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O Eu Ideal
Os cuidados exagerados com o corpo e os distúrbios alimentares têm tomado cada vez mais espaço no nosso cotidiano. Como mostra o estudo realizado pela Casa do Adolescente em São Paulo, 77% dos jovens entre 10 e 24 anos têm tendência a ter algum tipo de compulsão alimentar. Dos jovens que foram entrevistados, 39% estavam acima do peso. Desses 39%, 85% acreditavam que existe um padrão de beleza ditado pela mídia, 46% acreditavam que mulheres magras são mais felizes e 55% queriam simplesmente acordar magros. Nos homens, a taxa de distúrbios alimentares é menor, sendo uma equivalência de um homem para cada 10 mulheres.
As mulheres tentam de diversas formas alcançar um padrão de beleza, por vezes considerado inalcançável, e para isso acabam submetendo-se a regimes, práticas exageradas de exercício, uso de medicamentos, diversas cirurgias e outras práticas. Mesmo que em homens haja menor incidência, a insatisfação é recorrente, o que os leva ao uso de hormônios, à prática de exercícios em excesso, regimes e eventualmente cirurgias, dentre outras práticas utilizadas. Todos esses meios de alcançar a satisfação do corpo body perfect (corpo perfeito, em tradução livre do inglês), causam sérios problemas à estrutura física e psíquica dessas pessoas.
Hoje em dia, sabe-se que a prática de regimes e exercícios pode ser benéfica ou maléfica, isso dependendo da forma de sua realização. Qualquer atividade deve ser realizada com acompanhamento especializado de nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos e médico clínico, pois sem o acompanhamento desses profissionais a prática esportiva ou a execução de dietas podem vir a causar uma série de problemas.
Por Aline da Silva de Lara, Leonardo Vilela e Thainá Moraes dos Santos, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/2B1Wjqd). Com adaptações.
Leia o texto 'O Eu Ideal' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. Nos homens, a taxa de distúrbios alimentares é maior do que nas mulheres, sendo uma equivalência de uma mulher para cada 10 homens, de acordo com o texto.
II. Todos os meios citados no texto de alcançar a satisfação do corpo body perfect (corpo perfeito, em tradução livre do inglês) causam sérios problemas à estrutura física e psíquica das pessoas.
III. Dos indivíduos que estavam acima do peso no estudo realizado pela Casa do Adolescente em São Paulo, 46% acredita que mulheres magras são mais felizes, de acordo com o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Ofertas de ações no Brasil
Por Tatiana Bautzer, em 2020.
O mercado de capitais brasileiro voltou à atividade com toda força no segundo trimestre de 2020, impulsionado por investidores locais, os quais estavam a procura de alternativas para os retornos mínimos com renda fixa, ainda que a crise da Covid-19 continue aumentando o impacto negativo sobre a economia.
As ofertas de ações de empresas brasileiras cresceram 10% no primeiro semestre de 2020, para 9,9 bilhões de dólares, segundo dados da Refinitiv, surpreendendo muitos banqueiros de investimento, especialmente pelo contraste com a paralisia do mercado de fusões e aquisições.
Empresas de outros mercados da América Latina não recorreram a ofertas de ações, com a empresa aérea panamenha Copa Holdings, como a única empresa não brasileira a concluir uma venda de ações na América Latina no primeiro semestre de 2020. Na América Latina, as ofertas de ações caíram 13%, para 10,2 bilhões de dólares.
A primeira onda de transações depois do início da pandemia de Covid-19 foi de ofertas subsequentes (de empresas já listadas na Bolsa de Valores) buscando "capital de resgate", disse o diretor de Equity Capital Markets para a América Latina do banco Morgan Stanley, Eduardo Mendez. O banco liderou os rankings de emissões de ações na América Latina e Brasil no primeiro semestre de 2020.
Foi o caso da varejista de eletroeletrônicos Via Varejo, que teve alta demanda por sua oferta de ações de 4,45 bilhões de reais, ainda que boa parte das suas mais de mil lojas físicas estivesse fechada por restrições para conter a pandemia. O Grupo SBF, dono da varejista de artigos esportivos Centauro, que também foi fortemente afetada pela pandemia, levantou 900 milhões de reais em junho de 2020 no mercado de ações.
O BTG Pactual, maior banco de investimentos independente da América Latina, captou 2,6 bilhões de reais em junho de 2020 para expandir sua atividade de varejo. Banqueiros de investimento dizem que até 50 empresas estão em discussões para novas emissões de ações, embora nem todas as operações venham a mercado em 2020.
Enquanto investidores estrangeiros continuam cautelosos, muitos investidores locais continuaram comprando ações mesmo durante os períodos de maior volatilidade do Ibovespa. No segundo trimestre de 2020, o índice Ibovespa subiu mais de 30%.
Analistas do Morgan Stanley estimam que as ações representem 25% do total de ativos sob gestão no Brasil em 2025, o dobro dos atuais 12%.
(Disponível em: https://bit.ly/32i2cL7. Copyright © Thomson Reuters. Com adaptações.)
Leia o texto 'Ofertas de ações no Brasil' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. O texto apresenta informações que permitem concluir que, no segundo trimestre de 2020, o mercado de capitais brasileiro foi impulsionado por investidores locais, os quais estavam a procura de alternativas para os retornos mínimos com renda fixa.
II. Banqueiros de investimento dizem que até 50 empresas estão em discussões para novas emissões de ações, embora nem todas as operações venham a mercado em 2020, de acordo com a autora.
III. As ofertas de ações de empresas brasileiras cresceram 16,2% no primeiro semestre de 2020, sendo esse percentual superior à expectativa dos analistas do mercado financeiro, de acordo com o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
A hora é de somar, não de excluir (editorial)
A união faz a força é um provérbio muito conhecido e facilmente compreensível. Com palavras simples e clareza solar, ele expõe uma verdade que ninguém ousa contestar: a importância de trabalhar em conjunto para conquistar grandes resultados. [...]
Nada mais apropriado do que lembrar o óbvio quando se vive um momento de estresse como o que o mundo atravessa. Impõe-se somar e multiplicar, nunca subtrair e dividir. Presidente, governadores, prefeitos e demais responsáveis pela administração da pandemia precisam se entender a fim de chegar a um denominador comum. Qual é a hora certa de relaxar o confinamento para evitar o colapso da economia?
Vale lembrar que "não se trata de jabuticaba" a preocupação com as consequências da redução drástica da atividade econômica. Donald Trump, que comanda a maior potência do planeta, tem revelado apreensão com o prolongamento da crise que reduz abrupta e drasticamente a circulação de pessoas e, com isso, causa prejuízos ainda incalculáveis a setores como serviços e comércio.
O presidente Jair Bolsonaro revela a mesma angústia. É natural. É natural, também, a busca de consensos. A questão não se resume à alternativa saúde ou economia. A questão é aditiva: saúde e economia. A dinâmica sanitária deve conviver com a dinâmica econômica e com as diferenças regionais.
Definir a estratégia para adicionar em vez de excluir exige a participação de todos. O verbo é cooperar. Entre as diferentes vozes da saúde, da economia, da política, da sociologia uma deve falar mais alto. É a voz da ciência. A vida está acima de tudo. A Associação de Medicina Intensiva Brasileira disse que apoiará ações do governo para a liberação da quarentena no momento correto.
Qual é a hora certa? O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse que vai começar hoje [27/03] a flexibilização da quarentena. Em 15 dias, segundo ele, a vida estará normalizada. Esperase que a decisão ? dele e dos demais chefes do Executivo seja guiada por critérios técnicos, não eleitoreiros.
(A HORA é de somar, não de excluir. Editorial. Adaptado. Disponível em: https://bit.ly/2WjS00D)
Leia o texto 'A hora é de somar, não de excluir (editorial)' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. A pergunta feita no trecho Qual é a hora certa de relaxar o confinamento para evitar o colapso da economia? é respondida no final do texto, quando é sugerido que as atividades econômicas voltem paulatinamente.
II. No último parágrafo do texto, há uma sugestão para a flexibilização da quarentena, iniciada pelo prefeito do Rio e que, segundo o texto, segue princípios técnicos em detrimento de uma visão eleitoreira.
III. Apesar de posicionar-se a favor do discurso da ciência (voz da ciência) e da preservação da vida, o editorial apresenta a angústia do presidente da república brasileira, rotulando-a como natural. Entretanto, o texto reforça a necessidade de a dinâmica sanitária conviver com a dinâmica econômica e com as diferenças regionais.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto I
O texto I é o trecho de uma entrevista concedida pelo psicólogo Nelson Pedro da Silva ao repórter Adalberto Piotto, no programa CBN Total da rádio CBN. Leia-o com atenção e responda a questão..
Chave da transcrição:
Barra oblíqua simples (/) pausa breve
Barra oblíqua dupla (//) pausa longa
Barra vertical (|) assalto ou troca de turno
... hesitação
? interrogação
! exclamação
Letra inicial maiúscula usada com substantivos próprios
Trecho transcrito 3 minutos e 48 segundos
A invenção do horizonte
Deu-me uma angústia danada a notícia de que, num futuro próximo, muito próximo, teremos toda a literatura do mundo na tela do computador. Angústia duplicada. Primeiro, pela minha intolerância figadal a esta maquinazinha dos infernos. Segundo, pela suspeita de desaparecimento dos livros, esses calhamaços impressos, cheirando a novo ou a mofo, roído pelo uso ou pelas traças, mas que são uma gostosura viajá-los pelas trilhas das letras como quem explora um mundo mágico, tanto mais novo quanto mais andado.
Sem o gozo de um livro nas mãos, fico cego, surdo e mudo, fico aleijado, penso, torto, despovoado. Espiá-los enfileirados nas estantes, gordos e magros, novos e velhos, empaletozados e esfarrapados, cobertos de pó e de teias de aranha, essa visão me transporta para todos os mundos e para todas as idades [...].
As minhas mãos ficariam nuas e inúteis quando não pudessem mais sustentar um livro, que não fosse pela velhice dos dedos. Mesmo assim, eles estariam por ali, nas prateleiras, amontoados na mesa, espalhados pelo chão, sempre comungando com o meu tempo, meu espaço, minha vida. Eles são a expressão digital da minha alma [...].
Um livro não é um simples objeto, um amontoado de folhas impressas. Vai mais longe, intangivelmente longe. É corrimão, é degrau, é escada, é caminho, é horizonte. Por mais que sonhe a tecnologia, jamais será capaz de inventar um horizonte.
(MARACAJÁ, Robério. Cerca de Varas. Campina Grande: Latus, 2014, p. 57.
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