Questões de Psicologia

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A educação é um direito de todos, previsto na Constituição Federal e o ensino inclusivo trabalha com esse pressuposto. A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular, independentes da sua condição.
Sobre a Educação Inclusiva, assinale a alternativa INCORRETA:

    A) O foco da adaptação curricular é buscar alternativas educacionais para que o currículo seja um agente modificador do processo educacional e possa estar mais próximo da realidade do aluno.

    B) Essas adaptações têm como objetivo promover o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, e tem como referência a elaboração do projeto pedagógico e a implantação de práticas inclusivas na rede de ensino.

    C) O processo de adaptação baseia-se em atitude favorável da escola para diversificar e flexibilizar o processo ensino-aprendizagem e poder atender às diferenças individuais dos alunos.

    D) Os critérios de adaptação curricular não são os indicadores para proporcionar a aprendizagem do aluno, pois estudantes com necessidades especiais nunca irão atingir o processo de aprendizagem.

    E) As adaptações devem considerar as características individuais dos alunos, as áreas prioritárias, os tipos de apoio mais eficientes, as situações em que o apoio deve ser disponibilizado, quais profissionais irão participar.

Refere-se à capacidade das pessoas de reconhecerem a si mesmos, percebendo seus sentimentos, motivações e desejos. Está ligada à capacidade de identificar seus hábitos inconscientes, transformar suas atitudes, controlar vícios e emoções.
Sobre as inteligências múltiplas, assinale a alternativa CORRETA:

    A) Inteligência verbo-linguística.

    B) Inteligência intrapessoal.

    C) Inteligência naturalista.

    D) Inteligência corporal-cinestésica.

    E) Inteligência interpessoal.

"O conhecimento da psicologia na compreensão dos processos de ensino e aprendizagem se constitui, historicamente, desde concepções higienistas até àquelas que analisam esse processo como síntese de múltiplas determinações (...) No plano da formação de professores é necessário retomar a finalidade dos conteúdos da Psicologia que contribuam para a compreensão do processo de escolarização, da relação entre subjetividade e educação, abordando temas tais como fracasso escolar, queixa escolar, medicalização da educação, relações intersubjetivas que constituem a vida diária escolar, dentre outros temas, que busquem superar o reducionismo de questões sociais ao âmbito individual, considerando o processo de escolarização como expressão das dimensões sociais, culturais, pedagógicas, políticas, afetivas e institucionais." (CHECCHIA, 2015 )
Sobre o tema do fracasso escolar, leia as afirmativas abaixo e assinale a correta.

    A) Discussão iniciada ao final dos anos 1980, mas sem força de desenvolver-se, o tema do fracasso escolar passa a centralizar questões que envolvem os estudos sobre a escola, tanto no campo da Psicologia quanto no campo da Educação.

    B) A partir das discussões e críticas presentes na Psicologia em sua relação com a Educação, inaugura-se, na primeira década do século XXI, uma série de pesquisas que se voltam para o novo objeto de estudo da Psicologia: o fracasso escolar

    C) Os fatores traduzidos em faltas — falta de formação do professor, falta de interesse da família, falta de atenção do estudante, falta de uma infraestrutura que ofereça condições para o desenvolvimento de práticas que promovam a apropriação do conhecimento —, não devem ser considerados na avaliação do fracasso escolar, visto que deve-se centrar ora na criança, ora na equipe educadora.

    D) O fracasso escolar, caracteriza-se por diversos fenômenos educacionais, tais como: dificuldades na leitura, escrita e matemática, baixo rendimento, reprovação, repetência, defasagem idade-série, evasão, analfabetismo, entre outros.

    E) No caso da avaliação das dificuldades no processo de escolarização, é fundamental avaliar o aluno com foco nas suas ações passadas, responsabilizando-o, e não se restringir àquilo que o aluno consegue realizar, sem reflexões sobre a produção social do fracasso escolar.

"O conhecimento da psicologia na compreensão dos processos de ensino e aprendizagem se constitui, historicamente, desde concepções higienistas até àquelas que analisam esse processo como síntese de múltiplas determinações (...) No plano da formação de professores é necessário retomar a finalidade dos conteúdos da Psicologia que contribuam para a compreensão do processo de escolarização, da relação entre subjetividade e educação, abordando temas tais como fracasso escolar, queixa escolar, medicalização da educação, relações intersubjetivas que constituem a vida diária escolar, dentre outros temas, que busquem superar o reducionismo de questões sociais ao âmbito individual, considerando o processo de escolarização como expressão das dimensões sociais, culturais, pedagógicas, políticas, afetivas e institucionais." (CHECCHIA, 2015 )
Correlacione os teóricos com as afirmações abaixo e assinale a alternativa com a indicação correta:
1 – Piaget 2– Vigotski 3 – Wallon
(____) Buscando compreender o psiquismo humano, sua atenção está voltada para a criança, pois através dela é possível ter acesso à gênese dos processos psíquicos. De uma perspectiva abrangente e global, investiga a criança nos vários campos de sua atividade e nos vários momentos de sua evolução psíquica. Enfoca o desenvolvimento em seus domínios afetivo, cognitivo e motor, procurando mostrar quais são, nas diferentes etapas, os vínculos entre cada campo e suas implicações com o todo representado pela personalidade.
(____) A originalidade do seu estudo do pensamento infantil tem como base o princípio metodológico segundo o qual a flexibilidade e a precisão da entrevista "em profundidade", que caracterizam o método clínico, devem modular-se mediante a busca sistemática dos processos lógico-matemáticos subjacentes aos raciocínios expressados; além disso, para realizar esse tipo de entrevista, é preciso referir-se às diversas etapas de elaboração pelas quais passou o conceito que se examina no curso de sua evolução histórica.
(____) Considera-se que por volta dos dois anos, a criança apresenta grande evolução da linguagem, dando início a uma forma totalmente nova de comportamento, exclusivamente humana. Inicia-se a formação da consciência e a diferenciação do "eu" infantil. O pensamento da criança evolui em função do domínio dos meios sociais do pensamento, quer dizer, em função da linguagem.

    A) 1, 2, 3

    B) 3, 2, 1

    C) 3, 1, 2

    D) 2, 3, 1

    E) 1, 3, 2

"O conhecimento da psicologia na compreensão dos processos de ensino e aprendizagem se constitui, historicamente, desde concepções higienistas até àquelas que analisam esse processo como síntese de múltiplas determinações (...) No plano da formação de professores é necessário retomar a finalidade dos conteúdos da Psicologia que contribuam para a compreensão do processo de escolarização, da relação entre subjetividade e educação, abordando temas tais como fracasso escolar, queixa escolar, medicalização da educação, relações intersubjetivas que constituem a vida diária escolar, dentre outros temas, que busquem superar o reducionismo de questões sociais ao âmbito individual, considerando o processo de escolarização como expressão das dimensões sociais, culturais, pedagógicas, políticas, afetivas e institucionais." (CHECCHIA, 2015 )
Diversos autores consideram o brincar como uma atividade fundamental no processo de desenvolvimento humano, principalmente no período infantil. Na psicologia histórico-cultural, trabalhos como os iniciados por Vigotski apontam para questões sobre o modo como a própria brincadeira surge ao longo do desenvolvimento, o aparecimento da brincadeira, sua gênese; e sobre o papel que essa atividade desempenha no desenvolvimento. Frente a isso, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. Do ponto de vista do desenvolvimento, a brincadeira não é uma forma predominante de atividade, mas, em certo sentido, é a linha principal do desenvolvimento na idade pré-escolar.
II. A essência da brincadeira é que ela é a realização de desejos, mas não de desejos isolados e sim de afetos generalizados.
III. Qualquer brincadeira com situação imaginária é, ao mesmo tempo, brincadeira com regras e qualquer brincadeira com regras é brincadeira com situação imaginária.
IV. Na brincadeira, a criança opera com objetos como sendo coisas que possuem sentido, opera com os significados das palavras, que substituem os objetos.

    A) I e IV estão corretas.

    B) I, II, IV estão corretas.

    C) II e IV estão corretas.

    D) I, II, III e IV estão corretas

    E) Apenas a IV está correta.

A abordagem da psicologia no âmbito da educação no Brasil se caracterizou como uma área de conhecimento e como um campo de prática social. Sobre essa afirmação é correto afirmar que:

    A) Como área de conhecimento preocupava-se apenas com os fundamentos científicos da educação e não com a prática pedagógica.

    B) Como campo de atuação profissional, realiza intervenções no espaço escolar ou a ele relacionado, tendo como foco o fenômeno psicológico, fundamenta-se em saberes produzidos, não só, mas principalmente, pela sub-área da psicologia, a psicologia da educação.

    C) Como campo de prática social, a psicologia escolar torna-se campo profissional atuando junto à seleção de profissionais para o mercado de trabalho.

    D) Como área de conhecimento desenvolveu estudos no âmbito da fábricas e dos espaços educacionais das comunidades.

    E) Como campo de prática social, a psicologia desenvolve seu trabalho utilizando testes e técnicas para controle social.

A Psicologia Social na atualidade é considerada por Spink & Spink (2013) como um campo em que "há intensas disputas, pouca tolerância sobre pontos de vistas diferentes e nenhuma concordância sobre quais seriam os pressupostos teóricos básicos." (p.679). No Brasil as principais publicações de livros textos, identificados na pesquisa dos autores citados acima, refletem essa diversificação e passam por aspectos que consideram que o papel da psicologia social é entender o indivíduo no seu contexto social incluindo tópicos como: linguagem, comunicação, atitudes e comportamento, por exemplo. A partir da década de 80 novas perspectivas começaram a ser introduzidas na Psicologia Social, sobre isso é correto afirmar que:

    A) Sem abandonar as conquistas anteriores, querse então devolver a Psicologia Social seu caráter realmente social além de sua dimensão históricocrítica e política na constituição das pessoas e das sociedades humanas.

    B) Sob a influência de outras ciências do comportamento como a antropologia e a fisiologia, conceitos e descobertas puderam ajudar a completar a história sobre o indivíduo na sociedade.

    C) Na América Latina, trabalhos desenvolvidos por Martin-Baró buscou mostrar como os diferentes conceitos não poderiam ser realinhados a serviço da solidariedade entre pessoas e da dignidade coletiva.

    D) A Psicologia Crítica é uma escola da Psicologia Social que busca fortalecer as alianças instituídas na modernidade, consolidando assim o potencial transformador da ciência.

    E) A Psicologia Comunitária e Política preocupa-se com os estudos de fatores psicossociais voltados à compreensão da sociabilidade e governança nos espaços públicos, com ênfase no fortalecimento da cidadania.

A apresentação do Código de Ética profissional da psicóloga e do psicólogo traz o seguinte texto : "Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um código de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria.” O psicólogo deverá atuar com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática. As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais, e são elas:

    A) Multa; Censura pública; Advertência; Cassação do exercício profissional.

    B) Advertência; Multa; Censura pública; Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias; Cassação do exercício profissional.

    C) Advertência; Multa; Censura pública, Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias.

    D) Advertência; Censura pública, interrupção do trabalho do psicólogo, Cassação do exercício profissional.

    E) Multa, Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias; Cassação do exercício profissional.

No contexto atual, torna- se impossível não falar sobre a pandemia que assola o mundo, em virtude de tudo o que ela provocou e provoca, e da pergunta dos gestores, educadores, políticos e cidadãos: como será o mundo após a pandemia?

No que diz respeito à Educação, conforme a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), sabemos que a crise causada pela Covid-19 resultou no encerramento das aulas em escolas e em universidades, afetando mais de 90% dos estudantes do mundo (UNESCO, 2020). A partir desse número, pergunta-se: qual o futuro da Educação num mundo abalado pelo novo coronavírus?

Quando as escolas reabrirem, e, em algumas partes do mundo, tal evento já começou a ocorrer, a emergente recessão econômica, certamente, aumentará as desigualdades e poderá reverter o progresso obtido por alguns países na expansão do acesso educacional e na melhoria da aprendizagem. Por isso, é necessário que os países reconheçam o problema – como não o fizeram quando a COVID-19 começou a espalhar-se pelo mundo –, e criem políticas públicas voltadas especificamente para a Educação.

A nosso ver, por mais que a economia dos países sofra com a pandemia, os investimentos em Educação devem ser mantidos, quiçá aumentados. Conforme a Unesco, a natural queda na aprendizagem poderá alastrar-se por mais de uma década se não forem criadas políticas públicas que invistam em melhorias de infraestrutura, tecnologias, formação, metodologias e salários, além do reforço da merenda, melhor aproveitamento do tempo, tutoria fora do horário usual das aulas e material adicional, quando possível (UNESCO, 2020). Em concordância com a Unesco, o parecer do Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação do Brasil, seguiu a mesma linha e reconheceu os problemas causados pela pandemia. O parecer procurou reorganizar as atividades acadêmicas e sinalizou com a permissão para aulas aos sábados – em horários de contraturno e durante as férias –, para que os alunos da Educação Básica não percam o ano letivo e apontou outras medidas semelhantes àquelas já defendidas pela Unesco (BRASIL, 2020). A Educação a distância (EaD) não pode ser a única solução, esta metodologia tende a exacerbar as desigualdades já existentes, que são parcialmente niveladas nos ambientes escolares, simplesmente, porque nem todos possuem o equipamento necessário. Se a meta for investir apenas em ferramentas digitais, certamente, contribuiremos para uma piora na aprendizagem dos alunos a curto e a médio prazos (SOUZA; FRANCO; COSTA, 2016).

Nós precisamos repensar o futuro da Educação, incluindo uma articulação apropriada entre o EaD e o Ensino presencial (UNESCO, 2020). Até porque, muitos no Brasil não têm acesso a computadores, celulares ou à Internet de qualidade – realidade constatada pelas secretarias de Educação de Estados e municípios no atual momento – e um número considerável alto de professores precisou aprender a utilizar as plataformas digitais, inserir atividades online, avaliar os estudantes a distância e produzir e inserir nas plataformas material que ajude o aluno a entender os conteúdos, além das usuais aulas gravadas e online. Na pandemia, grande parte das escolas e das universidades estão fazendo o possível para garantir o uso das ferramentas digitais, mas sem terem o tempo hábil para testá-las ou capacitar o corpo docente e técnico-administrativo para utilizá-las corretamente.

Há ainda outros obstáculos graves, especialmente para alunos e professores mais empobrecidos, muitos deles localizados na periferia das grandes cidades ou na zona rural. Faltam computadores, aparelhos de telefonia móvel, software e Internet de boa qualidade, recursos imprescindíveis para um EaD que resulte em aprendizagem.

Não podemos esquecer que saúde física e saúde mental andam juntas. A duração prolongada do confinamento, a falta de contato pessoal com os colegas de classe, o medo de ser infectado, a falta de espaço em casa – torna o estudante menos ativo fisicamente do que se estivesse na escola –, e a falta de merenda para os alunos menos privilegiados são fatores de estresse que atingem a saúde mental de boa parte dos estudantes da Educação Básica e das suas famílias. Estimular a solidariedade, a resiliência e a continuidade das relações sociais entre educadores e alunos nesse período é fundamental, pois ajuda a minorar o impacto psicológico negativo da pandemia nos estudantes. Agora, importa prevenir e reduzir os níveis elevados de ansiedade, de depressão e de estresse que o confinamento provoca nos estudantes em quarentena (MAIA; DIAS, 2020).

No momento atual, muitas escolas, públicas e privadas, estão exagerando nas expectativas do que professores e familiares conseguem fazer. Há diferenças substanciais entre as famílias, atualmente, em confinamento. Algumas podem ajudar seus filhos a aprender mais do que outras. Fatores como a quantidade de tempo disponível para se dedicar aos estudos dos filhos, auxiliando-os com as aulas online – muitos pais estão em home office cumprindo horário laboral integral e outros tantos precisam trabalhar externamente para garantir a renda mensal –; as habilidades não cognitivas dos genitores; a possibilidade de acessar o material online; a quantidade de conhecimento inato dos pais – afinal, é difícil ajudar o filho se tiver de aprender algo estranho ao que se conheceu e aprendeu – , são questões a serem levados em conta quanto ao papel dos pais na Educação dos filhos em tempos de pandemia. Toda essa situação gerará um aumento da desigualdade na Educação e no progresso do estudante (CIFUENTES-FAURA, 2020).

Além disso, os secretários de Educação e os gestores das escolas precisam pensar na saúde mental de todos, até porque, os professores também estão fragilizados. Se os educadores ficarem exaustos mentalmente, e aproximarem-se de um esgotamento físico e mental, não poderão ajudar a si ou aos alunos (MAIA; DIAS, 2020).

Para construirmos um futuro mais saudável, próspero e seguro, precisamos de políticas públicas que garantam um financiamento adequado para a Educação, fazer uso inteligente das tecnologias disponíveis, priorizar os mais vulneráveis e proteger educadores e alunos. O Estado precisa se fazer presente."

Adaptado de: DIAS, Érika; PINTO, Fátima Cunha Ferreira. A Educação e a Covid-19. Ensaio: aval.pol.públ.Educ. , Rio de Janeiro, v. 28, n. 108, pág. 545-554, setembro de 2020. Epub 06 de julho de 2020. https://doi.org/10.1590/s0104-4036201900280108000 .

Diante da leitura do texto, responda as questões abaixo:
Sobre o trabalho da psicologia, no âmbito da educação, analise as afirmativas abaixo e assinale a opção incorreta.

    A) A discussão referente à temática das políticas públicas em educação é recente no campo da Psicologia Escolar e Educacional e é de fundamental importância para a atuação do profissional da área.

    B) Para compreender a Educação é preciso inseri-la no contexto das políticas econômicas, das políticas públicas e das políticas sociais, que lhe dão suporte, sendo fundamental um cuidado especial para que essas terminologias não sejam incorporadas ao cotidiano de trabalho de profissionais, em diferentes campos, sem serem bem compreendidas, analisadas e debatidas.

    C) Espera-se da Psicologia Escolar e Educacional um projeto educacional que vise a coletivizar práticas de formação e de qualidade para todos; que lute pela valorização do trabalho do professor e constitua relações escolares democráticas, que enfrente os processos de medicalização, patologização e judicialização da vida de educadores e estudantes; que lute por políticas públicas que possibilitem o desenvolvimento de todos e todas, trabalhando na direção da superação dos processos de exclusão e estigmatização social.

    D) No âmbito das críticas à Psicologia Escolar e Educacional dos anos 1980, era importante: a) explicitar as principais filiações teóricas das práticas psicológicas levadas a efeito na escola; b) analisar os métodos que as(os) psicólogas(os) vinham empregando e c) criticar as explicações sobre as dificuldades escolares centradas nas crianças e em suas famílias, bem como a forma restrita como a Psicologia interpretava os fenômenos escolares.

    E) A psicologia deve ser imparcial nos seus posicionamentos, afastando-se de temas como: a não neutralidade da educação, da valorização e autonomia docente, da escola como espaço privilegiado para reflexões sobre relações de gênero, sexualidade e relações étnico-raciais, e enfrentamentos de violências, tais como o machismo, a LGBTfobia, o racismo, sexismo.

No contexto atual, torna- se impossível não falar sobre a pandemia que assola o mundo, em virtude de tudo o que ela provocou e provoca, e da pergunta dos gestores, educadores, políticos e cidadãos: como será o mundo após a pandemia?

No que diz respeito à Educação, conforme a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), sabemos que a crise causada pela Covid-19 resultou no encerramento das aulas em escolas e em universidades, afetando mais de 90% dos estudantes do mundo (UNESCO, 2020). A partir desse número, pergunta-se: qual o futuro da Educação num mundo abalado pelo novo coronavírus?

Quando as escolas reabrirem, e, em algumas partes do mundo, tal evento já começou a ocorrer, a emergente recessão econômica, certamente, aumentará as desigualdades e poderá reverter o progresso obtido por alguns países na expansão do acesso educacional e na melhoria da aprendizagem. Por isso, é necessário que os países reconheçam o problema – como não o fizeram quando a COVID-19 começou a espalhar-se pelo mundo –, e criem políticas públicas voltadas especificamente para a Educação.

A nosso ver, por mais que a economia dos países sofra com a pandemia, os investimentos em Educação devem ser mantidos, quiçá aumentados. Conforme a Unesco, a natural queda na aprendizagem poderá alastrar-se por mais de uma década se não forem criadas políticas públicas que invistam em melhorias de infraestrutura, tecnologias, formação, metodologias e salários, além do reforço da merenda, melhor aproveitamento do tempo, tutoria fora do horário usual das aulas e material adicional, quando possível (UNESCO, 2020). Em concordância com a Unesco, o parecer do Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação do Brasil, seguiu a mesma linha e reconheceu os problemas causados pela pandemia. O parecer procurou reorganizar as atividades acadêmicas e sinalizou com a permissão para aulas aos sábados – em horários de contraturno e durante as férias –, para que os alunos da Educação Básica não percam o ano letivo e apontou outras medidas semelhantes àquelas já defendidas pela Unesco (BRASIL, 2020). A Educação a distância (EaD) não pode ser a única solução, esta metodologia tende a exacerbar as desigualdades já existentes, que são parcialmente niveladas nos ambientes escolares, simplesmente, porque nem todos possuem o equipamento necessário. Se a meta for investir apenas em ferramentas digitais, certamente, contribuiremos para uma piora na aprendizagem dos alunos a curto e a médio prazos (SOUZA; FRANCO; COSTA, 2016).

Nós precisamos repensar o futuro da Educação, incluindo uma articulação apropriada entre o EaD e o Ensino presencial (UNESCO, 2020). Até porque, muitos no Brasil não têm acesso a computadores, celulares ou à Internet de qualidade – realidade constatada pelas secretarias de Educação de Estados e municípios no atual momento – e um número considerável alto de professores precisou aprender a utilizar as plataformas digitais, inserir atividades online, avaliar os estudantes a distância e produzir e inserir nas plataformas material que ajude o aluno a entender os conteúdos, além das usuais aulas gravadas e online. Na pandemia, grande parte das escolas e das universidades estão fazendo o possível para garantir o uso das ferramentas digitais, mas sem terem o tempo hábil para testá-las ou capacitar o corpo docente e técnico-administrativo para utilizá-las corretamente.

Há ainda outros obstáculos graves, especialmente para alunos e professores mais empobrecidos, muitos deles localizados na periferia das grandes cidades ou na zona rural. Faltam computadores, aparelhos de telefonia móvel, software e Internet de boa qualidade, recursos imprescindíveis para um EaD que resulte em aprendizagem.

Não podemos esquecer que saúde física e saúde mental andam juntas. A duração prolongada do confinamento, a falta de contato pessoal com os colegas de classe, o medo de ser infectado, a falta de espaço em casa – torna o estudante menos ativo fisicamente do que se estivesse na escola –, e a falta de merenda para os alunos menos privilegiados são fatores de estresse que atingem a saúde mental de boa parte dos estudantes da Educação Básica e das suas famílias. Estimular a solidariedade, a resiliência e a continuidade das relações sociais entre educadores e alunos nesse período é fundamental, pois ajuda a minorar o impacto psicológico negativo da pandemia nos estudantes. Agora, importa prevenir e reduzir os níveis elevados de ansiedade, de depressão e de estresse que o confinamento provoca nos estudantes em quarentena (MAIA; DIAS, 2020).

No momento atual, muitas escolas, públicas e privadas, estão exagerando nas expectativas do que professores e familiares conseguem fazer. Há diferenças substanciais entre as famílias, atualmente, em confinamento. Algumas podem ajudar seus filhos a aprender mais do que outras. Fatores como a quantidade de tempo disponível para se dedicar aos estudos dos filhos, auxiliando-os com as aulas online – muitos pais estão em home office cumprindo horário laboral integral e outros tantos precisam trabalhar externamente para garantir a renda mensal –; as habilidades não cognitivas dos genitores; a possibilidade de acessar o material online; a quantidade de conhecimento inato dos pais – afinal, é difícil ajudar o filho se tiver de aprender algo estranho ao que se conheceu e aprendeu – , são questões a serem levados em conta quanto ao papel dos pais na Educação dos filhos em tempos de pandemia. Toda essa situação gerará um aumento da desigualdade na Educação e no progresso do estudante (CIFUENTES-FAURA, 2020).

Além disso, os secretários de Educação e os gestores das escolas precisam pensar na saúde mental de todos, até porque, os professores também estão fragilizados. Se os educadores ficarem exaustos mentalmente, e aproximarem-se de um esgotamento físico e mental, não poderão ajudar a si ou aos alunos (MAIA; DIAS, 2020).

Para construirmos um futuro mais saudável, próspero e seguro, precisamos de políticas públicas que garantam um financiamento adequado para a Educação, fazer uso inteligente das tecnologias disponíveis, priorizar os mais vulneráveis e proteger educadores e alunos. O Estado precisa se fazer presente."

Adaptado de: DIAS, Érika; PINTO, Fátima Cunha Ferreira. A Educação e a Covid-19. Ensaio: aval.pol.públ.Educ. , Rio de Janeiro, v. 28, n. 108, pág. 545-554, setembro de 2020. Epub 06 de julho de 2020. https://doi.org/10.1590/s0104-4036201900280108000 .

Diante da leitura do texto, responda as questões abaixo:
No que se refere a atuação de psicólogas na educação básica, o Conselho Federal de Psicologia, lançou no ano de 2019, um documento em que afirma: ?Para a atuação da Psicologia na educação, é necessário que as(os) psicólogas(os) trabalhem em consonância com a garantia desse direito fundamental, como apontam a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Código de Ética do Psicólogo, respectivamente?. A partir dos dois documentos contidos na citação, preencha as lacunas abaixo e assinale a alternativa correta
Artigo 26: 1.Todo ser humano tem direito à _____________. A educação será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A educação elementar será _______________. A educação técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, está baseada no mérito. 2. A educação será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A __________ promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre as nações e grupos raciais ou religiosos, e deve desenvolver as atividades da ONU em prol da manutenção da paz (ONU, 1947).
I. O psicólogo baseará o seu trabalho ______________ e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da ____________ do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos (CFP, 2005).

    A) educação, optativa, escola, no código profissional, liberdade.

    B) escolarização, aleatória, escola, no desenvolvimento, liberdade

    C) educação, obrigatória, educação, no respeito, integridade.

    D) escolarização, obrigatória, educação, no código profissional, integridade.

    E) livre escolha, optativa, escola, nas leis, integralidade.

Provas e Concursos

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