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Uma Mente Brilhante
O filme Uma Mente Brilhante retrata a vida de John Nash, desde sua juventude até sua idade avançada, quando recebe o prêmio Nobel. John, uma mente brilhante na matemática, inicia seus estudos na universidade de Princeton. Tímido, introspectivo e solitário, quer descobrir uma teoria original, o que o torna arrogante aos olhos dos colegas de faculdade. Logo no início de seus estudos, ele divide o quarto com um amigo, Charles Herman, com quem vai manter amizade até depois de casar-se. Durante a faculdade, realiza uma descoberta que o destaca no universo acadêmico, posteriormente batizado de o teorema de Equilíbrio de Nash.
Após a faculdade, trabalha como professor e conhece sua futura esposa, Alicia Nash. Ele acredita ter sido convidado a participar de uma missão secreta, pela inteligência dos Estados Unidos, para desvendar códigos secretos enviados pelos russos a espiões nos EUA. Assim, conhece William Parcher, um espião que o acoberta e o socorre quando John corre perigo. Sua esposa começa a desconfiar de suas atitudes e pede ajuda médica. John é então internado, diagnosticado como esquizofrênico e tratado por um psiquiatra. Após vários anos de altos e baixos no tratamento, ele consegue retornar à universidade e lecionar. É mundialmente reconhecido pelas suas descobertas na matemática com o prêmio Nobel.
John provavelmente começou com os sinais e sintomas após a grande carga de stress ocasionada pela mudança para a universidade e a sua cobrança para descobrir uma teoria original. O indivíduo que desenvolve a esquizofrenia apresenta alucinações e delírios, como no caso de John Nash. Seu melhor amigo, e depois uma sobrinha dele, e o espião americano William, eram alucinações. Sobre os delírios, John criou uma realidade para seu psíquico em que ele era a chave para salvar os EUA de uma grande guerra e de um ataque com bomba russa.
Como John era introspectivo, levou-se muito tempo para descobrir a doença, e ele já estava em estado crepuscular quando sua esposa suspeitou que havia algo estranho em seu comportamento. Neste caso, o tratamento com psicotrópicos e acompanhamento do psiquiatra é fundamental. Infelizmente, como o caso ocorreu na década de sessenta, ele recebeu choques como parte do tratamento e ficou em hospital psiquiátrico por várias semanas.
Por Flávia Cristina Martins de Oliveira, em fevereiro de 2020 (disponível em: https://bit.ly/3eAYH4S). Com adaptações.
Leia o texto 'Uma Mente Brilhante' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. No psicótico que desenvolve a esquizofrenia, não há alucinações ou delírios, exceto no caso de John Nash, de acordo com o texto.
II. John Nash, ao conhecer William Parcher, passa a descobrir sobre o significado da esquizofrenia e decide consultar-se com um médico especializado, de acordo com o texto.
III. Em casos como o de John Nash, o tratamento com psicotrópicos e o acompanhamento do psiquiatra devem ser evitados, pois agravam as alucinações, de acordo com as informações apresentadas no texto.
Marque a alternativa CORRETA:
População surda
A aquisição da língua oral pelos surdos não acontece naturalmente. A diminuição da percepção auditiva faz com que necessitem de atendimento diferenciado e suporte clínico sistematizado, caso queiram adquirir habilidades de comunicação lato sensu na modalidade oral. A abordagem oralista trabalha com a aprendizagem da fala para a função de emissão e o treino da leitura labial para a recepção da mensagem. Suas práticas reabilitadoras lidam com o fato de que nem todo surdo possui as competências necessárias para desempenhar esse processo com eficiência. Só 20% do conteúdo recebido pelo surdo pode ser assimilado pela leitura labial. Para não ficarem alijados dos processos comunicativos, os indivíduos surdos se comunicam de maneira peculiar, e muitos usam a língua de sinais para se expressar e compreender o contexto no qual se inserem.
A compreensão dos aspectos socioculturais da comunidade surda é possível quando analisados pela trajetória histórica da educação das pessoas surdas, que é marcada pela dualidade da comunicação. Alguns defendem o uso da língua oral; outros, o uso da língua de sinais; e há quem defenda o uso das duas línguas em sistemas bimodais ou em bilinguismo diglóssico.
As línguas de sinais são de modalidade visuoespacial, pois o sistema de signos compartilhados é recebido pelos olhos, e sua produção é realizada pelas mãos, no espaço. São reconhecidas como línguas pela linguística, que lhes atribui o conceito de línguas naturais e não as considera problema do surdo ou patologia da linguagem.
A língua utilizada pela população ouvinte é majoritariamente a língua dos pais, e sua modalidade é a oral. No caso do Brasil, a língua utilizada é o português, mas, para os surdos, a realidade é outra. Eles se comunicam pela língua de sinais e, por isso, são caracterizados como um grupo linguisticamente minoritário. A língua oral do seu país não se apresenta como um recurso que facilita seu intercâmbio com o mundo; pelo contrário, representa um obstáculo que o surdo precisa transpor para se relacionar socialmente de forma efetiva. Vale a pena ressaltar que, no Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) só foi reconhecida como meio de comunicação e expressão da comunidade surda pela Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002.
Adaptado. Soraya B. R. Duarte et al. v.20, n.2, abr.-jun. 2013, p.653-673 v.20, n.4, out.-dez. 2013, p.1713-1734. História, Ciências, Saúde. Manguinhos, Rio de Janeiro. Disponível em: https://bit.ly/34lLvij.
Leia o texto 'População surda e muda' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. O texto leva o leitor a inferir que os surdos se comunicam pela língua de sinais e, por isso, são caracterizados como um grupo linguisticamente minoritário em um país. Partindo dessa ideia, o texto defende que a comunidade surda possa ter acesso a outras formas de comunicação, e que esse direito lhes seja garantido por uma lei.
II. Uma das ideias presentes no texto é a de que a Libras é uma forma de comunicação restrita à população surda e, portanto, possui grandes limitações devido ao seu vocabulário restrito e à impossibilidade de comunicar sentimentos ou intenções nessa língua.
Marque a alternativa CORRETA:
Repressão às drogas
Apesar da repressão, por si só, não ser suficiente para erradicar o tráfico de drogas, sua utilização é importante para reduzir a oferta de narcóticos nas ruas, dificultando o acesso às substâncias ilícitas pelos usuários.
A repressão às drogas também reduz os crimes associados ao tema, como furtos e roubos, brigas em domicílios e bares, crimes sexuais e até homicídios.
Por isso, é necessária a existência de uma interação entre as forças policiais e os demais agentes e partes envolvidas nas políticas de segurança pública, avaliando-se os resultados e métodos e sugerindo-se estratégias de atuação.
É importante que os agentes públicos estejam qualificados para atuar, participando de processos de capacitação e discutindo as melhores práticas para a correção das falhas mais frequentes no modo de operar do Estado, no combate às drogas.
Devem ser realizados estudos estatísticos para avaliar a produtividade de cada órgão público de segurança, bem como os impactos da droga na criminalidade em geral.
Nesse contexto, é importante lembrar que o cumprimento das penas por tráfico e crimes hediondos deve ser mais gravoso, por expressa previsão constitucional. Merece atenção, também, o perdimento dos bens dos traficantes como forma de desmontar as estruturas financeiras que dão suporte ao tráfico.
Boas Práticas no Enfrentamento ao Tráfico e Uso de Drogas Ilícitas. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios MPDFT (maio de 2014). Disponível em: https://bit.ly/3mZS1BW. Com adaptações.
Leia o texto 'Repressão às drogas' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. O texto leva o leitor a entender que se deve evitar qualquer interação entre as forças policiais e os demais agentes e partes envolvidas nas políticas de segurança pública, pois a comunicação entre esses indivíduos sempre atrapalha o andamento das medidas de combate à criminalidade.
II. O texto procura deixar claro para o leitor que o cumprimento das penas por tráfico e crimes hediondos deve ser mais gravoso, por expressa previsão constitucional.
Marque a alternativa CORRETA:
LUFADA DE ÉTICA NA CORTE
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então deputado constituinte Florestan Fernandes.
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado Federal).
Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte! No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir. Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos da Praça dos Três Poderes.
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada parlamentar.
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível. Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição do cientista social que era, cumprindo sua função parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir o mestre.
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava todos os dias no restaurante dos funcionários. Não costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares.
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia, em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele, preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital acompanhar o pai.
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C, doença que havia se agravado e lhe causava crises muito fortes.
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores condições. Ele respondeu que era servidor público e que aquele era o hospital que teria que cuidar dele.
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser atendido na frente de ninguém.
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca e fosse medicado.
Na parede onde a maca estava encostada havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia, olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte de jornal amarelado pelo tempo.
Apontou o dedo e disse ao filho:
Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S. Paulo. Nesse eu defendo a saúde pública.
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele decidiram fazer transplante do fígado.
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a cirurgia.
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a realização do transplante no melhor hospital de Cleveland, nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas prerrogativas.
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação mais grave do que a dele.
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no hospital por complicações pós-operatórias provocadas por erro humano.
Nesse momento de indigência moral e de decadência institucional do país, em que autoridades como magistrados, procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da República, posam com exuberantes imposturas, usam e abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar proveitos próprios, lembrar de homens públicos e intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de Estado.
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018. Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU)
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia as afirmativas a seguir:
I. Para justificar o cuidado que tinha o professor e deputado Florestan Fernandes, com sua própria conduta, o autor utiliza exemplos como cumpria rigorosamente os horários das sessões e Ele respondeu que era servidor público e que aquele era o hospital que teria que cuidar dele (referindo-se ao hospital público).
II. Pode-se inferir que a ética está ligada, no texto, não somente às atitudes de Florestan Fernandes e de Darcy Ribeiro, mas, outrossim, às diversas instâncias do poder público do Brasil atual.
Marque a alternativa CORRETA:
(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/estilo-de-vida/obsessao-feliz-tornando-ansiosas-depressivas/ texto adaptado especialmente para esta prova.)
Texto 2
A Convenção de Belém do Pará define violênciacontra a mulher como qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada (Capítulo I, Artigo 1º).
A Lei Maria da Penha (11.340/2006)C - moral e patrimonial - que, somadas às violências física, sexual e psicológica, totalizam as cinco formas de violência doméstica e familiar.
Em 2015, a Lei 13.104 altera o Código Penal para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e o inclui no rol dos crimes hediondos. O feminicídio, então, passa a ser entendido como homicídio qualificado contra as mulheres por razões da condição de sexo feminino.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br
Texto 3
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