Questões sobre Interpretação de Textos

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Tenho doutorado e sou o chefe. Aqui quem manda sou eu. Então, por que não me entendem?

Manter um bom nível de comunicação dentro das empresas é de primordial importância para o andamento do trabalho. Uma boa comunicação com as chefias é também essencial para que o profissional possa dar o seu melhor, assim como entender o que lhe é requisitado. Porém, uma palavra, de apenas três sílabas, na frase anterior, é o que pode colocar tudo a perder, ou a ganhar: entender.
O entendimento humano passa pelo processo de comunicação, todavia quando existem ruídos entre o emissor e receptor, a mensagem não é transmitida, ou pior, ela é entendida de maneira errada. E isso vem acontecendo muito ainda no patamar das empresas nacionais, que, por não prezarem a área de comunicação ou mesmo a qualificação de seus gestores, acabam pecando na maneira de informar seus colaboradores.
Muitas vezes, os chefes são pessoas que não reconhecem sua falha na comunicação e, assim, vão tocando o negócio sem priorizar esse bem, achando que o erro está em seu subordinado. Normalmente, quem não está preparado para este cargo, que requer o poder de comunicar, não ouve o que seus funcionários têm a dizer e, ainda, julga estar sempre com a razão. Isso acontece pelo desconhecimento que os chefes têm do poder da comunicação no ambiente empresarial.
Em uma organização, é preciso deixar claro quem são os líderes, e estes precisam deixar mais claro ainda para seus colaboradores que estão ali para guiar, orientar e apoiar. Os chefes devem entender que a comunicação em suas empresas, além de necessária, é um exercício de gentileza e respeito, por isso, não é só mandar, mas liderar de forma ampla, envolvendo e cativando os colaboradores de uma organização. E nada melhor para isso do que o uso devido da comunicação. 

(TENHO doutorado e sou o chefe. Aqui quem manda sou eu. Então, por que não me entendem? Adaptado. Revisão linguística. Disponível em: https://bit.ly/3j3MyZD. Acesso em: mar 2020)
Leia o texto 'Tenho doutorado e sou o chefe. Aqui quem manda sou eu. Então, por que não me entendem?' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. É possível deduzir, a partir do texto, que, mesmo estando em uma posição hierárquica superior, a efetiva comunicação não depende somente dos líderes, isto é, como os comandos partem de uma relação horizontal, os colaboradores também precisam ter o poder de comunicar. II. O texto atribui certa responsabilidade à figura do chefe (líder) pelo uso devido da comunicação, visto que ele é o responsável por guiar, orientar e apoiar seus colaboradores.
Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Como o coronavírus está transformando as relações humanas


Como um símbolo de confirmação, confiança e amizade entre duas pessoas, o aperto de mãos remonta aos primórdios da humanidade. Trata-se de gestual inconfundível: uma mão espalmada é estendida, apontada na direção da pessoa com quem se quer selar tais sentimentos – que segura de volta a mão ofertada, balançando o encaixe das palmas para cima e para baixo.

Registros do gesto são encontrados em antigos hieróglifos egípcios, mas historiadores garantem que a origem do aperto de mão está nas cavernas do passado, entre os remotos homo sapiens: era uma maneira de mostrar ao interlocutor que não se estava carregando nenhuma arma – já como um símbolo de boa vontade. Os apertos de mão aparecem diversas vezes, por exemplo, na “Ilíada” e “Odisseia” do poeta grego Homero, escritas por volta do século VIII a.C., e já eram usados como uma forma de acordo entre duas partes desde então.

Em suma, a cultura e as circunstâncias pautam o surgimento dos gestos que depois se tornam tão familiares, como se fossem naturais, feito respirar ou caminhar – e, num salto de alguns bons milhares de anos, a atual epidemia do coronavírus pode estar não só tornando o aperto de mãos obsoleto, como fazendo nascer novos códigos e cumprimentos, alterando a maneira com que diretamente nos relacionamos. No lugar do apertar das palmas, entram em cena saudações tocando os pés, os cotovelos, ou mesmo somente com acenos ou gestos ao longe – sem que as mãos se encostem.

Com o avanço da epidemia, além da recomendação de se lavar as mãos por 20 segundos, alguns hábitos costumeiros e calorosos passam a ter de ser evitados. As mãos, afinal, podem carregar restos de tudo que tocamos entre uma e outra lavagem – inclusive o vírus. Evitar encostar uma mão em outra passou a ser recomendação da Organização Mundial de Saúde, mas nem por isso devemos perder as boas maneiras e as demonstrações de afeto e felicidade ao encontrar alguém. [...]


(Adaptado. Trecho extraído de PAIVA, V. Como o coronavírus está transformando as relações humanas. Disponível em: https://bit.ly/39O5Nk2. Acesso em: mar 2020.)

Leia o texto 'Como o coronavírus está transformando as relações humanas' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. O texto se utiliza de uma retrospectiva histórica para evidenciar como alguns símbolos gestuais se manifestaram e foram consolidados pela humanidade, estando presentes até na literatura anterior à era cristã. II. Conforme orienta o autor, embora a epidemia tenha criado novas saudações como toque entre os pés, os cotovelos, ou mesmo somente com acenos ou gestos ao longe, é importante que a humanidade não torne obsoleto o aperto de mãos, já que sua tradição remonta à antiguidade clássica.
Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

LUFADA DE ÉTICA NA CORTE


Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então deputado constituinte Florestan Fernandes.

Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado Federal).

“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte! No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”. Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos da Praça dos Três Poderes.

O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada parlamentar.

Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das sessões Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível. Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição do cientista social que era, cumprindo sua função parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir o mestre.

Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava todos os dias no restaurante dos funcionários. Não costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares.

Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia, em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele, preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital acompanhar o pai.

Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C, doença que havia se agravado e lhe causava crises muito fortes. 

Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores condições. Ele respondeu que era servidor público e que aquele era o hospital que teria que cuidar dele.

Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser atendido na frente de ninguém.

Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca e fosse medicado.

Na parede onde a maca estava encostada havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia, olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte de jornal amarelado pelo tempo.

Apontou o dedo e disse ao filho:

– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S. Paulo. Nesse eu defendo a saúde pública.

Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele decidiram fazer transplante do fígado. 

Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a cirurgia.

Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a realização do transplante no melhor hospital de Cleveland, nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas prerrogativas. 

Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação mais grave do que a dele. 

Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no hospital por complicações pós-operatórias provocadas por erro humano.

Nesse momento de indigência moral e de decadência institucional do país, em que autoridades como magistrados, procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da República, posam com exuberantes imposturas, usam e abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar proveitos próprios, lembrar de homens públicos e intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de Estado.

(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018. Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU)

Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia as afirmativas a seguir:


I. A resposta de Florestan Fernandes à gentileza do presidente, na ocasião do transplante de fígado, foi a de que aceitaria ir ao hospital de Cleveland, nos Estados Unidos, se Fernando Henrique fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação mais grave do que a do enfermo.

II. O texto é do ano de 2018 e o autor se posiciona criticamente acerca do comportamento de algumas autoridades do país, o que faz o leitor conjecturar um viés ideológico. Isso fica nítido também no excerto “ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de Estado”.


Marque a alternativa CORRETA:

    A) As duas afirmativas são verdadeiras.

    B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

    C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

    D) As duas afirmativas são falsas.

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.



(Disponível em https://www.contioutra.com/a-dor-de-se-sentir-invisivel/ – Texto adaptado especialmente para esta prova.)

Para não deturpar o sentido original da mensagem veiculada no texto, o verbo “perscrutar” (l. 18) poderia ser substituído por seu sinônimo:

    A) Sondar.

    B) Reanimar.

    C) Provocar.

    D) Sacrificar.

    E) Silenciar.

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir:


          Há de tomar o pregador uma só matéria; há de defini-la, para que se conheça; há de dividi-la, para que se distinga; há de prová-la com a Escritura, há de declará-la com a razão, há de confirmá-la com o exemplo, há de amplificá-la com as causas, com os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências, que se hão de seguir; com os inconvenientes, que se devem evitar; há de responder às dúvidas, há de satisfazer às dificuldades, há de impugnar e refutar com toda a força de eloquência os argumentos contrários, e depois disto há de colher, há de apertar, há de concluir, há de persuadir, há de acabar. Isto é o sermão, isto é pregar; e o que não é isto é falar demais alto. Não nego, nem quero dizer que o sermão não haja de ter variedade de discursos, mas esses hão de nascer todos da mesma matéria, e continuar, e acabar nela. Quereis ver tudo isto com os olhos? Ora vede. Uma árvore tem raízes, tem troncos, tem ramos, tem folhas, tem varas, tem flores, tem frutos. Assim há de ser o sermão: há de ter raízes fortes e sólidas, porque há de ser fundado no Evangelho; há de ter um tronco, porque há de ter um só assunto e tratar uma só matéria. Deste tronco hão de nascer diversos ramos, que são diversos discursos, mas nascidos da mesma matéria e continuados nela. Estes ramos não hão de ser secos, senão cobertos de folhas, porque os discursos hão de ser vestidos e ornados de palavras.

(VIEIRA, António. Sermão da Sexagésima. In: Sermões I. São Paulo: Edições Loyola, 2009, p. 24) 
As prescrições presentes no trecho do sermão indicam a elaboração de um discurso

    A) dialogal, porque todos os passos de um discurso preveem interlocutores em oposição.

    B) científico, porque necessita estar fundamentado em provas oriundas da natureza.

    C) narrativo, identificado principalmente na metáfora botânica com que é comparado.

    D) argumentativo, organizando o discurso, da tomada do tema até a sua conclusão.

    E) poético, uma vez que o discurso ao final deve resultar em uma metáfora botânica.

Leia a anedota.
— Mamãe, o que você quer de presente de aniversário? — Eu queria… uma menina muito bem-comportada. — Xi, vou ganhar uma irmãzinha …
Fabrice Lelarge
Analise as afirmativas abaixo:
1. Na última fala da menina, a autora quis trazer a carga humorística da piada. 2. Pela fala da mãe, infere-se que a menina era circunspecta e, por isso, a mãe quis dar a ela um recado para continuar assim. 3. Pela resposta da filha infere-se que ela não pretende mudar seu comportamento. 4. O termo “mamãe” exerce a função sintática de vocativo. 5. Se a mãe, em sua resposta, tivesse usado o pretérito mais-que-perfeito sua resposta teria mais assertividade.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

    A) São corretas apenas as afirmativas 1 e 5.

    B) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.

    C) São corretas apenas as afirmativas 4 e 5.

    D) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.

    E) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

Após a leitura do texto 2 a seguir, responda à questão.


Texto 2


'ANJO BOM DABAHIA'


Nascida em Salvador, Irmã Dulce, que ficou conhecida como "anjo bom da Bahia", teve uma trajetória de fé e obstinação na qual enfrentou as rígidas regras de enclausuramento da igreja para prestar assistência a comunidades pobres da cidade, trabalho que realizou até a morte.
Ela ingressou na vida religiosa como noviça na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em São Cristóvão (SE).

Em Salvador, passou a se dedicar a ações sociais. Em 1959, ocupou um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio e improvisou uma enfermaria para cuidar de doentes. Foi o embrião das Obras Sociais Irmã Dulce, que atualmente atende uma média de 3,5 milhões de pessoas por ano. Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/

Ainda com base no texto 2, atribua (V) para as assertivas verdadeiras ou (F) para as assertivas falsas:
( ) De forma coerente com o tipo textual do texto, é possível afirmar que, predominantemente, os verbos estão conjugados no pretérito perfeito. ( ) Na oração “que atualmente atende uma média de 3,5 milhões de pessoas por ano”, o correto seria conjugar o verbo “atender” no pretérito imperfeito, para a construção do sentido do texto com base na norma padrão. ( ) Considerando apenas a oração “Em Salvador, passou a se dedicar a ações sociais.”, é possível afirmar que se trata de um sujeito oculto.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses.

    A) V, V e V.

    B) V, F e V.

    C) V, F e F.

    D) F, F e F.

    E) F, V e V.

    Desde pequeno, tive tendência para personificar as coisas. Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre gritava: “Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!” Mas eu ouvia o mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim, era um velho que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda hoje, quando leio que alguém se viu perseguido pelo clamor público, vejo com estes olhos o Sr. Clamor Público, magro, arquejante, de preto, brandindo um guarda-chuva, com um gogó protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da perseguição. E já estava devidamente grandezinho, pois devia contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da ponte Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os presidentes Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que fomos alojados os do meu grupo num casarão que creio fosse a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina. Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os alegres incômodos e duvidosos encantos de uma coletividade democrática. Pois lá pelas tantas da noite, como eu pressentisse, em meu entredormir, um vulto junto à minha cama, sentei-me estremunhado e olhei atônito para um tipo de chiru, ali parado, de bigodes caídos, pala pendente e chapéu descido sobre os olhos. Diante da minha muda interrogação, ele resolveu explicar-se, com a devida calma:

— Pois é! Não vê que eu sou o sereno...

Mário Quintana. In: As cem melhores crônicas brasileiras. São Paulo: Objetiva, 2007.

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item. 
Infere-se do trecho “Mas eu ouvia o mormaço com M maiúsculo” que, quando era criança, o autor do texto desconhecia o significado da palavra “mormaço”, já que imaginava tratar-se de uma pessoa.

Por volta de 1500 a. C., de certa forma a China estava atrasada em relação à população dos vales dos rios do Oriente Médio em organização política, na arte da produção de metais, na escrita e, provavelmente, na agricultura e na astronomia. Contudo, como fabricantes de cerâmica em fornos, a China e o Japão estavam muito avançados. Essa habilidade com o fogo abriu caminho para avanços na metalurgia. A fundição do bronze tornou-se uma especialidade dos chineses, e suas carruagens de caça eram decoradas com bronze, quase como o cromo nos grandes carros americanos do pós-guerra. Em seguida, os chineses começaram a fazer ferro fundido e, por volta de 400 a. C., aprenderam a se especializar na manufatura de relhas de arado, a forte lâmina cortante que revirava o solo. A produção do alto calor necessário nos fornos era conseguida através de uma explosão vinda de foles sofisticados de dois cilindros. Alguns dos foles seriam, mais tarde, movidos pela força vinda da água que jorrava dos riachos estreitos. Nos 500 anos ou mais que antecederam o primeiro milênio cristão, os chineses foram o mais criativo dos povos dos quais se tem registro. Em metalurgia, eram imbatíveis. Na manipulação da água para irrigação, inventaram novos métodos. Na matemática e na astronomia, procuraram novos conhecimentos. Com teares, produziram seda para confeccionar belas peças de roupa. Tornaram-se hábeis em transportes puxados a animais e força humana, usando carrinhos de mão empurrados por homens, carroças e arados puxados por bois, e carruagens puxadas por cavalos. Os governantes dos maiores Estados dentro da China viviam no luxo e serviam-se de generosas parcelas da riqueza produzida pelos camponeses e artesão que trabalhavam duro. Embora muitos chineses possuíssem os próprios lotes de terra, tinham de dedicar parte de seu tempo às necessidades de seu governante, em obras públicas ou lutando em guerras locais. (BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Mundo. São Paulo: Fundamento, 2007, p. 31). 
De acordo com o autor do texto, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I – Por volta de 500 a. C., a China não se destacava no campo da metalurgia. II – Por volta de 500 a. C., os chineses eram considerados o povo mais avançado no campo da medicina. III – O livro “A Arte da Guerra” foi escrito por Mao Tsé-Tung, em 400 a. C.

    A) Apenas o item I é verdadeiro.

    B) Apenas o item II é verdadeiro.

    C) Apenas o item III é verdadeiro.

    D) Apenas os itens II e III são verdadeiros.

    E) Nenhum dos itens é verdadeiro.

Observe a charge do cartunista Laerte.



A estrutura das vozes verbais sugere relevância ou ênfase a determinados termos da oração. No caso da primeira oração, a relevância está no interlocutor que é sujeito paciente da ação verbal.

Assinale a opção em que o termo ignorantes seja atuante e relevante no contexto apresentado.

    A) Cerca-se de ignorantes. Saia desse livro com as mãos para cima!

    B) Ignorantes cercam você. Saia desse livro com as mãos para cima!

    C) Cerca aos ignorantes. Saia desse livro com as mãos para cima!

    D) Você está cercando ignorantes. Saia desse livro com as mãos para cima!

    E) Cerco os ignorantes. Saia desse livro com as mãos para cima!

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