode se distanciar do objetivo da profissão, que passa pela compreensão dos determinantes sociais, econômicos e culturais que interferem no processo saúde-doença e na busca de estratégias político-institucionais para o enfrentamento dessas questões.

O projeto ético político profissional tem que estar articulado com o da reforma sanitária e dentro desta perspectiva, considera-se que o código de ética da profissão forneça as ferramentas imprescindíveis para o trabalho do assistente social na saúde em todas as dimensões.

A atuação profissional dos Assistentes Sociais ocorre em quatro grandes eixos: atendimento direto aos usuários (ações socioassistenciais, ações articuladas com a equipe de saúde e ações socioeducativas); mobilização, participação e controle social; investigação, planejamento e gestão e assessoria, qualificação e formação profissional. Esses eixos devem ser compreendidos de modo articulado dentro de uma concepção de totalidade.

Adaptado. Fonte: https://bit.ly/3ktPwqG. 
Leia o texto 'Serviço social e saúde' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir: I. O texto procura deixar claro que a atuação profissional dos assistentes sociais ocorre em quatro grandes eixos, os quais devem ser compreendidos de modo articulado dentro de uma concepção de totalidade. II. De acordo com as informações do texto, cabe aos assistentes sociais realizarem o acolhimento e a humanização do atendimento aos usuários dos serviços nas instituições públicas de saúde. Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Solidariedade é a ordem (editorial)


Nenhuma corrente é mais forte do que seu elo mais fraco. A regra, ditada pela sabedoria popular, se aplica a pessoas e sociedades. Em época de novo coronavírus, a lição por ela ensinada deve ser levada às últimas consequências. Quem pode mais ajuda quem pode menos.

No plano individual, a pessoa que pode ficar em casa, fique. Trata-se de luxo só acessível a parte da população. Trabalhadores de diferentes áreas precisam deslocar-se para manter o funcionamento de setores indispensáveis à vida urbana. É o caso de profissionais da saúde, segurança, informação, limpeza, transporte público, comércio essencial.

Servidores domésticos como diaristas quase sempre moram na periferia. Para chegar ao local de trabalho, precisam de ônibus ou metrô – em geral lotados, impossibilitando o distanciamento social. É hora de solidariedade. Por que não dispensá-los temporariamente mantendo a remuneração?

Muitos abrem mão dos profissionais e do pagamento. É injusto e cruel. Elos fracos da corrente, eles trabalham num dia para comer no dia seguinte. Não raro no mesmo dia. Sem vínculo empregatício, não contam com as garantias da legislação trabalhista. O ato lembra a abolição da escravatura. 

Historiadores contam que os senhores das casas grandes expulsaram os moradores das senzalas sem compaixão. Jogaram-nos na rua, deixando-os sem teto, sem roupa e sem comida. Reproduzir o gesto quase um século e meio depois é prova de ignorância das conquistas civilizatórias.

O mesmo ocorre com cidadãos cuja renda depende da circulação de pessoas e mercadorias. Protegê-los é proteger a todos. Estado, empresários, famílias e indivíduos têm de colaborar para frear a disseminação do vírus. Se muitos ficarem doentes ao mesmo tempo, o pior dos cenários se concretizará.

Os sistemas de saúde público e privado entrarão em colapso e, como alertou o ministro da Saúde, nem dinheiro, nem seguros, nem ordens judiciais poderão abrir vagas. A catástrofe, ao contrário da Lei Áurea, ceifará a vida de pobres e ricos.


(SOLIDARIEDADE é a ordem. Disponível em: https://bit.ly/2Wj49TG) 
Leia o texto 'Solidariedade é a ordem (editorial)' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. Com base em uma máxima popular, o texto sustenta a ideia de que os atos de solidariedade, durante a epidemia do novo coronavírus, passam também pelo fato de manter em suas casas os servidores domésticos (como as diaristas), mas remunerá-los, já que quase sempre eles moram na periferia e, para chegar ao local de trabalho, precisam de transporte público.

II. A partir do cenário de pandemia, o texto enfatiza que o governo federal realize a proteção de todos aqueles que se encontram em uma situação econômica mais frágil, como as diaristas e os cidadãos cuja renda depende do fluxo de pessoas e mercadorias.

III. O último período do texto (A catástrofe, ao contrário da Lei Áurea, ceifará a vida de pobres e ricos) estabelece um paradoxo entre a pandemia promovida pelo coronavírus e a Lei Áurea que, apesar de libertar os escravizados, fez muitos ricos e pobres perderem a vida.

Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

Provas e Concursos

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