Questões sobre Interpretação de Textos

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(MARCURSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gênero e compreensão. São Paulo: Parábola Editora, 2008. p. 94.)

Na charge apresentada, há a reprodução de um ato de fala bastante reconhecido socialmente, em que a sequência de imagens, mediante a utilização da linguagem verbal e não verbal, produzem os efeitos desejados. No texto de humor existem aspectos referenciais que são estimulados por meio do conhecimento prévio.
Em conformidade com o texto, para uma efetiva interpretação, pode-se levar em conta que:
I. O personagem em questão, à época ocupando o cargo de Ministro da Saúde, referese ao político José Serra. II. A visita desse ministro a São Paulo e a agressão por ele sofrida foi a de ser lançado um ovo em seu rosto. III. O ato de lançar ovos, tomates ou tortas em personagens públicos como sinal de protesto não é uma ação individual, mas típica de culturas democráticas. IV. A situação hilária foi produzida com a dubiedade da interpretação referencial, que se produziu com um “equívoco” referencial de efeitos específicos.
Aponte a alternativa VERDADEIRA.

    A) I, II e IV apenas.

    B) I, II e III apenas.

    C) I, III e IV apenas.

    D) II e III apenas.

    E) I, II, III e IV.

PASSAPORTE DA IMUNIDADE


O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste sábado (04/04/2020) que negocia com um parceiro da Inglaterra a implementação do que chamou de “passaporte da imunidade”. Sem detalhar a medida, Guedes disse que está em discussão pelo governo a disponibilização para o Brasil de 40 milhões de testes para o coronavírus. 

A declaração foi dada em uma videoconferência com empresários do setor varejista, organizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Guedes disse aos empresários que conversou com um amigo na Inglaterra que criou o passaporte de imunidade, e que seria possível colocar disponíveis para os brasileiros 40 milhões de testes para o coronavírus por mês.

Segundo o ministro, a proposta já foi encaminhada ao Presidente da República e aos ministros Walter Souza Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde).

Com a testagem em massa, segundo o ministro da Economia, quem comprovadamente estiver imune ao coronavírus poderá deixar o isolamento. Essa testagem, segundo Guedes, seria aplicada aos “jovens”, pois os idosos seguiriam em casa.

O ministro afirmou que o país enfrentará duas “ondas”: a primeira seria a da saúde e a segunda, econômica. E o responsável por coordenar este primeiro momento de crise, de isolamento social, disse Guedes, é o ministro da Saúde, Mandetta. Guedes afirmou que, em seguida, haverá uma segunda onda, que é econômica, e o Brasil terá que superá-la também.

A proposta do ministro é de que as pessoas sejam testadas, por exemplo, semanalmente. Assim, os mais jovens que estiverem livres da doença continuarão trabalhando, enquanto os idosos ficam em casa. Dessa forma é possível ir girando a economia, afirmou Guedes.

Ao longo da videoconferência, Guedes ouviu diversas cobranças dos empresários, a maior parte deles voltada à liberação de crédito. O setor empresarial pressiona o governo a acelerar e a aumentar essa liberação de recursos às empresas.

Entre as sugestões feitas a Guedes estão o uso de cadastros das associações comerciais municipais e estaduais para que o dinheiro chegue, de fato, a quem precisa; a criação de aplicativos para acelerar a liberação de crédito; e ainda o uso das “maquininhas” de cartão de crédito para o repasse do recurso.


Adaptado. Por Ana Krüger e Filipe Matoso, G1, Brasília, em 04/04/2020. Disponível em: https://glo.bo/3c0GZae.
Leia o texto 'PASSAPORTE DA IMUNIDADE' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. De acordo com o texto, o ministro da Economia afirmou que o Brasil enfrentará duas “ondas”: a primeira seria a da saúde e a segunda, dos transportes.

II. Segundo o ministro da Economia, a proposta do “passaporte da imunidade” já foi encaminhada ao presidente da República e aos ministros da Casa Civil e da Saúde, afirma o texto.

III. O responsável por coordenar este primeiro momento de crise, de isolamento social, disse o ministro da Economia, é o ministro da Saúde, afirma o texto.

Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

Smiles


A empresa Smiles fechou acordo com a companhia aérea Gol para a compra de R$ 1,2 bilhão em créditos para uso na aquisição de passagens aéreas. Em contrapartida pela compra, a Smiles deve receber alguns benefícios comerciais, como desconto de 11% no preço das passagens aéreas da GOL até o fim deste ano (2020).

"A operação é um investimento estratégico e incremental para a Smiles e sua geração de valor decorre primordialmente da manutenção dos negócios da Smiles, e da sua geração de caixa atual e futura através do fortalecimento da Gol, sua principal parceira comercial e operacional e companhia com a qual ela tem uma interdependência intensa, em um momento ímpar de instabilidade", diz o comunicado assinado pelo diretor financeiro e de relações com investidores da Smiles, Hugo Reis de Assumpção.

A Smiles disse que a decisão teve respaldo do seu comitê independente. "A atuação do comitê [da Smiles] teve por único norte a maximização de valor econômico para Smiles e todos os seus acionistas, respeitando a relação e a interdependência comercial e operacional entre as companhias [Gol e Smiles]”, diz o texto.

Além do desconto de 11%, a Smiles terá garantia, até 30 de junho de 2023, de um inventário mínimo de passagens na tarifa promocional correspondente a um porcentual mínimo considerável e fixo do total de passagens resgatadas pelos clientes Smiles.

"Acredita-se que o prazo de concessão desse benefício acelerará tanto o consumo das passagens anteriormente adquiridas e ainda não utilizadas, quanto os créditos para passagens adquiridos no contexto da Operação [de compra de créditos para uso na aquisição de passagens aéreas]", diz o comunicado.

A Smiles fez uma estimativa de que as novas condições comerciais significam a geração de um valor econômico de aproximadamente R$ 85 milhões para a companhia.

Por Agência Estado, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/3h5KVsS). Com adaptações.

Leia o texto 'Smiles' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:


I. A operação de compra de créditos mencionada no texto garantirá à Smiles, até 30 de junho de 2023, um inventário mínimo de passagens na tarifa promocional correspondente a um porcentual mínimo considerável e fixo do total de passagens resgatadas pelos clientes Smiles, de acordo com o autor do texto.

II. A Gol é uma parceira comercial e operacional da Smiles, afirma o autor do texto. Ambas as empresas possuem uma interdependência intensa, o que justifica a doação de mais de R$ 1 bilhão para a Gol, de acordo com o texto.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

LUFADA DE ÉTICA NA CORTE

Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então deputado constituinte Florestan Fernandes.

Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado Federal).

“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte! No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”. Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos da Praça dos Três Poderes.

O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada parlamentar.

Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível. Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição do cientista social que era, cumprindo sua função parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir o mestre.

Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava todos os dias no restaurante dos funcionários. Não costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares.

Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia, em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele, preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital acompanhar o pai.

Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C, doença que havia se agravado e lhe causava crises muito fortes.

Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores condições. Ele respondeu que era servidor público e que aquele era o hospital que teria que cuidar dele.

Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser atendido na frente de ninguém.

Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca e fosse medicado.

Na parede onde a maca estava encostada havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia, olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte de jornal amarelado pelo tempo.

Apontou o dedo e disse ao filho:

– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S. Paulo. Nesse eu defendo a saúde pública.

Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele decidiram fazer transplante do fígado.

Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a cirurgia.

Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a realização do transplante no melhor hospital de Cleveland, nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas prerrogativas.

Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação mais grave do que a dele.

Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no hospital por complicações pós-operatórias provocadas por erro humano.

Nesse momento de indigência moral e de decadência institucional do país, em que autoridades como magistrados, procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da República, posam com exuberantes imposturas, usam e abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar proveitos próprios, lembrar de homens públicos e intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de Estado.


(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018. Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU) 

Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia as afirmativas a seguir:


I. O principal preceito evidenciado no texto é o de que nenhum cidadão deve usar e abusar dos cargos e funções públicas que ocupa para tirar proveitos próprios.

II. Apesar de ter alta comenda do país, a Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas prerrogativas, o professor e deputado recusou a oferta de traslado e realização do transplante de fígado no melhor hospital de Cleveland, nos Estados Unidos.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Leia a crônica de Carlos Drummond de Andrade.


Brasileiro Cem-Milhões


Telefonei para a maternidade indagando se havia nascido o bebê no 100.000.000, e não souberam informar-me:

— De zero hora até este momento nasceram oito, mas nenhum foi etiquetado com esse número.

É uma falha do nosso registro civil: as crianças não recebem números ao nascer. Dão-lhes apenas um nome, às vezes surrealista, que o acompanhará por toda a vida como pesadelo, quando a numeração pura e simples viria garantir identidade insofismável, poupando ainda o vexame de carregar certos antropônimos. Centenas de milhares nascem João ou José, mais o homem ou a mulher 25.786.439 seria uma única pessoa viva, muito mais fácil de cadastrar no Imposto de Renda e nos mil outros fichários com que é policiada a nossa existência.

Passei por baixo do viaduto, onde costumam nascer filhos do vento, e reinava uma paz de latas enferrujadas e grama sem problemas. Ninguém nascera ali depois da meia-noite. O dia 21 de agosto, marcado para o advento do brasileiro cem-milhões, transcorria sem que sinal algum, na terra ou no ar, registrasse o acontecimento.

Costumo acreditar nos bancos, principalmente nos oficiais, e se o Banco Nacional da Habitação, através do Serfhau, garantiu que nessa segunda-feira o Brasil atingiria a cifra redonda de 100 milhões de habitantes, é porque uma parturiente adrede orientada estaria de plantão para perfazer esse número.

Verdade seja que o IBGE, pelo Centro Brasileiro de Estudos Demográficos, julgou prematura a declaração, e só para o trimestre de outubro/dezembro nos promete o brasileiro em questão. Não ponho em dúvida sua autoridade técnica, mas um banco é um banco, ainda mais se agência governamental, e a esta hora deve ter recolhido nosso centésimo milionésimo compatrício em berço especial da casa própria, botando-lhe à cabeceira um cofre de caderneta de poupança.

É que me custa admitir o nascimento desse garoto, ou garota, sem o amparo de nossas leis sociais, condenado a ser menos que número – uma dessas crianças mendicantes, que não conhecerão as almofadas da felicidade. Não queria que a televisão lhe desse um carnê e uma viagem à Grécia, nem era preciso que Manchete lhe dedicasse 10 páginas coloridas, sob o patrocínio do melhor leite em pó. Mas gostaria que viesse ao mundo com um mínimo de garantia contra as compulsões da miséria e da injustiça, e de algum modo representasse situação idêntica de milhões de outras crianças que recebessem – estou pedindo muito? – não somente o dom da vida, mas oportunidades de vivê-la.

Seria vaidade irrisória proclamar-se ele, o 100.000.000o brasileiro, membro eufórico da geração dos 100 milhões, e saber-se apenas mais um marginalizado, que só por artifício de média ganha sua fatia no bolo do Produto Nacional Bruto.

Não desejo o herói do monumento nem mártir anônimo. Prefiro vê-lo como um ser capaz de fazer alguma coisa de normal numa sociedade razoavelmente suportável, em que a vida não seja obrigação estúpida, sem pausa para fruir a graça das coisas naturais e o que lhes acrescentou a imaginação humana.

Olho para esse brasileiro cem-milhões, nascido ontem ou por nascer daqui a algumas semanas, como se ele fosse meu neto… bisneto, talvez. Pois quando me dei conta de mim, isto aí era um país de 20 milhões de pessoas, diluídas num território quase só mistério, que aos poucos se foi desbravando, mantendo ainda bolsões de sombra. Vi crescer a terra e lutarem os homens, entre desajustes e sofrimentos. Os maiorais que dirigiam o processo lá se foram todos. Vieram outros e outros, e encontro nesta geração um novo rosto de vida que se interroga. Há muita ingenuidade, também muita coragem, e os problemas se multiplicam com o crescimento desordenado. Somos mais ricos… e também mais pobres.

Meu querido e desconhecido irmão no 100.000.000, onde quer que estejas nascendo, fica de olho no futuro, presta atenção nas coisas para que não façam de ti subproduto de consumo, e boa viagem pelo século XXI adentro.
Assinale a alternativa que apresenta uma verdade, segundo o cronista, a respeito do brasileiro cem-milhões.

    A) Que será menos que número, destinado a ser mais um mendigo.

    B) Que seu futuro não será a mendicância, pois terá berço especial na casa própria.

    C) Que ele será capaz de fazer alguma coisa de normal numa sociedade razoavelmente suportável.

    D) Que ele será um herói anônimo, mas cuja vida não se tornará obrigação estúpida, sem pausa para fruir a graça das coisas naturais.

    E) Que ele virá ao mundo, pelo menos, com um mínimo de garantia contra as compulsões da miséria e da injustiça.

Após a Leitura da quadrinha a seguir, analise as proposições com relação a esse gênero, assinalando (V) para verdadeiro e (F) para falso.


Até nas flores se vê

O destino e a sorte

Umas enfeitam a vida

Outras enfeitam a morte.


( ) Há neste gênero o emprego de recursos sonoros, métrica e ritmo que enriquecem a coerência temática do texto.

( ) Os mecanismos utilizados na formatação do gênero ampliam o significado das palavras, o que confere sentido ao texto.

( ) Os dois últimos versos apresentam a figura de linguagem paradoxo.


A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:

    A) F, F e V.

    B) V, F e V.

    C) V, V e F.

    D) F, V e F.

    E) V, F e F.

O que eu aprendi ao longo dessas décadas é que todos precisam despertar, porque, se durante um tempo éramos nós, os povos indígenas, que estávamos ameaçados de ruptura ou da extinção do sentido de nossas vidas, hoje estamos todos diante da iminência de a Terra não suportar a nossa demanda.
Ailton Krenak. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 23
Nesse texto, o autor revela ter aprendido nas últimas décadas que

    A) descobriu o sentido de nossas vidas.

    B) a nossa demanda é urgente.

    C) a Terra está em processo de extinção.

    D) os povos indígenas estão ameaçados de extinção.

    E) os seres humanos, em geral, devem ter consciência ambiental.

Twitter, a praça do ódio


A crônica é um gênero textual que imprime uma conversa com o leitor. Sob esse aspecto, o nível de linguagem comumente adotado recorre:

    A) a um registro formal, como se observa em: “Essa semana saiu em defesa da nossa colega Vera Magalhães, que tem dado novo fôlego ao ‘Roda Viva’” (L. 45-46)

    B) a um registro informal, como se observa em: “Voltei a participar da rede há coisa de dois meses, mas o sentimento preponderante que ela me passa (...)” (L. 30-31)

    C) a um registro coloquial, como se observa em: “A ferocidade do ambiente faz com que qualquer pessoa vagamente sensata meta a viola no saco e desista de se manifestar (...)” (L. 34-36)

    D) a um registro dedutivo, como se observa em: “No fim, é isso.” (L. 54)

    E) a um registro indutivo, como se observa em: “Isso explica a polarização.” (L. 20)

“Não existe nada que impeça as pessoas de escrecer em um, eu uma etc. Só não devemos alegar que essas formas são mais “elegantes” ou mais “corretas” do que num, numa etc., que estão registradas na língua há mais de 700 anos! Além do mais, tem uma grande incoerência aí: se ninguém escreve em ela, em o, em esse, em aquela etc., por que dar esse tratamento somente ao num?” (BAGNO, Marcos. Gramática de bolso do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2013, p. 293.)
Conforme o que foi discutido no texto:

    A) As regras da gramática normativa seguem padrões determinados historicamente, entretanto, a sua incorporação na língua se dá paulatinamente.

    B) Devido ao caráter da língua ser sistemático, as mudanças linguísticas independem dos usuários.

    C) As mudanças linguísticas obedecem a regras instituídas pela própria língua e acordadas pelos falantes, assim todas as mudanças são permitidas e determinadas que se estabeleçam.

    D) As mudanças só são permitidas repentinamente, sem controle dos usuários da língua.

    E) Só há de fato mudanças potenciais se houver regras prescritivas para isso.

PASSAPORTE DA IMUNIDADE


O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste sábado (04/04/2020) que negocia com um parceiro da Inglaterra a implementação do que chamou de “passaporte da imunidade”. Sem detalhar a medida, Guedes disse que está em discussão pelo governo a disponibilização para o Brasil de 40 milhões de testes para o coronavírus. 

A declaração foi dada em uma videoconferência com empresários do setor varejista, organizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Guedes disse aos empresários que conversou com um amigo na Inglaterra que criou o passaporte de imunidade, e que seria possível colocar disponíveis para os brasileiros 40 milhões de testes para o coronavírus por mês.

Segundo o ministro, a proposta já foi encaminhada ao Presidente da República e aos ministros Walter Souza Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde).

Com a testagem em massa, segundo o ministro da Economia, quem comprovadamente estiver imune ao coronavírus poderá deixar o isolamento. Essa testagem, segundo Guedes, seria aplicada aos “jovens”, pois os idosos seguiriam em casa.

O ministro afirmou que o país enfrentará duas “ondas”: a primeira seria a da saúde e a segunda, econômica. E o responsável por coordenar este primeiro momento de crise, de isolamento social, disse Guedes, é o ministro da Saúde, Mandetta. Guedes afirmou que, em seguida, haverá uma segunda onda, que é econômica, e o Brasil terá que superá-la também.

A proposta do ministro é de que as pessoas sejam testadas, por exemplo, semanalmente. Assim, os mais jovens que estiverem livres da doença continuarão trabalhando, enquanto os idosos ficam em casa. Dessa forma é possível ir girando a economia, afirmou Guedes.

Ao longo da videoconferência, Guedes ouviu diversas cobranças dos empresários, a maior parte deles voltada à liberação de crédito. O setor empresarial pressiona o governo a acelerar e a aumentar essa liberação de recursos às empresas.

Entre as sugestões feitas a Guedes estão o uso de cadastros das associações comerciais municipais e estaduais para que o dinheiro chegue, de fato, a quem precisa; a criação de aplicativos para acelerar a liberação de crédito; e ainda o uso das “maquininhas” de cartão de crédito para o repasse do recurso.


Adaptado. Por Ana Krüger e Filipe Matoso, G1, Brasília, em 04/04/2020. Disponível em: https://glo.bo/3c0GZae.
Leia o texto 'PASSAPORTE DA IMUNIDADE' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. De acordo com o texto, entre as sugestões feitas por empresários ao ministro da Economia, estão o uso de cadastros das associações comerciais municipais e estaduais para que o dinheiro chegue, de fato, a quem precisa.

II. Com a testagem em massa, segundo o ministro da Economia, quem comprovadamente estiver imune ao coronavírus poderá deixar o isolamento, de acordo com as informações do texto.

III. Com a testagem proposta pelo ministro da Economia, os indivíduos mais jovens que estiverem livres da doença continuarão trabalhando, enquanto os idosos ficam em casa, de acordo com o texto.

Marque a alternativa CORRETA:

    A) Nenhuma afirmativa está correta.

    B) Apenas uma afirmativa está correta.

    C) Apenas duas afirmativas estão corretas.

    D) Todas as afirmativas estão corretas.

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